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A influência de Soares Júnior
O Ciclismo deu as suas primeiras pedaladas no Sporting Clube de Portugal em 1911, por acção de Soares Júnior, que era um Campeão na modalidade e, que mais tarde viria a ser Presidente do Clube, que foi um dos primeiros a filiar-se na então União Velocipédica Portuguesa, organismo que depois deu lugar à Federação Portuguesa de Ciclismo.
Logo no ano seguinte, a secção conquistou a sua primeira grande vitória, quando Laranjeira Guerra ganhou o II Porto - Lisboa e, nesta primeira fase que durou até 1914, o Sporting formou uma grande equipa onde também se distinguiram outros ciclistas como António Cristiano, Carlos Fernandes e João da Silva.
Durante a I Guerra Mundial, ou seja até 1919, a modalidade praticamente cessou a sua actividade em Portugal, enquanto o Sporting só em 1924 viria a reactivar a secção por iniciativa de Retamoza Dias, mas seria graças à dedicação de Alfredo e de João de Sousa, que depois de algumas hesitações, o Ciclismo se conseguiria impor no Clube. Sendo que daí para a frente o Sporting seria uma presença constante no pelotão nacional.
<video type="dailymotion" id="xctkgz" width="400" height="275" position="right" desc="Alguns momentos da história do Ciclismo leonino"/>
Os duelos entre José Maria Nicolau e Alfredo Trindade
Depois de várias vitórias principalmente nas provas de Velocidade, onde se destacaram Alfredo de Sousa, João de Sousa, Rodrigo Garrido e Francisco Assunção Silva, em 1933 o Sporting voltou a apostar na formação de uma grande equipa de Ciclismo e nesse ano Alfredo Trindade tornou-se no primeiro Leão a ganhar a Volta a Portugal, numa época em que o Sporting também conquistou o seu primeiro título por equipas, na maior prova do calendário velocipédico nacional, que nesta fase ficou marcada pelo Benfica-Sporting das estradas protagonizado pelos duelos entre José Maria Nicolau e Alfredo Trindade.
Nesta fase as épocas começavam com a provas Clássicas da UVP , seguindo-se os Campeonatos Regionais de Velocidade e de Fundo, que davam acesso aos Nacionais, que geralmente se disputavam no final da temporada, depois das provas mais importantes que eram a clássica Porto-Lisboa e a Volta a Portugal, que teve a sua primeira edição em 1927, isto sem esquecer as inúmeras corridas particulares que se estendiam por toda a época.
Modalidade popular por natureza, que no Verão quando o Futebol parava merecia a preferência dos adeptos, o Ciclismo também esteve presente nos estádios leoninos. Primeiro no Stadium de Lisboa, no qual, como velódromo, proporcionou espectáculos de Ciclismo e Motorismo - motas e automóveis - transitando depois para o Estádio José Alvalade que, no entanto, não replicou inteiramente o antigo velódromo: a pista foi modernizada, alargada em dois metros em todo o perímetro e recebeu maior inclinação do relevé para que ficasse mais rápida.
A pista, inaugurada na noite de 21 de Junho de 1956 com um espectáculo de projecção mundial, marcou uma era desportiva em Portugal, tendo sido palco de exibição de alguns dos mais sonantes nomes mundiais da bicicleta. Em 1979, o rebaixamento do relvado levou à eliminação da pista de Ciclismo, sendo construída por sua vez uma pista de tartan verde. A tradição velocipédica do Estádio José Alvalade foi de tal maneira marcante que, na hora da despedida do Estádio, aí terminou a edição de 2003 da clássica Porto-Lisboa, numa derradeira homenagem ao recinto.
Foi precisamente nos anos 70, com o aparecimento do mítico Joaquim Agostinho, que o Clube viveu os seus maiores êxitos, numa altura em que se destacaram outros ciclistas como Leonel Miranda e Firmino Bernardino.
Carro de apoio, na Volta a Portugal de 1968
Ao todo o Sporting soma mais de centena e meia de títulos, na estrada e na pista, destacando-se as 13 vitórias na Volta a Portugal, onde conta ainda com nove vitórias individuais, protagonizadas pelo já referido Alfredo Trindade, José Albuquerque, Francisco Inácio, João Roque, Joaquim Agostinho (3) e Marco Chagas (2).
Em 1984 o Sporting esteve presente na Volta à França, assinalando essa presença com uma vitória de Paulo Ferreira numa das etapas iniciais, num ano que ficaria tragicamente marcado pela morte de Joaquim Agostinho, após uma queda quando ao serviço do Sporting envergava a camisola Amarela da Volta ao Algarve.
Ficou também para a história a 48º edição da Volta a Portugal, disputada em 1986, uma vez que Marco Chagas venceu a competição pela quarta vez com a camisola leonina, um recorde em termos de vitórias individuais. Esta foi também a última vitória do Clube na prova rainha do Ciclismo nacional, já que a secção viria a ser extinta no ano seguinte.
A secção de Ciclismo do Sporting regressou às estradas em 2009, 22 anos após a sua última formação, com uma equipa de 10 atletas sub-23, numa clara aposta na formação, que no entanto não teve continuidade. Em 2011, a secção estava inactiva.
Palmarés
Volta à França
Volta a Portugal
- 13 Títulos por Equipas
- 1933, 1940, 1941, 1961, 1962, 1967, 1968, 1970, 1971, 1972, 1973, 1984 e 1985
- 9 Títulos Individuais
- 1933 - Alfredo Trindade, 1940 - José Albuquerque "Faísca", 1941 - Francisco Inácio, 1963 - João Roque, 1970 - Joaquim Agostinho, 1971 - Joaquim Agostinho, 1972 - Joaquim Agostinho, 1985 - Marco Chagas, 1986 - Marco Chagas
OUTRAS PROVAS
- Perseguição Especiais por equipas (1 título)
- Perseguição por equipas (3 títulos)
- Velocidade em Pista por Equipas (26 títulos)
- Fundo por Equipas (1 título)
- Contra - Relógio Independentes por Equipas (1 título)
- Campeonato Nacional de Esperanças Contra - Relógio por Equipas (3 títulos)
- Campeonato Nacional de Juniores Perseguição por Equipas (2 títulos)
- Campeonato Nacional de Cadetes Contra - Relógio por Equipas (2 títulos)
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