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| Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival. | | Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival. |
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− | Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra, mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre outras condições que viu aprovadas na totalidade em [[Assembleia Geral]] efectuada para o efeito. | + | Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre outras condições que viu aprovadas na totalidade em [[Assembleia Geral]] efectuada para o efeito. |
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| Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa, até ser eleito Presidente e reeleito várias vezes, num mandato que se estendeu durante cerca de oito anos, até 29 de Março de 1973, no qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino [[Yazalde]], entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência. | | Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa, até ser eleito Presidente e reeleito várias vezes, num mandato que se estendeu durante cerca de oito anos, até 29 de Março de 1973, no qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino [[Yazalde]], entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência. |
Revisão das 11h19min de 19 de setembro de 2011
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Dados de Brás Medeiros |
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Nome |
Guilherme Braga Brás Medeiros
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Nascimento |
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Naturalidade |
Avelar - Portugal -
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Posição |
Presidente
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Guilherme Brás Medeiros formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e foi admitido como sócio do Sporting Clube de Portugal a 7 de Dezembro de 1943.
Fez parte do Conselho Geral entre 1951 e 1953 e mais tarde entre 1963 e 1965.
Foi Presidente do Sporting Clube de Portugal em dois períodos diferentes. O primeiro entre 7 de Janeiro de 1959 e 10 de Maio de 1961, numa altura em que o Clube atravessava grandes dificuldades financeiras resultantes da construção do Estádio José Alvalade, ao mesmo tempo que se procedia à renovação da equipa, depois do fim do ciclo mais vitorioso da história do futebol leonino.
Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival.
Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre outras condições que viu aprovadas na totalidade em Assembleia Geral efectuada para o efeito.
Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa, até ser eleito Presidente e reeleito várias vezes, num mandato que se estendeu durante cerca de oito anos, até 29 de Março de 1973, no qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino Yazalde, entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência.
Para além disso nessa altura a equipa do Sporting desdobrou-se em várias digressões por todo o mundo, conquistando diversos troféus de grande prestigio, com destaque para Taça Internacional de Futebol, a Taça do Emigrante e dois Troféus Ibéricos, entre outros.
A nível desportivo, nos seus consulados o Sporting festejou e viveu o seu período áureo no Andebol, conquistando um inédito penta campeonato nacional nesta modalidade, ao mesmo tempo que se assistia ao aparecimento de Joaquim Agostinho, que ganhou nessa altura três Voltas a Portugal em Bicicleta, enquanto o Sporting vencia por cinco vezes a mesma competição, mas na variante por equipas.
Foi também durante a Presidência de Brás Medeiros que Carlos Lopes e Fernando Mamede vieram para o Sporting, e que começaram a destacar-se, antes de se tornarem nas maiores figuras do Atletismo do Clube e do País.
Durante os seus mandatos Brás Medeiros realizou o II Congresso Leonino, reformou os Estatutos do Clube aprovando a sua 9ª versão, e conseguiu aumentar o património imobiliário, principalmente com o negócio de cedência à Câmara do edifício da Rua do Passadiço, com excelentes contrapartidas para o Clube, solucionando assim o problema dos terrenos destinados à construção da Cidade Desportiva do Sporting e à construção da Sede Social do Clube e dos acessos ao Estádio.
Em consequência de todo seu trabalho em prol do Sporting, Brás Medeiros recebeu várias distinções com destaque para:
- Sócio de Mérito em 1960;
- Prémio Stromp na categoria Dirigente em 1965 e 1968;
- Medalha de Mérito e Dedicação em 1968;
- Leão de Ouro com Palma em 1968.
Abandonou a Presidência do Sporting Clube de Portugal em Março de 1973, quando já acusava algum desgaste, pois apesar da obra feita, não tinha conseguido recuperar para o Clube uma posição de hegemonia no futebol, que os adeptos exigiam.
Fora do Sporting, destacou-se como o criador do Diário Popular, numa altura em que não era fácil a vida da imprensa, com a censura do regime sempre à perna.
Faleceu no dia 30 de Agosto de 1994, na sua residência em Lisboa, com 82 anos de idade.
To-mane 11h25min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)