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| Nessa altura foi adiada a aprovação dos novos Estatutos para o dia 8 de Agosto, data em que foram aprovados na generalidade depois de algumas questões levantadas pelo Dr. [[Nunes dos Santos]], ficando a aprovação na especialidade agendada para o dia 13, e prolongando-se depois no dia 27. | | Nessa altura foi adiada a aprovação dos novos Estatutos para o dia 8 de Agosto, data em que foram aprovados na generalidade depois de algumas questões levantadas pelo Dr. [[Nunes dos Santos]], ficando a aprovação na especialidade agendada para o dia 13, e prolongando-se depois no dia 27. |
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− | Em Novembro de 1968 a Comissão Directiva de Brás Medeiros conseguiu finalmente o desejado acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, que vendeu ao [[Sporting Clube de Portugal]] 156000m2 de terrenos junto ao Estádio, destinados a ampliar as instalações do Clube. | + | Em Novembro de 1968 a Comissão Directiva de Brás Medeiros conseguiu finalmente o desejado acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, que aceitou vender ao [[Sporting Clube de Portugal]] uma parte de um terreno e permutar o restante, numa área com o total de 10000m2, onde o Clube se comprometia a construir a sua Sede e o Lar do Jogador e vender mais 146000m2 de terrenos junto ao Estádio, destinados a ampliar as instalações desportivas do Clube, e ainda conceder um subsidio de 12 mil contos para a execução das referidas obras, que deveriam ser edificadas num prazo de 4 anos. Em contrapartida o [[Sporting Clube de Portugal]] comprometia-se a entregar à Câmara a sua Sede da Rua do Passadiço e a reservar-lhe permanentemente e exclusivamente, dois camarotes no [[Estádio José Alvalade]]. |
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− | Foi então considerado que estavam reunidas as condições necessárias para o Clube retomar a sua vida directiva normal, tendo sido nomeada uma Comissão para designar os candidatos a eleger para os corpos gerentes do biénio 1969-1970 e indicar os 25 membros daquele que seria o primeiro [[Conselho Leonino]].
| + | Concluído e aprovado esse acordo, foi então considerado que estavam reunidas as condições necessárias para o Clube retomar a sua vida directiva normal, tendo sido nomeada uma Comissão para designar os candidatos a eleger para os corpos gerentes do biénio 1969-1970 e indicar os 25 membros daquele que viria a ser o primeiro [[Conselho Leonino]]. |
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| Assim [[As eleições de 1968|a Assembleia Geral eleitoral extraordinária que marcaria o fim deste Gerência]], que deixou o [[Sporting Clube de Portugal]] com mais de 42 mil sócios, foi realizada em 28 de Novembro 1968, pouco depois do despedimento de [[Fernando Caiado]], mais um treinador que se revelara uma aposta falhada desta Comissão Directiva. | | Assim [[As eleições de 1968|a Assembleia Geral eleitoral extraordinária que marcaria o fim deste Gerência]], que deixou o [[Sporting Clube de Portugal]] com mais de 42 mil sócios, foi realizada em 28 de Novembro 1968, pouco depois do despedimento de [[Fernando Caiado]], mais um treinador que se revelara uma aposta falhada desta Comissão Directiva. |
Revisão das 17h43min de 6 de janeiro de 2012
Na sequência da Crise de 1965 a Direcção do Sporting Clube de Portugal estava demissionária, quando o Conselho Leonino indicou para a Presidência do Clube o nome de Brás Medeiros, mas este impôs uma serie de condições para aceitar o cargo, entre as quais estava a constituição de uma Comissão Directiva por ele escolhida e com um mandato de três anos.
