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| __TOC__ | | __TOC__ |
− | A Assembleia Geral é o órgão máximo do [[Sporting Clube de Portugal]] sendo composta por todos os sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos e admitidos há pelo menos doze meses, e é nela que devem ser discutidas e decididas todas as grandes directrizes da vida do Clube. | + | A Assembleia Geral é o órgão máximo do [[Sporting Clube de Portugal]] sendo composta por todos os sócios efectivos no pleno gozo dos seus direitos, e é nela que devem ser discutidas e decididas todas as grandes directrizes da vida do Clube. |
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− | As Assembleias-Gerais reúnem-se ordinariamente nos períodos estabelecidos pelos Estatutos, para se aprovarem os orçamentos e relatórios de contas, ou para a realização de eleições para os Órgãos Sociais do Clube, ou extraordinariamente sempre que se cumpram os pressupostos previstos nos Estatutos para tal efeito, sendo que em ambos os casos podem ser comuns ou eleitorais. | + | As Assembleias-Gerais são dirigidas pela [[Mesa da Assembleia Geral]] e reúnem-se ordinariamente nos períodos estabelecidos pelos Estatutos, para se aprovarem os orçamentos e relatórios de contas, ou para a realização de eleições para os Órgãos Sociais do Clube, ou extraordinariamente sempre que se cumpram os pressupostos previstos nos Estatutos para tal efeito, sendo que em ambos os casos podem ser comuns ou eleitorais. |
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| Conheça todas as directivas pelas quais a Assembleia Geral se rege: [[Os Estatutos de 2011#Sec.C3.A7.C3.A3o_II_-_Assembleia_Geral|Os Estatutos de 2011]]. | | Conheça todas as directivas pelas quais a Assembleia Geral se rege: [[Os Estatutos de 2011#Sec.C3.A7.C3.A3o_II_-_Assembleia_Geral|Os Estatutos de 2011]]. |
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| ==Os primeiros anos== | | ==Os primeiros anos== |
− | No dia 8 de Maio de 1906 reuniu-se a primeira Assembleia Geral do Clube, onde foi eleita a Direcção presidida pelo [[Visconde de Alvalade]], e foram instituídas as primeiras normas clubísticas, atribuídos privilégios aos [[os Fundadores|dez sócios fundadores principais]], e formulado o histórico voto "Queremos um Clube tão grande como os maiores da Europa". | + | No dia 8 de Maio de 1906 reuniu-se a primeira Assembleia Geral do Clube, onde foi eleita a [[Direcção]] presidida pelo [[Visconde de Alvalade]], e foram instituídas as primeiras normas clubísticas, atribuídos privilégios aos [[os Fundadores|dez sócios fundadores principais]], e formulado o histórico voto "Queremos um Clube tão grande como os maiores da Europa". |
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| Inicialmente o Clube era para se chamar Campo Grande Sporting Clube, mas na Assembleia Geral de 1 de Julho de 1906, por sugestão de António Félix da Costa Júnior, tomou o nome de [[Sporting Clube de Portugal]]. | | Inicialmente o Clube era para se chamar Campo Grande Sporting Clube, mas na Assembleia Geral de 1 de Julho de 1906, por sugestão de António Félix da Costa Júnior, tomou o nome de [[Sporting Clube de Portugal]]. |
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− | [[Os primeiros Estatutos do Sporting Clube de Portugal]], foram aprovados pelo Governo Civil de Lisboa no dia 22 de Agosto de 1907, e no seu Capitulo X, entre outras disposições estabelecia-se a composição da Mesa, e já se previam as Assembleias Gerais ordinárias e extraordinárias, sendo que as primeiras deveriam realizar-se anualmente, servindo para a Direcção apresentar o relatório e as contas da sua gerência e para se elegerem os Órgãos Sociais do Clube para o ano seguinte. | + | [[Os primeiros Estatutos do Sporting Clube de Portugal]], foram aprovados pelo Governo Civil de Lisboa no dia 22 de Agosto de 1907, e no seu Capitulo X, entre outras disposições estabelecia-se a composição da Mesa, e já se previam as Assembleias Gerais ordinárias e extraordinárias, sendo que as primeiras deveriam realizar-se anualmente, servindo para a [[Direcção]] apresentar o relatório e as contas da sua gerência e para se elegerem os Órgãos Sociais do Clube para o ano seguinte. |
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− | No entanto apenas no dia 4 de Janeiro de 1910, data em que foi empossada a nova Direcção, foi também eleita a primeira Mesa da Assembleia Geral, simultaneamente com o primeiro [[Conselho Fiscal]] e o primeiro Conselho Técnico do Clube. | + | No entanto apenas no dia 4 de Janeiro de 1910, data em que foi empossada a nova [[Direcção]], foi também eleita a primeira Mesa da Assembleia Geral, simultaneamente com o primeiro [[Conselho Fiscal]] e o primeiro Conselho Técnico do Clube. |
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| Assim o [[Visconde de Alvalade]] que já tinha sido o primeiro Presidente do [[Sporting Clube de Portugal]], tornou-se também no primeiro Presidente da Mesa da Assembleia Geral, que era composta ainda pelo vice-presidente: Dr. Pedro de Lacerda e pelos 1º secretário: António Dinis e 2.° secretário: [[Eduardo Quintela de Mendonça]]. | | Assim o [[Visconde de Alvalade]] que já tinha sido o primeiro Presidente do [[Sporting Clube de Portugal]], tornou-se também no primeiro Presidente da Mesa da Assembleia Geral, que era composta ainda pelo vice-presidente: Dr. Pedro de Lacerda e pelos 1º secretário: António Dinis e 2.° secretário: [[Eduardo Quintela de Mendonça]]. |
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| ==O poder dos Conselhos== | | ==O poder dos Conselhos== |
− | Durante cerca de 40 anos a Assembleia-Geral do [[Sporting Clube de Portugal]] funcionou sem grandes alterações em relação ao inicialmente instituído, mas crescimento do Clube com o significativo aumento do numero de sócios, as alterações politicas e sociais entretanto ocorridas no País e na Europa, e as tradições marcadamente elitistas do Sporting, influenciaram decisivamente os novos Estatutos aprovados em 29 de Outubro de 1947, com destaque para a introdução do [[Conselho Geral]], que passava a ter a competência de indicar os Presidentes da Assembleia Geral, da Direcção e do Conselho de Fiscalização, Contencioso e Sindicância, que escolhiam os restantes membros da sua equipa, que posteriormente eram ratificados pelos sócios, em reunião magna convocada para o efeito. | + | Durante cerca de 40 anos a Assembleia-Geral do [[Sporting Clube de Portugal]] funcionou sem grandes alterações em relação ao inicialmente instituído, mas crescimento do Clube com o significativo aumento do numero de sócios, as alterações politicas e sociais entretanto ocorridas no País e na Europa, e as tradições marcadamente elitistas do Sporting, influenciaram decisivamente os novos Estatutos aprovados em 29 de Outubro de 1947, com destaque para a introdução do [[Conselho Geral]], que passava a ter a competência de indicar os Presidentes da Assembleia Geral, da [[Direcção]] e do [[Conselho de Fiscalização, Contencioso e Sindicância]], que escolhiam os restantes membros da sua equipa, que posteriormente eram ratificados pelos sócios, em reunião magna convocada para o efeito. |
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− | Em 1964 foram aprovados novos estatutos, que limitaram a eleição por parte da Assembleia Geral, aos Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do Clube, passando os restantes membros a serem posteriormente ratificados pelo [[Conselho Geral]]. | + | Em 1964 foram aprovados novos estatutos, que consagravam a criação do [[Conselho dos Presidentes]] que passava a ter a incumbência de escolher os membros da Mesa da Assembleia Geral e limitavam a eleição por parte da Assembleia Geral, aos Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do Clube, passando os restantes membros a serem posteriormente escolhidos pelos eleitos e ratificados pelo [[Conselho Geral]]. |
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− | Os Estatutos de 1968 introduziram importantes alterações, extinguindo o [[Conselho Geral]] e [[Conselho dos Presidentes]], que fora criado em 1964, surgindo então o [[Conselho Leonino]], que herdou a competência de indicar os Presidentes e Vice Presidentes, da Assembleia Geral, da Direcção e do [[Conselho Fiscal]]. | + | Os Estatutos de 1968 introduziram importantes alterações, extinguindo o [[Conselho Geral]] e [[Conselho dos Presidentes]], que fora criado em 1964, surgindo então o [[Conselho Leonino]], que herdou a competência de indicar os Presidentes e Vice Presidentes, da Assembleia Geral, da [[Direcção]] e do [[Conselho Fiscal]]. |
