Um Sporting só para a Volta a Portugal
Se a época de 1948 tinha acabado mal para o Ciclismo leonino, depois de uma prestação muito fraca na Volta a Portugal, a nova temporada começou ainda pior, com a Direcção a decidir abandonar a actividade na categoria principal, limitando-se a organizar provas para os sócios do Clube, que tiveram a adesão dos muitos ciclistas leoninos que não quiseram envergar outras camisolas.
Esta decisão resultou de um conflito com o Benfica a propósito do ciclista Júlio Mourão, que decidira regressar ao Sporting, Clube onde tinha iniciado a sua carreira, tendo o Benfica imposto como condição para libertá-lo, que o Sporting não incluísse ciclistas estrangeiros na sua equipa, uma imposição naturalmente considerada intolerável pelos Leões, por ser uma vergonhosa intromissão na política desportiva da sua secção de Ciclismo.
Assim o Sporting esteve ausente das competições do calendário nacional, até que em Agosto, já perto do início da Volta a Portugal, a situação se desbloqueou, com o Benfica a libertar finalmente Júlio Mourão, que se recusara a correr por outro Clube que não fosse o Sporting, que pôde então inscrever livremente a sua equipa, na principal competição do Ciclismo nacional.