Depois de ter completado a Gerência anterior, em 5 de Dezembro de 1974 a Direcção de João Rocha foi reeleita, com profundas alterações na sua constituição:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
João António dos Anjos Rocha |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
José Alfredo Parreira Holtreman Roquete |
Até
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
Joaquim Lourenço Bernardo |
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Vice Presidente para Gestão Financeira |
João Amado de Freitas |
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Vice Presidente para as Relações com Associados e Expansão |
Francisco Gorjão Lencastre de Freitas |
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Vice Presidente para as Relações com as Entidades Desportivas |
José Nunes dos Santos |
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Vice Presidente para o Secretariado Geral |
João Carlos Freire Osório Pinto |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
Alberto Neto Simões Dias |
Até Dezembro de 1974
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
Ferreira Canais |
Até 22-06-1976
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
João Aranha |
Desde 22-06-1976
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
João Gomes Nunes |
Desde 05-03-1976
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Vice Presidente para o Jornal |
João José Pinho Xara Brasil |
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Vice Presidente |
Mário José da Silva Garcia |
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Vice Presidente |
Artur de Sousa Marques |
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Vice Presidente |
Joaquim Martins Grilo |
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Diretor adjunto dos Serviços Administrativos |
Alberto Lourenço |
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Director de Obras e Melhoramentos |
Manuel Lopes |
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Director de Obras e Melhoramentos |
José Matias |
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Director de Actividades Amadoras |
Jorge Fagundes |
Até 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Ernesto Ferreira da Silva |
Até 28-01-75 e Desde 05-03-1976
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Director de Actividades Amadoras |
José Fidalgo |
Até 28-01-75 e Desde 05-03-1976
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Director de Actividades Amadoras |
Avelar Costa |
Até 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Manuel Gonzaga da Silva |
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Director de Actividades Amadoras |
José Garcia Alvarez |
Desde 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Miguel Rodrigues Leal |
Desde 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Rui Pignatelli |
Desde 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Adriano Mesquita |
Desde 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
Vítor Salgado |
Desde 28-01-75
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Director de Actividades Amadoras |
João Aranha |
Desde 28-01-75
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João Rocha apresenta o seu projeto
O adeus ao Ginásio do Passadiço
Campeões no Hóquei em Patins 36 anos depois
Aspeto da Assembleia Geral de Dezembro de 1975
João Rocha discursa na Assembleia Geral de Fevereiro de 1976
Carlos Lopes e Moniz Pereira
João Rocha, Pinheiro de Azevedo e Borges Coutinho
O esboço do Pavilhão projetado
Cerimónia de inauguração dos Ginásios de Alvalade
João Rocha cumprimenta os Campeões de Basquetebol
Logo na Assembleia Geral eleitoral do dia 5 de Dezembro de 1974, João Rocha reiterou que só tinha aceite a Presidência do Sporting porque lhe tinham sido garantidos apoios para a viabilização da Sociedade de Construções e Planeamento (S.C.P.), que até à data não se tinham concretizado, primeiro porque as promessas do Governo do regime anterior tinham sido sucessivamente adiadas e depois devido aos constrangimentos resultantes da revolução de Abril, mas agora estava-se prestes a chegar a uma solução definitiva com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, sendo que para tal o Clube tinha comprado por avultada quantia um terreno com 10 mil metros quadrados. Para além disso, João Rocha prometeu que se os sócios aderissem à compra de 5 mil lugares cativos da nova bancada que garantiriam 25 mil contos, o Clube providenciaria os restantes 15 mil contos necessários para as obras do fecho do anel do estádio, isto sem esquecer que a campanha de angariação de fundos para a construção do Pavilhão proposta por João Xara Brasil, também já estava em curso e já tinha rendido 3 mil contos, numa altura em que o Sporting se preparava para abandonar definitivamente o Ginásio do Passadiço, o que se concretizou em Julho de 1975.
Nessa altura João Rocha perante algumas críticas por não ter renovado o contrato com Mário Lino, tentou endossar responsabilidades ao treinador açoriano, afirmando que tinha sido ele a colocar o seu lugar à disposição, pelo que o Sporting não podia mendigar a sua continuidade no Clube, revelando depois que ele tinha ganho 1200 contos na época anterior. Em relação à renovação tardia com Yazalde, contou que lhe tinha proposto um contrato de três épocas em Março, mas que o argentino só o tinha aceite quando regressou a Portugal depois das férias, numa altura em que devido à alteração da situação no País, o Sporting já não podia manter as condições propostas anteriormente, uma realidade que o "Bota de Ouro" acabou por aceitar, chegando-se então a um compromisso para mais duas épocas, em vez de apenas uma como era intenção do Sporting, em respeito à nova política implementada no Clube.