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| Nestes estatutos foi também criado um regime de diferenciação entre os sócios, em função da sua antiguidade e do tipo de quota que pagavam, atribuindo-se a cada um mais 2 votos por cada 10 anos de associativismo, ao mesmo tempo que se admitia a licitude de sócios efectivos e maiores de 21 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 500 votos, organizarem listas candidatas aos Órgãos Sociais do Clube, que passaram a ter mandatos com a duração de dois anos. | | Nestes estatutos foi também criado um regime de diferenciação entre os sócios, em função da sua antiguidade e do tipo de quota que pagavam, atribuindo-se a cada um mais 2 votos por cada 10 anos de associativismo, ao mesmo tempo que se admitia a licitude de sócios efectivos e maiores de 21 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 500 votos, organizarem listas candidatas aos Órgãos Sociais do Clube, que passaram a ter mandatos com a duração de dois anos. |
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| | 20 a 29 anos ||5 | | | 20 a 29 anos ||5 |
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| | 30 a 39 anos ||7 | | | 30 a 39 anos ||7 |
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| | 40 a 49 anos ||9 | | | 40 a 49 anos ||9 |
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| | 50 a 59 anos ||11 | | | 50 a 59 anos ||11 |
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| ==Depois do 25 de Abril== | | ==Depois do 25 de Abril== |
− | Apesar da Revolução de 25 de Abril de 1974 que trouxe a Democracia a Portugal, o Sporting atravessou esse atribulado período da história do nosso País, de uma forma relativamente tranquila, beneficiando do "estado de graça" de um Presidente carismático como foi [[João Rocha]], que tinha sido eleito em 1973, e que seria reeleito várias vezes, prolongando a sua gerência até 1986. Assim foi necessário que passasse mais de uma década para que o [[Conselho Leonino]] perdesse o seu papel determinante na escolha dos Órgãos Sociais do Clube. | + | Apesar da Revolução de 25 de Abril de 1974 que trouxe a Democracia a Portugal, o Sporting atravessou esse atribulado período da história do nosso País, de uma forma relativamente tranquila, beneficiando do "estado de graça" de um Presidente carismático como foi [[João Rocha]], que tinha sido eleito em 1973, e que seria reeleito várias vezes, prolongando a sua gerência até 1986. |
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| + | Assim foi necessário que passasse mais de uma década para que surgisse uma candidatura alternativa à estatutariamente emanada do [[Conselho Leonino]], que só em 1989 perdeu o seu papel determinante na escolha dos Órgãos Sociais do Clube. |
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− | ==A revisão estatutária de 1981== | + | ===A revisão estatutária de 1981=== |
− | No dia 11 de Setembro de 1981, foi aprovada uma alteração estatutária que implicava que para além dos candidatos à Presidência dos Órgãos Sociais do Clube, indigitados pelo [[Conselho Leonino]], todos os outros membros propostos para integrarem esses Órgãos, fossem sujeitos individualmente à aprovação dos sócios, na Assembleia Geral ordinária que acontecia bienualmente para esse efeito, sendo que as referidas atribuições do [[Conselho Leonino]] continuavam a não ser impeditivas de que sócios efectivos e agora maiores de 18 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 1000 votos, organizassem listas diferentes para submeter à Assembleia-Geral, sendo que passaram a ser atribuídos a cada sócio mais 3 votos por cada 10 anos de associativismo. | + | No dia 11 de Setembro de 1981, foi aprovada uma alteração estatutária que implicava que para além dos candidatos à Presidência dos Órgãos Sociais do Clube, indigitados pelo [[Conselho Leonino]], todos os outros membros propostos para integrarem esses Órgãos, fossem sujeitos individualmente à aprovação dos sócios, na Assembleia Geral eleitoral ordinária que acontecia bienualmente para esse efeito, sendo que as referidas atribuições do [[Conselho Leonino]] continuavam a não ser impeditivas de que sócios efectivos e agora maiores de 18 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 1000 votos, organizassem listas diferentes para submeter à Assembleia-Geral, passando a ser atribuídos a cada sócio mais 3 votos por cada 10 anos de associativismo. |
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| + | ===Listas alternativas=== |
| + | No dia 5 de Junho de 1984 a Mesa da Assembleia-Geral anunciou em comunicado, que pela primeira vez fora apresentada uma candidatura para todos os corpos gerentes, diversa das listas que no exercício das funções estatutariamente consagradas, iriam ser submetidas a sufrágio pelo [[Conselho Leonino]], e a partir daí os sócios passaram a votar as listas no seu conjunto e não todos os seus membros individualmente, o que facilitava a contagem dos votos, numa altura em que o número de sócios tinha aumentado substancialmente, enquanto os hábitos democráticos já se tinham enraizado entre os portugueses. |
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| + | Assim a 29 de Junho de 1984, mais de 10 mil sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] compareceram em Alvalade para uma Assembleia-Geral eleitoral, que ao contrário do que era costume se alargou pelo dia inteiro, com as urnas a encerrarem já perto da 1 da manhã, permitindo que se atingissem números nunca antes vistos numas eleições de clubes, realizadas em Portugal. |
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| ==A redução dos poderes do Conselho Leonino== | | ==A redução dos poderes do Conselho Leonino== |
− | A vitória de Jorge Gonçalves nas eleições de 1988, foi um momento determinante para uma viragem no modo de funcionamento das Assembleias Gerais eleitorais do [[Sporting Clube de Portugal]], pois uma das grandes bandeiras da campanha do novo Presidente, era precisamente a redução dos poderes do [[Conselho Leonino]]. | + | A vitória de [[Jorge Gonçalves]] nas eleições de 1988, foi um momento determinante para uma viragem no modo de funcionamento das Assembleias Gerais eleitorais do [[Sporting Clube de Portugal]], pois uma das grandes bandeiras da campanha do novo Presidente, era precisamente a redução dos poderes do [[Conselho Leonino]]. |
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− | Assim no dia 18 de Fevereiro de 1989 os sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] aprovaram em Assembleia-Geral convocada para o efeito, uma importante alteração aos Estatutos do Clube, que previa a diminuição do numero de membros do [[Conselho Leonino]] para 30, e a redução de poderes deste órgão, que passava a ser meramente consultivo, deixando de ter o privilegio de indigitar listas candidatas às eleições para os Órgãos Sociais do Clube, abrindo-se assim o caminho para uma maior democratização da vida do Sporting. | + | Assim no dia 18 de Fevereiro de 1989 os sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] aprovaram em Assembleia-Geral convocada para o efeito, uma importante alteração aos Estatutos do Clube, que previa a diminuição do numero de membros do [[Conselho Leonino]] para 30, e a redução de poderes deste órgão, que passava a ser meramente consultivo, deixando de ter o privilegio de indigitar listas candidatas às eleições para os Órgãos Sociais do Clube, abrindo-se assim o caminho para uma maior democratização da vida do Sporting. |
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− | ==O Projecto Roquete==
| + | A nova era começou com uma Assembleia Geral eleitoral à qual pela primeira vez se apresentaram quatro listas, dando-se então inicio ao ciclo de [[Sousa Cintra]], que não trouxe novidades em termos estatutários, e antecedeu o período que ficou conhecido como o Projecto Roquete |
− | A nova era começou com uma Assembleia Geral eleitoral à qual pela primeira vez se apresentaram quatro listas, dando-se então inicio ao ciclo de [[Sousa Cintra]], que não trouxe novidades em termos estatutários, e antecedeu o período que ficou conhecido como o Projecto Roquete, durante o qual foram elaborados [[Os Estatutos de 1996|novos Estatutos]], onde se devolveram alguns poderes ao [[Conselho Leonino]], embora sem alterações relevantes no que diz respeito às Assembleias-Gerais, destacando-se apenas o facto dos mandatos dos Órgãos Sociais do Clube, serem alargados para 4 anos, e da tradicional cerimónia de tomada de posse, ser substituída pela proclamação dos vencedores, no momento do anuncio dos resultados das Assembleias-Gerais eleitorais. | + | ==A revisão estatutária de 1996== |
| + | Em 1996 foram elaborados [[Os Estatutos de 1996|novos Estatutos]], onde se devolveram alguns poderes ao [[Conselho Leonino]] que passou a ser eleito de acordo com o método d'Hondt, embora sem alterações relevantes no que diz respeito às Assembleias-Gerais, destacando-se apenas o facto dos mandatos dos Órgãos Sociais do Clube, serem alargados para 4 anos, e da tradicional cerimónia de tomada de posse, ser substituída pela proclamação dos vencedores, no momento do anuncio dos resultados das Assembleias-Gerais eleitorais, que eram empossados na ocasião. |
