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Brás Medeiros foi admitido como sócio a 7 de Dezembro de 1943.
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Guilherme Brás Medeiros formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e foi admitido como sócio do [[Sporting Clube de Portugal]] a 7 de Dezembro de 1943.
  
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Fez parte do [[Conselho Geral]] entre 1951 e 1953 e mais tarde entre 1963 e 1965.
  
Foi por duas vezes Presidente do Sporting: a primeira entre Dezembro de 1958 e Abril de 1960, e a segunda entre Julho de 1965 e Março de 1973. Em ambos os casos, o Clube atravessava grandes dificuldades financeiras resultantes da construção do [[Estádio José Alvalade]] e de grandes investimentos na equipa de futebol.
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Foi Presidente do [[Sporting Clube de Portugal]] em dois períodos diferentes. O primeiro entre 7 de Janeiro de 1959 e 10 de Maio de 1961, numa altura em que o Clube atravessava grandes dificuldades financeiras resultantes da construção do [[Estádio José Alvalade]], ao mesmo tempo que se procedia à renovação da equipa, depois do fim do ciclo mais vitorioso da história do futebol leonino.
  
Durante os seus mandatos reformou os Estatutos do Clube e conseguiu aumentar o património imobiliário, principalmente com o negócio de cedência à Câmara do edifício da Rua do Passadiço, com excelentes contrapartidas para o Clube, solucionando assim o problema dos terrenos destinados à construção da Cidade Desportiva do Sporting e à construção da Sede Social do Clube e dos acessos ao Estádio.
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Nesse período endireitou as contas do Clube e apostou na contratação de vários jogadores estrangeiros com destaque para [[Juan Seminário]], [[Fernando Puglia]], [[Lúcio Soares|Lúcio]] e [[Géo]], com o objectivo de construir uma equipa forte, mas não foi feliz na escolha dos treinadores e depois de perder dois campeonatos para o Benfica, a contestação à sua gerência cresceu e acabou por não ser reconduzido.
  
Brás Medeiros recebeu várias distinções com destaque para:
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Apesar de ter sido acusado de apertar demasiadamente o cinto às modalidades, que assim  perderam alguns atletas, dirigentes e seccionistas, nestes dois anos o Sporting foi Campeão Nacional de [[Basquetebol]] e de [[Andebol de 11]] e consolidou a sua posição de domínio absoluto no [[Atletismo]], numa altura em que surgiu [[Manuel de Oliveira]], uma nova estrela desta modalidade.
*Sócio de Mérito em 1960;
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*Prémio Stromp para Dirigente do ano em 1965 e 1968;
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Foi também nesta altura que se desenrolou [[o caso Eusébio]] que seria determinante para o desenrolar do futebol português nos anos que se seguiram.
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Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito por aclamação, numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival.
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Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre [[As condições de Brás Medeiros|outras condições]] que viu aprovadas na totalidade em [[A Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965|Assembleia Geral efectuada para o efeito]].
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Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa com um mandato de 3 anos, prometendo uma férrea disciplina orçamental, com prevalência dos pelouros administrativos sobre os desportivos, sem prejuízo da manutenção das modalidades amadoras, embora diferenciando os critérios da gestão destas, em relação às outras.
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Depois seria reeleito Presidente da [[Direcção]], numa gerência que se estendeu durante cerca de oito anos, até 4 de Abril de 1973, na qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo alguns fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino [[Hector Yazalde|Yazalde]], entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência.
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Para além disso nessa altura a equipa do Sporting desdobrou-se em várias digressões por todo o mundo, conquistando diversos troféus de grande prestigio, com destaque para Taça Internacional de Futebol, a Taça do Emigrante e dois Troféus Ibéricos, entre outros.
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A nível desportivo, nos seus consulados o Sporting festejou e viveu o seu período áureo no Andebol, conquistando um inédito penta campeonato nacional nesta modalidade, ao mesmo tempo que se assistia ao aparecimento de [[Joaquim Agostinho]], que ganhou nessa altura três Voltas a Portugal em Bicicleta, enquanto o Sporting vencia por cinco vezes a mesma competição, mas na variante por equipas.
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Foi também durante a Presidência de Brás Medeiros que [[Carlos Lopes]] e [[Fernando Mamede]] vieram para o Sporting, e que começaram a destacar-se, antes de se tornarem nas maiores figuras do [[Atletismo]] do Clube e do País.
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Durante os seus mandatos Brás Medeiros criou as escolas de futebol, realizou o [[Congresso Leonino|II Congresso Leonino]], reformou os Estatutos do Clube aprovando a sua 9ª versão, e conseguiu aumentar o património imobiliário, principalmente com o negócio de cedência à Câmara do edifício da Rua do Passadiço, com excelentes contrapartidas para o Clube, solucionando assim o problema dos terrenos destinados à construção da Cidade Desportiva do Sporting e à construção da Sede Social do Clube e dos acessos ao Estádio.
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Fez parte d[[o primeiro Conselho Leonino]].
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Em consequência de todo seu trabalho em prol do Sporting, Brás Medeiros recebeu várias distinções com destaque para:
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*[[Sócio de Mérito]] em 1960;
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*[[Prémio Stromp]] na categoria Dirigente em 1965 e 1968;
 
*Medalha de Mérito e Dedicação em 1968;
 
*Medalha de Mérito e Dedicação em 1968;
*Leão de Palma em 1968.
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*[[Leão de Ouro]] com Palma em 1968.
  
