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Quem ficou a ganhar foi o Sporting que assim conseguiu assegurar o concurso daquele que para muitos foi o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Azevedo não era alto, mas era enorme dentro e fora dos postes, destacando-se especialmente pela sua agilidade e enorme valentia e coragem.
 
Quem ficou a ganhar foi o Sporting que assim conseguiu assegurar o concurso daquele que para muitos foi o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Azevedo não era alto, mas era enorme dentro e fora dos postes, destacando-se especialmente pela sua agilidade e enorme valentia e coragem.
  
Chegou ao Sporting na temporada de [[1935/36]] destinado a ser o terceiro guarda-redes, numa altura em que o Clube tinha acabado de contratar o prestigiado goleiro brasileiro [[Jaguaré]], para concorrer com o internacional Artur [[Dyson]], que era o titular das balizas leoninas, mas apesar de ter apenas 20 anos Azevedo não se intimidou com a forte concorrência.  
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Chegou ao Sporting na temporada de [[1935/36]] destinado a ser o terceiro guarda-redes, numa altura em que o Clube tinha acabado de contratar o prestigiado goleiro brasileiro [[Jaguaré Vasconcelos|Jaguaré]], para concorrer com o internacional Artur [[Dyson]], que era o titular das balizas leoninas, mas apesar de ter apenas 20 anos Azevedo não se intimidou com a forte concorrência.  
  
 
Não foi utilizado no Campeonato Regional, mas estreou-se no dia 16 de Fevereiro de 1936, num jogo disputado no Porto frente ao Boavista, a contar para o Campeonato da Liga, e dois meses depois tonava-se no dono da camisola nº 1 do Sporting, iniciando um longo reinado que o elevaria à condição de lenda do Clube, onde jogou durante 17 épocas, totalizando perto de seiscentos  jogos, 422 dos quais oficiais, e tornando-se no jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Sporting: 2 Campeonatos de Portugal, 4 Taças de Portugal, 9 Campeonatos de Lisboa, 7 Campeonatos Nacionais e a Taça Império.
 
Não foi utilizado no Campeonato Regional, mas estreou-se no dia 16 de Fevereiro de 1936, num jogo disputado no Porto frente ao Boavista, a contar para o Campeonato da Liga, e dois meses depois tonava-se no dono da camisola nº 1 do Sporting, iniciando um longo reinado que o elevaria à condição de lenda do Clube, onde jogou durante 17 épocas, totalizando perto de seiscentos  jogos, 422 dos quais oficiais, e tornando-se no jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Sporting: 2 Campeonatos de Portugal, 4 Taças de Portugal, 9 Campeonatos de Lisboa, 7 Campeonatos Nacionais e a Taça Império.

Revisão das 20h10min de 1 de dezembro de 2020

Dados de João Azevedo Azevedo.jpg Azevedo2.jpg
Nome João Mendonça Azevedo
Nascimento 10 de Julho de 1915
Naturalidade Barreiro - Portugal
Posição Futebolista (guarda-redes)
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
Juniores 1931/32 Barreirense
1932/33 Barreirense
1933/34 Barreirense
1934/35 Luso
1ª Divisão 1935/36 SPORTING 12 -18 Campeonato de Portugal
1ª Divisão 1936/37 SPORTING 26 -40 Campeonato de Lisboa
1ª Divisão 1937/38 SPORTING 28 -38 Campeonato de Lisboa
Campeonato de Portugal
5 -4
1ª Divisão 1938/39 SPORTING 30 -38 Campeonato de Lisboa 2 -5
1ª Divisão 1939/40 SPORTING 21 -31 1 -3
1ª Divisão 1940/41 SPORTING 28 -34 Campeonato de Lisboa
Campeonato Nacional
Taça de Portugal
2 -7
1ª Divisão 1941/42 SPORTING 21 -28 Campeonato de Lisboa
1ª Divisão 1942/43 SPORTING 26 -47 Campeonato de Lisboa
1ª Divisão 1943/44 SPORTING 21 -35 Campeonato Nacional
Taça Império
1ª Divisão 1944/45 SPORTING 35 -59 Campeonato de Lisboa
Taça de Portugal
3 -7
1ª Divisão 1945/46 SPORTING 35 -57 Taça de Portugal 2 -2
1ª Divisão 1946/47 SPORTING 27 -37 Campeonato Nacional
Campeonato de Lisboa
3 -5
1ª Divisão 1947/48 SPORTING 38 -57 Campeonato Nacional
Taça de Portugal
Taça 1ª Categoria
1 -4
1ª Divisão 1948/49 SPORTING 23 -25 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1949/50 SPORTING 24 -32
1ª Divisão 1950/51 SPORTING 25 -33 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1951/52 SPORTING 1 -4 Campeonato Nacional
1952/53
1ª Divisão 1953/54 Oriental
Total = 421 -613 19 -37
Azevedo, o "Gato de Frankfurt"

João Azevedo nasceu no Barreiro e começou a jogar futebol nos principiantes do Barreirense donde transitou para o Luso, e foi nesta popular colectividade que se evidenciou, tentando então a sua sorte no Benfica, onde foi treinar à experiência. Agradou, mas não gostou da forma como o trataram e não voltou a aparecer.

