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Era também o fim de um ciclo glorioso na vida do [[Sporting Clube de Portugal]], naqueles que podem ser considerados como os últimos acordes dos famosos [[Cinco Violinos|Violinos]].
 
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[[Categoria:Momentos Desportivos do Futebol]]
 
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Revisão das 17h40min de 9 de novembro de 2018

SPORTING 3 CALDAS 0

Ficha do Jogo

Os Campeões entram em campo
Travassos em ombros
Vasques em ombros
A festa do título

O Campeonato da época de 1957/58 foi disputado ombro a ombro entre o Sporting e o FC Porto, que chegaram à última jornada com o mesmo numero de pontos, mas com vantagem para o Sporting no desempate nos confrontos diretos, graças ao 3-0 da 1ª jornada.

A última ronda reservava para o FC Porto uma sempre difícil deslocação ao Estádio do Restelo para defrontar o Belenenses, enquanto ao Sporting cabia receber o Caldas, pelo que o favoritismo estava inteiramente do lado dos Leões que prepararam uma grande a festa para o Estádio José Alvalade, que nesse domingo, 23 de Março de 1958, encheu por completo.

Com Vadinho e Travassos recuperados o Sporting apresentou-se na sua máxima força e foi precisamente o velho Capitão que com toda a sua classe carregou a equipa para uma vitória anunciada, abrindo o ativo aos 10m com um espetacular pontapé de fora da área, que fez rebentar os primeiros foguetes.

Lenine ainda obrigou Carlos Gomes a uma grande defesa, mas o Sporting continuou a carregar sobre a baliza caldense e à meia hora João Martins concluiu da melhor forma uma excelente jogada coletiva do ataque leonino, fixando o resultado da 1ª parte e consolidando o caminho para a desejada vitória.

Cá fora já se fazia a festa com balões, serpentinas e confetis que pintavam de verde e branco todo o estádio, mas ainda faltavam mais 45 minutos.

A 2ª parte começou com o Sporting na mesma toada de ataque e aos 55m Vasques aumentou para 3-0 com um belo golo de cabeça, a responder a um cruzamento de João Martins, depois de uma magnifica abertura de Travassos.

O título estava garantido e daí para a frente o que custou mais foi ver o relógio a andar, mas ainda houve tempo para Vadinho acertar na barra da baliza do Caldas, no entanto estava escrito que o campeonato iria acabar da mesma forma que tinha começado, ou seja, com uma vitória do Sporting por 3-0.

Ainda faltavam 3 minutos para os 90, quando o publico se precipitou invadindo o campo na ânsia de festejar com os seus ídolos, e foi com alguma dificuldade que as autoridades conseguiram empurrar toda aquela gente que lá se foi aglomerando nas pistas que circundavam o relvado, de forma a permitir que o jogo acabasse dentro da lei, até que o Sr. Mário Mendonça finalmente apitou pela última vez e a festa rebentou.

Jogadores e treinador foram passeados em ombros num autêntico carnaval de alegria e sportinguismo, que assinalou o regresso do Sporting aos títulos depois de três anos de jejum.

Era o primeiro campeonato de futebol conquistado pelo Sporting no seu novo Estádio e, o 8º e último para Vasques e Travassos, que na altura somavam 12 temporadas de Leão ao peito.

Era também o fim de um ciclo glorioso na vida do Sporting Clube de Portugal, naqueles que podem ser considerados como os últimos acordes dos famosos Violinos.

To-mane (discussão) 17h29min de 7 de novembro de 2018 (WET)