No dia 7 de Agosto de 1979 João Rocha informou o Conselho Leonino da sua intenção de se demitir da Presidência do Sporting Clube de Portugal, dando origem a uma longa crise directiva.
Realizou-se então uma Assembleia-Geral extraordinária, no dia 5 de Setembro de 1979, onde por proposta da Comissão Delegada anteriormente constituída, foi nomeada uma Comissão de Gestão liderada pelo próprio João Rocha, que tinha como missão assegurar a gerência do Clube até que fosse eleita uma nova Direção, com a seguinte constituição:
Cargo
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Nome
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Observações
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Coordenador |
João António dos Anjos Rocha |
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Gestão Financeira Planeamento e Organização e Alta Competição |
Agostinho Alberto Bento Abade |
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Actividades Administrativas e Alta Competição |
Mário José da Silva Garcia |
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Relações Públicas e Publicidade |
Paulo Luís Ávila Abreu |
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Gestor do Futebol |
José Manuel Torcato |
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Actividades Gimnicas e Formativas |
Garcia Alvarez |
Até Novembro de 1979
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A tomada de posse de João Rocha
O Sporting é recebido pelo Secretário dos Desportos de Angola
A esta Comissão foram atribuídos os poderes que na generalidade cabiam à Direção e ainda os poderes especiais que lhe foram concedidos em anteriores Assembleia Gerais, pelo que acabou por gerir o Clube durante um ano, que correspondeu a uma época desportiva, em que o Sporting conseguiu ganhar o Campeonato Nacional de Futebol, apesar de toda a instabilidade vivida nesse período, em que o treinador Rodrigues Dias foi substituído por Fernando Mendes, depois de algumas polémicas à volta de arbitragens que prejudicaram o Sporting.
O Andebol e também conseguiu ganhar o Campeonato Nacional e três atletas do Sporting estiveram presentes nos Jogos Olímpicos de Moscovo, numa altura em que a Ginástica movimentava cerca de 3500 jovens.
A época foi também marcada por duas digressões, primeiro a Angola, aonde em Novembro se deslocou uma comitiva de 128 elementos de várias modalidades, e a fechar aos Estados Unidos, só com a equipa de Futebol.
Na Assembleia Geral em que esta Comissão de Gestão foi empossada, João Rocha justificou a sua decisão de abandonar o Clube com o tratamento desigual dado ao Sporting em relação ao Benfica, em questões fundamentais como a atribuição de terrenos para construção e outros benefícios por parte das entidades oficiais e as dificuldades na angariação de financiamento para a sua Sociedade de Construções e Planeamento que ainda não saíra do papel.
O resto foram os constantes sobressaltos resultantes de interminável crise de 1979-80, que se prolongaria até ao dia 31 de Julho de 1980, altura em que se realizou a Assembleia-Geral eleitoral extraordinária, onde foi eleita uma nova Direcção.
To-mane 13h03min de 16 de Novembro de 2011 (WET)