No dia 26 de Dezembro de 1974 reuniu-se a Assembleia Geral da Sociedade de Construções e Planeamento, sob a presidência de Adelino Palma Carlos, para a eleição do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, presididos respetivamente por Venâncio Deslandes e João Rocha.
Em Abril de 1975 o Sporting realizou um Colóquio de Futebol Juvenil que versou assuntos como o formato dos campeonatos, alterações aos escalões etários, a preparação física e técnica dos jogadores, a arbitragem e as regras do jogo e questões de saúde.
Em Junho de 1975 a Câmara Municipal de Lisboa aprovou os planos de construção apresentados pelo Sporting e autorizou as obras projetadas, depois de resolvidos alguns impasses com a expropriação de terrenos, com o Sporting a comprar uma parte e a desistir de outra, pelo que o avanço da Sociedade de Construções e Planeamento ficou apenas dependente da aprovação de todo o projeto pelo Governo.
No entanto, no final do ano de 1975 realizou-se uma Assembleia Geral que se estendeu por dois dias, durante a qual João Rocha anunciou que a aprovação do projeto tinha sido indeferida pelo VI Governo Provisório, que considerou inoportuna a constituição da Sociedade de Construções e Planeamento, isto numa altura em que os terrenos que o Sporting tinha comprado por imposição do Governo anterior para viabilizar o projeto, já tinham sido ocupados com a construção selvagem de barracas, chegando-se ao ponto de uma auto proclamada comissão de moradores desse bairro ilegal, cobrar estacionamento aos sócios do Sporting nos dias dos jogos. Assim foi criada uma comissão de sócios do Sporting Clube de Portugal, presidida pelo Dr. Silva Resende, que tinha como missão recuperar a posse dos referidos terrenos.
Para além disso, nessa Assembleia Geral os sócios foram informados da situação em que se encontrava o processo das polémicas transferências dos jogadores Carlos Alhinho e Joaquim Dinis para o FC Porto e das diligências encetadas no sentido de se reverter a interdição do Estádio José Alvalade e a derrota atribuída ao Sporting no jogo que tinha sido interrompido na Tapadinha, depois de uma invasão de campo.
No início de 1976 arrancaram as obras de construção de dois recintos de apoio ao pavilhão gimnodesportivo que estava projetado para a zona do Campo Grande que fora a casa do Benfica durante muitos anos, isto apesar dos entraves colocados por uma Câmara que fechava os olhos às construções ilegais que continuavam a nascer nos terrenos do Sporting. No entanto, na Assembleia Geral ordinária de apresentação do relatório contas e do orçamento para o ano seguinte, realizada no dia 5 de Fevereiro de 1976 com a presença de apenas 173 sócios, João Rocha justificou o desinvestimento na parte desportiva, nomeadamente na equipa de Futebol (menos 1138 contos) e com a suspensão do Ciclismo, que em 1975 custara 3000 contos ao Clube, com o facto de considerar que era mais importante para o Sporting construir as infraestruturas necessárias para o incremento da prática desportiva, do que ganhar alguns títulos, isto ao mesmo tempo que avisava que o pavilhão custava 20 mil contos e o fecho da bancada do Estádio ficaria em 40 mil contos, pelo que sem a ajuda dos sócios tais obras não seriam possíveis de realizar.
O Relatório Contas de 1975 que registava um agravamento das responsabilidades do Clube na ordem dos 4 mil contos, em grande parte resultante dos investimentos realizados nas instalações desportivas, apresentou um resultado positivo de 1439 contos, que contrastava com o saldo negativo de 7480 contos apresentado no ano anterior, com as receitas a ultrapassarem pela primeira vez a meia centena de milhar de contos (quase 57 mil contos), sendo que a cotização referente aos cerca de 35 mil sócios existentes na altura, atingiu os 15795 contos, um crescimento de cerca de 920 contos em relação ao ano anterior, não obstante uma significativa quebra na venda dos lugares cativos. O grande incremento deu-se nas receitas desportivas, que só no Futebol tiveram um crescimento de cerca de 9 mil contos, atingindo os 32721 contos, aos quais há a somar os 4073 contos do Ciclismo e os quase mil contos das modalidades amadoras, o que dava um crescimento total de cerca de 13 mil contos.