Quem ficou a ganhar foi o Sporting que assim conseguiu assegurar o concurso daquele que para muitos foi o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Azevedo não era alto, mas era enorme dentro e fora dos postes, destacando-se especialmente pela sua agilidade e enorme valentia e coragem.

Chegou ao Sporting na temporada de 1935/36 destinado a ser o terceiro guarda-redes, numa altura em que o Clube tinha acabado de contratar o prestigiado goleiro brasileiro Jaguaré, para concorrer com o internacional Artur Dyson, que era o titular das balizas leoninas, mas apesar de ter apenas 20 anos Azevedo não se intimidou com a forte concorrência.

Não foi utilizado no Campeonato Regional, mas estreou-se no dia 16 de Fevereiro de 1936, num jogo disputado no Porto frente ao Boavista, a contar para o Campeonato da Liga, e dois meses depois tonava-se no dono da camisola nº 1 do Sporting, iniciando um longo reinado que o elevaria à condição de lenda do Clube, onde jogou durante 17 épocas, totalizando perto de seiscentos jogos, 422 dos quais oficiais, e tornando-se no jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Sporting: 2 Campeonatos de Portugal, 4 Taças de Portugal, 9 Campeonatos de Lisboa, 7 Campeonatos Nacionais e a Taça Império.

Um autêntico herói na baliza, Azevedo ganhou uma Taça ao pé-coxinho e um Campeonato de braço ao peito, e chegou a jogar depois de ter levado 12 pontos na cabeça, era assim, generoso e valente, mas também refilão, o que lhe custou alguns contratempos ao longo da sua carreira.

Azevedo em ombros

Mas voltando aos seus grandes feitos, a sua tarde de glória aconteceu a 17 de Novembro de 1946, numa Final do Campeonato de Lisboa contra o Benfica, quando fracturou a clavícula aos 43 minutos. Saiu, e Jesus Correia foi para a baliza até ao intervalo, cedendo depois o lugar a Veríssimo. Na segunda parte, Azevedo de braço ao peito, reentrou aos 22 minutos quando o resultado estava em 1-1. O Sporting ganhou por 3-1 e o guardião saiu em ombros.

Numa outra ocasião, contra o Belenenses na final da Taça de Portugal, fracturou um pé e foi sem conseguir pôr o calcanhar no chão que continuou na baliza. Só sofreu um golo e o Sporting ganhou a Taça.

Antes dos jogos ficava sempre muito nervoso, e escondia-se no seu canto a fumar um cigarrinho, contando na maior parte das vezes com a boa vontade dos treinadores, que fechavam os olhos a este seu estranho e pouco recomendável hábito, especialmente Cândido de Oliveira com quem tinha uma excelente relação, desde os tempos em que este o tinha lançado na Selecção Nacional.

Após o abandono de Álvaro Cardoso que fora o grande Capitão da célebre equipa dos Cinco Violinos, Azevedo herdou a braçadeira, e já tinha 36 anos quando finalmente perdeu o seu lugar na baliza para o jovem Carlos Gomes, outro grande guarda-redes oriundo do filão do Barreiro.

Em 1952 depois de uma temporada sem jogar, pretendeu obter a carta de desobrigação para poder voltar aos campos, mas o Sporting não lha concedeu, alegando tratar-se de um jogador histórico do Clube que não devia terminar a carreira em clubes menores. Mais tarde ainda sugeriu ficar como treinador de guarda-redes, uma novidade para a altura, e que não foi aceite, acabando por ser libertado para terminar a sua carreira no Oriental.

Jogou 19 vezes pela Selecção Nacional entre as quais, um inesquecível jogo em que Portugal empatou na Alemanha, onde depois de uma exibição memorável, ganhou o epíteto de “O Gato de Frankfurt”. Fez também parte das equipas que realizaram feitos históricos como a vitória conseguida em Dublin sobre a Irlanda, e a primeira vitória sobre a Espanha.

Mas foi também com a camisola das quinas que viveu um dos piores dias da sua carreira, no tristemente célebre jogo em que Portugal foi goleado pela Inglaterra por 10-0, no qual foi substituído aos 27m, quando o público já vaiava a equipa que perdia por 4-0. De resto também deu alguns frangos, sobretudo em remates de muito longe, e foi precisamente por causa disso que se criou o chavão: «os grandes frangos dão-nos os grandes guarda-redes».

Depois de abandonar o Futebol foi taxista no Barreiro e motorista de um colégio em Londres, onde nunca disse quem era, regressando a Portugal em 1982.

Em 1981 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.

Viria a falecer a 3 de Janeiro de 1991 com 75 anos de idade.

To-mane 16h52min de 5 de Abril de 2009 (WEST)