Diferenças entre edições de "Emílio Peixe"

Edição atual desde as 15h24min de 10 de dezembro de 2020

	Dados de Emílio Peixe
Nome	Emílio Manuel Delgado Peixe
Nascimento	16 de Janeiro de 1973
Naturalidade	Nazaré - Portugal
Posição	Futebolista (médio)

Oriundo de "Os Nazarenos" Peixe veio para o Sporting quando ainda era iniciado, e rapidamente passou a fazer parte das Selecções Nacionais orientadas por Carlos Queirós, somando internacionalizações em todas as categorias das camadas jovens, e sagrando-se Campeão Europeu de Juvenis em 1989, e Campeão Mundial de Juniores em 1991, numa competição em que foi considerado o melhor jogador do torneio.

Peixe era um jogador com boa técnica e muito rápido, mas destacava-se principalmente por ter um sentido táctico e uma leitura de jogo invulgares para a sua idade, e que o tornaram num dos jogadores mais promissores de uma geração de que faziam parte outros prodígios como Luís Figo, João Pinto ou Rui Costa.

Jogava preferencialmente como médio defensivo, mas as características atrás referidas permitiam-lhe actuar também no centro da defesa, geralmente como libero, sendo por vezes acusado de excessos de impetuosidade, que lhe valeram muitos cartões e algumas expulsões.

Foi lançado na equipa principal do Sporting por Marinho Peres quando ainda era júnior, estreando-se no dia 2 de Dezembro de 1990 num jogo a contar para o Campeonato, em que os Leões ganharam por 1-0 em Faro, actuando no centro da defesa ao lado de Miguel, devido aos impedimentos de Luisinho e Venâncio.

Peixe em acção

Na época seguinte já depois de ter sido considerado o melhor jogador do Mundial de Juniores disputado em Portugal, integrou o plantel principal do Sporting, tornando-se num dos jogadores mais utilizados da equipa, jogando ora na defesa, ora no meio-campo, e chegando à Selecção A pela mão de Carlos Queirós, quando tinha apenas 18 anos de idade.

Em 1991 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Especial Mundial.

Depois de quatro temporadas a bom nível no Sporting, nas quais contabilizou as suas 12 internacionalizações A, e conquistou uma Taça de Portugal, surgiram os primeiros contratempos na sua carreira, para muitos por culpa do seu empresário, o que impediu a renovação do contrato com o Sporting, e o levou até Espanha para jogar no Sevilha, uma aventura mal sucedida, que durou apenas alguns meses.

Regressou ao Sporting em Dezembro de 1995, ainda a tempo de participar na Finalíssima da Supertaça que o Sporting ganhou por 3-0 a FC Porto em Paris, e de ser seleccionado para os Jogos Olímpicos de 1996, disputados em Atlanta, onde a nossa Selecção atingiu o quarto lugar, com Peixe como Capitão da equipa.

A época seguinte foi apenas a confirmação de que tinha perdido definitivamente a embalagem. Lesões, problemas pessoais, e novos desentendimentos com a Direcção, levaram-no a rumar ao FC Porto na companhia de Costinha, envolvidos numa troca de jogadores com Bino e Rui Jorge. Totalizava na altura 157 jogos oficiais realizados ao serviço da equipa principal do Sporting, nos quais marcou 3 golos.

No Porto passou uma temporada praticamente sem jogar, mas depois da venda de Doriva e da lesão de Paulinho Santos, entrou na equipa e ainda conseguiu jogar várias vezes e colaborar na conquista de alguns títulos, mas novos desentendimentos, agora com Pinto da Costa, e outra vez com o empresário metido ao barulho, levaram-no à Equipa B, antes de ser emprestado ao Alverca.

Encerrou a sua carreira com apenas 31 anos de idade, depois de passagens sem história pelo Benfica e U.Leiria, deixando a sensação de que tinha desperdiçado uma boa parte dela.

Tornou-se então treinador de futebol, começando por trabalhar para o Sindicato dos Jogadores, orientando o Algarve United, para mais tarde entrar na FPF como Seleccionador dos Sub-16, sendo um dos poucos que escapou à reestruturação empreendida pelo Prof. Carlos Queirós, em 2008.

To-mane 20h49min de 26 de Novembro de 2009 (WET)