Diferenças entre edições de "1969/70"

Revisão das 20h44min de 27 de janeiro de 2022

Só faltou a Taça de Portugal

Inicia-se um novo ciclo agora sob o comando de Fernando Vaz, que já tinha sido Campeão pelo Sporting como adjunto de Cândido de Oliveira, para além de uma experiência mal sucedida como treinador principal na época de 1959/60, mas agora, 10 anos depois era um técnico preparado, após ter mostrado serviço na CUF, no Belenenses e no Vit. Setúbal.

Nesta época o Sporting assegurou o regresso dos emprestados Caló e Manaca e principalmente de Fernando Peres que estivera um ano na Académica ao abrigo da Lei dos Estudantil. Para além disso reforçou-se com Nelson vindo do Varzim e voltou a apostar no filão africano, garantindo o concurso de Dinis e Juvenal Gomes, isto numa época onde foram dispensados jogadores que tinham sido úteis, como Sitoe e João Carlos, também eles oriundos de África.

Foi precisamente no continente africano que esta temporada arrancou com uma digressão feita em conjunto com o Benfica e que terminou com duas vitórias dos Leões sobre os seus velhos rivais, 1-0 em Moçambique e 5-2 em Luanda, seguindo-se a conquista do Torneio de Mourilla Moutiles em Córdoba.

Estes bons resultados foram apenas o presságio de uma época brilhante, com Sporting a arrancar com 8 vitórias nas primeiras 9 jornadas do Campeonato, cedendo apenas um empate na Póvoa do Varzim, isto para além de na Taça das Cidades com Feira ter eliminado sem grandes dificuldades os austríacos do L.A.S.K. Linzer.

No final de Novembro surgiram os primeiros revezes com a carreira europeia do Sporting a terminar com uma derrota por 3-0 frente ao Arsenal de Londres, um resultado que se repetiu poucos dias depois em Coimbra frente à Académica.

Nessa altura o Sporting ficou com apenas 3 pontos de vantagem sobre o Benfica, pelo que se adivinhavam dificuldades acrescidas, até porque o Sporting ainda tinha de ir às Antas, à Luz e ao Restelo, mas essa acabou por ser a única derrota dos Leões no Campeonato, verificando-se apenas mais dois empates até ao "derby" da 20ª jornada, que se disputou no Estádio Nacional por interdição da Luz, depois de uma invasão de campo onde os adeptos benfiquistas perfuraram uma perna de um jogador do Belenenses. Por incrível que pareça a Federação resolveu homologar o empate a zero que se verificava na altura do vergonhoso acontecimento, mas mesmo assim o Sporting chegou ao Jamor com 8 pontos de vantagem sobre o seu velho rival e depois do empate que se verificou nesse jogo ficou com mais 6 pontos do que o 2º classificado que era o Vit. Setúbal, isto com apenas 6 jogos por disputar.

O percurso dos Leões daí para a frente foi irrepreensível e a festa do 17º título de Campeão Nacional conquistado pelo Sporting fez-se com uma vitória no Restelo a 4 jornadas do fim, naquele que provavelmente foi o Campeonato mais tranquilo de todos os que o Clube ganhou, numa época em que Fernando Vaz deu a titularidade ao jovem Caló ao lado de José Carlos no centro da defesa e aproveitou a lesão de Pedras para recuar Peres para o meio campo e lançar Dinis no lugar de extremo esquerdo, enquanto Nelson Fernandes se impunha na frente de ataque como o melhor marcador da equipa.

Na Taça de Portugal o Sporting afasta Salgueiros, Académica, a quem devolve os 3-0 da única derrota no campeonato, Braga e Belenenses, mas perde na Final por 3-1 com o Benfica, foi a excepção de uma época quase perfeita.

Para fechar em beleza esta brilhante temporada, o Sporting ganha pela segunda vez o Troféu Ibérico de Badajoz, batendo o Saragoça e o Espanhol. Estavam lançadas as bases de uma grande equipa.

To-mane 10h50min de 29 de Agosto de 2008 (UTC)

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