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Canário era na altura considerado como uma grande promessa do [[Atletismo]] português, pelo que foi sem surpresa que se transferiu para o Benfica, mas pouco depois regressou ao Algarve, passando representar o Farauto, onde se confirmou como um atleta especialmente vocacionado para o Corta Mato, somando em 1982 a primeira das suas 10 presenças nos Campeonatos Mundiais absolutos desta variante do [[Atletismo]], obtendo então um 56º lugar.
 
Canário era na altura considerado como uma grande promessa do [[Atletismo]] português, pelo que foi sem surpresa que se transferiu para o Benfica, mas pouco depois regressou ao Algarve, passando representar o Farauto, onde se confirmou como um atleta especialmente vocacionado para o Corta Mato, somando em 1982 a primeira das suas 10 presenças nos Campeonatos Mundiais absolutos desta variante do [[Atletismo]], obtendo então um 56º lugar.
  
Entre 1983 e 1987 passou a representar o [[Sporting Clube de Portugal]], assumindo um papel relevante nas equipas de Corta Mato que ajudou a ganhar 4 Taças dos Campeões Europeus, entre vários Campeonatos Regionais e Nacionais da especialidade, conquistados nessa altura pelos Leões.
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Entre 1983 e 1986 passou a representar o [[Sporting Clube de Portugal]], assumindo um papel relevante nas equipas de Corta Mato que ajudou a ganhar 4 Taças dos Campeões Europeus, entre vários Campeonatos Regionais e Nacionais da especialidade, conquistados nessa altura pelos Leões.
  
 
Logo em 1983, obteve a sua melhor classificação de sempre nos Campeonatos do Mundo de Corta Mato, ao classificar-se no 8º lugar, e ganhou uma Medalha de Prata nos 5000m dos Campeonatos Ibero Americanos, que se disputaram em Barcelona.
 
Logo em 1983, obteve a sua melhor classificação de sempre nos Campeonatos do Mundo de Corta Mato, ao classificar-se no 8º lugar, e ganhou uma Medalha de Prata nos 5000m dos Campeonatos Ibero Americanos, que se disputaram em Barcelona.
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Na  [[Atletismo 1986|época seguinte]] Ezequiel Canário ganhou o Crosse Pelerin em Paris, o Grande Prémio dos Reis em Faro, foi o melhor português no Mundial de Corta Mato, classificando-se no 11º lugar, para depois vencer a corrida Sentrunslopet disputada em Oslo, terminando a temporada com uma participação modesta nos 10000m dos Campeonatos da Europa disputados em Estugarda, uma prestação que melhorou no ano seguinte, obtendo um 11º lugar na mesma prova dos Mundiais de Roma.
 
Na  [[Atletismo 1986|época seguinte]] Ezequiel Canário ganhou o Crosse Pelerin em Paris, o Grande Prémio dos Reis em Faro, foi o melhor português no Mundial de Corta Mato, classificando-se no 11º lugar, para depois vencer a corrida Sentrunslopet disputada em Oslo, terminando a temporada com uma participação modesta nos 10000m dos Campeonatos da Europa disputados em Estugarda, uma prestação que melhorou no ano seguinte, obtendo um 11º lugar na mesma prova dos Mundiais de Roma.
  
Entre 1988 e 1990 representou o Imortal de Albufeira, vivendo então alguns dos melhores momentos da sua carreira, No primeiro ano foi  Campeão Nacional de Corta Mato,  e voltou a estar presente nos Jogos Olímpicos, mas desta vez não passou das eliminatórias dos 10000m. No ano seguinte renovou o seu título no Nacional de Crosse, mas tal como na época anterior tinha acontecido, desistiu no Campeonato do Mundo, sendo que desta vez isso sucedeu já na última volta da prova, quando estava em 2º lugar, depois de ter dado muita luta ao queniano John Ngugi. Ainda nesse ano fixou o seu recorde pessoal dos 10000m em 27,50,09m, durante o Meeting de Estocomo. Em 1990 obteve um honroso 7º lugar nos 10000m dos Campeonatos Europeus de Split.
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Entre 1987 e 1990 representou o Imortal de Albufeira, vivendo então alguns dos melhores momentos da sua carreira, Em 1988 foi  Campeão Nacional de Corta Mato,  e voltou a estar presente nos Jogos Olímpicos, mas desta vez não passou das eliminatórias dos 10000m. No ano seguinte renovou o seu título no Nacional de Crosse, mas tal como na época anterior tinha acontecido, desistiu no Campeonato do Mundo, sendo que desta vez isso sucedeu já na última volta da prova, quando estava em 2º lugar, depois de ter dado muita luta ao queniano John Ngugi. Ainda nesse ano fixou o seu recorde pessoal dos 10000m em 27,50,09m, durante o Meeting de Estocomo. Em 1990 obteve um honroso 7º lugar nos 10000m dos Campeonatos Europeus de Split.
  
 
Depois ainda correu no Maratona, até que em 1993 regressou ao Sporting,  que foi o Clube que mais gostou de representar, pelo ambiente famíliar que se vivia em Alvalade. Nessa sua segunda passagem pelos Leões, que se estendeu até 1996, ajudou o Clube a ganhar mais uma [[Campeões Europeus de Corta-Mato (M) - 1994|Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato]] e teve a sua última participação nos Campeonatos do Mundo da especialidade, que ficou marcada por outra desistência.
 