Nas despesas verificou-se um agravamento de quase 4900 contos, isto apesar de ter havido uma compressão de quase mil contos no Futebol e de mais de 500 contos nas modalidades amadoras. Em contrapartida os custos do Ciclismo cresceram 4320 contos e as despesas com as instalações desportivas ultrapassaram os 4800 contos, mais de mil contos em relação a 1974, com o Jornal Sporting a ter um acréscimo idêntico, atingido os 2611 contos.
Em Março de 1976 João Rocha e o Presidente do Benfica, Borges Coutinho, reuniram-se com o Governo no sentido de angariarem apoios para os seus projetos de construção, com os quais contavam obter meios que lhes permitissem continuar a ser as duas grandes locomotivas do desporto nacional. Assim, no dia 1 de Abril, o Subsecretário de Estado do Tesouro aprovou o esquema de financiamento para a construção do grande Pavilhão Gimnodesportivo com capacidade para 7 mil espetadores, que o Sporting planeava construir, em conjunto com um segundo mais pequeno (3 mil espetadores), para albergar as modalidades do Clube.
Entre 3 de Abril e 10 de Junho de 1976 realizou-se a "Onda Verde", um amplo festival desportivo que se estendeu por vários locais do País, englobando diversas modalidades e envolvendo milhares de jovens, para abrilhantar as comemorações dos 70 anos do Sporting Clube de Portugal e do 20º aniversário da inauguração do Estádio José Alvalade.
Em termos desportivos as dificuldades financeiras vividas neste período obrigaram a algum desinvestimento principalmente na área profissional. Assim o Futebol entrou em crise com o desmantelamento da equipa que tinha ganho o Campeonato em 1973/74, com o Sporting a fazer a primeira grande transferência internacional do futebol português, ao vender o passe de Yazalde ao Olympique de Marseille por 12500 contos e a sofrer com o fim da "Lei da Opção" que deu origem à saída de outros jogadores importantes, como Damas, Dinis, Carlos Alhinho e Chico Faria, o que obrigou à renovação do plantel que nem sempre correu bem, apesar dos esforços de João Rocha, que conseguiu contratar Manuel Fernandes, mas perdeu as primeiras guerras com o FC Porto, que se assumia como uma força emergente no Futebol nacional e pela primeira vez o Sporting não conseguiu apurar-se para as competições europeias.
No Ciclismo a experiência de formar uma equipa internacional para apoiar Joaquim Agostinho na Volta à França foi um fracasso, o que obrigou à suspensão da atividade desta secção numa altura em que o Clube tinha uma serie de jovens ciclistas muito prometedores. O Andebol foi outra modalidade que pagou a crise, com o Sporting a perder a hegemonia e a ganhar apenas uma Taça de Portugal, numa fase em que a equipa dos Sete Magníficos se desfez.
Em contra-ciclo estava o Hóquei em Patins, graças ao grande trabalho de Torcato Ferreira e neste período o Sporting ganhou dois Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. No Basquetebol com a entrada de alguns jogadores vindos de África, o Sporting também entrou num período áureo, conquistando um Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal. No Atletismo o Sporting continuou a dominar, com Carlos Lopes a atingir nível internacional ao sagrar-se Campeão do Mundo de Corta Mato e conquistar a primeira medalha olímpica do Atletismo português, nos Jogos de Montreal onde o Sporting teve 6 atletas e donde Armando Marques também trouxe uma Medalha de Prata no Tiro.
Para além disso o Sporting continuou a trabalhar para a massificação da atividade desportiva em Portugal e neste período foram conquistados vários títulos nas Lutas Amadoras, no Xadrez, no Boxe e no Ténis de Mesa feminino.
