Dados de Mário Lino | ![]() ![]() | |
Nome | Mário Goulart Lino | |
Nascimento | 9 de Janeiro de 1937 | |
Naturalidade | Horta - Faial - Açores - Portugal | |
Posição | Futebolista (defesa direito) e Treinador (principal e adjunto) |
Escalão | Época | Clube | Jogos | Golos | Titulos | Internacionalizações | ||||||
JUV | JUN | ESP | BB | AA | Golos | |||||||
Regionais | 1954/55 | Lusitânia | ||||||||||
Regionais | 1955/56 | Lusitânia | ||||||||||
Regionais | 1956/57 | Lusitânia | ||||||||||
Regionais | 1957/58 | Lusitânia | ||||||||||
1ª Divisão | 1958/59 | SPORTING | 19 | 0 | ||||||||
1ª Divisão | 1959/60 | SPORTING | 35 | 1 | ||||||||
1ª Divisão | 1960/61 | SPORTING | 36 | 3 | 1 | 3 | 0 | |||||
1ª Divisão | 1961/62 | SPORTING | 38 | 0 | Campeonato Nacional Taça de Honra |
3 | 0 | |||||
1ª Divisão | 1962/63 | SPORTING | 26 | 1 | Taça de Portugal | |||||||
1ª Divisão | 1963/64 | SPORTING | 18 | 1 | Taça das Taças Taça de Honra |
|||||||
1ª Divisão | 1964/65 | SPORTING | 13 | 0 | ||||||||
1ª Divisão | 1965/66 | SPORTING | 6 | 0 | Campeonato Nacional Taça de Honra |
|||||||
1ª Divisão | 1966/67 | SPORTING | 4 | 0 | ||||||||
Total = | 195 | 6 | 1 | 6 | 0 |
Escalão | Época | Clube | Obs. | Jogos | V | E | D | Titulos |
Juniores | 1967/68 | SPORTING | ||||||
Juniores | 1968/69 | SPORTING | ||||||
1ª Divisão | 1968/69 | SPORTING | 23 | 13 | 4 | 6 | ||
1ª Divisão | 1969/70 | SPORTING | Adjunto | |||||
1ª Divisão | 1970/71 | SPORTING | Adjunto | |||||
1ª Divisão | 1971/72 | SPORTING | Adjunto | 17 | 10 | 5 | 2 | |
1ª Divisão | 1972/73 | SPORTING | Adjunto | 8 | 6 | 1 | 1 | Taça de Portugal |
1ª Divisão | 1973/74 | SPORTING | 45 | 32 | 6 | 7 | Campeonato Nacional Taça de Portugal | |
1ª Divisão | 1974/75 | Farense | ||||||
1ª Divisão | 1975/76 | V.Setúbal | ||||||
1ª Divisão | 1976/77 | Sp.Braga | ||||||
1ª Divisão | 1977/78 | Portimonense | ||||||
2ª Divisão | 1978/79 | Portimonense | Campeonato Nacional | |||||
1ª Divisão | 1979/80 | Boavista | Supertaça | |||||
1ª Divisão | 1980/81 | Sp.Braga | ||||||
1ª Divisão | 1981/82 | Boavista | ||||||
2ª Divisão | 1981/82 | Farense | ||||||
1ª Divisão | 1982/83 | Marítimo | ||||||
2ª Divisão | 1983/84 | Marítimo | ||||||
2ª Divisão | 1984/85 | Olhanense | ||||||
2ª Divisão | 1985/86 | Águeda | ||||||
2ª Divisão | 1986/87 | Beira Mar | ||||||
1987/88 | ||||||||
2ª Divisão | 1988/89 | Barreirense | ||||||
2ª Divisão | 1989/90 | Peniche | ||||||
1990/91 | ||||||||
Total = | 93 | 61 | 16 | 16 |
Antes de Pauleta, Mário Lino foi o futebolista açoriano que mais se destacou, ao conquistar vários títulos ao serviço do Sporting e conseguindo seis internacionalizações A. Para além disso é detentor de diversas distinções a saber:
- Diploma de Sócio de Mérito do Sport Clube Lusitânia
- Medalha de Ouro da Federação Portuguesa de Futebol
- Medalha de Prata da Câmara Municipal de Lisboa
- Prémio Stromp – Técnico Profissional (1972 e 1974)
- Troféu Rugidos de Leão em 95/96
- Prémio Joaquim Agostinho 1999
- Diploma de Mérito na qualidade de desportista, da Cidade da Horta.
