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| O resto foi o do costume, o Sporting ao ataque e [[Peyroteo]] a marcar. | | O resto foi o do costume, o Sporting ao ataque e [[Peyroteo]] a marcar. |
Revisão das 18h03min de 10 de dezembro de 2020
Sporting 3 - Belenenses 1
Ficha de jogo
Com Robert Kelly e Cândido de Oliveira nasceram os Cinco Violinos e o Sporting tornara-se uma equipa quase imbatível.
Depois da Taça de 1946 os Leões ganharam o último Campeonato Regional, a Taça de Honra da AFL e os dois Campeonatos Nacionais que se seguiram e só não tinham ganho mais uma Taça de Portugal porque na temporada de 1946/47 aquela competição não se realizou.
Mas na época seguinte voltou a haver Taça, para a qual o Sporting arrancou como detentor das duas últimas edições e bi Campeão Nacional, chegando mais uma vez à Final depois de algumas goleadas e de despachar o Benfica com um claro 3-0, no jogo das meias-finais.
A Final disputou-se no Estádio Nacional no dia 4 de Julho de 1948, e o jogo começou com mais de meia hora de atraso, porque as provas de Atletismo que o antecederam se estenderam para lá do horário previsto.
Frente a frente o Sporting dos Cinco Violinos, o melhor ataque do campeonato com 92 golos marcados e o Belenenses com as suas famosas “Torres de Belém”, que tinha sido a melhor defesa com 30 golos sofridos.
Reza a história que o jogo terá defraudado as melhores expectativas e que foi mais uma vez João Azevedo a ficar na lenda, quando se lesionou logo nos minutos iniciais, obrigando Veríssimo a ir para a baliza durante 8 longos minutos, enquanto se submetia aos tratamentos de Manuel Marques para regressar pouco depois com o pé ligado, fazendo o resto do jogo ao pé-coxinho, mas mesmo assim só sofreu um golo, voltando a ser o herói da tarde.
O resto foi o do costume, o Sporting ao ataque e Peyroteo a marcar.
O primeiro golo aconteceu aos 29 minutos com Vasques a aproveitar um mau alívio da defesa azul e a endossar a bola a Peyroteo, que não perdoou.
Seis minutos depois, na sequência de uma série de remates à baliza, um jogador do Belenenses cortou a bola com a mão e foi punido com a respectiva grande penalidade, que Albano converteu.
Antes do intervalo Jesus Correia fez aquele que deveria ter sido o melhor golo da tarde, se o fiscal de linha não o tivesse anulado, assinalando um fora de jogo claramente inexistente.
Assim se chegou ao descanso com o resultado em 2-0, que já indiciava o desfecho habitual, ou seja mais uma festa em tons verdes e brancos.
No princípio da 2ª parte o Belenenses ainda reagiu com um golo de Teixeira da Silva, marcado em posição muito duvidosa, devolvendo a incerteza quanto ao desfecho final da partida, e pouco depois a bola voltou a entrar na baliza de João Azevedo, mas desta vez o fiscal de linha não deixou passar em claro o fora de jogo de Teixeira da Silva.
Até que aos 65 minutos Albano furou pelo lado esquerdo e assistiu Peyroteo, que mais uma vez marcou, fixando o resultado final em 3-1. Na sequência desse lance o guardião Sério saiu lesionado e não pôde voltar ao terreno do jogo, pelo que a vida do Sporting ficou facilitada e o resultado só não engordou porque o arbitro não viu um penálti claro sobre Vasques, que foi agarrado em plana área quando seguia isolado para a baliza do improvisado guarda redes do Belenenses.
Este foi também o último jogo do Capitão Álvaro Cardoso, que assim se despediu em beleza, levantando mais uma Taça de Portugal, que era a terceira consecutiva que o Sporting ganhava, outro recorde até aí inédito e ao mesmo tempo o sexto título seguido conquistado pelo Clube, outra proeza, mas esta não ficaria por ali.
To-mane 11h24min de 18 de Outubro de 2008 (WEST)