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(No auge da carreira)
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==No auge da carreira==
 
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[[Imagem:Alpe duez.jpg|thumb|left|<center>Joaquim Agostinho no Alpe d'Huez</center>]]
 
Dedicou-se então apenas à corridas no estrangeiro porque o seu lugar era no Tour entre os melhores do mundo, onde em treze participações ficou oito vezes nos dez primeiros, entre as quais estão dois 3º lugares, com cinco vitórias em etapas, incluindo o mítico Alpe d'Huez a 15 de Julho de 1979, onde foi colocado em sua honra um busto em bronze
 
Dedicou-se então apenas à corridas no estrangeiro porque o seu lugar era no Tour entre os melhores do mundo, onde em treze participações ficou oito vezes nos dez primeiros, entre as quais estão dois 3º lugares, com cinco vitórias em etapas, incluindo o mítico Alpe d'Huez a 15 de Julho de 1979, onde foi colocado em sua honra um busto em bronze
  

Revisão das 16h22min de 21 de outubro de 2024

Dados de Joaquim Agostinho Joaquim Agostinho.jpg Agostinho4.jpg
Nome Joaquim Francisco Agostinho
Nascimento 7 de Abril de 1943
Naturalidade Brejenjas - Torres Vedras - Portugal
Posição Ciclista

Uma entrada de Leão

O jovem Joaquim Agostinho

Joaquim Agostinho foi o melhor ciclista português de todos os tempos, no entanto, apenas em Fevereiro de 1968, já com 25 anos de idade, ingressou no Sporting Clube de Portugal a convite de João Roque, que o descobriu no Circuito do Barro, uma prova para populares que Agostinho ganhou pouco depois de ter regressado de África, onde cumpriu o serviço militar.

Logo no início dessa época sagrou-se Campeão Regional e Nacional de Fundo na categoria de Amadores-Juniores, ajudando o Sporting a conquistar esses títulos coletivamente, com uma equipa de que também faziam parte Firmino Bernardino e Vítor Rocha.

Estas excelentes prestações fizeram com que fosse promovido à equipa profissional, estreando-se então na Volta a Portugal com um sensacional 2º lugar e, só não ganhou porque lhe faltava alguma experiência para uma competição tão exigente.

Ainda em 1968 foi selecionado para representar Portugal no Campeonato Mundial de Estrada, que se disputou em Imola na Itália, onde conseguiu a melhor classificação portuguesa de sempre, ao ficar em 16º lugar, classificação que melhoraria um lugar, no ano seguinte, começando logo a ombrear com os melhores ciclistas do mundo.

No final da época sagrou-se novamente Campeão Nacional de Fundo, desta vez já como Profissional e terminou em grande ao vencer de forma categórica a Volta a São Paulo no Brasil, onde o Sporting se deslocou em representação de Portugal.

O maior de Portugal

Joaquim Agostinho

Depois ganhou todas as Voltas a Portugal entre 1969 e 73, no entanto, acabou desclassificado por doping em 69 e 73, pelo que só conta com três triunfos no seu palmarés, onde se contam 25 vitórias em etapas dessa prova, algumas das quais dando verdadeiros festivais de força e valentia, com destaque para as suas prestações nas etapas de montanha e principalmente nos contrarrelógios onde era um verdadeiro especialista.

Entre 1968 e 73 ganhou seis vezes consecutivas o Campeonato Nacional de Fundo, ao que somou os títulos nacionais de perseguição individual de 1971 e de contrarrelógio por equipas em 1968 e 69, entre vários Grandes Prémios conquistados com a camisola do Sporting.

Estes feitos valeram-lhe quatro Prémios Stromp na categoria Atleta Profissional, conquistados nos anos de 1968, 1969, 1971 e 1972, aos quais viria a juntar um 5º, na categoria Saudade, atribuído a titulo póstumo em 1984.

Entre os melhores do Mundo

Reportagem com Joaquim Agostinho

No início de 1969 Joaquim Agostinho e Leonel Miranda a fizeram um estágio em França junto da equipa da Frimatic, comandada por Jean de Gribaldy, um homem que viria a ser determinante na carreira do melhor ciclista português de todos os tempos e que percebeu logo que estava ali um diamante em bruto, conseguindo que o Sporting autorizasse o "Tino", como carinhosamente chamava o ciclista português, a participar em algumas competições pela equipa francesa.

Começou pela Volta ao Luxemburgo, onde discutiu a vitória embora tenha acabado no 12º lugar, mas foi aí que convenceu Gribaldy a levá-lo ao Tour onde teve uma estreia verdadeiramente espantosa ganhando duas etapas e terminando no 8º lugar da geral, sendo na altura comparado a um cavalo selvagem que pedalava à louca e que tinha uma força que ele mesmo desconhecia, embora também tivesse algumas limitações técnicas e muita inexperiência.

