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| + | Ainda faltavam cerca de 40 minutos para que soasse o apito final de César Correia que teve uma tarde tranquila, tal como foi estranhamente pacifica a relação entre as forças de segurança ainda em fase de adaptação aos novos ventos da democracia e um público que encheu por completo o Campo D. Manuel de Melo, aglomerando-se junto ás linhas limites do relvado, o que acabou por resultar numa sã e pouco habitual convivência entre o povo e a polícia. No fim todos festejaram, menos os barreirenses, que acabaram mesmo por descer de divisão. |
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− | Ainda faltavam cerca de 40 minutos para que soasse o apito final de César Correia que teve uma tarde tranquila, tal como foi estranhamente pacifica a relação entre um público em êxtase e as forças de segurança ainda em fase de adaptação aos novos ventos da democracia, o que acabou por resultar numa sã e pouco habitual convivência entre o povo e a polícia. No fim todos festejaram, menos os barreirenses, que acabaram mesmo por descer de divisão.
| + | Nos balneários [[João Rocha]] abraçou [[Mário Lino]], justamente considerado um dos principais responsáveis pelo 18º título de Campeão Nacional conquistado pelo [[Sporting Clube de Portugal]], numa época em que teve de trabalhar com um plantel curto, que se bateu até ao fim em tres frentes, apesar de algumas lesões que afastam, ou limitaram, jogadores importantes. |
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Edição atual desde as 00h30min de 16 de janeiro de 2023
Barreirense 0 - Sporting 3
O Campeonato Nacional de Futebol da época 1973/74 começou com uma derrota do Sporting em Setúbal, numa altura em que o Clube atravessava uma crise diretiva, enquanto o Benfica de Jimmy Hagan tinha acabado de fechar mais um tricampeonato, com o notável pecúlio de 28 vitórias e 2 empates, pelo que as perspetivas não eram as melhores para os adeptos leoninos.
No entanto o jovem treinador açoriano Mário Lino conseguiu construir uma equipa muito forte à volta de um avançado de nível internacional como era Yazalde, e soube aproveitar os desentendimentos que se sucederam na casa do vizinho, para chegar ao topo da classificação no final da 1ª volta, uma posição que foi consolidando, o que até lhe permitiu sobreviver à derrota no "derby" da 26ª jornada, seguida de um empate em Aveiro, para assim chegar ao último jogo do Campeonato com 1 ponto de vantagem.
O jogo decisivo disputou-se no dia 19 de Maio de 1974, em pleno PREC, com os Sportinguistas a invadirem literalmente o Barreiro, num clima de festa que misturava a paixão clubística com o entusiasmo resultante da revolução de Abril.
E se o Sporting só tinha 1 ponto de vantagem sobre o Benfica, o Barreirense estava apenas 1 ponto acima da linha de perigo, estando em desvantagem em caso de igualdade pontual em relação a todos os seus rivais diretos na luta contra a despromoção, pelo que ambas as equipas precisavam de ganhar, daí que os homens de Juca tenham tentado jogar de igual para igual com um adversário que lhes era superior em todos os capítulos, criado algumas dificuldades iniciais a Damas e companhia, valendo então o acerto defensivo da equipa do Sporting, para conter esta esforçada oposição barreirense.
A juntar a tudo isto, de Setúbal vinham más notícias, pois a meio da 1ª parte o Benfica já estava a ganhar por 2-0, pelo que o nervoso miudinho se foi apoderando dos Sportinguistas, até que em cima do intervalo o Leão rugiu finalmente, num lance com dois protagonistas inesperados: o defesa direito Manaca que fez a jogada e o defesa esquerdo Baltasar, que a concluiu da melhor maneira.
Este golo e o intervalo foram o melhor que poderia ter acontecido ao Sporting, que veio para 2ª parte muito mais tranquilo e resolveu rapidamente a questão com golos de Nélson de cabeça na sequência de um canto apontado por Vagner e de Yazalde, este a estabelecer um recorde europeu de 46 golos marcados num só campeonato, isto ao mesmo tempo que o Vitória de Setúbal chegava ao empate no Bonfim.
Alguns dos momentos do jogo do Barreiro
Ainda faltavam cerca de 40 minutos para que soasse o apito final de César Correia que teve uma tarde tranquila, tal como foi estranhamente pacifica a relação entre as forças de segurança ainda em fase de adaptação aos novos ventos da democracia e um público que encheu por completo o Campo D. Manuel de Melo, aglomerando-se junto ás linhas limites do relvado, o que acabou por resultar numa sã e pouco habitual convivência entre o povo e a polícia. No fim todos festejaram, menos os barreirenses, que acabaram mesmo por descer de divisão.
Nos balneários João Rocha abraçou Mário Lino, justamente considerado um dos principais responsáveis pelo 18º título de Campeão Nacional conquistado pelo Sporting Clube de Portugal, numa época em que teve de trabalhar com um plantel curto, que se bateu até ao fim em tres frentes, apesar de algumas lesões que afastam, ou limitaram, jogadores importantes.
To-mane (discussão) 17h47min de 13 de janeiro de 2023 (WET)
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