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| ==A revisão estatutária de 2011== | | ==A revisão estatutária de 2011== |
− | As polémicas eleições de 26 de Março de 2011, às quais pela primeira vez se apresentaram cinco listas, e que levaram ao poder uma Direcção minoritária, "obrigaram" à elaboração de [[Os Estatutos de 2011|novos Estatutos]] que introduziram importantes alterações, com destaque para a descentralização do voto, a introdução do voto electrónico e por correspondência, a criação de novas categorias de sócios, o alargamento do direito de voto a mais sócios e a alteração do número de votos atribuídos a cada sócio consoante a sua antiguidade, que passou a ser para: | + | As polémicas eleições de 26 de Março de 2011, às quais pela primeira vez se apresentaram cinco listas, e que levaram ao poder uma [[Direcção]] minoritária, "obrigaram" à elaboração de [[Os Estatutos de 2011|novos Estatutos]] que introduziram importantes alterações, com destaque para a descentralização do voto, a introdução do voto electrónico e por correspondência, a criação de novas categorias de sócios, o alargamento do direito de voto a mais sócios e a alteração do número de votos atribuídos a cada sócio consoante a sua antiguidade, que passou a ser para: |
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| *Sócios efectivos integrados no escalão base: | | *Sócios efectivos integrados no escalão base: |
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− | Ficou ainda estabelecido que os mandatos passariam a ser de 4 anos e a elaboração de um [[Regulamento Eleitoral]]. | + | Ficou ainda estabelecido que a investidura no exercício dos cargos teria lugar nos 15 dias seguintes ao do termo do acto eleitoral, em sessão a realizar na sede do [[Sporting Clube de Portugal]], e a elaboração de um [[Regulamento Eleitoral]]. |
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| ==Galeria dos Presidentes== | | ==Galeria dos Presidentes== |
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− | | '''[[Carlos Basílio de Oliveira]]'''<br>De 21-07-1923 a 29-07-1924 | + | | '''[[Carlos Basílio de Oliveira]]'''<br>De 21-07-1923 a 26-07-1924 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''2º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''2º''' |
| | style="text-align:center;"| [[Imagem:san.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:san.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Sanches Navarro]]'''<br>29-07-1924 a 23-02-1926 | + | | '''[[Sanches Navarro]]'''<br>26-07-1924 a 23-02-1926 |
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| | style="text-align:center;"| [[Imagem:Queirosdossantos.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Queirosdossantos.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Queirós dos Santos]]'''<br>De 03-03-1927 a 21-07-1927 | + | | '''[[Queirós dos Santos]]'''<br>De 03-03-1927 a 26-07-1927 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''5º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''5º''' |
− | | style="text-align:center;"| | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:ENavarro.JPG|none|100x100px]] |
− | | '''[[Ernesto Navarro]]'''<br>De 21-07-1927 a 12-03-1929 | + | | '''[[Ernesto Navarro]]'''<br>De 26-07-1927 a 05-02-1929 |
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− | | style="text-align:center;"| | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:LRSilva.JPG|none|100x100px]] |
| | '''[[Rebelo da Silva]]'''<br>De 12-03-1929 a 27-07-1933 | | | '''[[Rebelo da Silva]]'''<br>De 12-03-1929 a 27-07-1933 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''5º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''5º''' |
− | | style="text-align:center;"| | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:ENavarro.JPG|none|100x100px]] |
| | '''[[Ernesto Navarro]]'''<br>De 27-07-1933 a 19-06-1938 | | | '''[[Ernesto Navarro]]'''<br>De 27-07-1933 a 19-06-1938 |
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| | '''[[Nunes Frade]]'''<br>De 19-06-1938 a 05-08-1939 | | | '''[[Nunes Frade]]'''<br>De 19-06-1938 a 05-08-1939 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''8º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''8º''' |
− | | style="text-align:center;"| | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Gouveia Campos.jpg|100x100px]] |
| | '''[[Campos Figueira]]'''<br>De 05-08-1939 a 02-09-1942 | | | '''[[Campos Figueira]]'''<br>De 05-08-1939 a 02-09-1942 |
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| | style="text-align:center;"| [[Imagem:Diogo_Alves_Furtado.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Diogo_Alves_Furtado.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Diogo Alves Furtado]]'''<br>De 02-09-1942 a 17-11-1943 | + | | '''[[Diogo Alves Furtado]]'''<br>De 02-09-1942 a ??-??-1944 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''10º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''10º''' |
− | | style="text-align:center;"| | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Carlosfarinha.JPG|none|100x100px]] |
− | | '''[[Torres de Sousa]]'''<br>De 17-11-1943 a 16-09-1944 | + | | '''[[Carlos Farinha]]'''<br>??-??-1944 a 04-11-1944 |
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| | style="text-align:center;"| [[Imagem:AML.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:AML.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Maia de Loureiro]]'''<br>De 16-09-1944 a 19-01-1946 | + | | '''[[Maia de Loureiro]]'''<br>De 04-11-1944 a 08-02-1946 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''12º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''12º''' |
| | style="text-align:center;"| [[Imagem:Palmacarlos.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Palmacarlos.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Palma Carlos]]'''<br>De 19-01-1946 a 31-01-1957 | + | | '''[[Palma Carlos]]'''<br>De 08-02-1946 a 28-02-1957 |
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| | style="background:#E1EFC2;" |'''13º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''13º''' |
| | style="text-align:center;"| [[Imagem:Titoarantes.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Titoarantes.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[Tito Arantes]]''' <br>De 31-01-1957 a 07-01-1959 | + | | '''[[Tito Arantes]]''' <br>De 28-02-1957 a 07-01-1959 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''9º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''9º''' |
| | style="text-align:center;"| [[Imagem:Diogo_Alves_Furtado.jpg|none|100x100px]] | | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Diogo_Alves_Furtado.jpg|none|100x100px]] |
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| | '''[[Góis Mota]]'''<br>De 10-05-1963 a 25-05-1965 | | | '''[[Góis Mota]]'''<br>De 10-05-1963 a 25-05-1965 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''16º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''16º''' |
− | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Andrenavarro.jpg|none|100x100px]] | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:AARF.jpg|none|100x100px]] |
− | | '''[[André Navarro]]'''<br>De 25-05-1965 a 28-07-1965 | + | | '''[[António Alberto Ribeiro Ferreira|António Ribeiro Ferreira]]'''<br>De 25-05-1965 a 28-07-1965 |
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| | '''[[Amado de Aguilar]]'''<br>De 28-07-1965 a 04-04-1973 | | | '''[[Amado de Aguilar]]'''<br>De 28-07-1965 a 04-04-1973 |
| | style="background:#E1EFC2;" |'''18º''' | | | style="background:#E1EFC2;" |'''18º''' |
− | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Silveira Machado.JPG|none|100x100px]] | + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Sivmachado.jpg|none|100x100px]] |
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| + | | '''[[Jaime Soares]]'''<br>De 27-03-2013 até 09-09-2018 |
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| + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Rogerio alves.jpg|none|100x100px]] |
| + | | '''[[Rogério Alves]]'''<br>Desde 09-09-2018 até 09-03-2022 |
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| + | | style="text-align:center;"| [[Imagem:Jepalma.jpg|none|100x100px]] |
| + | | '''[[João Palma]]'''<br>De 09-03-2022 até |
| |} | | |} |
| | | |
| ==Assembleias Gerais e Momentos Históricos== | | ==Assembleias Gerais e Momentos Históricos== |
− | | + | *[[A crise de 1965]] |
− | ===A crise de 1973===
| + | *[[As condições de Brás Medeiros]] |
− | Depois de 8 anos de Presidência, [[Brás Medeiros]] já era alvo de uma certa contestação da parte dos sócios, principalmente devido ao desgaste provocado por alguns resultados menos conseguidos da equipa de futebol.
