Nas época de 2020/21 a Liga Europeia de Hóquei em Patins adotou um formado diferente, com uma primeira fase disputada por cinco clubes portugueses e quatro espanhóis, divididos em três grupos de três, que apuravam os vencedores de cada poule e o melhor 2º classificado e, foi precisamente nessa posição que o Sporting se qualificou para a final a quatro, depois de derrotar o Réus e de empatar com a Oliveirense, que ficou em 1º lugar do grupo graças à diferença de golos.
A final a quatro disputou-se no Pavilhão do Luso e teve a particularidade de contar apenas com clubes portugueses, o que na realidade era apenas a confirmação de que o nosso campeonato era o melhor do mundo nesta modalidade.
O Sporting era o detentor do título pois devido à pandemia covid 19 a competição tinha sido interrompida na temporada anterior e, nas meias finais calhou-lhe defrontar o Benfica que tinha eliminado o Barcelona e o Liceu da Coruña, e que nos três "derbys" até aí disputados nessa época, contava com uma vitória e um empate na fase regular do campeonato e uma vitória nos penaltis na final da Taça 1947.
Este jogo era também a repetição da meia final da prova de 2018/19, o que podia ser um bom presságio, mas o Benfica entrou logo a ganhar graças a um cartão azul mostrado a Telmo Pinto, no entanto o Sporting manteve-se fiel ao seu jogo mais trabalhado e chegou ao empate, uma situação que se repetiu por duas vezes, pois o Benfica andou sempre á frente do marcador.
Com 3-3 o jogo foi para prolongamento e aí foi a vez do Sporting se adiantar por duas vezes e do Benfica conseguir a igualdade, até que se chegou ao 5-5 final que levava as duas equipas para a marca dos penaltis.
No momento decisivo Alessandro Verona foi a grande figura ao converter os dois remates que deram a vitória ao Sporting, mas Ângelo Girão também esteve em grande, pois em sete remates defendeu seis.
Tal como a meia final, a final também foi uma repetição da de 2019, pois o FC Porto eliminou a Oliveirense vencendo por 6-4, depois de estar a perder por 4-0. De resto os portistas tinham ficado em 1º lugar da fase regular do Campeonato Nacional, mas nos confrontos diretos o Sporting levava vantagem, com uma vitória e um empate.
O jogo não começou da melhor maneira para o Sporting que aos 6m já perdia por 2-0, mas sensivelmente a meio da 1ª parte Matias Platero reduziu a desvantagem, só que em cima do intervalo Ferran Font foi expulso e as coisas complicaram-se, no entanto os Leões resistiram e na 2ªparte chegaram ao empate por intermédio de Toni Pérez pelo que o jogo foi para prolongamento.
No início do tempo suplementar Toni Pérez voltou a marcar e pouco depois Gonzalo Romero aproveitou finalmente um livre direto para alargar a vantagem para dois golos de diferença, batendo um enorme Málian, que tinha sido a par de Ângelo Girão o grande responsável pelos poucos golos marcados.
A pouco mais de 2 minutos do fim Gonçalo Alves ainda reduziu para 4-3 através de um penalti e a esperança renasceu para os dragões, no entanto o treinador portista Guillem Cabestany cometeu um erro imperdoável no momento de apostar no 5x4 e acabou expulso, deixando a sua equipa com menos um jogador. Mesmo assim os portistas lutaram até ao fim, mas o Sporting apesar de alguma ansiedade desnecessária, segurou a vantagem e festejou o seu terceiro título de Campeão Europeu de Hóquei em Patins.
To-mane (discussão) 17h53min de 17 de maio de 2021 (WEST)