Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa.
Tendo como data oficial de fundação 1 de Julho de 1906, o Sporting Clube de Portugal nasceu verdadeiramente a 8 de Maio do mesmo ano, data da primeira Assembleia Geral onde o Visconde de Alvalade foi eleito Presidente.
O Clube atingiu um século de existência na qualidade de um dos maiores de Portugal e de histórico no Mundo, conforme o demonstra o facto de ser a seguir ao Barcelona, o Clube europeu com mais títulos no conjunto das modalidades que pratica ou praticou na sua condição de Clube ecléctico, apesar de o futebol ser a modalidade principal.
Sediado em Lisboa, o Sporting é um Clube de grande implantação nacional com um número superior a 300 Núcleos, Filiais e Delegações, estimando-se que possa ter cerca de três milhões de adeptos espalhados por todo mundo.
O verde é a cor do Clube, que tem como equipamento principal a camisola e meias de listas horizontais alternadas de verde e branco e os calções pretos.
O símbolo em destaque no emblema é o Leão, e o seu lema é "Esforço, Dedicação, Devoção e Glória!"
Eis o Sporting Clube de Portugal.
To-mane 11:24, 7 Julho 2008 (WEST)
Emblemas
Desde a sua fundação, a 1 de Julho de 1906, o Sporting já contou com seis emblemas, mantendo sempre presentes a cor verde e o leão rampante que tanto o caracterizam.
1907 - O primeiro emblema
O 1º emblema, criado a 1907
O emblema do Sporting teve origem no Verão de 1905, em Cascais e no passeio D. Maria Pia, nas conversas entre José Holtreman Roquette (José Alvalade), os primos José Roquette, António Rebelo de Andrade e D. Fernando de Castelo Branco (Pombeiro).
A inspiração para o emblema veio-lhes do anel com brasão de família de D. Fernando de Castelo Branco (Pombeiro): um leão rompante em campo azul.[1] A pedido do mesmo, o fundo azul não foi adoptado, pelo que os quatro acordaram que a melhor solução seria adoptar a cor verde e o leão rompante como símbolo.
Embora o uso de emblemas não estivesse generalizado em Portugal, em 1907, a Casa Anjos de Lisboa apresentou o símbolo: um emblema circular com fundo verde e com um leão rompante sobre a inicial da palavra Club, com a inicial da palavra Sporting à esquerda e a de Portugal à direita, em prata. Prontamente sócios e adeptos usaram-no na lapela do casaco.
Na singeleza dos símbolos do Sporting há muito de nobre e dignificante. O branco e o verde são cores que materializam os princípios éticos dos seus ideais desportivos, sociais e culturais; acompanham a vida espiritual do mundo leonino e transmitem aos seus milhões de sócios e adeptos a fé, o amor e o orgulho no seu passado de sonhos de grandeza materializados no presente, e de sonhos de glória projectados no futuro. O leão rompante assinala a perenidade da força Sportinguista que alcançou para o clube um lugar proeminente no desporto português.
1913 - A inspiração germânica
O 2º emblema, criado a 1913
Em 1910, Hugo Morais Sarmento regressou da Alemanha para ingressar no Sporting, como guarda-redes, por proposta de Manuel Monterrozo Carneiro. Aquando a sua chegada, trazia vestido um casaco azul onde se alinhavam quatro emblemas germânicos na lapela.
Daqui surgiu a ideia de se mandar confeccionar naquele país os emblemas do Clube, sendo o próprio Morais Sarmento o responsável pelo desenho e pela encomenda.
Os novos emblemas chegaram ao Sporting a 1 de Abril de 1913: tecnicamente perfeitos e de óptimo esmalte, compunham-se de um leão rompante branco num escudo de fundo verde, envolvidos por uma cercadura circular preta e nesta o nome do clube a branco.
1930 - A génese dos anos seguintes
O 3º emblema, criado a 1930
Em 1923, a direcção do Sporting mandou confeccionar, na Alemanha, uma nova remessa de emblemas. Contudo, a assembleia geral realizada em Janeiro desse mesmo ano nomeou uma comissão que viria a rejeitar os quatros modelos apresentados, um dos quais da autoria de Júlio de Araújo.
Em 1930, o emblema foi oficialmente adoptado, estando na génese dos emblemas posteriores: um leão rompante de pé, a branco, com as iniciais a branco por debaixo do leão, em fundo verde.
1945 - A sigla do Clube em coroa
O 4º emblema, criado a 1945
Em 1945, surge um novo emblema, destacando a sigla do Clube a coroar o símbolo.
O emblema mantinha o fundo verde, com o leão rompante e a sigla a branco, porém, adopta uma forma recortada, em forma de escudo.
1956 - Comemoração do cinquentenário
O 5º emblema, criado em 1956
Em 1956, para assinalar a comemoração do cinquentenário do Clube, a direcção criou um emblema constituído por um laurel dourado com cercadura em esmalte verde onde se lia a legenda dourada "50 anos ao serviço do desporto e da Pátria". Na circunferência central, em esmalte branco, impunha-se o emblema oficial do clube.
