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| − | O Jogo decisivo da competição disputou-se no dia 25 de Abril de 1948, no [[Estância de Madeira|Campo Grande]], a contar para a 22ª jornada, numa altura em que o Benfica liderava a prova com 2 pontos de vantagem sobre o Sporting, que assim precisava de ganhar por 3 golos de diferença, para passar a depender apenas dos seus resultados, quando ficavam a faltar apenas 4 jogos para terminar a prova. | + | O Jogo decisivo da competição disputou-se no dia 25 de Abril de 1948, no [[Estância de Madeira|Campo Grande]], a contar para a 22ª jornada, numa altura em que o Benfica liderava a prova com 2 pontos de vantagem sobre o Sporting, que assim precisava de ganhar no terreno do adversário por 3 golos de diferença, para passar a depender apenas dos seus resultados, quando ficavam a faltar apenas 4 jogos para terminar a prova. |
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| − | No primeiro quarto de hora de jogo o Benfica teve um ligeiro ascendente, mas a primeira grande oportunidade de golo aconteceu quando [[Peyroteo]] aproveitou uma má saída do guarda redes Contreiras e atirou para a baliza, valendo a intervenção de Jacinto que safou em cima da linha de golo. | + | No primeiro quarto de hora de jogo o Benfica teve um ligeiro ascendente, mas a primeira grande oportunidade de golo aconteceu quando [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]] aproveitou uma má saída do guarda redes Contreiras e atirou para a baliza, valendo a intervenção de Jacinto que safou em cima da linha de golo. |
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| − | Estava dado o mote e a partir daí o Sporting tomou conta do jogo, com [[Albano]] a desperdiçar uma grande oportunidade de golo aos 27m, até que aos 35m, [[Vasques]] apareceu solto na direita, cruzando com precisão para [[Peyroteo]] finalizar com um golpe certeiro de cabeça. 6 minutos depois [[Travassos]] liberta-se facilmente de um adversário e entrega a [[Peyroteo]], que não tem dificuldades em fazer o 2-0 com que se chegou ao intervalo. | + | Estava dado o mote e a partir daí o Sporting tomou conta do jogo, com [[Albano Pereira|Albano]] a desperdiçar mais uma grande oportunidade de golo aos 27m, até que aos 35m, [[Manuel Vasques|Vasques]] apareceu solto na direita, cruzando com precisão para [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]] finalizar com um golpe certeiro de cabeça. 6 minutos depois [[José Travassos|Travassos]] liberta-se facilmente de um adversário e entrega a [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]], que não tem dificuldades em fazer o 2-0 com que se chegou ao intervalo. |
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| | Assim nos últimos minutos o Benfica voltou a atacar mais, mas de uma forma muito atabalhoada, pelo que até foram do Sporting as jogadas mais perigosas, mas o resultado já não sofreu alteração e no fim o Sporting assumiu a liderança do Campeonato, que viria a manter até ao fim da competição. | | Assim nos últimos minutos o Benfica voltou a atacar mais, mas de uma forma muito atabalhoada, pelo que até foram do Sporting as jogadas mais perigosas, mas o resultado já não sofreu alteração e no fim o Sporting assumiu a liderança do Campeonato, que viria a manter até ao fim da competição. |
Edição atual desde as 13h55min de 11 de dezembro de 2020
Benfica 1 - Sporting 4
Ficha do jogo
O Campeonato Nacional da época de 1947/48 foi disputado palmo a palmo com o Benfica, e ficaria para a história como "O Campeonato do Pirulito", por ter sido decidido por um golo.
O Jogo decisivo da competição disputou-se no dia 25 de Abril de 1948, no Campo Grande, a contar para a 22ª jornada, numa altura em que o Benfica liderava a prova com 2 pontos de vantagem sobre o Sporting, que assim precisava de ganhar no terreno do adversário por 3 golos de diferença, para passar a depender apenas dos seus resultados, quando ficavam a faltar apenas 4 jogos para terminar a prova.
O campo estava cheio a rebentar pelas costuras, sendo mais ou menos óbvio que a sua lotação fora ultrapassada tal era a procura de bilhetes, afinal estavam frente a frente os dois velhos rivais de Lisboa e tudo poderia ficar decidido ali.
No primeiro quarto de hora de jogo o Benfica teve um ligeiro ascendente, mas a primeira grande oportunidade de golo aconteceu quando Peyroteo aproveitou uma má saída do guarda redes Contreiras e atirou para a baliza, valendo a intervenção de Jacinto que safou em cima da linha de golo.
Estava dado o mote e a partir daí o Sporting tomou conta do jogo, com Albano a desperdiçar mais uma grande oportunidade de golo aos 27m, até que aos 35m, Vasques apareceu solto na direita, cruzando com precisão para Peyroteo finalizar com um golpe certeiro de cabeça. 6 minutos depois Travassos liberta-se facilmente de um adversário e entrega a Peyroteo, que não tem dificuldades em fazer o 2-0 com que se chegou ao intervalo.
Na 2ª parte o Sporting entrou disposto a alcançar o golo que lhe faltava para passar para a frente da classificação, o que viria a acontecer aos 58m, novamente por intermédio de Peyroteo, que finalizou com com o sua conhecida eficácia, uma boa jogada entre Carlos Canário e Jesus Correia, deixando em delírio os sportinguistas que enchiam o campo, de tal forma que até parecia que o Sporting jogava em casa.
O Benfica levou algum tempo a reagir na procura de pelo menos igualar o resultado da 1ª volta, mas nessa altura João Azevedo mostrou que ainda era o melhor guarda redes português, até que aos 69m Peyroteo completou o seu "poker", com um pontapé imparável, depois de Albano ter enganado toda a defesa benfiquista com um toque para trás, deixando a bola redondinha para o seu avançado centro, que não perdoou.
Com 4-0 tudo parecia resolvido, mas o Benfica reduziu logo de seguida com um golo de Espírito Santo, depois de um falhanço de Moreira. Este golo trouxe de volta a incerteza, não em relação ao desfecho do jogo, mas no que dizia respeito à situação na liderança do Campeonato, pois o Benfica tinha vantagem na diferença entre o total de golos marcados e sofridos, que era o segundo critério de desempate, depois do confronto directo.
Assim nos últimos minutos o Benfica voltou a atacar mais, mas de uma forma muito atabalhoada, pelo que até foram do Sporting as jogadas mais perigosas, mas o resultado já não sofreu alteração e no fim o Sporting assumiu a liderança do Campeonato, que viria a manter até ao fim da competição.
Este jogo ficou também assinalado por uma polémica entre Cândido de Oliveira e um dirigente leonino, que pôs em causa a táctica escolhida pelo responsável técnico da equipa, desconfiando do facto dele ser benfiquista de origem, coisa que Mestre Cândido não deixou passar em branco, demitindo-se no final da partida. Mas o referido director também se demitiu, pedindo ao técnico para ficar, tendo este acedido, mas na condição do outro também retirar o seu pedido de demissão. E assim ficaram os dois e tudo acabou bem.
To-mane (discussão) 17h40min de 11 de março de 2016 (GMT)