Depois ainda correu no Maratona, até que em 1993 regressou ao Sporting,  que foi o Clube que mais gostou de representar, pelo ambiente famíliar que se vivia em Alvalade. Nessa sua segunda passagem pelos Leões, que se estendeu até 1996, ajudou o Clube a ganhar mais uma [[Campeões Europeus de Corta-Mato (M) - 1994|Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato]] e teve a sua última participação nos Campeonatos do Mundo da especialidade, que ficou marcada por outra desistência.

Revisão das 00h20min de 26 de novembro de 2012

Dados de Ezequiel Canário EZECAN.jpg
Nome Ezequiel Mendonça Canário
Nascimento 10 de Abril de 1960
Naturalidade Faro - Portugal - 
Posição Atleta (crosse e fundo)

Ezequiel Canário começou a praticar Atletismo no Liceu de Faro, tendo posteriormente representado o Farense, e na época de 1979 obteve um brilhante 9º lugar no Campeonato Mundial de Juniores de Corta Mato, que era a melhor classificação de sempre de um atleta português naquela competição, onde já tinham participado homens como Carlos Lopes e Fernando Mamede.

Canário era na altura considerado como uma grande promessa do Atletismo português, pelo que foi sem surpresa que se transferiu para o Benfica, mas pouco depois regressou ao Algarve, passando representar o Farauto, onde se confirmou como um atleta especialmente vocacionado para o Corta Mato, somando em 1982 a primeira das suas 10 presenças nos Campeonatos Mundiais absolutos desta variante do Atletismo, obtendo então um 56º lugar.

Entre 1983 e 1986 passou a representar o Sporting Clube de Portugal, assumindo um papel relevante nas equipas de Corta Mato que ajudou a ganhar 4 Taças dos Campeões Europeus, entre vários Campeonatos Regionais e Nacionais da especialidade, conquistados nessa altura pelos Leões.

Logo em 1983, obteve a sua melhor classificação de sempre nos Campeonatos do Mundo de Corta Mato, ao classificar-se no 8º lugar, e ganhou uma Medalha de Prata nos 5000m dos Campeonatos Ibero Americanos, que se disputaram em Barcelona.

Na época seguinte voltou a marcar presença nos Mundiais de Corta Mato, onde chegou lesionado, mas mesmo assim foi o 5º homem da Selecção Nacional que conquistou a Medalha de Bronze nessa competição, que individualmente foi ganha por Carlos Lopes, terminando a prova no 64º lugar.

Esse sacrifício fez com que agravasse a lesão de que padecia, mas mesmo assim conseguiu recuperar e fazer os mínimos dos 5000m para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, onde ganhou a sua eliminatória, para depois ficar em 9º lugar na meia-final e obter idêntica classificação na Final, onde desempenhou um papel preponderante, impondo um andamento forte que ajudou António Leitão a conquistar a Medalha de Bronze, e fixando o seu recorde pessoal em 13,26,50m.

Em 1985 ganhou o Corta Mato de Venta de Baños e o Crosse Memorial Juan Muguerza, ambos disputados em Espanha, e o Crosse do jornal L'Equipe realizado em Paris e conseguiu a sua melhor classificação de sempre na Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato, ao ficar em 2º lugar logo atrás de Carlos Lopes, numa altura em que já era reconhecido como um dos melhores atletas do mundo no Crosse.

Na época seguinte Ezequiel Canário ganhou o Crosse Pelerin em Paris, o Grande Prémio dos Reis em Faro, foi o melhor português no Mundial de Corta Mato, classificando-se no 11º lugar, para depois vencer a corrida Sentrunslopet disputada em Oslo, terminando a temporada com uma participação modesta nos 10000m dos Campeonatos da Europa disputados em Estugarda, uma prestação que melhorou no ano seguinte, obtendo um 11º lugar na mesma prova dos Mundiais de Roma.

Entre 1987 e 1990 representou o Imortal de Albufeira, vivendo então alguns dos melhores momentos da sua carreira, Em 1988 foi Campeão Nacional de Corta Mato, e voltou a estar presente nos Jogos Olímpicos, mas desta vez não passou das eliminatórias dos 10000m. No ano seguinte renovou o seu título no Nacional de Crosse, mas tal como na época anterior tinha acontecido, desistiu no Campeonato do Mundo, sendo que desta vez isso sucedeu já na última volta da prova, quando estava em 2º lugar, depois de ter dado muita luta ao queniano John Ngugi. Ainda nesse ano fixou o seu recorde pessoal dos 10000m em 27,50,09m, durante o Meeting de Estocomo. Em 1990 obteve um honroso 7º lugar nos 10000m dos Campeonatos Europeus de Split.

Depois ainda correu no Maratona, até que em 1993 regressou ao Sporting, que foi o Clube que mais gostou de representar, pelo ambiente famíliar que se vivia em Alvalade. Nessa sua segunda passagem pelos Leões, que se estendeu até 1996, ajudou o Clube a ganhar mais uma Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato e teve a sua última participação nos Campeonatos do Mundo da especialidade, que ficou marcada por outra desistência.

Mais tarde ainda representou o Comforlimpa, até se retirar devido às muitas lesões que sofreu nos tendões de Aquiles, passando a dedicar o seu tempo ao café "Canário", do qual é proprietário e que fica perto do Campus da Penha da Universidade do Algarve.

To-mane 19h16min de 12 de Novembro de 2012 (WET)