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A Gerência 1989-1991
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A Gerência 1994-1995

Em 27 de Junho de 1991 a Direcção de Sousa Cintra foi reeleita com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente José de Sousa Cintra
Vice Presidente José Carlos Lourinho Soares Machado
Vice Presidente Tomás Alberto Cardoso Aires
Vice Presidente Ilídio Pais Dinis
Vice Presidente José Manuel Araújo Roseiro
Vice Presidente Abílio Francisco Fernandes Modalidades
Vice Presidente Joaquim Duarte Correia Leal

Dois anos depois Sousa Cintra tinha pelo menos conseguido tornar o Clube governável, e com o seu estilo muito próprio, manteve o rumo, cada vez mais centrado no seu objectivo principal, que era ganhar o Campeonato Nacional de Futebol.

Marinho Peres ainda teve mais uma oportunidade, mas os resultados continuaram a não ser os desejados, pelo que depois de outro 4º lugar, Sousa Cintra resolveu apostar tudo na contratação do credenciado técnico inglês Bobby Robson, reforçando a equipa com alguns jogadores estrangeiros de inegável qualidade, mas não foi o suficiente.

No Verão quente de 1993, Cintra aproveitou a crise do Benfica para se vingar de algumas humilhações sofridas, como tinha sido o caso da contratação de Futre, indo buscar Paulo Sousa e Pacheco à Luz, mas voltou a deixar escapar João Pinto, o que viria a ser fatal.

Em Dezembro de 1993, poucos dias antes de concluir esta Gerência, Cintra resolveu trocar Robson por Carlos Queirós, uma decisão que mais tarde considerou ter sido o seu maior erro, enquanto Presidente do Sporting Clube de Portugal.

O que é certo é que apesar de tantos investimentos e tantas expectativas criadas, o Futebol continuou a não ganhar nada, enquanto nas modalidades de alta competição, o Voleibol vivia os seus melhores anos, com uma equipa formada à volta de Miguel Maia, que ganhou dois Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal, e o Atletismo ganhava mais duas Taças dos Campeões Europeus de Corta Mato. Para além disso, no Futsal o Sporting ganhou o primeiro Campeonato Nacional desta modalidade. No Verão de 1993 foi anunciada uma redução de 30 a 50% no orçamento das modalidades extra-futebol.

Esta Gerência também ficou marcada por outras situações onde o Sporting nem sempre foi devidamente respeitado, como foi o caso da pala do Estádio José Alvalade, resultante de um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil que apontava para riscos de queda daquela cobertura, seguindo-se de imediato a interdição daquela zona da bancada, por Despacho do Secretário de Estado da Cultura, o sportinguista Santana Lopes, tendo o Sporting realizado o primeiro jogo da época com a bancada central encerrada. A situação seria desbloqueada, e a pala foi reforçada, após o Eng. Edgar Cardoso ter garantido que aquela cobertura era mais segura do que o Viaduto Duarte Pacheco.

Piores consequências teve "o caso Luís Manuel", que levou a que a Federação impedisse o Sporting de inscrever jogadores, quando se dizia que Sousa Cintra já teria garantido os regressos de Oceano e Carlos Xavier e a contratação do nigeriano Yekini. O presidente do Sporting bem que protestou devido à duplicação dos contratos que a Ovarense apresentou como prova, mas de nada lhe valeu.

Desta vez a Gerência foi até ao fim, terminando em 29 de Dezembro de 1993, altura em que se realizou-se a Assembleia-Geral eleitoral ordinária, depois de terem sido aprovados o Relatório e as Contas do ano de 1992 e garantida a doação por parte da Câmara Municipal de Lisboa, de uma parcela de terreno junto à Avenida Padre Cruz.

To-mane 16h46min de 10 de Novembro de 2011 (WET)