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− | [[Image:Fernando Vaz1.jpg|thumb||left|<center>Fernando Vaz</center>]]
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| Fernando Vaz foi um dos melhores treinadores portugueses da história do nosso futebol, tendo deixado a sua marca em todos o Clubes por onde passou, mas principalmente no [[Sporting Clube de Portugal]] e no Vitória de Setúbal, onde o seu nome ficou gravado para eternidade. | | Fernando Vaz foi um dos melhores treinadores portugueses da história do nosso futebol, tendo deixado a sua marca em todos o Clubes por onde passou, mas principalmente no [[Sporting Clube de Portugal]] e no Vitória de Setúbal, onde o seu nome ficou gravado para eternidade. |
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| Homem de grande inteligência e muito culto, era um profundo estudioso do jogo, ao qual se entregou com uma infinita vontade de saber e de aprofundar conhecimentos nas áreas relevantes ao nível técnico, táctico e psicológico, mas para além disso era também um cidadão humanista, respeitado por todos, tendo sido um dos grandes defensores da criação do Sindicato dos Treinadores após o 25 de Abril de 1974, para além de se ter notabilizado como jornalista. | | Homem de grande inteligência e muito culto, era um profundo estudioso do jogo, ao qual se entregou com uma infinita vontade de saber e de aprofundar conhecimentos nas áreas relevantes ao nível técnico, táctico e psicológico, mas para além disso era também um cidadão humanista, respeitado por todos, tendo sido um dos grandes defensores da criação do Sindicato dos Treinadores após o 25 de Abril de 1974, para além de se ter notabilizado como jornalista. |
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| + | [[Image:Fernando Vaz1.jpg|thumb|right|<center>Fernando Vaz</center>]] |
| Nascido em Angola regressou a Portugal com pouco mais de um ano de idade, devido à morte do seu pai, e com apenas 9 anos ingressou na Casa Pia, instituição onde fez a sua formação académica e profissional, concluindo o curso comercial. | | Nascido em Angola regressou a Portugal com pouco mais de um ano de idade, devido à morte do seu pai, e com apenas 9 anos ingressou na Casa Pia, instituição onde fez a sua formação académica e profissional, concluindo o curso comercial. |
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| Já nessa altura Fernando Vaz escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista Stadium, sendo então convidado por [[Cândido de Oliveira]], com quem já tinha um relacionamento privilegiado, para integrar o grupo de redactores do jornal A Bola, onde chegaria a chefe de redacção. | | Já nessa altura Fernando Vaz escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista Stadium, sendo então convidado por [[Cândido de Oliveira]], com quem já tinha um relacionamento privilegiado, para integrar o grupo de redactores do jornal A Bola, onde chegaria a chefe de redacção. |
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− | Em 1947 chegou finalmente ao Sporting o seu Clube do coração, onde passou a desempenhar as funções de treinador adjunto de [[Cândido de Oliveira]], de quem foi considerado o primeiro e grande discípulo. | + | Em 1947 chegou finalmente ao [[Sporting Clube de Portugal]], o seu Clube do coração, onde passou a desempenhar as funções de treinador adjunto de [[Cândido de Oliveira]], de quem foi considerado o primeiro e grande discípulo. |
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| Mesmo após a saída do seu "Mestre" continuou no Sporting, tendo então trabalhado com [[Alexandre Peics]] e com o inglês [[Randolph Galloway]], contribuindo assim para a conquista de três Campeonatos e uma Taça de Portugal, nas quatro épocas em que foi treinador adjunto no Clube. | | Mesmo após a saída do seu "Mestre" continuou no Sporting, tendo então trabalhado com [[Alexandre Peics]] e com o inglês [[Randolph Galloway]], contribuindo assim para a conquista de três Campeonatos e uma Taça de Portugal, nas quatro épocas em que foi treinador adjunto no Clube. |
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| Em 1964 passou a ser finalmente o treinador efectivo do V. Setúbal, que conseguiu levar por quatro vezes consecutivas à Final da Taça de Portugal, tendo ganho duas, uma delas frente ao Benfica. | | Em 1964 passou a ser finalmente o treinador efectivo do V. Setúbal, que conseguiu levar por quatro vezes consecutivas à Final da Taça de Portugal, tendo ganho duas, uma delas frente ao Benfica. |
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− | [[Image:Fvaz1.jpg|thumb|left| <center>Orientando a equipa</center>| 150x220px]] | + | [[Image:Fvaz1.jpg|thumb|left|<center>Orientando a equipa</center>| 150x220px]] |
| Após cinco anos em Setúbal regressou ao Sporting pela porta grande na temporada de [[1969/70]], conseguindo imediatamente conquistar o título de Campeão Nacional, o único que lhe faltava, numa das mais brilhantes campanhas da história do Clube, para na época seguinte ganhar a sua terceira Taça de Portugal, cuja Final constituiu outro momento inesquecível para os sportinguistas, que nesse dia assistiram a uma exibição de luxo do Sporting, que despachou o Benfica com uma vitória clara por 4-1. | | Após cinco anos em Setúbal regressou ao Sporting pela porta grande na temporada de [[1969/70]], conseguindo imediatamente conquistar o título de Campeão Nacional, o único que lhe faltava, numa das mais brilhantes campanhas da história do Clube, para na época seguinte ganhar a sua terceira Taça de Portugal, cuja Final constituiu outro momento inesquecível para os sportinguistas, que nesse dia assistiram a uma exibição de luxo do Sporting, que despachou o Benfica com uma vitória clara por 4-1. |
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Revisão das 16h58min de 6 de setembro de 2010
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Dados de Fernando Vaz |
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Nome |
Fernando Gomes Ribeiro Vaz
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Nascimento |
5 de Agosto de 1918
|
Naturalidade |
Benguela - Angola -
|
Posição |
Treinador
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Escalão
|
Época
|
Clube
|
Obs.
