Historial
Nos princípios de 1919 começou a esboçar-se a criação do Silves Foot-ball Club, à inglesa como era usual na época. Os exemplos vindos de Portimão e Lagos, onde haviam nascido o Portimonense e o Esperança, contribuíram em boa parte para a decisão de formar uma colectividade desportiva na cidade. Assim, a 4 de Abril do mesmo ano, vários elementos fundaram o Silves.
Ainda se pretendeu impor o nome de Vitória, por influência do emblema representativo de Setúbal, mas a proposta não mereceu consenso, pois a vontade maioritária pretendia que o clube se identificasse com a cidade. Resolvida a questão, uma garrafa de vinho doce e uns bolinhos serviram para festejar o acontecimento, numa taberna (que ainda hoje existe) situada na junção do Largo Mártires da Pátria com o Largo da República.
Os primeiros tempos foram difíceis, o dinheiro escasseava e os atletas tinham de pagar do seu bolso os equipamentos. O clube adoptou desde a fundação as cores preto e branco, mas, inicialmente, o seu equipamento era em tudo semelhante ao do Portimonense: riscas largas, verticais. Durante a presidência de Joaquim d’Oliveira, foi proposto que o desenho das camisolas seguisse o modelo então usado pelo Sporting Clube de Portugal (já na altura com muitos adeptos na cidade) – metade de cada cor. Algum tempo decorrido, os jogadores passaram a envergar o equipamento actual (camisola preta, calção branco).
O emblema, esse, nunca mudou: com a forma de escudo de corpo branco, orlado a preto, como símbolo representativo o Castelo (significando a nobreza e a tradição da cidade), tendo por baixo linhas sinuosas (a dar ideia das águas do Rio Arade) a sigla S.F.C..
A fotografia mais antiga, datada da época 1924/25
O entusiasmo inicial diminuiu aos poucos e, no final da década de 20, o Silves, sem sede nem disponibilidade financeira, esteve a um passo da extinção, tendo valido na circunstância o labor de José Jesus Teixeira Júnior, que revitalizou o clube num curto espaço de tempo.
Nas suas regulares participações nos campeonatos do Algarve, carroças puxadas por animais eram o meio de transporte utilizado naqueles tempos, embora por vezes, o clube recorresse ao comboio. Uma assada de sardinhas ou carapaus constituía o almoço, quando a equipa jogava em campo alheio; prémios de vitória ou de empate não existiam e alguns jogadores dessa época relataram a lembrança de tomarem banho nos tanques das hortas que encontravam no regresso a casa, pois a generalidade dos campos não dispunham de balneários, com os proprietários dos terrenos a reagirem, por vezes, a tiro.
No dia 12 de Julho de 1931, o Sporting Clube de Portugal deslocou-se a Silves, repetindo recente visita num jogo que serviu para cimentar o bom relacionamento entre as duas colectividades, com o Silves a passar a ser, desde essa altura a 4ª Delegação dos "Leões". No mesmo ano também o Benfica actuou em Silves. Estes dois clubes retornariam a Silves em 1950; a visita dos "encarnados" ocorreu a 13 de Fevereiro, enquanto os sportinguistas se exibiram no Estádio Dr. Francisco Vieira a 6 de Junho, voltando de novo a 6 de Junho de 1965.
No âmbito da filosofia de melhoramento das condições das infraestruturas do clube, o Estádio Dr. Francisco Vieira foi alvo de profunda remodelação em 2005, com a demolição da bancada existente e a construção de uma nova bancada com respectiva cobertura, a qual concedeu aos sócios uma maior comodidade. Também a nível da iluminação houve alteração, substituindo a anterior iluminação por uma melhor e maior iluminação, com nova localização dos postes aos cantos do relvado.
Mas não é só de futebol que se faz o Silves, contando ainda com algumas modalidades: Futsal Feminino e Masculino, Karaté, Petanca e Ginástica de manutenção.
Contactos
- Sede - Rua Francisco Gomes Pablos, 18 e 20 Apartado 92 – 8300 - 999 Silves
- Secretaria - Rua Cruz da Palmeira, 8300 - 131 Silves
Referências
- Site do Silves Futebol Clube (http://www.silvesfc.com). Permissão concedida para a adaptação da informação e uso das fotografias.