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Revisão das 08h45min de 7 de fevereiro de 2017

Dados de Rocha AugustoRocha.jpg
Nome Francisco Augusto Rocha
Nascimento 7 de Fevereiro de 1935
Naturalidade Macau - 
Posição Médio ou avançado
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1952/53 Rubro Negro
1953/54 Sp. Macau
1ª Divisão 1954/55 SPORTING 0 0
1ª Divisão 1955/56 SPORTING 17 2
1ª Divisão 1956/57 Académica
1ª Divisão 1957/58 Académica 2 0
1ª Divisão 1958/59 Académica 2 0
1ª Divisão 1959/60 Académica
1ª Divisão 1960/61 Académica
1ª Divisão 1961/62 Académica
1ª Divisão 1962/63 Académica 3 0
1ª Divisão 1963/64 Académica
1ª Divisão 1964/65 Académica
1ª Divisão 1965/66 Académica
1ª Divisão 1967/68 Académica
1ª Divisão 1968/69 Académica
1ª Divisão 1969/70 Académica
1ª Divisão 1970/71 Académica
Total = 17 2 1 3 7 0

Chamavam-lhe Lou Fu Chai, o Pequeno Tigre, porque tigre era a alcunha do seu pai, que partiu de Alcobaça à aventura, casando-se com uma chinesa de origem. Augusto cresceu e depressa se afamou como jogador de bolinha, um jogo de futebol de sete com uma bola mais pequena que a do andebol. O seu ídolo era, com naturalidade, Joaquim Pacheco, o polícia macaense que jogava a defesa no Sporting.

Em Outubro de 1953, Augusto Rocha começou a alinhar pelo Sporting Clube de Macau e depressa a sua velocidade e o seu domínio de bola fizeram esquecer a sua pequena estatura. Alinhando pela selecção de Macau contra Hong-Kong, em Abril de 1954, foi o herói da tarde, apontando os três golos da vitória da selecção macaense, merecendo de todos os jornais da colónia inglesa rasgados elogios.

O Benfica e o Desportivo de Lourenço Marques endereçaram-lhe convites, mas foi o Sporting, através de António da Conceição, amigo da família e antigo atleta leonino, que o seduziu. Chegou ao Sporting em Janeiro de 1955.

Já no Sporting, actuou como avançado na época de 1955/56, realizando 17 jogos e marcando 2 golos.

Porém, a passagem de Augusto Rocha pelo Sporting não foi feliz. Os Sportinguistas estavam decepcionados porque Rocha era um "meia-leca". O facto de ser um homem muito religioso ainda complicou mais a sua adaptação, visto que não gostava de ouvir palavrões, e por isso nas cabinas procurava sempre vestir-se depressa e sair discretamente.

Sem surpresas, mudou-se para a Académica em 1996, estreando-se em Luanda com Cândido de Oliveira como treinador. Quis o destino que no regresso a Portugal a Académica jogasse em Alvalade, acabando por vencer por 3 - 1, com Rocha a espalhar o perfume de um jogador habilidoso e irrequieto que o Sporting não soubera aproveitar.

Em 1958, o Sporting dispôs-se a pagar 400 contos pelo seu regresso, mas ele, depois de firmado o acordo, pediu a anulação da transferência da Académica para Alvalade, dispondo-se a devolver os 400 contos acertados em contrato.

Realizou sete jogos pela Selecção Nacional Portuguesa, três pelo seleccionado B, um pelas “Esperanças” e nove pelos militares. Ao serviço destes últimos, venceu o torneio internacional realizado em Lisboa, em Novembro de 1958, em cuja final os portugueses bateram a França por 2-1. Da Selecção principal despede-se a 21 de Abril de 1963, no histórico jogo em que Portugal ganha ao Brasil, campeão do Mundo, por 1-0.

Quando chegou a Portugal, Rocha mal falava português. Ao serviço da Académica completou o curso dos liceus, entrou para a Faculdade de Ciências e só não terminou a licenciatura por opção própria.

Em 1971, abandonou o futebol depois de 14 temporadas ao serviço da Académica, e em 1979, abriu um restaurante chinês no Monte Formoso, chamando-lhe Lung Wah, Dragão Chinês.