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| Esta foi uma época que ficou marcada por algumas novidades, numa altura em que os campeonatos nacionais passavam a ser provas fechadas com descidas e subidas de divisão, pelo que os campeonatos regionais deixaram de ter a presença dos principais clubes e as provas das categorias inferiores também foram reformuladas, com a AFL a criar um Torneio de Reservas. | | Esta foi uma época que ficou marcada por algumas novidades, numa altura em que os campeonatos nacionais passavam a ser provas fechadas com descidas e subidas de divisão, pelo que os campeonatos regionais deixaram de ter a presença dos principais clubes e as provas das categorias inferiores também foram reformuladas, com a AFL a criar um Torneio de Reservas. |
Revisão das 22h26min de 10 de abril de 2022
Tri-Campeões
Esta foi uma época que ficou marcada por algumas novidades, numa altura em que os campeonatos nacionais passavam a ser provas fechadas com descidas e subidas de divisão, pelo que os campeonatos regionais deixaram de ter a presença dos principais clubes e as provas das categorias inferiores também foram reformuladas, com a AFL a criar um Torneio de Reservas.
Outra novidade foi a numeração das camisolas, o que até motivou uma discussão sobre a ordenação da mesma, pois com a generalização do WM como a táctica mais corrente, o médio centro recuava frequentemente para a posição de terceiro defesa, pelo que havia quem defendesse que o jogador que ocupava esta posição fosse o nº 3 e não o nº 5 como acontecia em Inglaterra, onde se continuava a considerar que havia dois defesas, três médios e cinco avançados, utilizando-se a numeração por esta ordem.
A grande alteração no plantel desta temporada foi o abandono do Capitão Álvaro Cardoso, que entregou a braçadeira a João Azevedo, sendo substituído no lado direito da defesa por Octávio Barrosa. No que diz respeito a entradas havia alguma expectativa no avançado centro Manuel Andrade que vinha do Belenenses por troca com Sidónio Silva, mas Peyroteo não dava hipóteses a ninguém, pelo que a revelação da época foi Manuel Passos, um jogador que vinha de uma longa inactividade e que se começou a impor na posição de 3º defesa.
Depois das emoções do campeonato anterior, o Sporting renovou o título tranquilamente, tornando-se assim no primeiro tri-campeão do futebol português, naquele que era simultaneamente o 5º Campeonato Nacional conquistado pelos Leões, que assim deixaram sem argumentos os que no ano anterior tinham contestado a entrega da Taça O Século ao Sporting.
Com as alterações introduzidas o Campeonato começou mais cedo e o Sporting liderou desde o início, isolando-se no comando quando à 5ª jornada o Benfica perdeu na Covilhã. Na semana seguinte foi a vez do Sporting perder em Braga, mas como o Benfica empatou com o FC Porto, os Leões continuaram na frente da classificação.
Seguiram-se os confrontos com os dois rivais de Lisboa, com o Sporting a despachar o Belenenses com uns esclarecedores 4-1 e o Benfica com uma goleada de 5-1, resultados que alargaram a vantagem dos Leões de forma definitiva.
A segunda derrota do Sporting neste Campeonato aconteceu no Porto, mas mesmo assim os Leões chegaram ao fim da 1ª volta com 2 pontos de vantagem sobre o Estoril, que na altura ocupava o 2º lugar e, com mais 4 pontos do que o Benfica, então 3º classificado. Na 16ª jornada o Sporting foi à Amoreira ganhar ao Estoril por 4-2 e a vantagem sobre aquele clube que continuava no 2º lugar, subiu para 5 pontos. Acabaram praticamente ali as esperanças de um campeonato discutido até à última, isto apesar das lesões que afastaram durante algum tempo jogadores titulares como Veríssimo, Jesus Correia e João Azevedo.