| + | *[[A Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965]] |
− | | + | *[[As eleições de 1968]] |
− | Assim em 1973 foi decidido que se deveria avançar para um novo ciclo, e o Conselho Leonino escolheu [[Valadão Chagas]] para liderar essa nova fase. No dia 29 de Março realizou-se uma concorrida Assembleia-Geral eleitoral, onde os sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] elegeram os Presidentes e Vice-Presidentes dos novos Órgãos Sociais do Clube, com os seguintes resultados:
| + | *[[As eleições de 1970]] |
− | | + | *[[As eleições de 1972]] |
− | CONSELHO DIRECTIVO:
| + | *[[A crise de 1973]] |
− | *Presidente: [[Valadão Chagas]] 3108 votos | + | *[[As eleições de 1974]] |
− | *Vice-Presidente: [[Manuel Nazareth]] 3124 votos | + | *[[As eleições de 1978]] |
− | | + | *[[A crise de 1979-80]] |
− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
| + | *[[As eleições de 1982]] |
− | *Presidente: [[Silveira Machado]] 3178 votos | + | *[[As eleições de 1984]] |
− | *Vice-Presidente: [[Santos Ferro]] 3204 votos | + | *[[As eleições de 1986]] |
− | | + | *[[As eleições de 1988]] |
− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
| + | *[[A crise de 1989]] |
− | *Presidente: [[Venâncio Deslandes]] 3175 votos
| + | *[[As eleições de 1989]] |
− | *Vice-Presidente: Mário Pereira Pinto 3199 votos
| + | *[[Cintra sem oposição]] |
− | | + | *[[O arranque do Projecto Roquete]] |
− | No entanto no dia seguinte [[Valadão Chagas]] foi convidado por Marcelo Caetano para fazer parte do Governo do País, como Secretário de Estado da Juventude e Desportos, pelo que a 4 de Abril de 1973 tomou formalmente posse, mas renunciou logo de seguida à Presidência do Clube, sendo substituído pelo seu Vice-Presidente [[Manuel Nazareth]], que assumiu interinamente a Presidência do Sporting, até que fosse encontrada uma solução para o vazio, pois afirmou não desejar ser Presidente do Clube, por lhe faltar capacidade e tempo para o desempenho do cargo.
| + | *[[A crise de 1999]] |
− | | + | *[[A crise de 2000]] |
− | Durante alguns meses o [[Conselho Leonino]] encetou diligências no sentido de se encontrar um novo Presidente, acabando por designar [[João Rocha]], que seria eleito pelos sócios leoninos numa Assembleia-Geral eleitoral realizada no dia 7 de Setembro de 1973, que tinha como ponto único da ordem de trabalhos, o preenchimento por eleição dos cargos vagos, o que seria concretizado com os seguintes resultados:
| + | *[[As eleições de 2002]] |
− | | + | *[[A crise de 2005]] |
− | CONSELHO DIRECTIVO:
| + | *[[As eleições de 2006]] |
− | *Presidente: [[João Rocha]] 4889 votos | + | *[[A Assembleia-Geral extraordinária do dia 29 de Maio de 2008]] |
− | *Vice-Presidente: [[José Roquete]] 4880 votos | + | *[[As eleições de 2009]] |
− | | + | *[[As eleições de 2011]] |
− | ===A crise de 1980===
| + | *[[A crise de 2012/13]] |
− | Em 1980 [[João Rocha]] despoletou uma crise directiva, queixando-se de falta de apoio para a resolução dos problemas financeiros do Clube e de alguns obstáculos colocados pelos órgãos governativos, que punham em causa a execução da obra que ele tinha planeado para o Sporting, e desafiou a oposição a apresentar listas para as eleições previstas para o mês de Julho.
| + | *[[As eleições de 2013]] |
− | | + | *[[As eleições de 2017]] |
− | Chegaram-se a falar de alguns nomes para uma hipotética sucessão, mas ninguém avançou e assim foi convocada uma Assembleia-Geral para o dia 19 de Julho, visando debater a situação e encontrar uma solução para a crise.
| + | *[[As eleições de 2018]] |
− | | + | *[[A crise de 2018]] |
− | Nessa reunião marcada por uma forte onda de apoio à continuidade de [[João Rocha]] na liderança do Clube, foi aprovada por unanimidade uma proposta de [[Nunes dos Santos]], no sentido de que fosse agendada uma Assembleia-Geral eleitoral, e de que as listas concorrentes apresentassem o seu programa de acção no [[Jornal Sporting]].
| + | [[Categoria:Mesas da Assembleia Geral]] |
− | | + | |
− | [[João Rocha]] que nessa altura defendia estarem criadas as condições para que deixasse de ser o [[Conselho Leonino]] a indicar os Órgão Sociais, foi o único a apresentar listas e um programa, onde se propunha a revisão dos Estatutos, o aumento do numero de sócios, o inicio da construção da Cidade Desportiva, de um Pavilhão para as modalidades e de um campo relvado, o fecho do Estádio e a valorização do património imobiliário. | + | |
− | | + | |
− | Assim no dia 31 de Julho de 1980 numa Assembleia-Geral eleitoral onde marcaram presença 3680 sócios, foram eleitos Presidente e vice Presidente da Direcção: [[João Rocha]] e António Esteves, da Mesa da Assembleia-Geral: [[Emídio Pinheiro]] e Roque Lino e do Conselho Fiscal: [[Nunes dos Santos]] e Luís Coimbra.
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− | | + | |
− | ===As eleições de 1982===
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− | No dia 26 de Fevereiro de 1982 mais de 800 sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] elegeram pela primeira vez os Órgãos Sociais do Clube, de acordo com a revisão estatutária aprovada no ano anterior. Os Presidentes da Assembleia-Geral: [[Emídio Pinheiro]], da Direcção: [[João Rocha]] e do [[Conselho Fiscal]]: [[Nunes dos Santos]], foram reeleitos, assim como todos os restantes membros propostos pelo [[Conselho Leonino]], mantendo-se a tradição da ausência de candidaturas alternativas, numa altura em que o Clube navegava em águas tranquilas a reboque dos bons resultados da equipa de futebol.
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− | | + | |
− | ===As eleições de 1984===
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− | No dia 5 de Junho de 1984 a Mesa da Assembleia-Geral anunciou em comunicado, que pela primeira vez fora apresentada uma candidatura para todos os corpos gerentes, diversa das listas que no exercício das funções estatutariamente consagradas, iriam ser submetidas a sufrágio pelo [[Conselho Leonino]].
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− | | + | |
− | Assim a 29 de Junho de 1984 pela primeira vez há mais do que uma lista a concorrer às eleições para os órgãos sociais do [[Sporting Clube de Portugal]], e o Presidente [[João Rocha]] é reeleito, derrotando de forma clara o candidato da oposição Marcelino Brito.
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− | ===As eleições de 1986===
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− | Cansado de 13 anos de lutas, com muitas conquistas e alguns insucessos, [[João Rocha]] alegando motivos de saúde resolveu retirar-se, pondo fim à mais longa presidência da história do [[Sporting Clube de Portugal]], deixando como legado uma grande obra, mas também uma situação financeira que não era famosa.
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− | | + | |
− | Apesar da retirada do grande líder, desta vez não surgiram listas alternativas, retomando-se a tradição da lista única proposta pelo [[Conselho Leonino]], com [[Amado de Freitas]], o anterior vice-presidente de [[João Rocha]] para a área financeira, a ser o escolhido para subir à cadeira presidencial.
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− | | + | |
− | Assim mais de 2 mil sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] compareceram, numa Assembleia-Geral eleitoral realizada no dia 26 de Setembro de 1986, que ficou essencialmente marcada pelas manifestações de reconhecimento para com o Presidente cessante, e na qual foram eleitos Presidentes da Direcção, da Mesa da AG e do Conselho Fiscal: [[Amado de Freitas]] com 8754 votos, [[Emídio Pinheiro]] com 8941 votos e [[Borges de Castro]] com 8997 votos, bem como todos os restantes membros dos Órgãos Sociais do Clube, que continuavam a ser votados individualmente.
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− | ===As eleições de 1988===
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− | Órfãos de um líder carismático como tinha sido [[João Rocha]] e descontentes com o rumo que o Clube tinha tomado, os sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] mobilizaram-se de uma forma nunca antes vista, para disputa eleitoral de 1988, onde para além do candidato proposto pelo [[Conselho Leonino]], o Coronel António Figueiredo, concorreram António Simões, um gestor da firma Brás&Brás, que prometia um milhão de contos para investir no futebol, e [[Jorge Gonçalves]], o popular "bigodes", que poucos meses antes tinha trazido Frank Rijkaard para o Sporting, e que agora garantia ter mais "unhas" para o Leão, prometendo reforçar fortemente a equipa de futebol do Sporting, para além de se propor a transformar o [[Conselho Leonino]] num mero órgão consultivo, reduzindo-lhe o numero de membros e retirando-lhe o poder de indigitar listas candidatas às eleições para os Órgãos Sociais do Clube.
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− | | + | |
− | Os resultados destas eleições foram reveladores da ânsia de mudança dos sócios leoninos, que deram a vitória a [[Jorge Gonçalves]] com 63,4% dos votos, contra 21,6% de António Simões e apenas 14,9% para António Figueiredo, numa Assembleia-Geral eleitoral realizada no dia 24 de Junho de 1988, na qual votaram 17093 sócios.
