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O Sporting era treinado por [[Alejandro Scopelli]], que tinha vindo para Portugal precisamente para o Belenenses e com o qual tinha reconhecidas afinidades, o que logo levantou suspeitas da parte dos benfiquistas que precisavam da ajuda dos Leões para ganharem aquele campeonato.
 
O Sporting era treinado por [[Alejandro Scopelli]], que tinha vindo para Portugal precisamente para o Belenenses e com o qual tinha reconhecidas afinidades, o que logo levantou suspeitas da parte dos benfiquistas que precisavam da ajuda dos Leões para ganharem aquele campeonato.
  
O jogo realizou-se no dia 24 de Abril de 1955 e a festa que estava preparada em Belém aqueceu quando a equipa da casa marcou logo aos 2 minutos por intermédio de Perez, mas pouco depois [[Albano]] empatava de penalti, a punir uma mão desnecessária de Pires. A tensão aumentou e os homens da Cruz de Cristo também reclamaram um penálti por mão de [[Passos]] que o árbitro considerou casual, mas perto do final da 1ª parte Matateu recolocou a sua equipa na frente do campeonato com um golo de cabeça.
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O jogo realizou-se no dia 24 de Abril de 1955 e a festa que estava preparada em Belém aqueceu quando a equipa da casa marcou logo aos 2 minutos por intermédio de Perez, mas pouco depois [[Albano Pereira|Albano]] empatava de penalti, a punir uma mão desnecessária de Pires. A tensão aumentou e os homens da Cruz de Cristo também reclamaram um penálti por mão de [[Manuel Passos]] que o árbitro considerou casual, mas perto do final da 1ª parte Matateu recolocou a sua equipa na frente do campeonato com um golo de cabeça.
  
 
O intervalo chegou com 2-1 para o Belenenses, mas na Luz o Benfica já ganhava por 1-0, pelo que a 2ª parte se transformou num interminável suplício para os adeptos dos azuis, que voltaram a reclamar um penalti, o que levou inclusivamente um espetador a entrar em campo para pedir explicações ao árbitro.
 
O intervalo chegou com 2-1 para o Belenenses, mas na Luz o Benfica já ganhava por 1-0, pelo que a 2ª parte se transformou num interminável suplício para os adeptos dos azuis, que voltaram a reclamar um penalti, o que levou inclusivamente um espetador a entrar em campo para pedir explicações ao árbitro.
  
Os minutos transformaram-se em horas e o terceiro golo teimava em não aparecer, ou porque o árbitro invalidou um golo a Matateu, ou porque este falhou de forma incrível uma oportunidade flagrante de sentenciar o desfecho do campeonato. Até que a 4 minutos do fim, [[João Martins]] fez o golo do empate na recarga a um remate forte de [[Mokuna]] que José Pereira não conseguiu afastar convenientemente, numa altura em que os adeptos do Belenenses já se precipitavam a atirar os foguetes preparados para a festa.
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Os minutos transformaram-se em horas e o terceiro golo teimava em não aparecer, ou porque o árbitro invalidou um golo a Matateu, ou porque este falhou de forma incrível uma oportunidade flagrante de sentenciar o desfecho do campeonato. Até que a 4 minutos do fim, [[João Martins]] fez o golo do empate na recarga a um remate forte de [[Leon Mokuna|Mokuna]] que José Pereira não conseguiu afastar convenientemente, numa altura em que os adeptos do Belenenses já se precipitavam a atirar os foguetes preparados para a festa.
  
 
Num gesto imediato que se seguiu ao golo, [[João Martins]] pediu desculpa a Carlos Silva, mas o carácter dos jogadores do Sporting estava acima de qualquer suspeita e a verdadeira festa foi do Benfica que ganhou por 3-0 ao Atlético.  
 
Num gesto imediato que se seguiu ao golo, [[João Martins]] pediu desculpa a Carlos Silva, mas o carácter dos jogadores do Sporting estava acima de qualquer suspeita e a verdadeira festa foi do Benfica que ganhou por 3-0 ao Atlético.  

Edição atual desde as 23h30min de 5 de dezembro de 2020

Caldeira conforta Perez

Belenenses 2 - Sporting 2

Ficha do Jogo

Depois do tetra campeonato conquistado na temporada de 1953/54 o Sporting teve uma época muito irregular, marcada pelo desgaste da digressão a África, pelas alterações no comando técnico e pela mudança para o Jamor, devido às obras de construção do novo Estádio José Alvalade.

O campeonato foi discutido até ao fim, chegando-se à última jornada com o Belenenses na frente da classificação, com mais 1 ponto do que o Benfica e mais 2 do que o Sporting, que assim para ser novamente Campeão precisava não só de ganhar ao líder nas Salésias, como também de uma vitória do Atlético na Luz.

O Sporting era treinado por Alejandro Scopelli, que tinha vindo para Portugal precisamente para o Belenenses e com o qual tinha reconhecidas afinidades, o que logo levantou suspeitas da parte dos benfiquistas que precisavam da ajuda dos Leões para ganharem aquele campeonato.

O jogo realizou-se no dia 24 de Abril de 1955 e a festa que estava preparada em Belém aqueceu quando a equipa da casa marcou logo aos 2 minutos por intermédio de Perez, mas pouco depois Albano empatava de penalti, a punir uma mão desnecessária de Pires. A tensão aumentou e os homens da Cruz de Cristo também reclamaram um penálti por mão de Manuel Passos que o árbitro considerou casual, mas perto do final da 1ª parte Matateu recolocou a sua equipa na frente do campeonato com um golo de cabeça.

O intervalo chegou com 2-1 para o Belenenses, mas na Luz o Benfica já ganhava por 1-0, pelo que a 2ª parte se transformou num interminável suplício para os adeptos dos azuis, que voltaram a reclamar um penalti, o que levou inclusivamente um espetador a entrar em campo para pedir explicações ao árbitro.

Os minutos transformaram-se em horas e o terceiro golo teimava em não aparecer, ou porque o árbitro invalidou um golo a Matateu, ou porque este falhou de forma incrível uma oportunidade flagrante de sentenciar o desfecho do campeonato. Até que a 4 minutos do fim, João Martins fez o golo do empate na recarga a um remate forte de Mokuna que José Pereira não conseguiu afastar convenientemente, numa altura em que os adeptos do Belenenses já se precipitavam a atirar os foguetes preparados para a festa.

Num gesto imediato que se seguiu ao golo, João Martins pediu desculpa a Carlos Silva, mas o carácter dos jogadores do Sporting estava acima de qualquer suspeita e a verdadeira festa foi do Benfica que ganhou por 3-0 ao Atlético.

Nas Salésias, depois do apito final, rolaram lágrimas pelas faces dos inconsoláveis jogadores, dirigentes e adeptos do Belenenses, reconfortados pelos sportinguistas, de tal forma que João Martins não foi capaz de se conter e também chorou com eles.

To-mane 20h29min de 20 de Outubro de 2008 (WEST)