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Dados de Cazal Ribeiro CazalRibeiro.jpg
Nome Francisco Cabral Moncada de Carvalho Cazal Ribeiro
Nascimento segunda-feira, 16 de Março de 1914
Naturalidade Lisboa - Portugal
Posição Presidente

Empresário e destacado membro do regime político da altura, foi deputado da Assembleia Nacional e vereador da Câmara Municipal de Lisboa.

Francisco Cazal Ribeiro foi admitido como sócio do Sporting Clube de Portugal em 26 Julho de 1925, tendo desempenhado diversas funções nos Órgãos Sociais do Clube e integrado o Conselho Geral.

Em 23 de Fevereiro de 1954 tornou-se Vice-presidente para as Relações Externas, função que desempenhou em três das Gerências de Góis Mota, a quem viria a suceder na Presidência da Direcção, no dia 28 de Fevereiro de 1957, depois de ter sido eleito em 31 Janeiro de 1957.

Não era uma figura consensual e o seu mandato começou debaixo de alguma agitação, quando poucos dias antes de tomar posse, enviou um telegrama ao Presidente do Benfica, que o leu numa Assembleia-Geral, e onde afirmava discordar em absoluto com o seu antecessor no Sporting Clube de Portugal e estar decidido a estabelecer dignamente as tradicionais relações entre os dois grandes clubes de Lisboa, a bem do desporto nacional, isto poucos dias depois de uma Assembleia Geral onde Góis Mota tinha explicado as desavenças com o Benfica, resultantes de uma divergência referente às instalações que aquele clube ainda ocupava no Campo Grande, mas também relativas às disputas nas contratações de atletas.

No seu primeiro mandato implementou uma política de austeridade, o que não o impediu de apostar forte na contratação de um treinador de nível internacional como era Enrique Fernandez, nem de manter a matriz eclética do Clube que foi Campeão em Atletismo e Ténis de Mesa e continuou a obter bons resultados noutras modalidades como Andebol, Basquetebol e Ciclismo, para além de ter conseguido regressar à 1ª Divisão no Hóquei em Patins.

Seria reeleito Presidente em 14 Fevereiro de 1958, numa altura em que a equipa caminhava para a reconquista do Campeonato Nacional de Futebol que se consumaria cinco semanas depois, mantendo-se no cargo até 7 de Janeiro do ano seguinte, altura em que terminou o seu segundo mandato depois de se ter demitido na sequência do "caso Rocha", um jogador que tinha sido dispensado pelo Sporting e que se tinha evidenciado na Académica, pelo que a sua Direção resolveu recuperá-lo acertando a transferência com o clube de Coimbra. No entanto o negócio gorou-se pois os estudantes alegaram que não tinham sido cumpridos todos os pressupostos acordados, sendo-lhe dada razão pela DGD o que motivou o pedido de demissão da Direção liderada por Cazal Ribeiro, que se considerou incapaz de solucionar o problema a contento do Sporting.

Neste seu segundo mandato o Sporting voltou a ser Campeão no Atletismo e no Ténis de Mesa e conquistou pela primeira vez o Campeonato Nacional de Badminton, entre vários títulos regionais obtidos noutras modalidades.

Presidiu ao Conselho Fiscal entre 10 de Maio de 1963 e 29 de Maio de 1964, altura em que passou a ser Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral presidida por Góis Mota, com quem se demitiu durante a crise de 1965, na sequência da qual regressou à Presidência do Conselho Fiscal, acompanhando a Comissão Directiva de Brás Medeiros, mas não completou o mandato, sendo substituído no cargo por António Romero em 1967.

Foi distinguido como Sócio Grande Benemérito do Clube, pelo seu empenho na construção do Estádio José Alvalade, tendo sido um dos seus 43 garantes.

Fez parte do primeiro Conselho Leonino.

Foi considerado Sócio de Mérito em 1960 e recebeu o Prémio Stromp na categoria Dedicação em 1964.

Foi também Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, entre 1967 e 1969.

Faleceu a 30 de Dezembro de 1995.

To-mane 22h41min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)