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− | Resultados finais oficiais:
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− | DIRECÇÃO:
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− | *LISTA A – António Simões - 21,6 % – 3111 sócios/15160 votos
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− | *LISTA B – Jorge Gonçalves - 63,4 % – 12442 sócios/44437 votos
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− | *LISTA C – António Figueiredo - 14,9 % – 1640 sócios/10472 votos
| + | |
− | *Brancos 23 Nulos 25
| + | |
− | | + | |
− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
| + | |
− | *LISTA A – 21,4 % – 3058 sócios/14957 votos
| + | |
− | *LISTA B – 63,3 % – 12273 sócios/44055 votos
| + | |
− | *LISTA C – 15,2 % – 1706 sócios /10571 votos
| + | |
− | *Brancos 86 Nulos 28
| + | |
− | | + | |
− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
| + | |
− | *LISTA A – 21,9 % – 3184 sócios/15277 votos
| + | |
− | *LISTA B – 62,7 % – 12244 sócios/43768 votos
| + | |
− | *LISTA C – 15,4 % – 1730 sócios/10760 votos
| + | |
− | *Brancos 83 Nulos 28
| + | |
− | | + | |
− | ===A crise de 1989===
| + | |
− | A Presidência de [[Jorge Gonçalves]] foi curta e muito tumultuosa, pois a sua vitória nas eleições de Junho de 1988, significou uma rotura total com o passado, assentando essencialmente num grande apoio popular, resultante de uma natural vontade de mudar, numa altura em que o futebol do Sporting se começava a atrasar em relação aos seus dois maiores rivais, que viviam momentos de grande pujança.
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− | | + | |
− | Jorge Gonçalves ao hostilizar as elites que sempre tinham dirigido o Sporting, provocou uma irremediável cisão no Clube, e quando a sua aposta na construção de uma grande equipa de futebol, falhou, principalmente devido à falta de sustentabilidade financeira do seu projecto, verificou que estava praticamente sozinho, sem ninguém para amparar uma queda inevitável.
| + | |
− | | + | |
− | A 17 de Outubro de 1988 realizou-se uma dramática Assembleia-geral, que foi interrompida depois da intervenção da Policia para pôr termo aos insultos e agressões entre sócios leoninos, com a facção de [[João Rocha]] a ser particularmente visada pelos apoiantes da Direcção. Esta reunião magna seria retomada no dia 18 de Fevereiro de 1989, altura em que finalmente foram aprovadas as alterações estatutárias, que reduziram substancialmente os poderes do [[Conselho Leonino]], mas que mais uma vez não chegou ao fim.
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− | | + | |
− | Entretanto os problemas avolumavam-se e as demissões sucediam-se, numa altura em que já não havia dinheiro para nada, até que no dia 17 de Abril, o Conselho Fiscal e Disciplinar, apresentou a sua demissão colectiva, acusando a Direcção de "actos de gestão considerados pouco claros, anómalos, ou mesmo danosos para os interesses do Clube".
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− | Nessa mesma altura o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, [[Sérgio Abrantes Mendes]], convidou [[Jorge Gonçalves]] e a sua Direcção a demitirem-se, por não terem condições para o cumprimento do seu mandato, considerando "um falhanço total" o projecto de mudança iniciado em Junho de 1988, ao mesmo tempo que dava por encerrada a Assembleia Geral já duas vezes anteriormente interrompida, e aceitava o pedido de demissão do Conselho Fiscal, prometendo iniciar contactos no sentido de se encontrar uma solução transitória, até à realização de novas eleições.
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− | [[Jorge Gonçalves]] que nessa altura estava na Holanda à procura de financiamento, respondeu que se encontrava naquele país a tentar abrir as portas que se tinham fechado em Portugal, queixando-se de ter sido abandonado por todos, mas manifestando ainda acreditar na sua capacidade de dar a volta por cima.
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− | | + | |
− | No dia 16 de Maio aconteceu o inevitável, a Direcção e a Mesa da Assembleia-Geral apresentaram os seus pedidos de demissão colectiva, ficando determinado que todos se mantinham em funções para efeitos de meros actos de gestão da vida corrente do Clube, até à realização de novas eleições que foram marcadas para o dia 23 de Junho.
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− | ===As eleições de 1989===
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− | No meio de uma crise financeira nunca antes vista, e perante a demissão em bloco da Direcção liderada por [[Jorge Gonçalves]], o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral [[Sérgio Abrantes Mendes]], convocou para o dia 23 de Junho de 1989, uma Assembleia-Geral eleitoral extraordinária, que mais uma vez foi extremamente concorrida, contando com a presença de 15299 sócios.
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− | [[Santana Lopes|Pedro Santana Lopes]] surge como o candidato de um consenso que não seria possível encontrar, e assim avançam quatro concorrentes, entre os quais o Presidente e um vice-presidente da Direcção cessante, que foram fortemente penalizados pelos sócios leoninos, com [[Jorge Gonçalves]] a obter apenas 10,2 % dos votos, mas mesmo assim conseguindo ficar à frente de Miguel Catela, que só teve 109 votos, que correspondiam a 0,17%, depois de ter sido alvo de graves acusações num manifesto dirigido aos sportinguistas. | + | |
− | | + | |
− | António Simões, foi outro repetente da eleições do ano anterior, mas mais uma vez ficou no 2º lugar, apesar de ter melhorado ligeiramente o seu resultado, ficando-se pelos 25,2% dos votos.
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− | | + | |
− | A escolha dos sócios leoninos recaiu em [[Sousa Cintra]], um empresário de sucesso mas até aí desconhecido, que apesar de ter entrado na corrida muito tarde, conseguiu recolher 64,3% dos votos, muito por força de ter acenado com a sua fortuna pessoal, como garantia para resolver no imediato os graves problemas financeiros de um Clube atolado em dívidas e com um passivo na altura estimado em 2,5 milhões de contos.
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− | ===Cintra sem oposição===
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− | A popularidade de [[Sousa Cintra]] permitiu-lhe ser reeleito por duas vezes sem oposição, em Assembleias-Gerais eleitorais realizadas em 1991 e 1993, nas quais marcaram presença respectivamente 5975 e 3088 sócios, com uma redução para quase metade dos votantes de uma para a outra, que já reflectia algum desencanto da parte dos sócios, em relação ao rumo que o Clube levava.
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− | | + | |
− | De acordo com a revisão estatutária de Fevereiro de 1989, os mandatos dos Órgãos Sociais do Clube deveriam passar a coincidir com os anos civis, pelo que de acordo com a leitura de [[Nunes da Silva]], o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, as eleições teriam de se realizar no mês de Dezembro.
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− | | + | |
− | No entanto surgiram algumas vozes discordantes desta leitura, e em Junho de 1991 [[Sousa Cintra]] numa jogada de antecipação, demitiu-se em conjunto com a sua Direcção, alegando que o seu mandato era de 2 anos, pelo que já estava concluído, obrigando assim à realização de eleições antecipadas.
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− | Amílcar Roque, [[Dias Ferreira]] e [[Sérgio Abrantes Mendes]], surgiram na altura como os possíveis candidatos da oposição, chegando mesmo a haver um entendimento entre os três, para avançarem numa lista única, liderada pelo terceiro, que também contava com o apoio de [[José Roquete]] e Carlos Monjardino, mas que acabou por não avançar, por se considerar que as eleições só se poderiam realizar depois da Direcção apresentar as contas referentes ao ano de 1990, para que então os sócios pudessem avaliar o trabalho realizado por [[Sousa Cintra]].
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− | | + | |
− | Indiferente a esta polémica, [[Nunes da Silva]] marcou a Assembleia-Geral eleitoral extraordinária para o dia 27 de Junho de 1991, à qual acorreram 5975 sócios leoninos, 96,9% dos quais deram um voto de confiança à lista única proposta por [[Sousa Cintra]].
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− | | + | |
− | Resultados finais oficiais:
| + | |
− | | + | |
− | DIRECÇÃO:
| + | |
− | *LISTA A – Sousa Cintra - 96,9 % – 5790 sócios/28404 votos | + | |
− | *Brancos 112 Nulos 73
| + | |
− | | + | |
− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
| + | |
− | *LISTA A – Raposo Magalhães 96,9 % – 5776 sócios/28423 votos
| + | |
− | *Brancos 143 Nulos 42
| + | |
− | | + | |
− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
| + | |
− | *LISTA A – Menezes Rodrigues - 96,5 % – 5752 sócios/28288 votos
| + | |
− | *Brancos 152 Nulos 56
| + | |
− | | + | |
− | Dois anos e meio depois tudo se passou de uma forma mais tranquila e de acordo com os Estatutos. Assim no dia 28 de Dezembro de 1993 foram aprovados o Relatório e as Contas do ano de 1992, e no dia seguinte realizou-se a Assembleia-Geral eleitoral ordinária, onde marcaram presença 3088 sócios, que reelegeram os Órgãos Sociais propostos nas listas lideradas por [[Sousa Cintra]], [[Raposo de Magalhães]] e [[Menezes Rodrigues]], que concorreram mais uma vez sem oposição.