No dia 26 de Junho de 1976 realizou-se um almoço comemorativo do 70º aniversário do Sporting Clube de Portugal, onde marcaram presença as grandes figuras do universo leonino e durante o qual o Presidente João Rocha manifestou a sua vontade de abandonar o Clube, por entender que os sucessivos ataques de que o Sporting vinha sendo alvo não visavam o Clube, mas antes a pessoa do seu Presidente que era rotulado de "capitalista" e "grande financeiro", o que em pleno PREC eram estigmas ameaçadores, isto numa altura em que José Roquete, o nº 2 da Direção, tivera de emigrar para o Brasil, depois de ter estado detido na cadeia de Caxias.
No início de Julho de 1976, todos os membros da Direção colocaram os seus lugares à disposição do Presidente, com o objetivo de o porem à vontade para escolher novos colaboradores, ou proceder a uma redistribuição de funções, dando força a uma enorme vaga de apoio a João Rocha, que era considerado fundamental para liderar o Clube nos desafios que se avizinhavam, numa época de grande instabilidade política no nosso País. Assim no início de Agosto foi anunciada a nova formação da equipa diretiva, ainda sem alguns diretores:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
João António dos Anjos Rocha |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
José Nunes dos Santos |
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
Joaquim Lourenço Bernardo |
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Vice Presidente para Gestão Financeira |
João Amado de Freitas |
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Vice Presidente para o Secretariado Geral |
Romeu Adrião da Silva Branco |
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Vice Presidente para as Relações com Associados e Expansão |
António Sobral Júnior |
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Vice Presidente para as Relações com as Entidades Desportivas |
Mário José da Silva Garcia |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
João Aranha |
Até 21-10-1977
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
João Gomes Nunes |
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Vice Presidente para o Jornal |
João José Pinho Xara Brasil |
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Director da Contabilidade |
Joaquim Martins Grilo |
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Director da Tesouraria |
Alberto Gomes Lourenço |
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Director do Secretariado Geral |
Eurico Ramos de Deus |
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Director de Obras e Melhoramentos |
Manuel Lopes |
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Director das Instalações Desportivas |
José Abrantes |
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Director para as Actividades Desportivas Semi-profissionais |
Orlando Coelho Naia |
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Director para as Actividades Desportivas Semi-profissionais |
Fernando Delgado |
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Director de Actividades Amadoras |
Manuel Gonzaga da Silva |
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Director de Actividades Amadoras |
José Garcia Alvarez |
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Director de Actividades Amadoras |
José Fidalgo |
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Director de Actividades Amadoras |
Fiel Farinha |
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Directora Adjunta do Presidente |
Margarida Rocha |
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Director |
Vítor Salgado |
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Director |
Manuel da Luz Aranha |
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O Sporting é recebido pelo 1º Ministro Mário Soares
Aspeto da Assembleia Geral de Outubro de 1976
A inauguração do Pavilhão de Alvalade
O Estádio e o Pavilhão de Alvalade em 1976
A assinatura da escritura da SCP
Campeões Europeus de Corta Mato
A equipa de Hóquei em Patins recebida no aeroporto de Lisboa
A despedida de Júlio Rendeiro
Planta dos terrenos consignados ao Sporting depois do acordo com a CML conseguido em 1977
Amado Freitas e Aquilino Ribeiro assinam a escritura dos terrenos de Alvalade
Amarelo - antes adquiridos, Cinza - agora adquiridos, Rosa - por adquirir
Ramalho Eanes recebe o Sporting
No início de Agosto de 1976 uma delegação de dirigentes do Sporting foi recebida pelo 1º Ministro, no Palácio de São Bento, numa visita de cortesia ao I Governo Constitucional recentemente eleito, que foi devolvida por Mário Soares, que marcou presença na tribuna do Estádio José Alvalade no jogo da 1º jornada do Campeonato Nacional, em que o Sporting derrotou o Benfica por 3-0. Este jogo começou com mais de uma hora de atraso, devido a uma tentativa de sabotagem de um grupo organizado que danificou os cabos de alta tensão que alimentavam as torres de iluminação e entrou em campo para impedir a realização do jogo, o que levou à intervenção das forças militares presentes, pelo que os dirigentes leoninos foram mais tarde acusados de incitar à violência sobre o povo.
