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Gerência anterior:
A Gerência 1960/61
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A Gerência 1962/63

No dia 20 de Abril de 1961 foi eleita uma nova a Direcção, que tomou posse em 10 de Maio, com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Gaudêncio Luís da Silva Costa
Vice Presidente para as Relações Externas Jorge Grave Leite
Vice Presidente para as Actividades Desportivas João Rebelo Marques de Almeida
Vice Presidente para as Actividades Administrativas José Nunes dos Santos
Director-Efectivo Rui de Melo Robalo Cardoso
Director-Efectivo Eduardo Machado Gouveia
Director-Efectivo Joaquim Lourenço Bernardo
Director-Efectivo Astério Sousa Raposo Vasconcelos
Director-Efectivo Mário Cunha
Director-Efectivo António José Soeiro e Silva
Director-Efectivo Alberto Henriques Lourenço
Suplente Augusto dos Santos Mafra Mendes
Suplente José dos Santos Beco Júnior
Os novos Órgãos Sociais

Gaudêncio Costa era o Presidente da Federação Internacional de Patinagem e um dirigente com muito prestigio no Hóquei em Patins, a única modalidade onde Portugal estava entre os melhores do mundo, mas mesmo assim foi com alguma surpresa que foi designado pelo Conselho Geral para a Presidência do Sporting Clube de Portugal, embora fosse acompanhado por Palma Carlos, um verdadeiro peso pesado do dirigismo sportinguista, que regressava à Presidência da Mesa da Assembleia Geral e por Campos Figueira que se mantinha na liderança do Conselho Fiscal.

No momento da sua eleição o novo Presidente do Sporting prometeu dar especial atenção ao Futebol, numa altura em que o Benfica acabara de se sagrar Campeão Europeu, ao mesmo tempo que o desfecho do caso Eusébio também fora favorável às pretensões encarnadas, mas a verdade é que as medidas tomadas foram no sentido contrário às da Direcção anterior, com um emagrecimento das despesas que passou essencialmente pela dispensa de vários jogadores estrangeiros, nomeadamente Seminário e Fernando Puglia, que sendo os mais caros eram também os melhores, pelo que ficaram na Europa, enquanto Vadinho, Faustino Pinto e Aníbal Saraiva regressaram ao Brasil.

Para compensar estas saídas apenas foram contratados o avançado brasileiro Pacotti e o guarda-redes Libânio Avelar, depois de mais uma vez ter falhado o regresso de Carlos Gomes. Era a hora de se apostar na prata da casa, pois agora a ideia de imitar o Real Madrid e construir uma grande equipa formada por estrelas do futebol mundial, era considerada incompatível com a realidade dos clubes portugueses, que precisavam de uma época inteira para arrecadarem as receitas que em Espanha se obtinham num só grande jogo.

Outra herança da Direcção anterior foi o problema do treinador. Jaime Duarte tinha chegado a acordo com o prestigiado técnico Gyorgy Orth, para a época seguinte, mas a derrota no Barreiro precipitou as coisas e Alfredo Gonzalez foi despedido sendo substituído por Otto Glória. Entretanto o responsável pelo Futebol leonino demitiu-se e Brás Medeiros acabou por não ser reconduzido na Presidência do Sporting, pelo que a nova Direcção ficou com dois treinadores. O húngaro apresentou-se em Lisboa no final de Maio de 1961, mas a Direcção optou por ficar com o brasileiro.

Otto Glória tentou recuperar a equipa e até conseguiu ganhar o prestigiado troféu Tereza Herrera, mas no início da temporada os resultados voltaram a não ser os melhores, pelo que surgiram algumas criticas no Jornal do Sporting, o que não agradou ao técnico brasileiro, que se demitiu afirmando que sem ovos não se faziam omeletas. Em tempos de crise o Sporting optou por entregar a equipa ao seu jovem treinador adjunto Juca, e em boa hora o fez.

Em Janeiro de 1961 tinha sido aprovada uma nova lei que visava distinguir claramente o desporto profissional, do amador, pelo que Gaudêncio Costa avisou que não toleraria falsos amadorismos no Sporting e que os atletas que resolvessem sair do Clube era certamente porque iriam receber algo mais, numa altura em que os ditos atletas amadores passaram a ser livres depois de concluídos os contratos que tivessem assinado, e quando se sabia que havia um clube com dinheiro para despejar nas modalidades ditas amadoras.

Apesar disso Gaudêncio Costa prometeu tudo fazer para ter um bom relacionamento com todos os Clubes e com a comunicação social, algo que a anterior Direcção nunca conseguira. Já sobre as obras e o famigerado projecto de fechar o anel das bancadas do Estádio José Alvalade, o Presidente do Sporting afirmou que iria nomear uma comissão própria para estudar a resolução do problema que passaria sempre pela colaboração da Câmara Municipal de Lisboa.

Nas modalidades para além do já habitual Atletismo, desta vez o Andebol também foi Campeão Nacional.

Para além de tudo isto esta Gerência que terminou em 26 de Fevereiro de 1962, também foi agitada pelo "caso Carlos Gomes", o polémico guarda-redes que foi suspenso pela Direcção, quando se preparava para regressar a Sporting.

To-mane 20h39min de 29 de Outubro de 2011 (WEST)