No ano seguinte foi promovido a chefe de fila da Frimatic e foi 14º classificado no "Tour", passando a correr pelo Sporting apenas na Volta a Portugal e no Campeonato Nacional de Fundo.

Em 1971 passou a representar a Hoover, uma equipa comandada por Jean Gribaldy e treinada por Raphael Geminiani, que lhe garantia a participação na Volta à França como chefe de fila. Os resultados dessa parceria foram excelentes, com o ciclista português a conseguir um magnifico 5º lugar no Tour.

Na temporada seguinte correu pela equipa belga da Magniflex, também comandada por Jean Gribaldy, apostando na Volta a Espanha, mas foi vitima de uma queda que o mandou para o hospital, quando discutia os primeiros lugares da Vuelta. Depois ainda foi à Volta à Suíça, onde voltou a brilhar terminando no 5º lugar, para logo de seguida ir à Volta à França, onde fez uma prova em crescendo, terminando no 8º lugar da Geral.

Em 1973 passou a correr pela equipa espanhola da BIC, que era liderada por Luís Ocaña, que nesse ano, muito graças à ajuda do português, foi 2º na Vuelta e ganhou o Tour, provas onde Joaquim Agostinho foi 6º e 8º classificado, respetivamente.

Em 1974 foi 2º classificado na "Vuelta " e 6º no "Tour" ainda em representação da BIC, mas se tivesse sido devidamente apoiado poderia ter ganho a grande corrida espanhola, pois ficou a apenas 11 segundos do vencedor.

Nesse ano já não participou na Volta a Portugal, nem no Campeonato Nacional de Fundo, numa altura em que entrou em litígio com o Sporting, não comparecendo no início da época para o habitual período de preparação, por considerar que precisava de outro tipo de treinos para poder competir com os melhores do mundo.

No final do ano acabou por fazer as pazes com o Sporting, perante a promessa do Presidente João Rocha, que lhe garantiu que o Clube iria apostar forte na modalidade, com a construção de uma equipa para participar nas grandes corridas internacionais e ajudá-lo a ganhar a Volta à França, um projeto que não teve grande sucesso, pois em 1975 Agostinho foi apenas 15º classificado no Tour no meio de algumas dificuldades financeiras para manter a equipa, o que levou o Sporting a suspender a sua secção de Ciclismo.

No auge da carreira

Joaquim Agostinho no Alpe d'Huez

Dedicou-se então apenas à corridas no estrangeiro porque o seu lugar era no Tour entre os melhores do mundo, onde em treze participações ficou oito vezes nos dez primeiros, entre as quais estão dois 3º lugares, com cinco vitórias em etapas, incluindo o mítico Alpe d'Huez a 15 de Julho de 1979, onde foi colocado em sua honra um busto em bronze

Assim viveu o auge da sua carreira quando já não representava o Sporting. Nessa altura correu pela Teka em 1976 e 1977, no primeiro destes anos foi 7º na Volta a Espanha e no segundo foi 13º no Tour e 15º na Vuelta.

Em 1978 voltou a trabalhar com Jean Gribaldy, agora na Flandria para ajudar Fredy Maertens no Tour, mas o belga fraquejou, libertando Agostinho para a sua melhor classificação de sempre, um magnifico 3º lugar atrás de Joop Zoetmelk e Bernard Hinault, que iniciou aí o seu reinado.

No ano seguinte repetiu a proeza, depois de ter começado muito bem nos Pirenéus e de ter caído no «pavées», recuperando nos Alpes onde brilhou ao ganhar a célebre etapa Les Menyures-L'Alpe d'Huez, subindo para o 4º lugar a 38 segundos de Kuiper, uma desvantagem que pulverizou no contra relógio da penúltima etapa, ganhando 2m4s ao holandês.

Em 1980 correu pela Puch, ainda com Gribaldy e terminou a Volta à França em 5º lugar, queixando-se da chuva e dos furos.

Nas três épocas seguintes representou a Sem - France, outra equipa de Jean Gribaldy, entrando então na fase descendente da sua carreira, mas ainda conseguiu ser 11º no Tour de 1983.

Um fim trágico

Os momentos trágicos da queda que o matou

Regressou pela última vez ao Ciclismo leonino em 1984, já com 40 anos. No dia 30 de Abril disputava-se a Volta ao Algarve, quando Agostinho que vestia a Camisola Amarela, sofreu um hematoma epidural agudo no crânio, por não usar capacete, num acidente provocado por um cão que se atravessou no seu caminho. Mas mesmo assim voltou a montar a bicicleta e cortou a meta com a ajuda de dois colegas do Sporting. Seria operado em Lisboa, dez horas após do acidente, tarde de mais. Faleceu no dia 10 de Maio de 1984 com apenas 41 anos.

No dia 1 de Julho de 2014 recebeu a título póstumo, o prémio Leões Honoris Sporting na categoria Saudade, durante a I Gala Honoris Sporting.

To-mane 16:30, 9 Julho 2008 (WEST)