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Jogos
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V
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E
|
D
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Titulos
|
1ª Divisão |
1947/48 |
Sporting |
Adjunto |
|
|
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Campeonato Nacional Taça de Portugal
|
1ª Divisão |
1948/49 |
Sporting |
Adjunto |
|
|
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|
Campeonato Nacional
|
1ª Divisão |
1949/50 |
Sporting |
Adjunto |
|
|
|
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|
1ª Divisão |
1950/51 |
Sporting |
Adjunto |
|
|
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|
Campeonato Nacional
|
1ª Divisão |
1951/52 |
Belenenses |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1951/52 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
Subida de Divisão
|
AA |
1951/52 |
FPF |
Adjunto |
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1952/53 |
Belenenses |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1953/54 |
Sp.Braga |
|
|
|
|
|
|
AA |
1953/54 |
FPF |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1954/55 |
FC Porto |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1955/56 |
V.Guimarães |
|
|
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|
1ª Divisão |
1956/57 |
Caldas |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1957/58 |
V.Guimarães |
|
|
|
|
|
Subida de Divisão
|
1ª Divisão |
1958/59 |
Belenenses |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1959/60 |
Sporting |
|
17 |
13 |
3 |
1 |
|
1ª Divisão |
1959/60 |
CUF |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1960/61 |
CUF |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1961/62 |
CUF |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1961/62 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
Subida de Divisão
|
1ª Divisão |
1962/63 |
Belenenses |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1963/64 |
Belenenses |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1963/64 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1964/65 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
Taça de Portugal
|
1ª Divisão |
1965/66 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1966/67 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
Taça de Portugal
|
1ª Divisão |
1967/68 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1968/69 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1969/70 |
Sporting |
|
39 |
29 |
7 |
3 |
Campeonato Nacional
|
1ª Divisão |
1970/71 |
Sporting |
|
38 |
23 |
9 |
6 |
Taça de Portugal
|
1ª Divisão |
1971/72 |
Sporting |
|
22 |
14 |
4 |
4 |
|
1ª Divisão |
1971/72 |
Académica |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1972/73 |
Académica |
|
|
|
|
|
Campeonato Nacional
|
1ª Divisão |
1973/74 |
Académica |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1974/75 |
Atlético |
|
|
|
|
|
|
2ª Divisão |
1974/75 |
Beira Mar |
|
|
|
|
|
Subida de Divisão
|
1ª Divisão |
1975/76 |
Beira Mar |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1976/77 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1977/78 |
V.Setúbal |
|
|
|
|
|
|
1ª Divisão |
1977/78 |
Marítimo |
|
|
|
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|
1ª Divisão |
1978/79 |
Marítimo |
|
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Total = |
|
116 |
79 |
23 |
14 |
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Fernando Vaz foi um dos melhores treinadores portugueses da história do nosso futebol, tendo deixado a sua marca em todos o Clubes por onde passou, mas principalmente no Sporting Clube de Portugal e no Vitória de Setúbal, onde o seu nome ficou gravado para eternidade.
Homem de grande inteligência e muito culto, era um profundo estudioso do jogo, ao qual se entregou com uma infinita vontade de saber e de aprofundar conhecimentos nas áreas relevantes ao nível técnico, táctico e psicológico, mas para além disso era também um cidadão humanista, respeitado por todos, tendo sido um dos grandes defensores da criação do Sindicato dos Treinadores após o 25 de Abril de 1974, para além de se ter notabilizado como jornalista.
