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| Na sua tomada de posse que decorreu no próprio dia da Assembleia Geral em que foi eleito, [[João Rocha]] referiu que quem o escolhera tinha consciência de que o Sporting precisava de mudar de vida, alertando para o facto do Clube manter atividades altamente profissionalizadas à custa de uma gestão de carácter amador e de receitas praticamente simbólicas, o que o obrigava a recorrer sistematicamente à generosidade dos seus dirigentes e à tolerância das entidades credoras. No entanto, não deixou de garantir aos Sportinguistas que não pretendia transformar o Clube numa sociedade mercantil, mas apenas encontrar receitas que permitissem ao Sporting ser melhor naquilo que era o seu fim, dando primazia à atividade desportiva. | | Na sua tomada de posse que decorreu no próprio dia da Assembleia Geral em que foi eleito, [[João Rocha]] referiu que quem o escolhera tinha consciência de que o Sporting precisava de mudar de vida, alertando para o facto do Clube manter atividades altamente profissionalizadas à custa de uma gestão de carácter amador e de receitas praticamente simbólicas, o que o obrigava a recorrer sistematicamente à generosidade dos seus dirigentes e à tolerância das entidades credoras. No entanto, não deixou de garantir aos Sportinguistas que não pretendia transformar o Clube numa sociedade mercantil, mas apenas encontrar receitas que permitissem ao Sporting ser melhor naquilo que era o seu fim, dando primazia à atividade desportiva. |
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Revisão das 18h29min de 24 de dezembro de 2022
No dia 7 de Setembro de 1973 realizou-se uma Assembleia-Geral extraordinária, onde João Rocha e José Roquete foram eleitos respetivamente Presidente e Vice-Presidente de uma nova Direção do Sporting Clube de Portugal:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
João António dos Anjos Rocha |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
José Alfredo Parreira Holtreman Roquete |
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
Joaquim Lourenço Bernardo |
Desde 1974?
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Vice Presidente para Gestão Financeira |
João Amado de Freitas |
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Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas |
João Araújo |
Até 1974
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Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas |
José Nunes dos Santos |
Desde 1974
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Vice Presidente para as Relações com Associados e Expansão |
Francisco Gorjão Lencastre de Freitas |
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Vice Presidente para o Secretariado Geral |
João Osório Pinto |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
Jaime Gomes Duarte |
Até 1974
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
Alberto Dias |
Desde 1974
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
João Gomes Nunes |
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Vice Presidente para o Jornal |
Vasco Resende |
Até 1974
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Vice Presidente para o Jornal |
José Manuel Salema |
Desde 1974
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Director Adjunto do Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
José António Arsénio |
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Director Adjunto do Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
João Xara Brasil |
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Director Adjunto do Futebol Profissional |
Costa Campos |
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Director Adjunto do Futebol Amador |
Orlando Coelho Naia |
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Director Adjunto do Futebol Amador |
Alberto Neto Simões Dias |
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Director do Ciclismo |
Aristides Martins |
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Director do Ciclismo |
Mário de Carvalho |
Desde 1974
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Director para as Actividades Desportivas Amadoras |
Avelar Costa |
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Director para as Actividades Desportivas Amadoras |
Ernesto Silva |
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Director para as Actividades Desportivas Amadoras |
Jorge Fagundes |
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Director para as Actividades Desportivas Amadoras |
José Fidalgo |
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Director para as Actividades Desportivas Amadoras |
Luís Gonzaga |
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Director das Instalações Desportivas |
Adriano Oliveira |
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Director de Obras e Melhoramentos |
Manuel Lopes |
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Director de Obras e Melhoramentos |
José Matias |
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Director Adjunto da Actividade Administrativa |
Alberto Henrique Lourenço |
Desde 1974
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Director da Contabilidade |
Joaquim Martins Grilo |
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Director da Tesouraria |
Eurico Ramos de Deus |
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José Roquete, João Rocha e Jaime Duarte no dia da eleição
O ante projeto da Cidade Desportiva elaborado em 1973
Na sua tomada de posse que decorreu no próprio dia da Assembleia Geral em que foi eleito, João Rocha referiu que quem o escolhera tinha consciência de que o Sporting precisava de mudar de vida, alertando para o facto do Clube manter atividades altamente profissionalizadas à custa de uma gestão de carácter amador e de receitas praticamente simbólicas, o que o obrigava a recorrer sistematicamente à generosidade dos seus dirigentes e à tolerância das entidades credoras. No entanto, não deixou de garantir aos Sportinguistas que não pretendia transformar o Clube numa sociedade mercantil, mas apenas encontrar receitas que permitissem ao Sporting ser melhor naquilo que era o seu fim, dando primazia à atividade desportiva.
Para além disso João Rocha afirmou acreditar que a sua Direção seria capaz de levar até ao fim um programa que ninguém até aí sonhara realizar e que era vasto mas inadiável, contemplando a concretização do sonho da construção da cidade desportiva e o fecho do estádio, contando para isso com a ajuda governamental, mas sem esquecer que para encargos daquela dimensão havia que encontrar soluções dentro do Clube, pelo que ninguém se poderia colocar de palanque à espera de milagres.
Na altura
João Rocha afirmou:
"Fascina-me a ideia de erguer uma grande obra, apoiada por milhares ou milhões de pessoas e que possa representar uma viragem histórica na vida dos clubes desportivos"
Referia-se a um ambicioso plano que assentava no primeiro projeto de Clube-Empresa realizado em Portugal, e assim em Novembro de 1973 foi aprovada em Assembleia Geral a constituição da Sociedade de Construções e Planeamento, que previa a emissão de 2,5 milhões de ações de valor nominal de 100 escudos cada, que seria autorizada pelo Governo em Março de 1974, mas a Revolução de Abril deitaria por terra este projeto, que assentava na construção e exploração de um terminal de camionagem e de um centro comercial.
No entanto o grande mérito da primeira Gerência de João Rocha, terá sido a forma tranquila como ele conduziu o Clube, num período em que o País sofreu grandes convulsões, apesar das profundas alterações que a sua Direção sofreu.
Nessa altura João Rocha soube aproveitar a conjuntura favorável resultante do facto da equipa de futebol ter ganho o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal da época de 1973/74, embora mais uma vez não tenha sido possível manter a equipa técnica vencedora, e a aposta em Alfredo Di Stefano para a temporada seguinte, tenha sido outro falhanço.
O ecletismo foi outra das grandes apostas de João Rocha, e nesta Gerência que terminou em 6 de Dezembro de 1974, Joaquim Agostinho e o Atletismo do Sporting continuaram em grande.
To-mane 15h14min de 6 de Novembro de 2011 (WET)