A machadada final foi dada na 21ª jornada quando o Sporting goleou por 5-1 o Belenenses, que entretanto tinha subido ao 2º lugar, aumentando a sua vantagem sobre os azuis para 9 pontos, embora o clube de Belém tivesse menos um jogo. A três rondas do fim o título ficou matematicamente assegurado quando o Sporting derrotou o Vitória de Setúbal por 3-1. Daí para a frente a equipa relaxou já a pensar na Taça Latina e até houve tempo para lançar alguns jogadores das Reservas, o que se traduziu em mais duas derrotas já sem influência no desfecho do Campeonato, mas que indiciavam uma quebra de forma da equipa.
Peyroteo recuperou o título de melhor marcador da prova, agora com 40 golos, na época em que resolveu precocemente pendurar as botas, quando ainda estava na plenitude das suas faculdades.
A 17 de Abril de 1949 o incrível aconteceu em Santo Tirso. O grande Sporting dos Cinco Violinos foi sensacionalmente derrotado por 2-1 na 1ª eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Tirsense da 3ª divisão nacional, e consequentemente ficou afastado de uma competição cujas últimas três edições tinha ganho. Era também o fim de uma serie de 7 títulos consecutivos conquistados nas competições disputadas em Portugal.
No entanto essa surpreendente derrota do Sporting ficou marcada pela polémica, com o Clube de Lisboa a protestar o jogo, alegando variadas irregularidades cometidas pelo árbitro, nomeadamente a não utilização de uma bola de cada clube em cada uma das partes do jogo, conforme estava previsto no regulamento, a falta de marcações no campo, que terá levado o juiz de campo a não validar um golo ao Sporting e também o facto do árbitro não ter compensado o muito tempo perdido pelos jogadores do Tirsense.
Na 1ª edição da Taça Latina disputada em Madrid, o Sporting começou por ganhar sem grandes dificuldades ao Torino de Itália, que actuava desfalcado, depois do acidente aéreo que vitimou parte daquela grande equipa. O ambiente era de natural simpatia para com os italianos e bastante adverso para os Leões, apontados por muitos como os grandes favoritos da competição, mas três golos de Peyroteo selaram a vitória dos campeões portugueses por 3-1.
Na Final frente ao Barcelona as dificuldades adensaram-se, pois os espanhóis jogavam em casa. João Azevedo retardou o mais que pode a derrota, e a poucos instantes do fim Jesus Correia falhou de baliza aberta a possibilidade de levar o jogo a prolongamento, que assim terminou com a vitória dos espanhóis por 2-1, para a qual também terá contribuído a lesão de Peyroteo.
Apesar da derrota a equipa teve direito a um lanche na Embaixada de Portugal e foi recebida com entusiasmo pelos adeptos que consideraram aquela prestação como uma vitória moral, numa temporada em que o Sporting tinha intensificado os contactos internacionais, apostando forte na preparação para a Taça Latina.
Os resultados no geral foram excelentes com os Leões a mostrarem ser uma das melhores equipas da Europa, ganhando em Madrid ao Atlético por 6-3, no dia em que Jesus Correia marcou 6 golos. e infligido goleadas a duas equipas suecas, 8-2 ao Norkoeping e 4-1 ao AIK, para além doutras vitórias por 2-0 a Deportivo e por 4-1 ao Anderlecht. Menos felizes foram os desfechos de alguns confrontos realizados em Espanha.
A época terminaria com uma digressão à Suécia, saldada por 3 derrotas e apenas uma vitória, numa altura em que a época já ia longa e o desgaste era evidente.
A reestruturação do mapa competitivo do futebol português esvaziou os tradicionais campeonatos regionais, que nesta temporada não se disputaram, tendo em alternativa a AFL organizado alguns torneios para manter em actividade as equipas secundárias dos clubes. A participação das Reservas do Sporting nessas competições não foi relevante.
Nesta época a Selecção Nacional disputou quatro jogos particulares, nos quais Carlos Canário, Travassos e Vasques que marcou um golo, foram totalistas. Armando Ferreira, Albano e Peyroteo que também fez um golo, participaram em dois desses jogos e Jesus Correia esteve presente em apenas um.
