No dia 30 de Janeiro de 1952 a Direcção de Ribeiro Ferreira foi reeleita, com apenas uma alteração:
A reeleição de Ribeiro Ferreira
Ribeiro Ferreira, Palma Carlos e Carlos Farinha
Passos entrega uma salva de prata a Ribeiro Ferreira
O Conselho Geral voltou a indigitar Ribeiro Ferreira como Presidente da Direção, ao que este apenas acedeu depois de muita insistência, mas exigindo que no final desta gerência fosse libertado das responsabilidades que até tinha assumido nos últimos anos.
No dia 2 de Abril realizou-se no Pavilhão dos Desportos a Festa das Secções onde o Presidente Ribeiro Ferreira foi alvo de uma merecida homenagem quando se preparava para completar o seu 7º e último mandato. Durante esse festival realizou-se a habitual parada das secções, exibições das classes de Ginástica e da patinadora Maria Antónia de Vasconcelos, e jogos de exibição de Andebol de 7 entre Benfica e Sporting, Voleibol feminino entre Oeiras e Sporting e de Futebol de Salão, em que se defrontaram uma equipa de velhas glórias do Sporting e outra constituída por futebolistas da categoria de honra da época em curso.
Nessa altura Ribeiro Ferreira voltou a referir a importância das obras projetadas para o Estádio cuja a 2ª fase esperava que pudesse começar em breve com a construção de uma nova bancada central, estando também previsto o alargamento dos topos, o que só seria possível quando o Benfica fizesse o seu novo Estádio, pois as obras programadas previam a ocupação dos terrenos que albergavam o campo que naquela altura era utilizado pelo grande rival do Sporting, isto numa fase em que as relações entre os dois clubes eram excelentes.
No dia 3 de maio iniciou-se a subscrição reembolsável dos títulos de empréstimo que ficaram conhecidos como "Lagartos", uma operação que visava financiar os obras do Estádio. Foram emitidos 300 mil títulos com o valor unitário de 10$00.
Mas esta última gerência de Ribeiro Ferreira ficou marcada por alguns percalços e fatalidades, logo a começar pela morte de dois ciclistas na estrada, passando pela onda de lesões que se abateu sobre a equipa de Futebol, com a situação especialmente grave de Tormenta que fraturou a 7ª vértebra cervical, sem esquecer Travassos que foi operado ao menisco, isto para além do caso Jesus Correia, que pressionado para abandonar o Hóquei em Patins, optou por se dedicar em exclusivo a essa modalidade em detrimento do Futebol, e do caso CDUL que abanou com o Atletismo do Sporting que perdeu o Prof. Moniz Pereira e principalmente a doença do próprio Presidente Ribeiro Ferreira que o viria a vitimar poucos meses depois de terminado o seu último mandato.
Nesta Gerência o Sporting conquistou o seu 7º Campeonato Nacional de futebol, mas perdeu a Final da Taça de Portugal e voltou a falhar na Taça Latina.
Nas restantes modalidades o Sporting sagrou-se Campeão Nacional de Andebol pela 1ª vez, e no Atletismo teve dois representantes nos Jogos Olímpicos de Helsínquia. No total o Clube arrecadou 91 troféus.
Durante as suas presidências António José Ribeiro Ferreira deu sempre muita atenção ao Boletim do Sporting, do qual foi o Director durante vários anos, e foi nesta altura que aquela publicação passou a ser o Jornal do Sporting.
Esta Gerência que terminou em 23 de Janeiro de 1953, apresentou um saldo positivo de quase mil contos, com o Futebol a custar perto de 2 milhões de escudos, mas a dar um lucro de cerca de 773 contos.
To-mane 23h05min de 26 de Outubro de 2011 (WEST)