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Já sem Azevedo, Manecas e principalmente Peyroteo os Cinco Violinos de Cândido de Oliveira, passaram a ser só quatro, mas agora sob o comando do inglês Randolph Galloway o Sporting continuava a ganhar, embora já sem o brilho das épocas mais recentes, mesmo com o aparecimento de novas figuras como Carlos Gomes, Passos, Joaquim Pacheco, Juca e João Martins.

Na época de 1951/52 o Sporting renovou o título de Campeão Nacional que tinha recuperado na temporada anterior, mas desta vez apenas com um ponto de vantagem sobre o Benfica, com quem tinha marcado o tira-teimas na Final da Taça de Portugal.

Pela primeira vez na história tínhamos um Sporting-Benfica na Final da Taça de Portugal e com o estádio completamente cheio, as duas equipas fizeram jus às expectativas geradas, oferecendo aos presentes um grande espectáculo com nove golos, três dos quais resultantes de grandes penalidades e muita emoção e alternância no marcador até ao último segundo.

O jogo disputou-se no dia 15 de Junho de 1952, como de costume no Estádio Nacional, e o Sporting desfalcado de Vasques e Jesus Correia, alinhou com: Carlos Gomes; Juvenal e Joaquim Pacheco; Veríssimo, Passos e Juca; Pacheco Nobre, Travaços, João Martins, Rola e Albano.

Marcou primeiro o Sporting por Albano na conversão de uma grande penalidade, quando iam decorridos apenas 9 minutos. Respondeu o Benfica da mesma forma com Rogério a encarregar-se de converter o penalti assinalado pelo árbitro Reis Santos aos 23 minutos da 1ª parte, e assim se chegou ao intervalo com 1-1.

A 2ª parte começou com um "frango" de Carlos Gomes que deixou entrar um remate fraco de Corona, mas o Sporting reagiu de imediato e em poucos minutos passou para a frente do marcador, com golos de Rola e João Martins.

Aos 69 minutos mais um penalti convertido por Rogério e esteva restabelecida a igualdade, mas por pouco tempo pois dois minutos bastaram para que Rola bisasse, colocando o Sporting outra vez na frente do marcador.

Mais dois minutos e nova igualdade, desta vez com um golo de José Águas e o jogo entrava na sua fase decisiva.

As equipas acalmaram um pouco e o prolongamento parecia inevitável, quando a poucos segundos do fim, Rogério fez o seu terceiro golo, com um remate traiçoeiro que deixou Carlos Gomes, que disputava a sua primeira Final, banhado em lágrimas ainda a pensar no golo de Corona.


To-mane 17h24min de 20 de Outubro de 2008 (WEST)