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| Após o abandono de [[Álvaro Cardoso]] que fora o grande Capitão da célebre equipa dos [[Cinco Violinos]], Azevedo herdou a braçadeira, e já tinha 36 anos quando finalmente perdeu o seu lugar na baliza para o jovem [[Carlos Gomes]], outro grande guarda-redes oriundo do filão do Barreiro. | | Após o abandono de [[Álvaro Cardoso]] que fora o grande Capitão da célebre equipa dos [[Cinco Violinos]], Azevedo herdou a braçadeira, e já tinha 36 anos quando finalmente perdeu o seu lugar na baliza para o jovem [[Carlos Gomes]], outro grande guarda-redes oriundo do filão do Barreiro. |
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| + | Em 1952 depois de uma temporada sem jogar, pretendeu obter a carta de desobrigação para poder voltar aos campos, mas o Sporting não lha concedeu, alegando tratar-se de um jogador histórico do Clube que não devia terminar a carreira em clubes menores. Mais tarde ainda sugeriu ficar como treinador de guarda-redes, uma novidade para a altura, e que não foi aceite, acabando por ser libertado para terminar a sua carreira no Oriental. |
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| Jogou 19 vezes pela Selecção Nacional entre as quais, um inesquecível jogo em que Portugal empatou na Alemanha, onde depois de uma exibição memorável, ganhou o epíteto de “O Gato de Frankfurt”. Fez também parte das equipas que realizaram feitos históricos como a vitória conseguida em Dublin sobre a Irlanda, e a primeira vitória sobre a Espanha. | | Jogou 19 vezes pela Selecção Nacional entre as quais, um inesquecível jogo em que Portugal empatou na Alemanha, onde depois de uma exibição memorável, ganhou o epíteto de “O Gato de Frankfurt”. Fez também parte das equipas que realizaram feitos históricos como a vitória conseguida em Dublin sobre a Irlanda, e a primeira vitória sobre a Espanha. |
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| Mas foi também com a camisola das quinas que viveu um dos piores dias da sua carreira, no tristemente célebre jogo em que Portugal foi goleado pela Inglaterra por 10-0, no qual foi substituído aos 27m, quando o público já vaiava a equipa que perdia por 4-0. De resto também deu alguns frangos, sobretudo em remates de muito longe, e foi precisamente por causa disso que se criou o chavão: «os grandes frangos dão-nos os grandes guarda-redes». | | Mas foi também com a camisola das quinas que viveu um dos piores dias da sua carreira, no tristemente célebre jogo em que Portugal foi goleado pela Inglaterra por 10-0, no qual foi substituído aos 27m, quando o público já vaiava a equipa que perdia por 4-0. De resto também deu alguns frangos, sobretudo em remates de muito longe, e foi precisamente por causa disso que se criou o chavão: «os grandes frangos dão-nos os grandes guarda-redes». |
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− | Foi dispensado do Sporting nas vésperas da digressão ao Brasil de 1953, e ainda sugeriu ficar como treinador de guarda-redes, uma novidade para a altura, e que não foi aceite. Terminou então a sua carreira no Oriental.
| + | Depois de abandonar o [[Futebol]] foi taxista no Barreiro e motorista de um colégio em Londres, onde nunca disse quem era, regressando a Portugal em 1982. |
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− | Depois foi taxista no Barreiro e motorista de um colégio em Londres onde nunca disse quem era, regressando a Portugal em 1982.
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| Em 1981 foi distinguido com o [[Prémio Stromp]] na categoria Saudade. | | Em 1981 foi distinguido com o [[Prémio Stromp]] na categoria Saudade. |
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− | Viria a falecer a 3 de Janeiro de 1991. | + | Viria a falecer a 3 de Janeiro de 1991 com 75 anos de idade. |
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| [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16h52min de 5 de Abril de 2009 (WEST) | | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16h52min de 5 de Abril de 2009 (WEST) |
Revisão das 16h12min de 2 de agosto de 2017
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Dados de Azevedo |
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Nome |
João Mendonça Azevedo
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Nascimento |
10 de Julho de 1915
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Naturalidade |
Barreiro - Portugal
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Posição |
Guarda-redes
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Azevedo, o "Gato de Frankfurt"
João Azevedo nasceu no Barreiro e começou a jogar futebol nos principiantes do Barreirense donde transitou para o Luso, e foi nesta popular colectividade que se evidenciou, tentando então a sua sorte no Benfica, onde foi treinar à experiência. Agradou, mas não gostou da forma como o trataram e não voltou a aparecer.