O Pavilhão de Alvalade foi oficialmente inaugurado a 14 de Outubro de 1976, com um jogo de Basquetebol entre o Sporting e o Real Madrid a contar para a fase de apuramento da Taça dos Campeões Europeus. Tratava-se de um complexo desportivo com três recintos, um pavilhão principal com 2400 metros quadrados, com capacidade para 4500 espetadores e dois recintos anexos de apoio, cada um com cerca de 1200 metros quadrados e com capacidade para 500 espetadores, fundamentalmente destinados ao treino e às escolas das diversas modalidade. No papel continuava o sonho de construir um grande pavilhão com capacidade para 8 mil espetadores, a edificar nas proximidades do restaurante Frou Frou, com frentes para a 2ª circular e para a Av. Padre Cruz, no qual para além dos jogos principais das modalidades se poderiam realizar grandes espetáculos que contribuiriam para a viabilização financeira do espaço. Em cima da mesa estava também a construção no Estádio José Alvalade de um espaço de convívio para os sócios, com sala de jogos, bilhares, sala de televisão e até cinema.
No dia 8 de Outubro de 1976 realizou-se uma Assembleia Geral naquele que foi o primeiro evento que decorreu no Pavilhão de Alvalade, onde foi ratificada a subida de José Nunes dos Santos ao lugar de Vice Presidente para as Relações Externas deixado vago por José Roquete, aprovado o Relatório Contas de 1975 e um aumento significativo das cotas, ao mesmo tempo que a Direção foi autorizada a contrair empréstimos, hipotecas e a realizar compra, venda e permuta de terrenos.
Nessa reunião magna perante os cerca de 2 mil sócios presentes, João Rocha lembrou que a sua vinda para o Sporting tinha sido condicionada a alguns pressupostos acordados, numa altura em que o Clube se encontrava numa situação ruinosa e com perspetivas de um futuro negro, mas que o período de instabilidade política que o País atravessava dera origem ao ataque aos grandes clubes, que eram acusados de terem sido sustentados pelo regime fascista, enquanto o futebol era considerado alienante, mas que mesmo assim o Sporting continuava a fazer obra e a promover o desporto nacional preenchendo as lacunas do estado, sem cair em politizações pois a única política do Clube era a política do desporto.
De facto nesta altura o Sporting contribuía como nenhuma outra instituição para a massificação do desporto em Portugal, tendo realizado o torneio de futebol infantil Ano Novo Mil e o festival Onda Verde e movimentava mais de 4 mil atletas nas modalidades amadoras, ao mesmo tempo que já construíra quatro ginásios nos baixios do estádio para compensar o despejo da Rua do Passadiço, isto para além do Pavilhão de Alvalade e dos dois pavilhões de apoio anexos, uma obra significativa no sentido de melhorar as estruturas do Clube, que João Rocha considerava que não podia ser só Futebol, afirmando que o Sporting nascera para servir a grei e não para ganhar campeonatos, ao mesmo tempo que considerava que havia dois Sportings: o do futebol que atraia multidões de espetadores e o das modalidades que movimentava multidões de praticantes.
No dia 12 de Janeiro de 1977 realizou-se uma Assembleia Geral para aprovar o orçamento do Clube, do qual João Rocha ressalvou o facto das despesas com a atividade desportiva terem passado a ter um peso de apenas 55,8% do total, contra os 74,2% da década anterior, concluindo que o Sporting não tinha acompanhado "o jogo aventureirista" de outros clubes, isto numa reunião onde o Presidente leonino foi aclamado ao anunciar que tinha acabado de assinar a escritura de constituição provisória da Sociedade de Construções e Planeamento, depois de conseguidas as necessárias autorizações do Governo e de ter adquirido à Câmara Municipal de Lisboa os terrenos que esta tinha comprado e que no plano inicial deveriam ser expropriados. João Rocha afirmou ainda que empresa embora formada em moldes diferentes do inicialmente projetado, correspondia inteiramente aos objetivos perseguidos que visavam garantir a sustentabilidade financeira do Clube, através de um plano que contribuiria para o relançamento de um sector de fundamental relevância no quadro das atividades económicas nacionais como era a construção, a criação de numerosos postos de trabalho, o afluxo de divisas com a venda de apartamentos a emigrantes e a construção de infraestruturas fundamentais para o fomento da prática desportiva.
