Em 1986/87 o Sporting tinha-se concentrado no Ténis de Mesa feminino, e não tinha formado equipas femininas. Em 1987/88 as senhoras tinham regressado, com uma equipa muito jovem formada por Ana Plácido, Anabela Fernandes, Margarida Lopes e Luísa Lopes. Ganharam logo o Campeonato de Lisboa e a Taça de Portugal, e o Campeonato Nacional escapou para o Estrela da Amadora quando Anabela Fernandes se lesionou durante um jogo numa tábua solta.
Em 1988/89 a equipa manteve-se inicialmente a mesma. O maior problema era que as quatro jogadoras eram estudantes, do liceu ou universitárias, Anabela também trabalhava, e moravam as quatro fora de Lisboa: Laranjeiro, Alhandra, Azambuja, e Caldas da Rainha. Com pelo menos três treinos semanais e torneios e competições, não era fácil, e só foi possível porque o Dr. Caldas Lopes, pai da Luísa, frequentemente levava a Ana e a Margarida a casa no fim dos treinos. Durante o Campeonato de Lisboa, Anabela Fernandes, que era trabalhadora-estudante visto que estava no 5º ano de Psicologia e trabalhava por turnos no Aeroporto de Lisboa, não conseguiu acumular com a atividade desportiva, e já não jogou na Taça de Portugal, que começou em Março de 1989.
A Taça de Portugal jogava-se em duas fases. Na fase associativa, apurava-se o representante de Lisboa. As equipas eram eliminadas depois de perderem duas vezes. Assim, muitas vezes esta fase tornava-se uma prova de resistência. O Sporting jogou primeiro com o Ramiro José e o Casa Pia, vencendo ambos por 3-0. Seguiu-se precisamente o Estrela da Amadora, a única equipa em Portugal inteiro ao nível da do Sporting, com Mónica Salgado, Odete Cardoso, Liliana Chaves e Isaura Amorim. O primeiro jogo correu mal, com Liliana Chaves a vencer a recém-consagrada campeã nacional individual Ana Plácido. Com uma derrota por 1-3, para se apurar e chegar à final o Sporting tinha que vencer os dois jogos seguintes. O primeiro foi uma vitória por 3-2, com Luísa Lopes a vencer duas partidas e Ana Plácido a conseguir a desforra contra Liliana Chaves.
Assim, as duas equipas estavam empatadas, e foi preciso realizar um terceiro jogo, uma autêntica finalíssima da fase de Lisboa, e praticamente uma final nacional antecipada. O jogo, realizado a 6 de Abril de 1989, começou com Luísa Lopes a vencer Liliana Chaves por 3-0. De seguida Margarida Lopes perdeu 2-3 contra Odete Cardoso. O par Margarida Lopes/Ana Plácido voltou a dar vantagem às leoas ao derrotar Liliana Chaves/Isaura Amorim por 3-0. Esta partida acabou por se revelar decisiva: nos jogos anteriores o Sporting tinha sempre perdido a partida de pares, e tinha ficado dependente de Luísa Lopes conseguir vencer as suas duas partidas. Ora Luísa Lopes perdeu a quarta partida contra Odete Cardoso, ficando o resultado em 2-2. A vitória veio quando Ana Plácido derrotou Isaura Amorim por 3-0, um resultado esse sim normal visto Amorim não ter ganho nenhuma partida nos confrontos com o Sporting
Chegou-se assim à final nacional, realizada para todos os escalões no mesmo dia, 28 de Maio de 1989 no Pavilhão do Juventude de Évora. O adversário foi o Porto e a vitória foi claríssima, com um resultado de 3-0 em que só numa partida as leoas concederam um set.
O Sporting ganhava assim a segunda Taça de Portugal feminina consecutiva, a 12ª na história do Clube.
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