2001 - Um Sporting para o século XXI
O 6º emblema, criado em 2001
Em 2001, por forma a consolidar o Sporting como um grande clube profissionalizado, foi apresentada uma nova imagem gráfica, mais estilizada, rejuvenescida e adequada ao perfil actual dos milhões de sócios e adeptos sportinguistas. Apesar de mais moderno, o emblema continua a assentar nos valores tradicionais do clube - "Esforço, Dedicação, Devoção e Glória" - e no símbolo e cor desde sempre associados ao Clube - o leão e o verde.
Os diferentes nomes utilizados para definir o clube (no estrangeiro, muitos conhecem-no como Sporting de Lisboa) colaboraram para criar uma anarquia pouco consentânea com a identidade de um clube que assume como objectivos a liderança no panorama nacional e a notoriedade internacional.
Assim, neste sexto emblema, o enquadramento foi simplificado mantendo, no entanto, a cor verde e o escudo; foram introduzidas três listas brancas horizontais que remetem para o simbolismo da camisola do clube; as palavras 'Sporting' e 'Portugal', agora escritas por extenso, enfatizam a dimensão nacional do clube e unificam o seu nome a nível internacional; o leão surge mais estilizado e com um impacto reforçado que lhe é conferido pela cor dourada. Como uma coroa, a sigla SCP continua a perpetuar um nome com mais de um século de história.
Equipamentos
O primeiro equipamento do Sporting Clube de Portugal era todo branco, "herdado" do Campo Grande FC, mas com vivos em verde. Só a partir de 1908 se adoptou o verde e branco bipartido, estreado a 25 de Outubro num jogo contra o Benfica, no qual o Sporting saiu derrotado por 0-2, a primeira derrota sofrida frente aos rivais.
As camisas bipartidas eram fabricadas em Inglaterra e daí expedidas para Lisboa. Os calções foram brancos até 1915, ano em que se adoptaram os calções pretos, por sugestão de Raul Barros, um dos jogadores da equipa de futebol, que diga-se era a única modalidade a utilizar este equipamento considerado o mais bonito do País.
Em 1928 durante uma deslocação ao Brasil, a equipa de futebol recorre ao equipamento que o Râguebi tinha adoptado um ano antes por sugestão de Salazar Carreira inspirado numa versão em vermelho que tinha visto na França, e que era mais leve e fresco, é a Estreia das camisolas listadas.
Os irmãos Catatau com os primeiros equipamentos bipartidos
No regresso do Brasil a equipa de futebol voltou a utilizar as camisolas habituais, mas em Outubro de 1928, num jogo frente ao Benfica disputado sob temporal, os jogadores mudaram de equipamento ao intervalo e regressaram para a segunda parte outra vez com as camisolas do Râguebi. O Sporting ganhou o jogo e o novo equipamento passou a ser o principal e foi sendo progressivamente adoptado pelas outras modalidades.
No entanto a camisola o verde e branca bipartida nunca foi arrumada definitivamente, e viria a ser recuperada mais tarde, ficando conhecida como "o equipamento Stromp" em homenagem a Francisco Stromp, sendo utilizado como uma espécie equipamento de gala.
Durante muitos anos a camisola alternativa passou a ser a branca, mas nas décadas de cinquenta e sessenta já eram por vezes utilizadas camisolas completamente verdes, e na década de noventa começaram a aparecer outros equipamentos, até que por imperativos comerciais o equipamento alternativo passou a ser mudado todos os anos, surgindo então frequentemente o amarelo misturado com vários tons de verde, sempre com "o equipamento Stromp" como terceira alternativa. Muitos exemplos de camisolas do Sporting ao longo dos tempos podem ser encontrados aqui
O equipamento bipartido com calções pretos
O equipamento do râguebi
O primeiro equipamento listado
Campos e Estádios
Há quem considere que o Sporting teve sete campos, mas na verdade foram cinco, pois o Sítio das Mouras começou a ser usado provisoriamente logo que o Clube foi fundado e se instalou naqueles terrenos do Visconde de Alvalade, embora as instalações definitivas só tenham sido inauguradas um ano depois, numa altura em que o Sporting Clube de Portugal já era pioneiro nessa matéria.
O mesmo se poderá dizer em relação ao Stadium de Lisboa por muitos considerado um novo campo a partir do momento em que o Sporting lá realizou importantes obras que inaugurou em 1947, mas a verdade é que o campo era o mesmo, e o Clube já o utilizava há dez anos.
Pelo meio o Sporting utilizou os terrenos do Campo Grande nº 412, onde mais uma vez realizou obras importantes, construindo as instalações que ficaram conhecidas como a Estância de Madeira.
Em 1956 o Clube construiu finalmente o Estádio José Alvalade, uma obra imponente como eram os estádios daquela época e que também sofreu importantes remodelações que foram inauguradas em 1983.