Assim no dia 2 de Junho de 1965 realizou-se uma Assembleia Geral histórica, onde foram aceites as condições de Brás Medeiros e foi eleita por aclamação uma Comissão Directiva constituída por 23 membros:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
Guilherme Braga Brás Medeiros |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
António Alexandre Pereira da Silva |
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
José Lúcio da Silva |
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Vice Presidente para a Gestão Administrativa |
António Pinto de Sousa |
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Vice Presidente para as Relações com os Associados e Expansão Leonina |
Jorge Planas Almasqué |
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Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas |
Eduardo de Oliveira Martins |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
Fernando Barros Vieira Ramos |
Até 20-04-1967
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
João Rebelo Marques de Almeida |
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Secretário Geral |
Romeu Adrião da Silva Branco |
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Secretário Adjunto |
José Paulo Henriques Costa de Medeiros |
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Director do Futebol Profissional |
Abraham Hierch Sorin |
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Director do Ciclismo |
José Carlos Marques Pinto de Oliveira |
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Director do Futebol Juvenil |
José Maria Martins Canhoto |
Até 8-10-1966
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Director dos Desportos Amadores |
Luís Alves Vaz |
Até 8-10-1966
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Director dos Desportos Amadores |
Artur Madeira da Silva |
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Director dos Desportos Amadores |
António Avelar Costa |
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Director dos Desportos Amadores |
António Augusto de Freitas Fuschini |
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Director dos Desportos Amadores |
Sebastião Tomás Sequeira |
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Director Tesoureiro |
José Cortês de Figueiredo |
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Director do Campo Atlético |
António Morais Rodrigues Pereira |
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Director para Obras e Melhoramentos |
Manuel Lopes |
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Director Administrativo |
José da Silva Ruivo |
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Director do Jornal |
Horácio Hermínio da Gama Tavares |
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A Comissão Directiva de Brás Medeiros foi eleita com o objectivo primordial de ultrapassar a grave crise financeira que o Clube atravessava, e para isso tinha sido pedido um esforço suplementar aos sócios, que deveria atingir a quantia de 300 contos mensais, e fora criado o Núcleo dos Mil, que tinha como missão angariar essa verba.
Dentro de uma politica de rigor e contenção de despesas, a Comissão Directiva começara por recorrer novamente a Anselmo Fernandez, para liderar uma equipa técnica, que tinha Juca como treinador de campo, mas pouco tempo depois o arquitecto da vitória na Taça das Taças demitiu-se e foi substituído por Otto Glória, que conseguiu levar o Sporting à conquista do Campeonato Nacional de Futebol, apesar de nessa época a contratação de Peres ao Belenenses, ter sido o único investimento de monta feito naquela equipa.
No entanto esse bom arranque desportivo não foi confirmado na temporada seguinte, pelo que começou a haver alguma contestação da parte dos sócios, que não aceitaram a substituição de uma dupla técnica vencedora, pelo treinador espanhol Fernando Argila, que se viria a revelar num enorme fracasso.
Assim em Novembro de 1966 Brás Medeiros sentiu necessidade de convocar uma Assembleia-Geral extraordinária, para fazer o balanço dos primeiros 15 meses da sua Gerência e colocar o seu lugar à disposição dos sócios, cujo número tinha aumentado em cerca de 8500, ou seja um crescimento à volta dos 33%.
Nessa Assembleia Geral onde marcaram presença entre 3 a 4 mil sócios leoninos, a Comissão Directiva informou que depois da reestruturação efectuada nos serviços e em todas as secções do Clube, com particular incidência no Futebol, e de algumas obras realizadas, tinham conseguido reequilibrar as contas e pôr a escrita em dia, operando um abate nos encargos herdados, superior a 1500 contos, apesar das contribuições angariadas pelo Núcleo dos Mil terem atingido apenas um terço do que tinha sido pedido.
Em termos desportivos o balanço saldava-se pela conquista dos Campeonatos Nacionais de Ténis de Mesa, Andebol de 11 e de 7, Atletismo masculino e feminino e de Futebol, explicando-se aqui as saídas de Otto Glória e Juca, pelas exigências financeiras que ambos fizeram para renovarem os seus contratos, apesar destes preverem que o Sporting teria a opção de os prolongar por mais uma época, nas mesmas condições que tinham sido inicialmente estabelecidas, pelo que a Comissão Directiva considerou intoleráveis essas exigências e dispensou os serviços daqueles dois profissionais.
