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No dia 15 de Fevereiro de 1955 a Direcção de Góis Mota foi reeleita, com apenas uma alteração na sua configuração:

Cargo Nome Observações
Presidente Carlos Cecílio Góis Mota
Vice Presidente para as Relações Externas Francisco do Cazal Ribeiro
Vice Presidente para as Actividades Desportivas José Borges de Albuquerque Calheiros
Vice Presidente para as Actividades Administrativas José de Abreu Theriaga
Director-Secretário Artur Luís Ferreira da Cunha Rosa
Director-Tesoureiro Francisco Gonçalves Franco
Director-Contabilidade Artur de Almeida Leandro
Director das Actividades Desportivas César Pedrosa Vitorino
Director das Actividades Desportivas Guilherme Correia César
Director das Instalações Desportivas Manuel da Silva Júnior
Director das Instalações Sociais Mário José da Silva Garcia
Suplente Carlos Queiroga Tavares
Suplente António de Oliveira Romero

Apesar de Góis Mota ter mais uma vez pedido que o libertassem das responsabilidades que exercia no Clube há 10 anos, o Conselho Geral conseguiu convencer "os três Carlos" a continuarem à frente dos destinos do Sporting, pelo menos até que a grande obra do novo estádio ficasse concluída.

A Assembleia Geral eleitoral de 15 de Fevereiro de 1955 ficou marcada pelo momento menos bom que o futebol leonino atravessava, o que como de costume gerou alguma contestação, que acabou por resultar na demissão de Tavares da Silva que foi substituído por Alejandro Scopelli, um treinador com plenos poderes, abandonando-se assim o modelo de responsabilidades bipartidas entre um orientador técnico e um treinador de campo.

Foi também nesta altura que foi aprovada a decisão de se fazer um emblema comemorativo dos 50 anos do Clube, uma data que se avizinhava e de se adiar para 1956 a atualização da numeração dos sócios, para que esta coincidisse com o cinquentenário.

Em Fevereiro o Sporting recebeu de Jacques Goddet Diretor Geral do L'Équipe, um convite para participar na Taça da Europa, uma competição que aquele jornal desportivo francês pretendia organizar, contando para tal com a participação dos representantes de 16 países europeus. Era mais uma demonstração do enorme prestigio do Sporting que apesar de não ser o Campeão em título, participou na primeira edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus que se realizou na época de 1955/56, cabendo-lhe a honra de disputar o jogo inaugural da prova. Foi também nesta altura que Travassos se tornou no primeiro jogador português a integrar uma Selecção Europeia.

No dia 16 de Março os órgãos sociais eleitos no mês anterior tomaram posse, numa cerimónia que foi aproveitada para assinar o contrato de empreitada de execução das obras de construção do novo estádio, que foram adjudicadas à empresa Alves Ribeiro por um valor de 15846 contos, com condições de pagamento altamente vantajosas para o Clube, que previam o pagamento de metade do valor estipulado no final da obra, com o restante a ser pago em prestações deferidas pelos 5 anos seguintes. Esta fase previa a construção de uma bancada central coberta e de duas bancadas nos topos, sem cobertura. As obras arrancaram no dia 27 de Março de 1955, tendo o empreiteiro assumido o compromisso de antecipar pelo menos um mês o prazo de conclusão das mesmas, para que estivessem prontas a tempo do Estádio ser inaugurado durante as comemorações das Bodas de Prata do Sporting Clube de Portugal.

Nesta Gerência que terminou em 4 de Fevereiro de 1956 toda a nação sportinguista se dedicou de alma e coração à realização do sonho, e talvez por isso a parte desportiva terá ficado um pouco esquecida neste ano, em que o Clube não conseguiu grandes vitórias.

To-mane 00h03min de 28 de Outubro de 2011 (WEST)