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Dados de Brás Medeiros |
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Nome |
Guilherme Braga Brás Medeiros
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Nascimento |
1912
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Naturalidade |
Avelar - Portugal -
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Posição |
Presidente
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Guilherme Brás Medeiros formou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e foi admitido como sócio do Sporting Clube de Portugal a 7 de Dezembro de 1943.
Fez parte do Conselho Geral entre 1951 e 1953 e mais tarde entre 1963 e 1965.
Foi Presidente do Sporting Clube de Portugal em dois períodos diferentes. O primeiro entre 7 de Janeiro de 1959 e 10 de Maio de 1961, numa altura em que o Clube atravessava grandes dificuldades financeiras resultantes da construção do Estádio José Alvalade, ao mesmo tempo que se procedia à renovação da equipa, depois do fim do ciclo mais vitorioso da história do futebol leonino.
Regressaria à liderança do Clube a 28 de Julho de 1965, depois de ter sido eleito por aclamação, numa Assembleia-Geral realizada no dia 2 desse mesmo mês, numa altura em que o Sporting já deixara de ser a maior força do futebol português, e sofria com a ausência de uma liderança forte, na sequência de uma serie de Presidências curtas que sucederam ao seu anterior mandato, e que contribuíram para que o Clube se atrasasse em relação ao seu grande rival.
Nessa altura a crise financeira agravara-se e Brás Medeiros condicionou a aceitação do cargo de Presidente, à necessidade de obter uma quotização extra mensal, de 300.000$00 para fazer face à amortização das responsabilidades do clube, entre outras condições que viu aprovadas na totalidade em Assembleia Geral efectuada para o efeito.
Inicialmente liderou uma Comissão Administrativa com um mandato de 3 anos, prometendo uma férrea disciplina orçamental, com prevalência dos pelouros administrativos sobre os desportivos, sem prejuízo da manutenção das modalidades amadoras, embora diferenciando os critérios da gestão destas, em relação às outras.
Depois seria reeleito Presidente da Direcção, numa gerência que se estendeu durante cerca de oito anos, até 4 de Abril de 1973, na qual conseguiu de alguma forma inverter o rumo do Clube, fazendo alguns fortes investimentos na equipa de futebol, com destaque para a contratação do avançado argentino Yazalde, entre muitos outros jogadores que contribuíram para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal, embora a última só se tenha consumado depois concluída a sua gerência.
Para além disso nessa altura a equipa do Sporting desdobrou-se em várias digressões por todo o mundo, conquistando diversos troféus de grande prestigio, com destaque para Taça Internacional de Futebol, a Taça do Emigrante e dois Troféus Ibéricos, entre outros.
A nível desportivo, nos seus consulados o Sporting festejou e viveu o seu período áureo no Andebol, conquistando um inédito penta campeonato nacional nesta modalidade, ao mesmo tempo que se assistia ao aparecimento de Joaquim Agostinho, que ganhou nessa altura três Voltas a Portugal em Bicicleta, enquanto o Sporting vencia por cinco vezes a mesma competição, mas na variante por equipas.
Foi também durante a Presidência de Brás Medeiros que Carlos Lopes e Fernando Mamede vieram para o Sporting, e que começaram a destacar-se, antes de se tornarem nas maiores figuras do Atletismo do Clube e do País.
Durante os seus mandatos Brás Medeiros realizou o II Congresso Leonino, reformou os Estatutos do Clube aprovando a sua 9ª versão, e conseguiu aumentar o património imobiliário, principalmente com o negócio de cedência à Câmara do edifício da Rua do Passadiço, com excelentes contrapartidas para o Clube, solucionando assim o problema dos terrenos destinados à construção da Cidade Desportiva do Sporting e à construção da Sede Social do Clube e dos acessos ao Estádio.
Em consequência de todo seu trabalho em prol do Sporting, Brás Medeiros recebeu várias distinções com destaque para:
- Sócio de Mérito em 1960;
- Prémio Stromp na categoria Dirigente em 1965 e 1968;
- Medalha de Mérito e Dedicação em 1968;
- Leão de Ouro com Palma em 1968.
Abandonou a Presidência do Sporting Clube de Portugal em Abril de 1973, quando já acusava algum desgaste, pois apesar da obra feita, não tinha conseguido recuperar para o Clube uma posição de hegemonia no futebol, que os sócios exigiam.
Fora do Sporting, destacou-se como o criador do Diário Popular, numa altura em que não era fácil a vida da imprensa, com a censura do regime sempre à perna.
Faleceu no dia 30 de Agosto de 1994, na sua residência em Lisboa, com 82 anos de idade.
To-mane 11h25min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)