To-mane 12:25, 16 Agosto 2008 (WEST)
Figuras
Secção do Futebol
Plantel
- Legenda
- Competição: CN=Campeonato Nacional, TP=Taça de Portugal, TL=Taça Latina
Jogos
Campeonato Nacional
Classificação
|
|
Total
|
|
Casa
|
|
Fora
|
|
Clube
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GM - GS
|
P
|
|
V
|
E
|
D
|
GM - GS
|
P
|
|
V
|
E
|
D
|
GM - GS
|
P
|
1º |
SPORTING |
26 |
20 |
2 |
4 |
100-35 |
42 |
|
12 |
0 |
1 |
67-15 |
24 |
|
8 |
2 |
3 |
33-20 |
18
|
2º |
SL Benfica |
26 |
17 |
3 |
6 |
72-34 |
37 |
|
9 |
2 |
2 |
45-11 |
20 |
|
8 |
1 |
4 |
27-23 |
17
|
3º |
Belenenses |
26 |
16 |
3 |
7 |
68-36 |
35 |
|
11 |
0 |
2 |
46-14 |
22 |
|
5 |
3 |
5 |
22-22 |
13
|
4º |
FC Porto |
26 |
16 |
1 |
9 |
55-37 |
33 |
|
12 |
0 |
1 |
37-11 |
24 |
|
4 |
1 |
8 |
18-26 |
9
|
5º |
Estoril-Praia |
26 |
12 |
5 |
9 |
76-54 |
29 |
|
8 |
3 |
2 |
48-20 |
19 |
|
4 |
2 |
7 |
28-34 |
10
|
6º |
Vitória Guimarães |
26 |
11 |
4 |
11 |
47-50 |
26 |
|
10 |
2 |
1 |
34-13 |
22 |
|
1 |
2 |
10 |
13-37 |
4
|
7º |
Olhanense |
26 |
10 |
4 |
12 |
51-55 |
24 |
|
9 |
0 |
4 |
39-27 |
18 |
|
1 |
4 |
8 |
12-28 |
6
|
8º |
Sp. Braga |
26 |
11 |
2 |
13 |
39-54 |
24 |
|
9 |
2 |
2 |
26-14 |
20 |
|
2 |
0 |
11 |
13-40 |
4
|
9º |
O Elvas |
26 |
7 |
7 |
12 |
46-61 |
21 |
|
6 |
4 |
3 |
33-18 |
16 |
|
1 |
3 |
9 |
13-43 |
5
|
10º |
Atlético |
26 |
8 |
5 |
13 |
44-68 |
21 |
|
6 |
3 |
4 |
31-27 |
15 |
|
2 |
2 |
9 |
13-41 |
6
|
11º |
Sp. Covilhã |
26 |
9 |
2 |
15 |
50-59 |
20 |
|
8 |
1 |
4 |
37-16 |
17 |
|
1 |
1 |
11 |
13-43 |
3
|
12º |
Vitória Setúbal |
26 |
8 |
4 |
14 |
39-61 |
20 |
|
7 |
2 |
4 |
28-15 |
16 |
|
1 |
2 |
10 |
11-46 |
4
|
13º |
Lusitano VRSA |
26 |
7 |
4 |
15 |
23-52 |
18 |
|
7 |
2 |
4 |
14-11 |
16 |
|
0 |
2 |
11 |
9-41 |
2
|
14º |
Boavista |
26 |
4 |
6 |
16 |
35-89 |
14 |
|
4 |
5 |
4 |
25-23 |
13 |
|
0 |
1 |
12 |
10-66 |
1
|
Pontuação: 2 pontos por vitória, 1 por empate, 0 por derrota
Taça de Portugal
Data
|
Jornada
|
Jogo
|
Resultado
|
Ficha de jogo
|
17-04-1949 |
1ª Eliminatória |
Tirsense – SPORTING |
2 – 1 |
Ficha
|
Taça Latina
Data
|
Jornada
|
Jogo
|
Resultado
|
Ficha de jogo
|
26-06-1949 |
1/2 Final |
Torino (Itália) – SPORTING |
1 – 3 |
Ficha
|
03-07-1949 |
Final |
F.C. Barcelona (Espanha) – SPORTING |
2 – 1 |
Ficha
|
Outros Jogos
Ver também
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