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História

Emblema do clube

O Sport Clube Lusitânia foi fundado em Angra do Heroísmo a 24 de Junho de 1922, sendo a Delegação nº 14 do Sporting Clube de Portugal, e embora o seu emblema tenha um Açor em vez de um Leão, utiliza as mesmas cores do que o Sporting, o que em parte explica o facto da Ilha Terceira ser um bastião de sportinguistas implantado no meio do Oceano Atlântico.

O Sport Clube Lusitânia foi declarado como Instituição de Utilidade Pública, tendo sido condecorado com a Medalha de Mérito Desportivo - Prata Dourada da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, a 27 de Fevereiro de 1977.

O Lusitânia ostenta orgulhosamente o epíteto de "o clube mais campeão dos campeões açorianos", um titulo justificado pelo rico historial do Clube, que esteve sempre na vanguarda do desporto açoriano, onde exerceu um domínio quase absoluto durante três quartos de século, o que lhe valeu as mais de 500 taças que conquistou.

Futebol

O futebol foi desde sempre a principal modalidade do Clube, e aí o Lusitânia conta com um palmarés verdadeiramente impressionante e incomparável a nível regional:

  • 38 vezes Campeão Distrital (apesar de já não participar nas provas regionais há mais de 30 anos, continua a ser o clube com mais Campeonatos Distritais conquistados)
  • 16 Torneios de Classificação para a Taça de Portugal (esta prova foi extinta em 1978, e até aí era a competição mais importante da região, porque dava acesso à única prova de nível nacional em que os clubes dos Açores participavam, e aqui o Lusitânia é também o clube com mais títulos conquistados, e consequentemente com mais presenças na Taça de Portugal, com destaque para a da temporada de 1963/64, em que depois de afastar o União da Madeira na eliminatória insular, eliminou o Ferroviário de Moçambique, qualificando-se para as meias-finais, onde era suposto defrontar o FC Porto, que por alegadas dificuldades nas ligações aéreas, não conseguiu chegar à Ilha Terceira onde se deveria disputar o jogo da 1ª mão, tendo então a FPF determinado a passagem dos portistas à Final)
  • Taça Cliper (troféu atribuído ao clube por ter conquistado por três vezes consecutivas o Torneio de Classificação para a Taça de Portugal)
  • 3 Taças dos Campeões Açorianos (a última das quais na época de 1977/78 garantiu pela primeira vez a um clube açoriano o acesso ás competições nacionais, de onde o Lusitânia nunca mais saiu até à extinção da 3ª divisão nacional, sendo o único dos Açores nessa situação)
  • Taça Constantino
  • Taça Açores (1ª edição)
Uma das equipas do Lusitânia

A partir da época de 1978/79 o Lusitânia passou a militar na Serie E da 3ª Divisão Nacional, e um ano depois ganhou pela primeira vez essa competição, garantindo o acesso à 2ª Divisão, feito que repetiria mais duas vezes até à época de 94/95, altura em que foi criada a Serie Açores da 3ª Divisão Nacional.

A partir dessa altura o Governo Regional dos Açores resolveu apoiar fortemente o futebol profissional, coisa que até aí nunca tinha acontecido, beneficiando então o clube mais representativo da Ilha maior da região, pelo que o Lusitânia perdeu a liderança do futebol açoriano, continuando no entanto a fazer figura na 2ª Divisão B e na Serie Açores, que ganhou por 5 vezes, sendo também aqui o clube com mais títulos nesta competição.

Figuras

Durante anos a fio o Lusitânia foi o trampolim para os melhores jogadores açorianos darem o salto para os clubes do continente, sendo que Mário Lino foi aquele que conseguiu chegar mais longe, tornando-se numa grande figura do Sporting Clube de Portugal, onde também jogou Moniz.

Elvino Bettencourt no Belenenses, Armando Fontes no Sp. Braga e D.Chaves, Teves na Académica, Álvaro no Boavista e U.Leiria, e João Medeiros no Boavista e Rio Ave, foram outros jogadores oriundos do Clube, que andaram pela 1ª Divisão Nacional.

Modalidades

O Lusitânia sempre foi um Clube ecléctico, tendo praticado ao longo da sua existência as modalidades mais populares no nosso país, como Atletismo, Ciclismo, Andebol, Futsal, Hóquei em Patins, onde chegou à 3ª Divisão Nacional, e cuja secção teve continuidade ao ser absorvida pelo Núcleo Sportinguista da Ilha Terceira, mas principalmente o Basquetebol, onde chegou à Liga profissional, tendo mesmo conquistado uma Taça da Liga. Infelizmente devido a uma grave crise financeira, levou à extinção de algumas das secções, sendo que só a muito custo o Clube conseguiu manter o Futebol e posteriormente reactivar o Basquetebol na época de 2009/10, na qual esta modalidade cometeu a proeza de ganhar a Proliga, garantindo assim o regresso do Clube ao campeonato principal de Basquetebol. Em 2014 apesar de todas as dificuldades, o Lusitânia voltou a ter uma equipa de Futsal totalmente autónoma, aumentando novamente o número de modalidades praticadas no clube.

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