- Diploma de Sócio de Mérito do Sporting Clube de Portugal.
- Sócio honorário dos “Leões de New Jersey”.
- Insígnia Autonómica de Reconhecimento pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Nascido na Horta começou a jogar no Fayal Sport com apenas 13 anos e chegou a actuar na equipa principal, apesar de ter saído do clube antes de atingir a idade de sénior.
Um dia vieram jogar à Terceira com o Lusitânia, o Clube mais representativo do Açores naquele tempo, e Mário Lino que então jogava como médio ofensivo, destacou-se de tal forma que já não o deixaram regressar ao Faial. Foi a primeira transferência entre clubes açorianos que envolveu dinheiro, 15 contos na moeda da altura.
Quatro anos depois transferiu-se para o Sporting ao abrigo da Lei Militar, e por indicação do técnico húngaro Janos Biri, que na altura treinava o Lusitânia.
No Sporting transformou-se num defesa direito, aproveitando o facto de estar em curso a renovação do sector recuado da equipa, e apesar de ser baixo era muito forte fisicamente e tinha uma grande capacidade de desarme, que aliada à sua excelente técnica individual, o tornou num jogador que também era capaz de participar nas acções ofensivas da equipa.
Logo na sua primeira época de Leão ao peito ganhou um lugar no onze, tornando-se no dono da camisola nº 2 durante cinco temporadas, conquistando então um Campeonato e uma Taça de Portugal.
Começou a época de 1963/64 ainda como titular, mas no decorrer desta perdeu o lugar para Pedro Gomes. Mesmo assim participou nos primeiros cinco jogos da brilhante campanha que levou o Sporting à conquista da Taça das Taças de 1964.
Ainda fez mais três épocas no Sporting conquistando outro Campeonato, embora já jogasse menos, e com 30 anos passou a treinar os juniores enquanto ia fazendo uma "perninha" nas reservas.
Em Janeiro de 1969 foi chamado para substituir Fernando Caiado de quem era adjunto, orientando a equipa até ao regresso de Armando Ferreira ao cargo de Secretário Técnico, com quem passou a trabalhar com treinador de campo, mas voltou a ser adjunto depois da a chegada de Fernando Vaz, com o qual ganhou um Campeonato e uma Taça de Portugal.
Em Fevereiro de 1972 é novamente chamado ao comando da equipa, para substituir Fernando Vaz que entretanto tinha entrado em litígio com a Direcção, conseguindo aí a sua primeira presença como treinador numa Final da Taça de Portugal, em que o Sporting perdeu por 3-2 com o Benfica.
Com a chegada do inglês Ronnie Allen voltou a ser adjunto, mas mais uma vez acabou por ficar com a equipa nos braços a meio da temporada, e conseguiu novamente chegar à Final da Taça de Portugal, agora para ganhar por 3-2 ao V.Setúbal.
Garantiu assim o lugar de treinador principal na temporada seguinte, que ficaria na história como uma das melhores de sempre do Sporting, que chegou às meias-finais da Taça das Taças, e ganhou o Campeonato e a Taça de Portugal, embora Mário Lino já não tenha estado no banco na Final desta, devido a um desentendimento com a Direcção, relacionado com a preparação da época seguinte, que ele considerou que estava a ser mal feita.
Prosseguiu então a sua carreira de treinador fora de Alvalade durante 17 anos, com passagens pelo Farense, V.Setúbal, Sp.Braga, Portimonense onde foi Campeão Nacional da 2ª Divisão, Boavista onde ganhou uma Supertaça derrotando o FC Porto nas Antas, Marítimo, Beira Mar, Olhanense, Barreirense e Peniche.
Em 1991 regressou ao Sporting pela mão de Sousa Cintra, para ocupar o cargo de Secretário Técnico, com funções de supervisão e coordenação do Departamento de Futebol Juvenil.
Dois anos depois passou ser o Chefe do Departamento de futebol profissional, e em 1996 regressou ao futebol juvenil do Clube, para exercer as funções de coordenador administrativo, acompanhando então a evolução da formação leonina até à era da Academia Sporting, onde continuou a trabalhar até se reformar, mais de 50 anos depois de ter entrado na Porta 10-A.
To-mane 11h13min de 5 de Março de 2009 (WET)