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Dados de Mário Jorge |
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Nome |
Mário Jorge da Silva Pinho Fernandes
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Nascimento |
24 de Agosto de 1961
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Naturalidade |
Ponta Delgada - Açores - Portugal
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Posição |
Futebolista (lateral e extremo esquerdo)
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Compilação de jogadas de Mário Jorge
Produto das escolas do Sporting onde jogou desde os Iniciados, Mário Jorge era um jogador com uma técnica refinada e uma excelente visão de jogo, que aliadas à sua notável velocidade de execução, o tornaram desde muito cedo num dos mais promissores futebolistas da sua geração.
Fazia toda a ala esquerda, tendo começado como extremo para depois ser adaptado a lateral, acabando por jogar muitas vezes no meio-campo, mas sempre com a mesma qualidade.
Foi lançado na equipa principal do Sporting por Rodrigues Dias, quando tinha acabado de fazer 18 anos e ainda era júnior, entrando a 10 minutos do fim de um jogo no qual o Sporting derrotou o Estoril por 2-0, na 1ª jornada do Campeonato da época de 1979/80, o suficiente para se sagrar pela primeira vez Campeão Nacional.
Na época seguinte fixou-se no plantel principal, mas só fez 2 jogos, e só na temporada de 1981/82 começou a ser utilizado regularmente, principalmente depois de Malcolm Allison ter deixado Jordão de fora para lhe dar a titularidade, num importante jogo em que o Sporting ganhou por 1-0 ao FC Porto, com Mário Jorge a marcar o golo da vitória. Depois disto ainda saiu da equipa, mas logo a seguir Allison transformou-o em lateral esquerdo, posição na qual se fixou como titular, contribuindo para a "dobradinha" conquistada nessa época.
Foi como lateral esquerdo que continuou na equipa nas três temporadas seguintes, fazendo esquecer Inácio que tinha partido para o FC Porto, participando assim na conquista da primeira Supertaça da história do Sporting, e estreando-se na Seleção A num particular disputado em Coimbra no dia 8 de Junho de 1983, em que Portugal perdeu por 4-0 com o Brasil.
Na época de 1985/86 Manuel José resolveu lançar o jovem lateral esquerdo Fernando Mendes e Mário Jorge passou a jogar no meio-campo, voltando à Seleção para participar na campanha que levou Portugal ao Mundial de 1986, ficando para a história como um dos heróis da épica vitoria de Portugal na Alemanha, num jogo em que realizou uma exibição extraordinária. No entanto não foi convocado por José Torres para a fase final do Mundial do México, uma injustiça que lhe permitiu escapar à polémica de Saltillo e somar mais algumas internacionalizações pela Seleção A, que no total foram 9.
Em 1985 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Futebolista.
Outro dos grandes momentos de Mário Jorge, foi no dia dos históricos 7–1 ao Benfica, um jogo no qual marcou dois golos, contribuindo decisivamente para essa grande vitória do Sporting, com mais uma grande exibição.
Depois de sete temporadas como titular no Sporting, foi pouco utilizado na época de 1988/89 e no final dessa temporada foi emprestado ao Beira Mar, regressando um ano depois, mais já não conseguiu recuperar o seu lugar na equipa, terminando a sua ligação ao Sporting à beira dos 30 anos, numa altura em que totalizava 268 jogos oficiais ao serviço da equipa principal do Clube, nos quais marcou 21 golos, números reveladores de uma boa carreira, mas que dado o seu enorme potencial poderia ter sido ainda melhor.
Posteriormente ainda jogou no Estrela da Amadora e no Estoril, onde encerrou a sua carreira de futebolista profissional em 1995.
No início do século XXI, voltou a representar o Sporting dentro de campo, desta vez no Futebol de Praia, e conquistou a Taça Nacional de Clubes em 2003.
Regressou ao Sporting na sequência da crise de 2018 para integrar a estrutura da Academia.
To-mane 13h59min de 31 de Janeiro de 2010 (WET)