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O início nos anos 1920

A Esgrima leonina em 1936

Modalidade introduzida no Sporting Clube de Portugal em 1919 sob a direção do mestre de armas António Villas, teve como praticantes, entre outros, Salazar Carreira e Júlio de Araújo, que mais tarde se tornaram Presidentes do Clube. Em 1921, o capitão da secção era Jorge Leitão, numa altura em que para além de Villas também Veiga Ventura era mestre de armas, com a classe de esgrima leonina a contar com bastantes praticantes, mas sem participar nas competições organizadas a nível regional e nacional.

Em fins de 1921, o jornal "Os Sports" tomou a liderança no processo de formar a Federação Portuguesa de Esgrima. Até então, os campeonatos nacionais eram organizados pelo Ginásio Clube Português. Uma comissão foi nomeada a 27 de dezembro, e a 21 de janeiro de 1922 realizou-se uma reunião com representantes de diversas salas de armas do país. O Sporting fez-se representar por Salazar Carreira, o qual também praticava a modalidade. A Federação foi finalmente constituída a 9 de novembro do mesmo ano, com a presença de Júlio de Araújo, então Presidente do Sporting, que é assim um dos clubes fundadores da Federação Portuguesa de Esgrima.

Durante mais alguns anos a sala de armas do Clube esteve ativa sob a orientação do Major Gonçalves Mendes Júnior, com bastantes praticantes e organizando torneios internos. No entanto, em 1925 a sala de armas encontrava-se fechada. A secção acabou por ser desativada.

O Palácio da Foz

Após alguns anos de interregno, a Secção foi reativada em Janeiro de 1934, quando o Sporting inaugurou a sua Sala de Armas na Sede do Palácio da Foz, com a particularidade de entre os novos praticantes se encontrar uma senhora, a D. Helena Drumond.

Foi em Dezembro de 1935 que Fernando da Cruz Ferreira se tornou no primeiro atirador sportinguista a sagrar-se Campeão Nacional, na variante de Sabre.

Nesta segunda fase a secção funcionou sob a orientação do Mestre Gonçalves Mendes Júnior, um oficial do exército, que era um consagrado na ciência das armas em Portugal.

De casa às costas

Os atiradores do Sporting em 1957

Com a saída do Sporting do Palácio da Foz, o problema da Sala de Armas voltou estar na origem de mais um interregno na prática da Esgrima no Clube, uma situação que estava previsto ser ultrapassada com a construção do Estádio José Alvalade, pelo que em 1955 a secção foi reativada por iniciativa de Carlos Farinha e Aragão Pinto.

Nessa fase a Esgrima do Sporting continuou a andar com a casa às costas, pois não se chegou a concretizar o sonho de instalar uma Sala de Armas de grande nível no novo estádio, mas mesmo assim foi neste período que o Clube viveu os seus melhores anos na modalidade, conquistando dois títulos nacionais por equipas em Florete, muito por ação do trabalho dos Mestres Jacques Ducruet e Herculano Pimentel e principalmente graças a Valente Borrego, um dos melhores atiradores portugueses que foi várias vezes campeão nacional e viria a participar nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960.

Em 1984 a Secção foi novamente reativada, num recomeço apadrinhado pelo Pentatlo Moderno. Roberto Durão foi ser vice-campeão nacional de espada.

Os atiradores do Sporting conquistaram ainda seis títulos individuais de Campeões Nacionais.


A Esgrima Época a Época
Esgrima 1934 • Esgrima 1935 • Esgrima 1936 • Esgrima 1937 • Esgrima 1956 • Esgrima 1957 • Esgrima 1958 • Esgrima 1959 • Esgrima 1984 • Esgrima 1984/85
Ver também
Atiradores do Sporting Lista dos Títulos conquistados pelos atiradores do Sporting

Palmarés


  • 2 Campeonatos Nacionais Equipas - Florete
    • 1957 e 1958

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