Desportivamente a temporada de 1976/77 ficou assinalada pelas até aí inéditas conquistas dos títulos de Campeão Europeu de Corta Mato e de Hóquei em Patins, desporto onde o Sporting também ganhou o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, naquela que foi a época de ouro do Clube nesta modalidade que na altura era a segunda mais popular no nosso País. O resto refletia o desinvestimento do Clube na área desportiva, principalmente no Futebol profissional, que já ia em três épocas sem ganhar nada, mas também nas modalidades, onde o Sporting não fora capaz acompanhar a subida dos prémios pagos aos atletas, depois destes terem passado a beneficiar de liberdade nas transferências de clube para clube. Mesmo assim o Sporting conquistou alguns títulos importantes no Atletismo masculino, no Ténis de Mesa feminino, no Boxe, nas Lutas Amadoras, no Tiro com Arco e no Xadrez, mas o Andebol continuou em branco, o Basquetebol perdeu os títulos conquistados na época anterior e o Atletismo feminino viu ser interrompida uma serie de 18 vitórias consecutivas nos Campeonatos Nacionais.
Estes resultados obrigaram a uma alteração na política desportiva do Sporting, o que também resultou no arrefecimento das relações com o Benfica, que se deterioraram com a saída de Borges Coutinho da presidência dos encarnados, uma situação que se agravou quando o Benfica se meteu na transferência de Jordão para o Sporting, o que levou João Rocha a ripostar indo buscar Artur Correia à Luz, ao mesmo tempo que também atacava nas Antas, com a contratação de Ailton. No Andebol o Sporting também respondeu aos ataques do Benfica indo lá buscar quatro jogadores de uma assentada, sendo que dois deles eram regressos e no Basquetebol foram contratados um treinador e alguns jogadores americanos, isto para além do internacional Augusto Baganha que vinha da Académica. Os resultados destas apostas foram imediatos, pois em 1977/78 o Sporting foi Campeão Nacional em Andebol, Basquetebol e Hóquei em Patins, isto apesar de nesta última modalidade Júlio Rendeiro ter pendurado os patins, enquanto António Ramalhete regressou ao Benfica e António Livramento foi para Itália. No Futebol a aposta no treinador brasileiro Paulo Emílio não resultou, mas mesmo assim a equipa ganhou a Taça de Portugal.
Em Outubro e Novembro de 1977 decorreu a 26ª edição do Primeiro Passo que se realizou em 7 distritos do País, movimentando cerca de 3 mil jovens e uma final nacional com 286 atletas.
No dia 21 de Outubro de 1977 realizou-se uma Assembleia Geral ordinária para a aprovação do Relatório Contas de 1976, que registava um exercício com um saldo positivo de cerca de 1558 contos, já depois de constituída uma provisão de 1250 contos e de subtraídas as amortizações, uma situação resultante de uma política de compressão de despesas que neste ano se cifraram à volta dos 47 mil contos, baixando cerca de 8200 contos, graças à suspensão do Ciclismo (7200 contos) e à redução dos encargos com o Futebol que custou 26458 contos (menos 2230 contos do que em 1975), valores contrabalançados com acréscimos nas despesas com as atividades amadoras, que ultrapassaram os 5500 contos (mais 715 contos do que no ano anterior) e com as instalações desportivas, que atingiram os 5470 contos (mais 632 contos do que no ano anterior).
Nas receitas foi cumprido o que estava estipulado no orçamento, verificando-se um decréscimo de 6600 contos em relação ao exercício anterior, o que se explicava essencialmente devido ao facto do futebol profissional ter ficado fora das competições europeias, pelo que a receita deste ano nesse importante sector foi de cerca de 19 mil contos, contra os mais de 32 mil registados em 1975. As receitas associativas subiram um pouco mais do que 1000 contos atingindo os 16815 contos, mas há a registar um significativo acréscimo nas receitas das atividades amadoras, que triplicaram, atingindo o patamar dos 3 mil contos, que poucos acreditariam ser possível, o que em parte era reflexo do investimento feito nos pavilhões. No entanto as modalidades continuavam a ser deficitárias, pois os seus custos orçavam os 5500 contos. As receitas administrativas registaram o significativo valor de 7650 contos, mais de 5 mil deles referentes a donativos e subscrições e 2560 contos resultantes de transferências de jogadores.
O ativo imobilizado cresceu cerca de 10500 contos em virtude da construção dos pavilhões, o que resultou também num aumento de 7 mil contos na rubrica credores gerais. Nesta altura o passivo exigível do Sporting rondava os 67 mil contos, metade dos quais a curto prazo.