Quem ficou a ganhar foi o Sporting que assim conseguiu assegurar o concurso daquele que para muitos foi o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Azevedo não era alto, mas era enorme dentro e fora dos postes, destacando-se especialmente pela sua agilidade e enorme valentia e coragem.
Chegou ao Sporting na temporada de 1935/36 destinado a ser o terceiro guarda-redes, numa altura em que o Clube tinha acabado de contratar o prestigiado goleiro brasileiro Jaguaré, para concorrer com o internacional Artur Dyson, que era o titular das balizas leoninas, mas apesar de ter apenas 20 anos Azevedo não se intimidou com a forte concorrência.
Não foi utilizado no Campeonato Regional, mas estreou-se no dia 16 de Fevereiro de 1936, num jogo disputado no Porto frente ao Boavista, a contar para o Campeonato da Liga, e dois meses depois tonava-se no dono da camisola nº 1 do Sporting, iniciando um longo reinado que o elevaria à condição de lenda do Clube, onde jogou durante 17 épocas, totalizando perto de seiscentos jogos, 422 dos quais oficiais, e tornando-se no jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Sporting: 2 Campeonatos de Portugal, 4 Taças de Portugal, 9 Campeonatos de Lisboa, 7 Campeonatos Nacionais e a Taça Império.
Um autêntico herói na baliza, Azevedo ganhou uma Taça ao pé-coxinho e um Campeonato de braço ao peito, e chegou a jogar depois de ter levado 12 pontos na cabeça, era assim, generoso e valente, mas também refilão, o que lhe custou alguns contratempos ao longo da sua carreira.
Mas voltando aos seus grandes feitos, a sua tarde de glória aconteceu a 17 de Novembro de 1946, numa Final do Campeonato de Lisboa contra o Benfica, quando fracturou a clavícula aos 43 minutos. Saiu, e Jesus Correia foi para a baliza até ao intervalo, cedendo depois o lugar a Veríssimo. Na segunda parte, Azevedo de braço ao peito, reentrou aos 22 minutos quando o resultado estava em 1-1. O Sporting ganhou por 3-1 e o guardião saiu em ombros.
Numa outra ocasião, contra o Belenenses na final da Taça de Portugal, fracturou um pé e foi sem conseguir pôr o calcanhar no chão que continuou na baliza. Só sofreu um golo e o Sporting ganhou a Taça.
Antes dos jogos ficava sempre muito nervoso, e escondia-se no seu canto a fumar um cigarrinho, contando na maior parte das vezes com a boa vontade dos treinadores, que fechavam os olhos a este seu estranho e pouco recomendável hábito, especialmente Cândido de Oliveira com quem tinha uma excelente relação, desde os tempos em que este o tinha lançado na Selecção Nacional.
Após o abandono de Álvaro Cardoso que fora o grande Capitão da célebre equipa dos Cinco Violinos, Azevedo herdou a braçadeira, e já tinha 36 anos quando finalmente perdeu o seu lugar na baliza para o jovem Carlos Gomes, outro grande guarda-redes oriundo do filão do Barreiro.
Em 1952 depois de uma temporada sem jogar, pretendeu obter a carta de desobrigação para poder voltar aos campos, mas o Sporting não lha concedeu, alegando tratar-se de um jogador histórico do Clube que não devia terminar a carreira em clubes menores. Mais tarde ainda sugeriu ficar como treinador de guarda-redes, uma novidade para a altura, e que não foi aceite, acabando por ser libertado para terminar a sua carreira no Oriental.
Jogou 19 vezes pela Selecção Nacional entre as quais, um inesquecível jogo em que Portugal empatou na Alemanha, onde depois de uma exibição memorável, ganhou o epíteto de “O Gato de Frankfurt”. Fez também parte das equipas que realizaram feitos históricos como a vitória conseguida em Dublin sobre a Irlanda, e a primeira vitória sobre a Espanha.
Mas foi também com a camisola das quinas que viveu um dos piores dias da sua carreira, no tristemente célebre jogo em que Portugal foi goleado pela Inglaterra por 10-0, no qual foi substituído aos 27m, quando o público já vaiava a equipa que perdia por 4-0. De resto também deu alguns frangos, sobretudo em remates de muito longe, e foi precisamente por causa disso que se criou o chavão: «os grandes frangos dão-nos os grandes guarda-redes».
Depois de abandonar o Futebol foi taxista no Barreiro e motorista de um colégio em Londres, onde nunca disse quem era, regressando a Portugal em 1982.
Em 1981 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.
Viria a falecer a 3 de Janeiro de 1991 com 75 anos de idade.
To-mane 16h52min de 5 de Abril de 2009 (WEST)