A nível desportivo, nos seus consulados o Sporting festejou a conquista de dois Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal e viveu o seu período áureo no Andebol, ao mesmo tempo que assistiu ao aparecimento de [[Joaquim Agostinho]].
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Abandonou a Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]] em Abril de 1973, quando já acusava algum desgaste, pois apesar da obra feita, não tinha conseguido recuperar para o Clube uma posição de hegemonia no futebol, que os sócios exigiam.
  
Fora do Sporting, destacou-se como o criador do Diário Popular, numa altura em que não era fácil a vida da imprensa, com a censura do regime sempre à perna.
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Fora do Sporting destacou-se como o criador do Diário Popular, havendo quem considere que revolucionou o jornalismo em Portugal, isto numa altura em que não era fácil a vida da imprensa, com a censura do regime sempre à perna, mesmo que Brás Medeiros fosse um apoiante da situação vigente.
  
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Faleceu no dia 30 de Agosto de 1994, na sua residência em Lisboa, com 82 anos de idade.
  
 
[[Usuário:To-mane|To-mane]] 11h25min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)
 
[[Usuário:To-mane|To-mane]] 11h25min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)

Edição atual desde as 15h56min de 17 de dezembro de 2021

Dados de Brás Medeiros Brazmedeiros.jpeg Brasmedeiros.jpg
Nome Guilherme Braga Brás Medeiros
Nascimento 1912
Naturalidade Avelar - Portugal
Posição Presidente

Guilherme Brás Medeiros formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e foi admitido como sócio do Sporting Clube de Portugal a 7 de Dezembro de 1943.

Fez parte do Conselho Geral entre 1951 e 1953 e mais tarde entre 1963 e 1965.

Foi Presidente do Sporting Clube de Portugal em dois períodos diferentes. O primeiro entre 7 de Janeiro de 1959 e 10 de Maio de 1961, numa altura em que o Clube atravessava grandes dificuldades financeiras resultantes da construção do Estádio José Alvalade, ao mesmo tempo que se procedia à renovação da equipa, depois do fim do ciclo mais vitorioso da história do futebol leonino.

Nesse período endireitou as contas do Clube e apostou na contratação de vários jogadores estrangeiros com destaque para Juan Seminário, Fernando Puglia, Lúcio e Géo, com o objectivo de construir uma equipa forte, mas não foi feliz na escolha dos treinadores e depois de perder dois campeonatos para o Benfica, a contestação à sua gerência cresceu e acabou por não ser reconduzido.

Apesar de ter sido acusado de apertar demasiadamente o cinto às modalidades, que assim perderam alguns atletas, dirigentes e seccionistas, nestes dois anos o Sporting foi Campeão Nacional de Basquetebol e de Andebol de 11 e consolidou a sua posição de domínio absoluto no Atletismo, numa altura em que surgiu Manuel de Oliveira, uma nova estrela desta modalidade.

Foi também nesta altura que se desenrolou o caso Eusébio que seria determinante para o desenrolar do futebol português nos anos que se seguiram.

Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito por aclamação, numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival.

Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre outras condições que viu aprovadas na totalidade em Assembleia Geral efectuada para o efeito.

Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa com um mandato de 3 anos, prometendo uma férrea disciplina orçamental, com prevalência dos pelouros administrativos sobre os desportivos, sem prejuízo da manutenção das modalidades amadoras, embora diferenciando os critérios da gestão destas, em relação às outras.

Depois seria reeleito Presidente da Direcção, numa gerência que se estendeu durante cerca de oito anos, até 4 de Abril de 1973, na qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo alguns fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino Yazalde, entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência.

Para além disso nessa altura a equipa do Sporting desdobrou-se em várias digressões por todo o mundo, conquistando diversos troféus de grande prestigio, com destaque para Taça Internacional de Futebol, a Taça do Emigrante e dois Troféus Ibéricos, entre outros.

A nível desportivo, nos seus consulados o Sporting festejou e viveu o seu período áureo no Andebol, conquistando um inédito penta campeonato nacional nesta modalidade, ao mesmo tempo que se assistia ao aparecimento de Joaquim Agostinho, que ganhou nessa altura três Voltas a Portugal em Bicicleta, enquanto o Sporting vencia por cinco vezes a mesma competição, mas na variante por equipas.

Foi também durante a Presidência de Brás Medeiros que Carlos Lopes e Fernando Mamede vieram para o Sporting, e que começaram a destacar-se, antes de se tornarem nas maiores figuras do Atletismo do Clube e do País.

Durante os seus mandatos Brás Medeiros criou as escolas de futebol, realizou o II Congresso Leonino, reformou os Estatutos do Clube aprovando a sua 9ª versão, e conseguiu aumentar o património imobiliário, principalmente com o negócio de cedência à Câmara do edifício da Rua do Passadiço, com excelentes contrapartidas para o Clube, solucionando assim o problema dos terrenos destinados à construção da Cidade Desportiva do Sporting e à construção da Sede Social do Clube e dos acessos ao Estádio.

Fez parte do primeiro Conselho Leonino.

Em consequência de todo seu trabalho em prol do Sporting, Brás Medeiros recebeu várias distinções com destaque para:

Abandonou a Presidência do Sporting Clube de Portugal em Abril de 1973, quando já acusava algum desgaste, pois apesar da obra feita, não tinha conseguido recuperar para o Clube uma posição de hegemonia no futebol, que os sócios exigiam.

Fora do Sporting destacou-se como o criador do Diário Popular, havendo quem considere que revolucionou o jornalismo em Portugal, isto numa altura em que não era fácil a vida da imprensa, com a censura do regime sempre à perna, mesmo que Brás Medeiros fosse um apoiante da situação vigente.

Faleceu no dia 30 de Agosto de 1994, na sua residência em Lisboa, com 82 anos de idade.

To-mane 11h25min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)