Foram também referidos os contactos efectuados com a Câmara de Lisboa, no sentido de se clarificar a situação dos terrenos encravados nas proximidades do Estádio José Alvalade, e os trabalhos em curso para a elaboração dos novos estatutos, que viriam a ser aprovados em 1968, onde entre outras importantes alterações, foram extintos o Conselho Geral e o Conselho dos Presidentes e foi criado o Conselho Leonino.
Assim no final dessa Assembleia Geral realizada no dia 29 de Novembro de 1966, foi aprovada por aclamação uma proposta onde se manifestava total confiança na Comissão Directiva, em ordem a permitir-lhe a realização do seu programa.
De resto esta Comissão Directiva manteve o seu rumo nos dois anos que se seguiram, sempre tendo como principal objectivo o reequilíbrio das contas e o cumprimento dos compromissos assumidos, pelo que os investimentos no Futebol não foram de grande monta, mas mesmo assim foi possível contratar jogadores como Marinho, Chico e Ernesto, embora os resultados continuassem a não ser satisfatórios.
As comparticipações obtidas pelo Núcleo dos Mil continuaram a ficar aquém do esperado, mas no final do ano de 1967 já ultrapassavam os 3 mil contos, verbas inteiramente destinadas ao abatimentos das dívidas deixadas pelas Gerências anteriores.
O ecletismo continuou a ser defendido e preservado, e os lutadores Leonel Duarte e Luís Grilo e o atleta Manuel de Oliveira, participam nos Jogos Olímpicos da Cidade do México. O Atletismo conquistou mais 3 Campeonatos Nacionais, enquanto o Andebol ganhava outro, e foi também neste período que Carlos Lopes e Joaquim Agostinho se tornaram atletas do Sporting.
Durante a gestão desta Comissão Directiva, realizaram-se ainda as comemorações do 60º aniversario do Sporting Clube de Portugal, o II Congresso Leonino e uma deslocação à Guiné.
O mandato da Comissão Directiva de Brás Medeiros era suposto ter terminado em 25 de Julho de 1968, altura em que se realizou uma Assembleia-Geral onde foi aprovado o Relatório e Contas desta Gerência marcada pela austeridade, e foi solicitada e aceite a prorrogação do mandato até ao final do ano, de forma a permitir a solução em conjunto com o Município, da questão das instalações do Clube.
Nessa altura foi adiada a aprovação dos novos Estatutos para o dia 8 de Agosto, data em que foram aprovados na generalidade depois de algumas questões levantadas pelo Dr. Nunes dos Santos, ficando a aprovação na especialidade agendada para o dia 13, e prolongando-se depois no dia 27.
Em Novembro de 1968 a Comissão Directiva de Brás Medeiros conseguiu finalmente o desejado acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, que aceitou vender ao Sporting Clube de Portugal uma parte de um terreno e permutar o restante, numa área com o total de 10000m2, onde o Clube se comprometia a construir a sua Sede e o Lar do Jogador e vender mais 146000m2 de terrenos junto ao Estádio, destinados a ampliar as instalações desportivas do Clube, e ainda conceder um subsidio de 12 mil contos para a execução das referidas obras, que deveriam ser edificadas num prazo de 4 anos. Em contrapartida o Sporting Clube de Portugal comprometia-se a entregar à Câmara a sua Sede da Rua do Passadiço e a reservar-lhe permanentemente e exclusivamente, dois camarotes no Estádio José Alvalade.
Concluído e aprovado esse acordo, foi então considerado que estavam reunidas as condições necessárias para o Clube retomar a sua vida directiva normal, tendo sido nomeada uma Comissão para designar os candidatos a eleger para os corpos gerentes do biénio 1969-1970 e indicar os 25 membros daquele que viria a ser o primeiro Conselho Leonino.
Assim a Assembleia Geral eleitoral extraordinária que marcaria o fim deste Gerência, que deixou o Sporting Clube de Portugal com mais de 42 mil sócios, foi realizada em 28 de Novembro 1968, pouco depois do despedimento de Fernando Caiado, mais um treinador que se revelara uma aposta falhada desta Comissão Directiva.
To-mane 20h42min de 5 de Novembro de 2011 (WET)