Nascido em Angola regressou a Portugal com pouco mais de um ano de idade, devido à morte do seu pai, e com apenas 9 anos ingressou na Casa Pia, instituição onde fez a sua formação académica e profissional, concluindo o curso comercial.
Foi na Casa Pia que se apaixonou pelo futebol, começando a jogar nas escalões jovens do clube, onde foi descoberto por Artur John, e com apenas 17 anos passou a integrar o plantel principal, tendo feito parte da equipa do Casa Pia que na época de 1938/39 participou pela única vez na história do clube, no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, precisamente, na temporada de estreia desta competição.
Com apenas 22 anos resolveu encerrar a sua carreira de futebolista, devido às exigências do seu emprego de bancário, mas poucos anos depois deixou o Banco e aventurou-se num negócio que não deu certo, ficando desempregado.
Já nessa altura Fernando Vaz escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista Stadium, sendo então convidado por Cândido de Oliveira, com quem já tinha um relacionamento privilegiado, para integrar o grupo de redactores do jornal A Bola, onde chegaria a chefe de redacção.
Em 1947 chegou finalmente ao Sporting Clube de Portugal, o seu Clube do coração, onde passou a desempenhar as funções de treinador adjunto de Cândido de Oliveira, de quem foi considerado o primeiro e grande discípulo.
Mesmo após a saída do seu "Mestre" continuou no Sporting, tendo então trabalhado com Alexandre Peics e com o inglês Randolph Galloway, contribuindo assim para a conquista de três Campeonatos e uma Taça de Portugal, nas quatro épocas em que foi treinador adjunto no Clube.
Em 1951 arrancou finalmente por conta própria assumindo o comando do Belenenses, ao mesmo tempo que voltava a trabalhar com Cândido de Oliveira, agora como treinador de campo da Selecção Nacional, que viria a orientar num jogo disputado em Dezembro de 1954, após a demissão do então Seleccionador Salvador da Costa, onde Portugal perdeu por 0-3 com a Alemanha.
A sua longa carreira de treinador foi bem recheada de sucessos, como foram os casos das suas duas primeiras passagens por Setúbal, onde foi chamado para orientar a equipa nos torneios de competência que na altura se disputavam no final das épocas, para apurar as equipas que subiriam de Divisão, tendo em ambos os casos conseguido atingir os objectivos propostos, tal como já tinha acontecido em Guimarães, aí como treinador a tempo inteiro.
Para além disso deixou marcas profundas em Braga, onde a excelência do futebol praticado pela sua equipa, fez com que o Sporting local passasse a ser apelidado como o "Arsenal do Minho", e na CUF onde conseguiu algumas das melhores épocas de sempre deste clube.
Pelo meio passou pelo FC Porto e teve a sua primeira experiência à frente do Sporting na temporada de 1959/60, acabando por ser despedido depois de um empate em casa com a Académica, numa altura em que ainda estava tudo em aberto no campeonato.
Em 1964 passou a ser finalmente o treinador efectivo do V. Setúbal, que conseguiu levar por quatro vezes consecutivas à Final da Taça de Portugal, tendo ganho duas, uma delas frente ao Benfica.
Após cinco anos em Setúbal regressou ao Sporting pela porta grande na temporada de 1969/70, conseguindo imediatamente conquistar o título de Campeão Nacional, o único que lhe faltava, numa das mais brilhantes campanhas da história do Clube, para na época seguinte ganhar a sua terceira Taça de Portugal, cuja Final constituiu outro momento inesquecível para os sportinguistas, que nesse dia assistiram a uma exibição de luxo do Sporting, que despachou o Benfica com uma vitória clara por 4-1.
Em Fevereiro de 1972 abandonou Alvalade em litígio com a Direcção e debaixo de graves acusações relacionadas com a utilização de substâncias dopantes, num episódio lamentável, seguindo então para Coimbra onde não chegou a tempo de salvar a Académica da descida, mas na temporada seguinte traria os "estudantes" de volta à 1ª Divisão, sagrando-se novamente Campeão Nacional, agora da 2ª Divisão.
Conseguiria ainda uma nova subida de divisão, desta feita ao serviço do Beira Mar, e depois doutro regresso a Setúbal, encerraria a sua carreira de treinador no Marítimo da Madeira.
Voltou então a dedicar-se ao jornalismo, novamente nas colunas do jornal A Bola, e viria a falecer a 25 de Agosto de 1986 com 68 anos, poucas horas depois de ter concluído a sua última crónica.
To-mane 15h59min de 3 de Março de 2009 (WET)