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− | | + | |
− | Resultados finais oficiais:
| + | |
− | | + | |
− | DIRECÇÃO:
| + | |
− | *LISTA A – Sousa Cintra - 95,6 % – 2977 sócios/16630 votos | + | |
− | *Brancos e Nulos 111
| + | |
− | | + | |
− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
| + | |
− | *LISTA A – Raposo Magalhães 98,1 % – 3037 sócios/17074 votos
| + | |
− | *Brancos e Nulos 51
| + | |
− | | + | |
− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
| + | |
− | *LISTA A – Menezes Rodrigues - 98,3 % – 3032 sócios/17099 votos
| + | |
− | *Brancos e Nulos 56
| + | |
− | | + | |
− | ===O Projecto Roquete===
| + | |
− | Terminado o ciclo de [[Sousa Cintra]], o chamado "Projecto Roquete" foi recebido com entusiasmo pelos sócios leoninos, que elegeram novos Órgãos Sociais liderados por [[Miguel Galvão Teles]], [[Santana Lopes|Pedro Santana Lopes]] e [[José Roquete]], numa Assembleia-Geral eleitoral realizada no dia 2 de Junho de 1995, na qual marcaram presença 8856 sócios.
| + | |
− | | + | |
− | Viveu-se então um período de relativa estabilidade e sem oposição visível, o que permitiu que [[José Roquete]] o mentor do "projecto", que tinha começado por presidir ao [[Conselho Fiscal]], fosse cooptado para a Presidência da Direcção após a demissão de [[Santana Lopes]] e mais tarde eleito como Presidente da Direcção, em Assembleia-Geral eleitoral extraordinária, realizada no dia 25 de Outubro de 1996, na qual marcaram presença 4432 sócios, para um mandato que pela primeira vez era alargado para três anos, vindo a ser reconduzido em 1999, ainda sem oposição, numa Assembleia-Geral eleitoral na qual participaram 6436 sócios.
| + | |
− | | + | |
− | A 12 de Julho de 2002 [[Dias da Cunha|António Dias da Cunha]] que tinha assumido a Presidência do Clube depois da demissão de [[José Roquete]], foi reconduzido na Presidência do Clube, após uma Assembleia-Geral eleitoral em que não teve oposição, e na qual participaram apenas 2456 sócios, o que já reflectia algum desencanto dos sócios, em relação a um projecto que ficara aquém das expectativas. Este mandato seria alargado para 4 anos para que [[Dias da Cunha]] pudesse ser o Presidente no ano do centenário, o que no entanto não viria a acontecer, porque ele se demitiu no dia 19 de Outubro de 2005.
| + | |
− | | + | |
− | ===As eleições de 2006===
| + | |
− | Quase 11 anos depois do arranque do Projecto Roquete, surgia finalmente uma oposição organizada à lista da continuidade, liderada por [[Filipe Soares Franco]] que foi reconduzido na Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]] que já ocupava desde a demissão de [[Dias da Cunha]], ao ganhar as eleições realizadas no dia 28 de Abril de 2006, nas quais participaram 8100 sócios, recolhendo 74,2% dos votos, contra 25,3% de [[Sérgio Abrantes Mendes]] e 0,6% de Guilherme Lemos, um antigo dirigente do Estrela da Amadora, completamente desconhecido dos sportinguistas, e que surpreendentemente se candidatou, apesar de se afirmar como um defensor do "Projecto Roquete", ao qual dizia querer dar seguimento.
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− | Estas eleições ficaram essencialmente marcadas pela discussão à volta da reestruturação financeira defendida por [[Filipe Soares Franco]], que previa a venda do património não desportivo do Clube (Edifício Visconde de Alvalade, Alvaláxia, Holmes Place e Clínica CUF), visando a redução do passivo para valores à volta dos 150 milhões €, ao qual se opunha de uma forma frontal o candidato [[Sérgio Abrantes Mendes]], que tinha sido um dos primeiros sócios a manifestar-se contra o rumo do Clube na era do Projecto Roquete, defendendo a rotura total com esse passado recente do Sporting.
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− | Resultados finais oficiais:
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− | CONSELHO DIRECTIVO:
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− | *LISTA A – 74,2 % – 5949 sócios/ 39528 votos
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− | *LISTA B – 25,3 % – 2018 sócios/13469 votos
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− | *LISTA C – 0,6 % – 54 sócios/297 votos
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− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
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− | *LISTA A – 74,7 % – 5933 sócios/ 39539 votos
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− | *LISTA B – 24,3 % – 1915 sócios/12835 votos
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− | *LISTA C – 1,0 % – 107 sócios /527 votos
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− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
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− | *LISTA A – 74,3 % – 5902 sócios/ 39319 votos
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− | *LISTA B – 25,0 % – 1982 sócios/ 13232 votos
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− | *LISTA C – 0,6 % – 69 sócios/ 336 votos
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− | ===A Assembleia-Geral extraordinária de 29 de Maio de 2008===
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− | Depois de ter conseguido concretizar a venda do património não desportivo do Clube, [[Filipe Soares Franco]] planeava dar seguimento à reestruturação financeira que tinha idealizado, e nesse sentido convocou uma Assembleia-Geral extraordinária, que se realizou no dia 29 de Maio de 2008, na qual foram em conjunto, sujeitas à aprovação dos sócios as seguintes medidas:
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− | * Autorizar a venda da Sociedade Comércio e Serviços (SCS) à SAD;
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− | * Autorizar o trespasse da Academia do Sporting em Alcochete para a SAD;
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− | * Mandatar a direcção para propor e votar favoravelmente estas duas medidas na assembleia de accionistas da SAD e a emissão de obrigações (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis - VMOC's), no valor de 60 milhões de euros, por esta sociedade.
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− | De acordo com a interpretação da Direcção, apenas o primeiro ponto em discussão, carecia da aprovação de uma maioria qualificada de dois terços dos votos dos associados do [[Sporting Clube de Portugal]], no entanto [[Filipe Soares Franco]] foi logo avisando que a não aprovação destas medidas na sua totalidade, inviabilizaria o seu projecto, pelo que nesse caso levaria o seu mandato até ao fim, mas não estaria disposto a recandidatar-se à Presidência do Clube.
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− | Assim o Presidente do Sporting desdobrou-se em sessões de esclarecimento e declarações à comunicação social, no sentido de explicar as suas propostas que envolviam uma serie de complexas engenharias financeiras, que segundo [[Soares Franco]] permitiriam ao Sporting reduzir o seu passivo para aproximadamente 139 milhões €, em cinco anos, e assim aumentar a competitividade desportiva do Clube.
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− | Para isso seria necessário o trespasse da Academia Sporting/Puma para a Sporting Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, por uma verba de cerca de 22 milhões €, vender a totalidade do capital detido pelo Clube, da Sporting Comércio e Serviços, SA (SCS), também à SAD, o que seria compensado com a emissão de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC's), até ao montante de 60 milhões de euros, que no prazo máximo de cinco anos seriam convertidos em acções da Sporting SAD, a um valor nominal de 2 euros cada.
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− | Mas de acordo com a oposição, as vendas previstas subavaliavam e empobreciam o já reduzido património do [[Sporting Clube de Portugal]], e conversão das VMOC’s em acções da Sporting SAD, envolviam grandes riscos de perda da a maioria do capital social da SAD, pela parte do Clube.
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− | Depois de muitas discussões, a dita Assembleia Geral realizou-se no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde 63,7% dos cerca de 1200 sócios do [[Sporting Clube de Portugal]] que marcaram presença, votaram favoravelmente às propostas da Direcção, não se atingindo assim dois terços necessários para dar vencimento à totalidade do projecto de [[Filipe Soares Franco]].
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− | ===As eleições de 2009===
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− | Apesar de muito pressionado para continuar, [[Filipe Soares Franco]] cumpriu o que havia dito e não se recandidatou, mas de imediato se perfilaram inúmeros candidatos a candidatos. [[Rogério Alves]], Ferreira da Silva, Meneses Rodrigues, Carlos Barbosa e Carlos Barbosa da Cruz, foram alguns dos nomes falados, que nunca se chegaram a assumir como candidatos, ao contrário de Pedro Pinto Souto e [[Dias Ferreira]], que viriam a desistir, o primeiro quando [[José Eduardo Bettencourt]] resolveu avançar, e o segundo a troco do lugar de Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, nas listas deste.
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− | Do lado da oposição surgiu uma candidatura que teve a sua génese em movimentos nascidos na internet, que no entanto tiveram algumas dificuldades em organizar-se e principalmente para encontrarem um líder. O escolhido acabou por ser Paulo Pereira Cristóvão, um ex inspector da Policia Judiciaria.
