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| + | A partir daí foi sempre a somar. Mas o nome do vice presidente [[Góis Mota]] também não pode ser esquecido, pela proximidade e dedicação que sempre teve para a principal secção do Clube. De resto esta Direcção tinha entre os seus membros vários homens ligados à prática do desporto, logo com uma sensibilidade e conhecimentos fundamentais para potenciar o desenvolvimento desportivo do Clube. |
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Revisão das 11h42min de 19 de janeiro de 2016
No dia 19 de Janeiro de 1946 foi eleita uma nova Direcção, que tomou posse no dia 8 de Fevereiro, com a seguinte constituição:
Sousa Martinho e Palma Carlos chegaram a ser apontados como os prováveis sucessores de Barreira de Campos na Presidência do Sporting Clube de Portugal, mas acabou por ser Ribeiro Ferreira a liderar uma lista de consenso, ficando os outros putativos candidatos com as presidências do Conselho Fiscal e da Assembleia Geral.
Esta gerência marcou o inicio de um ciclo que ficou conhecido como "os anos de ouro", durante os quais o Sporting dominou de uma forma esmagadora o Futebol português, uma situação da qual não pode ser dissociada a contratação de Cândido de Oliveira, que em Abril de 1946 passou a ser o Supervisor Técnico do Futebol leonino, e que apesar de ter pegado na equipa já numa fase adiantada da época, conseguiu logo no primeiro ano ganhar a Taça de Portugal.
Era apenas a primeira de muitas vitórias, algumas delas alicerçadas na célebre linha avançada que ficou conhecida como os Cinco Violinos, também ela uma obra de Cândido de Oliveira. De resto foi também nesta altura que o Sporting assegurou o concurso de Vasques e Travassos, que completaram esse magnifico quinteto, de que também faziam parte Peyroteo, Jesus Correia e Albano.
É caso para dizer que logo na sua primeira Gerência, que terminou em 20 de Janeiro de 1947, Ribeiro Ferreira acertou em cheio no que diz respeito ao Futebol, que ainda nesse período ganhou os Campeonatos Regional e Nacional de Juniores e mais um Campeonato de Lisboa, este já sob o comando do treinador inglês Robert Kelly, que foi contratado em Agosto.
A partir daí foi sempre a somar. Mas o nome do vice presidente Góis Mota também não pode ser esquecido, pela proximidade e dedicação que sempre teve para a principal secção do Clube. De resto esta Direcção tinha entre os seus membros vários homens ligados à prática do desporto, logo com uma sensibilidade e conhecimentos fundamentais para potenciar o desenvolvimento desportivo do Clube.
Nas modalidades extra Futebol, o Atletismo continuou em grande plano, com destaque para a renovação dos dois títulos nacionais de clubes, enquanto o Andebol e o Ciclismo tiveram um ano menos produtivo. Em contrapartida no Ténis de Mesa o Sporting foi Campeão Nacional pela primeira vez na sua história. Nas restantes secções há a registar alguns títulos no Ténis e a vitória no Campeonato de Lisboa de Basquetebol, no segundo escalão.
Numa das suas primeiras medidas a Direcção de Ribeiro Ferreira criou o Conselho das Filiais e Delegações, cumprindo uma determinação do I Congresso Leonino e logo de seguida o Presidente deslocou-se a África, onde visitou as Filiais de Luanda, Lobito, Novo Redondo, Benguela e São Tomé, numa jornada de propaganda e estreitamento de relações entre o Clube sede e as suas extensões africanas.
Outro marco importante desta Gerência, foi o inicio das obras no Estádio do Lumiar, que arrancaram no Verão de 1946, depois de concluída a época do Futebol. O projecto finalmente aprovado pela Câmara Municipal, previa o arrelvamento do campo, a remodelação dos balneários, a ampliação das bancadas que passariam a comportar 15 mil lugares, a retificação do peão cuja lotação passaria a ser para cerca de 20 mil espectadores, melhoramentos na pista de Atletismo e cimentação da pista de Ciclismo, havendo ainda a possibilidade de se construir um ginásio. Estas obras tinham a duração prevista para cerca de um ano, durante o qual o Sporting passaria a jogar no campo da CUF, conhecido como Lumiar A, que ficava precisamente onde o Clube tinha tido as suas primeiras instalações desportivas.
Para uma segunda fase, ainda dependente da resolução do problema do Campo do Benfica, que continuava a ocupar a Estância de Madeira no Campo Grande, o Sporting planeava construir, campos de Basquetebol e Voleibol, ringue de patinagem, piscina, carreira de tiro e seis cortes de Ténis, para além de um vasto parque de estacionamento.
O problema da Sede não estava esquecido, mas os enormes encargos resultantes das obras no Estádio, levaram a Direcção a convocar uma Assembleia Geral extraordinária onde foi proposto que o fundo pró-sede fosse utilizado para financiar as referidas obras e solicitada a autorização para proceder a algumas alterações ao projecto do novo estádio, que já tinha sido anteriormente aprovado.
Nessa Assembleia Geral, a Direcção expôs aos sócios todas as diligências feitas no sentido de levar a cabo os projectos atrás referidos, ficando em aberto a possibilidade de se construir uma Sede que pudesse também albergar instalações desportivas para as modalidades extra futebol, ou em alternativa a aquisição de um prédio que tivesse condições para instalar condignamente os serviços do Clube, as suas secções desportivas e receber os sócios.
Foi também aprovada a constituição de uma comissão que ficou encarregue de elaborar o projecto de revisão dos Estatutos, formada por Góis Mota, Santos Ferro e Carlos Correia.
To-mane 15h03min de 26 de Outubro de 2011 (WEST)