Diferenças entre edições de "1999/00"

Revisão das 16h41min de 17 de setembro de 2010

Resumo

Depois de uma época onde se tinha optado por retirar alguma da pressão de ter de ganhar, assumindo uma forte aposta na juventude, mas mais uma vez sem grandes resultados desportivos, o Sporting de José Roquete parecia estar um pouco à deriva, sem saber como lutar contra a hegemonia do FC Porto, que depois de ter igualado o histórico tetra campeonato, até aí apenas conseguido pelos Leões na já longínqua década de 50, acabava de estabelecer um novo recorde, chegando ao "penta".

Aposta-se então em Giusepe Materazzi, um treinador italiano de 53 anos, habituado a pequenas equipas do seu País, com ele chega o extremo esquerdo Ivone De Franceschi, mas a grande contratação é o enorme guarda-redes dinamarquês Peter Schmeichel vindo do Manchester United, um veterano que dizia estar farto da pressão de jogar sempre ao mais alto nível.

Marco Aurélio tinha sido vendido a meio da temporada anterior e agora o Barcelona cobria a cláusula de rescisão de Simão, pagando 3 milhões de contos pelo miúdo, apesar dos apelos de José Roquete para que ele ficasse mais uma época, ao mesmo tempo que garantia que era possível "fabricar" um "simão" de três em três anos.

Com algum dinheiro nos bolsos o Sporting contrata ao Boavista o avançado ganês Ayew, antecipa-se ao Benfica na corrida pelo argentino Hanuch e ganha ao FC Porto a guerra pelo espanhol Tonito que jogava no Vitória de Setúbal, acabando-se assim o bom relacionamento entre José Roquete e Pinto da Costa que se dizia ter-se aproximado do Presidente leonino apenas interessado em apanhar boleia no advento das SAD em Portugal.

A temporada começa com uma humilhante eliminação da Taça UEFA, frente aos noruegueses do Viking, com uma derrota por 3-0 na Escandinávia, intercalada com uma série de empates para o campeonato, que acabam com o despedimento de Giuseppe Materazzi e mais uma revolução no departamento de futebol, para onde entram Luís Duque, e os experimentados Manolo Vidal e José Manuel Trocato.

Com eles chega Inácio, a principio apontado como futuro adjunto dum treinador consagrado a contratar, mas os resultados começam a aparecer e na reabertura de mercado as contratações são cirúrgicas.

Com a chegada de André Cruz, César Prates e Mbo Mpenza a equipa fica mais forte e a oito jornadas do fim passa para a frente do Campeonato ao bater o FC Porto em Alvalade por 2-0.

Apesar dum susto na penúltima jornada, resultante duma frustrante derrota em casa com o Benfica por 1-0, quando a festa já estava preparada, o titulo é alcançado no Porto, com um claro 4-0 no quintal do Salgueiros, no dia em que se venderam bilhetes a 30 contos e em que o País não dormiu tal foi a festa duma nação verde e branca que acordava de um longo pesadelo.

Tinha terminado um penoso jejum de 18 anos e 17 temporadas sem ganhar o Campeonato, o Sporting era Campeão Nacional pela 17ª vez com 77 pontos, que correspondiam a 23 vitórias, 8 empates, 3 derrotas, 57 golos marcados e 22 sofridos.

O regresso a Lisboa num cortejo que à chegada à Capital já tinha mais de cinco quilómetros, a passagem do Presidente José Roquete por um estabelecimento comercial cujo proprietário já falecido tinha prometido só actualizar o preço do café quando o Sporting fosse Campeão, a subida de Yordanov à estátua dos Marquês do Pombal para colocar um cachecol do Sporting no leão e a recepção à equipa no Estádio José Alvalade, foram momentos inesquecíveis de uma festa sem paralelo.

Para que a festa ser completa só faltou a vitória na Taça, perdida numa finalíssima frente ao FC Porto, depois de um empate a uma bola na Final. Pelo caminho tinham ficado Canelas, U. Leiria, Benfica com uma vitória por 3-1 na Luz, Dragões Sandinenses e Moreirense.

To-mane 14h41min de 16 de Setembro de 2008 (UTC)

Figuras e Jogos

Plantel

TREINADOR

• Giuseppe Materazzi
• Inácio

ADJUNTO

• Pedro Venâncio
• Vitorino Bastos

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