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− | Nasceu assim a candidatura "Ser Sporting" sob o lema "o regresso aos sócios" e com um vasto programa que que visava promover um novo estreitamento da relação entre o clube e os seus sócios e adeptos, com medidas que se repartiam pelos temas Clube e Sócios, Ecletismo e
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− | Modalidades, Futebol, Finanças, Comercial e Marketing e Património.
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− | Bettencourt recusou fazer debates com o seu opositor, prometendo apenas dar seguimento ao trabalho de [[Soares Franco]], quer na área desportiva, onde garantiu fidelidade a [[Paulo Bento]], com o célebre slogan "Bento forever", quer na área financeira, onde se propunha a concluir a reestruturação iniciada pelo Presidente cessante, mas fugindo a grandes explicações, alegadamente por não querer maçar os sócios com as complexas engenharias financeiras que estavam programadas.
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− | A campanha não chegou a aquecer muito, tal era a diferença de meios entre as partes. [[José Eduardo Bettencourt]] apareceu como o menino pródigo do "Projecto Roquete", cuja imagem de sócio apaixonado, contrastava com a frieza do seu antecessor, que só tinha duas horas por dia para dedicar ao Sporting, ao contrario dele que vinha para ser Presidente remunerado e a tempo inteiro, enquanto do lado contrário, a lista da oposição nunca conseguiu descolar da imagem de um grupo de bons rapazes, sem experiência nem meios para conduzir um Clube da dimensão do Sporting.
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− | Assim no dia 5 de Junho de 2009 [[José Eduardo Bettencourt]] foi eleito Presidente do [[Sporting Clube de Portugal]], recebendo a confiança de 89,4% dos 11360 sócios que marcaram presença na Assembleia-Geral eleitoral realizada nesse dia.
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− | Resultados finais oficiais:
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− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:
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− | *LISTA A - Santos Ferro - 12,39 % 1398 sócios/ 8430 votos
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− | *LISTA C - Dias Ferreira - 87,61 % 9887 sócios/ 63377 votos
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− | CONSELHO DIRECTIVO:
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− | *LISTA A - Paulo Pereira Cristóvão - 10,57 % 1199 sócios/ 6926 votos
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− | *LISTA C - José Eduardo Bettencourt - 89,43 % 10142 sócios/ 65540 votos
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− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR:
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− | *LISTA A - Rodrigues Henriques - 11,46 % 1293 sócios/ 7497 votos
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− | *LISTA C - Agostinho Abade - 88,54 % 9990 sócios/ 64572 votos
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− | CONSELHO LEONINO:
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− | *LISTA A - 7,8 % 913 sócios/ 5347 votos
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− | *LISTA B - 7,51 % 988 sócios/ 5146 votos
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− | *LISTA C - 84,69 % 9275 sócios/ 58064 votos
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− | ===As eleições de 2011===
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− | Depois do falhanço de [[José Eduardo Bettencourt]] que se demitiu em 15 de Janeiro de 2011, pela primeira vez estava realmente em perigo a continuidade do "Projecto Roquete", ou do que dele restava, e assim a Assembleia Geral eleitoral extraordinária foi agendada com mais de dois meses de antecedência, para o dia 26 de Março de 2011, dando origem a um longo e muito concorrido e mediático processo eleitoral, marcado por inúmeros e pouco esclarecedores debates televisivos.
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− | O primeiro candidato a candidato a aparecer foi o empresário Brás da Silva, que anunciou ter um fundo de 50 milhões € para investir no futebol, o que logo levantou suspeitas sobre a origem desse capital, que se dizia que viria de Angola, mas a verdade é que este candidato depressa desistiu, afirmando-se traído e alvo de ameaças.
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− | Outro nome muito falado foi o de João Rocha Jr., que manteve o tabu da sua candidatura, ao ponto de nunca ter dito uma única palavra sobre ela, ou sobre qualquer outra coisa relacionada com estas eleições.
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− | Do nada surgiu o jovem Bruno Carvalho, que acabaria por ser a grande figura destas eleições, também ele com um muito discutido fundo de 50 milhões €, este com origem na Rússia, aonde o candidato se deslocou para apresentar os seus investidores. Para além disso Carvalho apresentou como os seus principais trunfos, o mediático comentador [[Eduardo Barroso]] na posição de candidato à Presidência da Mesa da Assembleia Geral, [[Augusto Inácio]] como vice-presidente para a área do futebol e o holandês Van Basten, para treinador.
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− | [[Dias Ferreira]] finalmente assumiu-se mesmo como candidato, apostando em nomes sonantes como [[Futre|Paulo Futre]] para Director Desportivo, o que causou algum mau estar entre os que não tinham esquecido as traições daquele que foi um dos melhores produtos da formação leonina, e o prestigiado treinador holandês Frank Rijkaard, que mais uma vez entrava na órbita do Sporting. | + | |
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− | Mas o momento inesquecível desta campanha, foi a conferência de imprensa em que [[Futre]] anunciou uma longa lista de craques que prometia contratar, e que era encerrada com o melhor jogador chinês da actualidade, que segundo ele iria trazer a Portugal charters cheios de chineses, para assistirem aos jogos do Sporting.
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− | Outro candidato foi Pedro Baltazar, que até há bem pouco tempo tinha sido o maior investidor privado da SAD. Prometeu ser um Presidente à imagem de [[João Rocha]] e manter [[José Couceiro]] à frente do futebol, apostando no brasileiro Zico para o lugar de treinador, mas mostrou algumas dificuldades de comunicação e exagerou nos ataques ao candidato Bruno Carvalho.
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− | [[Sérgio Abrantes Mendes]] e Zeferino Boal seriam os outros dois candidatos, sendo que o segundo desistiria a troco do primeiro lugar na lista de candidatos ao Conselho Leonino, do primeiro, que desta vez apareceu com um discurso tão ponderado e realista, como pouco entusiasmante. Também prometeu manter [[José Couceiro]] à frente do futebol, e apostou num treinador brasileiro, mas neste caso era Dunga o escolhido.
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− | Do lado da situação, [[Rogério Alves]] foi o primeiro nome a ser falado, mas acabou por ser apenas candidato à Presidência da Mesa da Assembleia-Geral, aparecendo [[Godinho Lopes]] como cabeça de uma lista que tentou ser o mais abrangente possível, incluindo nomes como [[Nobre Guedes]], Pereira Cristóvão ou Carlos Barbosa.
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− | [[Godinho Lopes]] foi atacado por todos como sendo o candidato da continuidade, negando sempre esse rotulo, e apostando tudo no prestigio da dupla Luís Duque e Carlos Freitas, como os homens fortes do futebol, à medida que ia deixando sair alguns nomes de jogadores a contratar, para além de nunca ter negado que o seu treinador era [[Domingos Paciência]]. | + | |
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− | O desenrolar da campanha levou a uma bipolarização, com Bruno Carvalho sempre a subir, e a ser entusiasticamente apoiado por uma camada de sócios mais jovens, enquanto do outro lado, Godinho Lopes se sustentava no apoio dos sócios mais antigos e conservadores. Assim as sondagens davam um empate técnico, com ligeira vantagem para Carvalho.
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− | A noite eleitoral foi longa e agitada. Uma sondagem à boca das urnas, dava a vitória a Bruno Carvalho, e à medida que a contagem dos votos se ia arrastando pela noite dentro, os rumores da vitória do candidato da rotura iam aumentando, enquanto os seus apoiantes já faziam a festa. Mas por volta da 6 da manhã [[Godinho Lopes]] foi anunciado como vencedor, por uma margem de 360 votos, num universo de mais de 91 mil, que correspondiam a 14560 sócios votantes, o que acabou por gerar a revolta dos que cá fora já estavam convencidos de que o momento da mudança tinha chegado, e que impediram o tradicional discurso de vitória e a aclamação do Presidente eleito, cerimonia que se viria a realizar à porta fechada no Auditório do Estádio.
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− | Para adensar a confusão e as dúvidas, [[Eduardo Barroso]] foi eleito Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, não tendo comparecido na cerimonia de posse, enquanto lá fora Bruno Carvalho apelava à calma dos seus apoiantes e prometia não baixar os braços.
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− | De facto, no dia seguinte o candidato derrotado declarou que iria interpor uma providencia cautelar, para declarar como nulos os resultados daquelas eleições, que pretendia impugnar, alegando diversas inconformidades, nomeadamente no que diz respeito às diferenças entre o numero de sócios registados e numero de sócios votantes em cada um dos órgãos sociais.
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− | No entanto a referida providência cautelar seria indeferida pelo Tribunal e Bruno Carvalho abdicaria da impugnação, prometendo ficar vigilante e voltar a candidatar-se.