Nessa Assembleia Geral a Direção informou os sócios que ao fim de 4 anos de labuta, a Câmara Municipal de Lisboa tinha finalmente resolvido favoravelmente aos interesses do Sporting o problema dos terrenos de Alvalade, com o Clube a ceder as frações que tinham sido ilegalmente ocupadas com a construção de barracas e a receber em troca uma faixa de terreno situada entre Telheiras e o Campo Grande, onde poderia finalmente avançar com a Sociedade de Construções e Planeamento (S.C.P.), que permitiria ao Sporting a edificação da sua Cidade Desportiva, que contemplava 12 courts de Ténis, dois campos relvados para o Futebol, dois campos ervados e uma pista para o Atletismo, uma piscina, mais um pavilhão e novos ginásios. Uma situação que continuava dependente do novo plano de urbanização de Lisboa, que previa o alargamento da rede de Metro para o lado do Campo Grande e a construção de novas vias rápidas naquela zona.
Nessa ocasião foi também aprovada uma recomendação do Conselho Leonino no sentido do mandato desta Direção ser prorrogado até ao dia 31 de Janeiro de 1978, de forma a permitir a conclusão dos importantes processos em curso, sendo que também foi prometido que dentro desse período seria apresentado aos sócios o estudo de revisão dos Estatutos que estava a ser elaborado. Esta situação resultou também do facto do Conselho Leonino não ter conseguido a aceitação por parte dos nomes propostos por aquele Órgão para liderarem os Corpos Gerentes do Sporting Clube de Portugal, entre os quais se encontrava João Rocha, em virtude destes considerarem estar criada uma situação de privilegio para outro clube, o que desencadeara a necessidade de se exigir para o Sporting tratamento igual da parte das entidades competentes, pelo que sem que essas condições estivessem reunidas, não estavam disponíveis para aceitar a responsabilidade de dirigir o Clube num mandato que estatutariamente deveria ter começado no início do ano de 1977.
Estava prevista para o final de Janeiro de 1978 a realização da Assembleia Geral eleitoral ordinária que já tinha um ano de atraso, no entanto nessa altura João Rocha encontrava-se ausente no Estados Unidos onde tencionava radicar-se, depois de uma parte do seu património ter sido nacionalizado. Mesmo assim e apesar do Presidente do Sporting já ter informado o Conselho Leonino das suas intenções, recusando o convite para continuar a liderar o Clube, que considerava estar a ser vítima de um tratamento discriminatório por parte de diversas entidades oficiais, as elites leoninas continuavam a insistir e a acreditar na continuidade de João Rocha, considerando-o como o único homem capaz de levar a cabo os projetos por ele idealizados que estavam em curso, isto numa altura em que finalmente foi assinada em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, a escritura que dava posse ao Sporting de cerca 88 mil metros quadrados de terrenos junto ao Estádio José Alvalade.
Ainda em Janeiro de 1978, os presidentes do Sporting e do FC Porto, João Rocha e Américo de Sá foram recebidos pelo Presidente da República Ramalho Eanes, numa audiência que visava reivindicar um tratamento igual da parte do Ministério da Habitação e Urbanismo, que tinha acabado de atribuir um subsidio de 16 mil contos ao Benfica, clube que vinha beneficiando de um tratamento de exceção da parte das entidades oficiais, apesar de em nenhum aspeto ter obra feita em prol do fomento do desporto português comparável com a realizada pelo Sporting.
Na verdade esta Gerência ficou marcada pelas dificuldades que João Rocha teve para viabilizar a Sociedade de Construções e Planeamento, em virtude de terem falhado os apoios prometidos pela Câmara Municipal de Lisboa e pelo Governo, isto numa altura de grande instabilidade política no nosso País.
No entanto e depois de muitos avanços e recuos, João Rocha acabou por ceder, mas só em Outubro de 1978 é que se considerou estarem finalmente reunidas as condições para se elegerem novos Órgãos Sociais para o Sporting Clube de Portugal, apesar do cumprimento das promessas feitas pelas entidades oficiais, ainda não estar totalmente assegurado. Assim no final desse mês realizou-se a competente Assembleia Geral eleitoral, que assinalou o fim desta Gerência e onde foi aprovado um significativo aumento de cotas que passaram para 230$ bancada central, 150$ bancada lateral, 100$ superior, 70$ senhoras, 40$ jovens, 20$ infantis (facultativo), 25$ atletas e 300$/ano correspondentes.