Com a chegada do século XXI, mais uma vez o Sporting foi pioneiro, agora na construção de um estádio de última geração em Portugal, desta vez envolvido numa obra gigantesca a que se deu o nome de Complexo Alvalade XXI, mas com o Estádio a continuar a chamar-se José Alvalade, conforme está determinado nos Estatutos.
Sítio das Mouras
Estância de Madeira
Stadium de Lisboa
Estádio José Alvalade
Complexo Alvalade XXI
Sedes
Foram várias as sedes do Sporting Clube de Portugal, algumas em instalações apenas provisórias, outras que podem ser consideradas ícones da história do Clube.
Em edifícios próprios e em algumas ocasiões arrendados, o Sporting andou um pouco com a casa às costas até 1947, altura em que se instalou na Rua do Passadiço numa das mais emblemáticas Sedes da história do Clube, que até tinha instalações desportivas para as modalidades, e que o Sporting ocupou durante quase um quarto de século.
Até aí o Sporting tinha vivido os seus primeiros anos junto das instalações desportivas que utilizava no Sítio das Mouras, até que em 1913 pela primeira vez ocupou uma zona no centro da Cidade, mais concretamente no Chiado.
Em 1917 com a mudança do Clube para o Campo Grande, a Sede voltou a funcionar junto às instalações desportivas utilizadas pelo Sporting e por lá ficou vários anos, até que com o crescimento do Clube se sentiu a necessidade de ter um espaço na zona mais movimentada de Lisboa, onde os sócios se juntassem para actividades de carácter recreativo e social.
Foi então que depois de morar na Calçada de São Francisco, o Sporting chegou aos Restauradores, primeiro no 5º andar do nº 13, até que finalmente em 1933 passou a ocupar a zona nobre do Palácio da Foz, o que foi motivo de grande orgulho para todos os sportinguistas, que aí viveram um período de intensa actividade recreativa e cultural que deixou marca na vida da Capital desse tempo.
Em 1941 o Sporting teve de abandonar o Palácio da Foz por imperativos governamentais, comprando então um edifício na Rua Rosa Araújo que vendeu dois anos depois com lucro assinalável, ficando o Clube provisoriamente a funcionar na Rua de São José, até que em 1947 foi finalmente inaugurada nova sede na Rua do Passadiço.
Em 1971 deu-se o regresso da Sede à área desportiva do Clube, primeiro no Estádio José Alvalade ocupando a zona central poente que dava para os campos de treino e finalmente no Edifício Visconde de Alvalade, inaugurado em 2002 e que é parte integrante do Complexo Alvalade XXI.
A primeira Sede
O Palácio da Foz
A Sede da Rua do Passadiço
O Edificio Visconde
Outros Órgãos
O Sporting Clube de Portugal tal como a generalidade das associações de cariz desportivo, tem como órgãos sociais, uma Assembleia Geral, uma Direcção e um Conselho Fiscal.
No entanto, ao longo dos anos outros órgãos desempenharam importantes papeis nas decisões fundamentais do Clube e na sua divulgação.
Entre estes destacam-se os Conselhos que chegaram a ter poderes poderes de nomeação dos presidentes dos principais órgãos, antes de passarem a desempenhar um papel meramente consultivo e os órgãos de comunicação do próprio Clube, área onde o Sporting foi pioneiro.
To-mane 22h48min de 9 de Outubro de 2008 (WEST)
Conselho Geral
Conselho dos Presidentes
Conselho Leonino
Boletim do Sporting
Jornal do Sporting
Documentos
Os primeiros Estatutos do Sporting Clube de Portugal
Os actuais Estatutos do Sporting Clube de Portugal
Hino do Sporting
- Treme a cidade irrequieta
- Ao ouvir o rugido
- Que solta o Leão
- Agitam-se as verdes bandeiras
- Ao som do rugido
- Que solta o Leão
- As camisolas listadas
- De verde e branco
- No peito o Leão
- Em cada chuto que é golo
- As claques se agitam
- No peito o Leão
- Salta uma bola redonda
- E o mundo é redondo
- Aos pés do Leão
- Somam-se os feitos e as taças
- E a terra se rende
- Aos pés do Leão
Letra: Ramiro Guedes Campos; Música: Maestro Flaviano Rodrigues
Marcha do Sporting
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- O Sporting nasceu um dia / Sob o signo do leão / Nós aprendemos a amá-lo / E a trazê-lo no coração
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting !
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting !
- Bandeira verde o Leão / E uma esperança sem fim / Muita fé no coração / O sportinguista é assim
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting !
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting !
- Ai vamos lá cantar a marcha / Que é a de todos nós / Cantam todos os do Sporting / Desde os netos até aos avós
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting !
- Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo / E gritem todos comigo / Viva ao Sporting !
- Rapaziada quer se possa ou se não possa / A vitória é sempre nossa / Viva ao Sporting !
Maria José Valério
Referências
- ↑ Brasão de Pombeiro (Dicionário Histórico)