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− | Resultados finais oficiais:
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− | CONSELHO DIRECTIVO
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− | Total de votos
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− | *LISTA A - Godinho Lopes - 33275 - 36,55%
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− | *LISTA B - Pedro Baltazar - 8013 - 8,80%
| + | |
− | *LISTA C - Bruno Carvalho - 32915 - 36,15%
| + | |
− | *LISTA D - Dias Ferreira - 15062 - 16,54%
| + | |
− | *LISTA E - Abrantes Mendes - 1777 - 1,95%
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− | | + | |
− | Total de sócios votantes
| + | |
− | *LISTA A - 4511 - 30,98%
| + | |
− | *LISTA B - 1191 - 8,18%
| + | |
− | *LISTA C - 6047 - 41,53%
| + | |
− | *LISTA D - 2552 - 17,53%
| + | |
− | *LISTA E - 259 - 1,78%
| + | |
− | | + | |
− | Votos brancos/nulos
| + | |
− | *Quantidade de votos: 440
| + | |
− | *Quantidade de sócios: 59
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− | | + | |
− | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
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− | | + | |
− | Total de votos
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− | *LISTA A - Rogério Alves - 33396 - 36,88%
| + | |
− | *LISTA B - Santana Lopes - 8881 - 9,81%
| + | |
− | *LISTA C - Eduardo Barroso - 34417 - 38,01%
| + | |
− | *LISTA D - Melo Medeiros 11341 - 12,52%
| + | |
− | *LISTA E - Soares Machado 2524 - 2,79%
| + | |
− | | + | |
− | Total de sócios
| + | |
− | *LISTA A - 4533 - 31,35%
| + | |
− | *LISTA B - 1384 - 9,57%
| + | |
− | *LISTA C - 6247 - 43,21%
| + | |
− | *LISTA D - 1912 - 13,22%
| + | |
− | *LISTA E - 382 - 2,64%
| + | |
− | | + | |
− | Votos brancos/nulos
| + | |
− | *Quantidade de votos: 740
| + | |
− | *Quantidade de sócios: 125
| + | |
− | | + | |
− | CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR
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− | | + | |
− | Total de votos
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− | *LISTA A - Mello Franco - 33899 - 37,64%
| + | |
− | *LISTA B - Valença Pinto - 7750 - 8,60%
| + | |
− | *LISTA C - Vieira Sampaio - 27778 - 30,84%
| + | |
− | *LISTA D - António Samagaio - 12530 - 13,91%
| + | |
− | *LISTA E - Alexandre Mestre - 2161 - 2,40%
| + | |
− | *LISTA F - Frederico Abreu - 5952 - 6,61%
| + | |
− | | + | |
− | Total de sócios
| + | |
− | *LISTA A - 4658 - 32,47%
| + | |
− | *LISTA B - 1141 - 7,95%
| + | |
− | *LISTA C - 5080 - 35,41%
| + | |
− | *LISTA D - 2075 - 14,46%
| + | |
− | *LISTA E - 343 - 2,39%
| + | |
− | *LISTA F - 1050 - 7,32%
| + | |
− | | + | |
− | Votos em branco/nulos
| + | |
− | *Quantidade de votos: 1380
| + | |
− | *Quantidade de sócios: 252
| + | |
− | | + | |
− | CONSELHO LEONINO
| + | |
− | | + | |
− | Total de votos
| + | |
− | *LISTA A - 27513 - 30,74%
| + | |
− | *LISTA B - 6165 - 6,89%
| + | |
− | *LISTA C - 17250 - 19,28%
| + | |
− | *LISTA D - 11456 - 12,80%
| + | |
− | *LISTA E - 1925 - 2,15%
| + | |
− | *LISTA G - 3865 - 4,32%
| + | |
− | *LISTA H - 12840 - 14,35%
| + | |
− | *LISTA I - 5496 - 6,14%
| + | |
− | *LISTA J - 2982 - 3,33%
| + | |
− | | + | |
− | Quantidade de sócios
| + | |
− | *LISTA A - 3726 - 25,93%
| + | |
− | *LISTA B - 927 - 6,45%
| + | |
− | *LISTA C - 3138 - 21,84%
| + | |
− | *LISTA D - 1883 - 13,10%
| + | |
− | *LISTA E - 290 - 2,02%
| + | |
− | *LISTA G - 634 - 4,41%
| + | |
− | *LISTA H - 2172 - 15,12%
| + | |
− | *LISTA I - 1140 - 7,93%
| + | |
− | *LISTA J - 459 - 3,19
| + | |
− | | + | |
− | Votos em branco/nulos
| + | |
− | *Quantidade de votos: 1091
| + | |
− | *Quantidade de sócios: 167
| + | |
− | | + | |
− | | + | |
− | [[Categoria:Órgãos]]
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No dia 8 de Maio de 1906 reuniu-se a primeira Assembleia Geral do Clube, onde foi eleita a Direcção presidida pelo Visconde de Alvalade, e foram instituídas as primeiras normas clubísticas, atribuídos privilégios aos dez sócios fundadores principais, e formulado o histórico voto "Queremos um Clube tão grande como os maiores da Europa".
Inicialmente o Clube era para se chamar Campo Grande Sporting Clube, mas na Assembleia Geral de 1 de Julho de 1906, por sugestão de António Félix da Costa Júnior, tomou o nome de Sporting Clube de Portugal.
Nestes estatutos foi também criado um regime de diferenciação entre os sócios, em função da sua antiguidade e do tipo de quota que pagavam, atribuindo-se a cada um mais 2 votos por cada 10 anos de associativismo, ao mesmo tempo que se admitia a licitude de sócios efectivos e maiores de 21 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 500 votos, organizarem listas candidatas aos Órgãos Sociais do Clube, que passaram a ter mandatos com a duração de dois anos.
Apesar da Revolução de 25 de Abril de 1974 que trouxe a Democracia a Portugal, o Sporting atravessou esse atribulado período da história do nosso País, de uma forma relativamente tranquila, beneficiando do "estado de graça" de um Presidente carismático como foi João Rocha, que tinha sido eleito em 1973, e que seria reeleito várias vezes, prolongando a sua gerência até 1986.
Assim foi necessário que passasse mais de uma década para que surgisse uma candidatura alternativa à estatutariamente emanada do Conselho Leonino, que só em 1989 perdeu o seu papel determinante na escolha dos Órgãos Sociais do Clube.
No dia 11 de Setembro de 1981, foi aprovada uma alteração estatutária que implicava que para além dos candidatos à Presidência dos Órgãos Sociais do Clube, indigitados pelo Conselho Leonino, todos os outros membros propostos para integrarem esses Órgãos, fossem sujeitos individualmente à aprovação dos sócios, na Assembleia Geral eleitoral ordinária que acontecia bienualmente para esse efeito, sendo que as referidas atribuições do Conselho Leonino continuavam a não ser impeditivas de que sócios efectivos e agora maiores de 18 anos, no gozo dos seus direitos e dispondo de um mínimo de 1000 votos, organizassem listas diferentes para submeter à Assembleia-Geral, passando a ser atribuídos a cada sócio mais 3 votos por cada 10 anos de associativismo.
No dia 5 de Junho de 1984 a Mesa da Assembleia-Geral anunciou em comunicado, que pela primeira vez fora apresentada uma candidatura para todos os corpos gerentes, diversa das listas que no exercício das funções estatutariamente consagradas, iriam ser submetidas a sufrágio pelo Conselho Leonino, e a partir daí os sócios passaram a votar as listas no seu conjunto e não todos os seus membros individualmente, o que facilitava a contagem dos votos, numa altura em que o número de sócios tinha aumentado substancialmente, enquanto os hábitos democráticos já se tinham enraizado entre os portugueses.
A nova era começou com uma Assembleia Geral eleitoral à qual pela primeira vez se apresentaram quatro listas, dando-se então inicio ao ciclo de Sousa Cintra, que não trouxe novidades em termos estatutários, e antecedeu o período que ficou conhecido como o Projecto Roquete
As polémicas eleições de 26 de Março de 2011, às quais pela primeira vez se apresentaram cinco listas, e que levaram ao poder uma Direcção minoritária, "obrigaram" à elaboração de novos Estatutos que introduziram importantes alterações, com destaque para a descentralização do voto, a introdução do voto electrónico e por correspondência, a criação de novas categorias de sócios, o alargamento do direito de voto a mais sócios e a alteração do número de votos atribuídos a cada sócio consoante a sua antiguidade, que passou a ser para:
Ficou ainda estabelecido que a investidura no exercício dos cargos teria lugar nos 15 dias seguintes ao do termo do acto eleitoral, em sessão a realizar na sede do Sporting Clube de Portugal, e a elaboração de um Regulamento Eleitoral.