Nessa altura foi aprovado o Relatório Contas de 1977 que apresentou um saldo positivo de 2730 contos, depois de efetuadas amortizações no valor de 4615 contos. Analisando os resultados verifica-se que as receitas ultrapassaram os 70300 contos, um valor recorde que excedia em mais de 20 mil contos o registado no ano anterior, enquanto as despesas se aproximaram dos 63 mil contos, o que significava um agravamento de cerca de 16 mil contos em relação ao exercício de 1976. As receitas associativas ultrapassaram os 20700 contos, numa altura em que o Clube caminhava para os 50 mil sócios, uma marca que viria a atingir em Setembro de 1978, enquanto as receitas das instalações desportivas subiram exponencialmente, aproximando-se dos 5220 contos, um crescimento resultante do investimento nas infraestruturas, que também se refletiu nas despesas que foram cerca de 4577 contos. Quanto às despesas gerais aproximaram-se dos 7350 contos.
A atividade desportiva continuou a ser deficitária, apresentado um saldo negativo de cerca de 6520 contos (39990-46510), sendo que o Futebol contribuía com 2950 contos (33482-36432), enquanto que as restantes modalidades deram um prejuízo de 3570 contos (6508-10078), sendo que o Atletismo (1863 contos), o Basquetebol (904 contos) e o Andebol (591 contos) foram as modalidades que mais contribuíram para esse déficit, enquanto o Hóquei em Patins, no seu ano de ouro, teve um saldo positivo de mais de 32 contos e a Ginástica, que já movimentava à volta de 4 mil atletas, rendeu cerca de 1739 contos e custou 1512 contos, o que dava um lucro de perto de 227 contos.
O ativo cresceu cerca de 11200 contos, 6240 dos quais referente ao imobilizado, o que refletia o investimento nas infraestruturas, mas que também se traduziu num aumento de 3800 contos do passivo exigível do Clube, que nesta altura já se aproximava dos 71 mil contos.
Em Maio de 1978 o Sporting homenageou Armando Aldegalega, um atleta histórico com uma carreira de 22 anos ao serviço do Clube.
Em Julho de 1978 o Prof. Moniz Pereira regressou ao Sporting para assumir a coordenação de todas as atividades não profissionais no Clube.
Ainda em 1978 o Sporting organizou o Campeonato do Emigrante, durante o qual só em França e durante uma semana, conseguiram-se juntar 48 equipas e em Junho/Julho a equipa de Futebol efetuou uma histórica digressão à China, com um saldo de 3 vitórias e 1 empate, já sob o comando de Milorad Pavic, mais uma aposta, que não correu bem, num treinador que tinha passado com sucesso pelo Benfica, como foram os casos de Fernando Riera e Jimmy Hagan.
O Relatório Contas de 1978, aprovado já em 1979, apresentou um saldo positivo de cerca de 365 contos, depois de efetuadas amortizações de mais de 2 mil contos. As receitas voltaram a atingir valores recorde aproximando-se dos 82 mil contos, enquanto as despesas ultrapassaram os 79 mil contos, havendo ainda a registar a regularização de exercícios anteriores no valor de cerca de 430 contos
As receitas associativas ultrapassaram os 23 mil contos, numa altura em que o Clube já tinha cerca de 51 mil sócios, enquanto as receitas das instalações desportivas subiram para os 5843 contos, um crescimento resultante do investimento nas infraestruturas, que também se refletiu nas despesas que duplicaram atingindo os 9522 contos. Quanto às despesas gerais baixaram para os 7793 contos.
A atividade desportiva apresentou um saldo negativo de cerca de 10750 contos, dos quais 3664 contos eram referentes ao Futebol, que neste ano custou 43462 contos e rendeu 39798 contos, enquanto que nas restantes modalidades o Atletismo (2965 contos), o Basquetebol (1841 contos), o Andebol (1180 contos) e o Hóquei em Patins (815 contos), foram as que mais contribuíram para o déficit final. A Ginástica (207 contos) e a Patinagem (71 contos), foram as únicas a dar lucro.
O passivo cresceu cerca de 15700 contos, resultantes da necessidade de mobilizar recursos para financiar os investimentos nas infraestruturas.
To-mane 12h55min de 17 de Janeiro de 2012 (WET)