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Revisão das 22h13min de 10 de abril de 2022
Campeões 19 anos depois
Na época anterior a Direção de Frederico Varandas tinha apostado tudo na contratação do jovem treinador Rúben Amorim. Na altura o Sporting estava em 4º lugar no Campeonato a 4 pontos do Sp. Braga e a contestação ao Presidente começava a tornar-se ensurdecedora, pelo que esta aposta arriscada foi considerada como um verdadeiro "all in", pois envolveu o pagamento de uma cláusula de rescisão no valor de 10 milhões de Euros por um treinador com 2 meses de 1ª Liga.
O novo timoneiro do futebol leonino cortou a direito, apostando tudo num 3x4x3 que ele considerou como a sua ideia de jogo, ao mesmo tempo que lançava alguns jovens da formação em consonância com aquilo que a Direção preconizava para a sustentabilidade do Clube/SAD no futuro próximo.
Inicialmente os resultados até foram positivos e o Sporting chegou a ultrapassar o Sp. Braga, mas na ponta final duas derrotas com os outros dois grandes do futebol português e um empate em Alvalade frente ao Vit. Setúbal, recolocaram os Leões no 4º lugar com os mesmos pontos de que os bracarenses, pelo que Rúben Amorim perdeu aí a sua primeira vida enquanto treinador do Sporting.
Para a nova época o treinador completou a limpeza das gorduras do plantel dispensando Renan Ribeiro, Valentin Rosier, Stefan Ristovski, Tiago Ilori, Rodrigo Battaglia, Idrissa Doumbia, Eduardo Henrique, Francisco Geraldes, Miguel Luís e Rafael Camacho, enquanto Jérémy Mathieu deu por terminada a sua brilhante carreira e Marcos Acuña foi vendido ao Sevilha, e já com a temporada a decorrer Wendel e Luciano Vietto também foram transacionados, o primeiro para o Zenit da Rússia, o segundo para o Al Hilal da Arábia Saudita.
Em termos de contratações chegaram a Alvalade o guarda redes António Adán, um eterno suplente nos grandes de Madrid que vinha a custo zero, Zouhair Feddal um central marroquino com 31 anos oriundo do Bétis, Pedro Porro um lateral espanhol emprestado pelo Manchester City, onde nunca tinha chegado a jogar, o veterano Vitorino Antunes, o brasileiro Bruno Tabata contratado ao Portimonense e os maiores investimentos que foram aplicados em Pedro Gonçalves uma das grandes revelações da temporada anterior ao serviço do Famalicão e Nuno Santos um extremo que vinha do Rio Ave, depois de ter feito a sua formação no FC Porto e no Benfica, aos quais se juntaram os regressados após empréstimos, João Palhinha e Daniel Bragança, isto para além de Gonçalo Inácio mais um produto da Academia Sporting promovido à equipa principal. Já com a temporada em curso foi assegurado o regresso de João Mário, cedido por empréstimo.
Perante isto a generalidade dos analistas não só não considerava o Sporting candidato ao título, como atribuía ao Sp. Braga o favorito para o 3º lugar, que nesta época dava acesso às pré eliminatórias da Liga dos Campeões e para complicar ainda mais a situação a equipa foi atacada por um surto de covid 19 em plena pré temporada, seguindo-se a eliminação das competições europeias, com o Sporting a sofrer uma pesada derrota em Alvalade frente ao LASK Linz, depois de afastar o Aberdeen na pré eliminatória da Liga Europa.
Perspetivava-se mais uma época penosa para o Sporting e o treinador Rúben Amorim adotou um discurso cauteloso afirmando que a equipa tinha de encarar o campeonato jogo a jogo, ao mesmo tempo que construía um onze base apostando numa retaguarda experiente formada pelo guarda redes António Adán e pelos defesas Luís Neto, Sebastián Coates e Zouhair Feddal, apoiados por dois alas com grande disponibilidade física como eram os jovens Pedro Porro e Nuno Mendes e por um meio campo que casava o possante João Palhinha com o cerebral João Mário, enquanto a linha da frente era formada pelos reforços Pedro Gonçalves e Nuno Santos no apoio ao ponta de lança, uma posição que foi ocupada de forma alternada por Jovane Cabral, Tiago Tomás e Andraz Sporar, mas que era o ponto fraco da equipa, depois de falhada a contratação de Paulinho, o avançado que treinador tanto desejava.
O Sporting iniciou bem o campeonato, isto apesar do empate em Alvalade frente ao FC Porto, num jogo onde os Leões se queixaram da arbitragem e principalmente de uma intervenção abusiva do VAR, até que na 6ª jornada o Benfica que parecia imparável tal como o seu treinador prometera, perdeu no Bessa permitindo que o Sporting se isolasse no 1º lugar, pois o FC Porto já somara duas derrotas.
Ninguém levou muito a sério a liderança dos Leões que chegaram aos 4 pontos de vantagem, apesar do empate cedido em Famalicão em mais um jogo onde o VAR se meteu onde não devia e, curiosamente arbitrado pelo mesmo Luís Godinho que tinha estado no polémico clássico frente ao FC Porto, mas foi aí que Rúben Amorim lançou o mote para o resto da temporada: "Onde vai um, vão todos".
Foi assim que se chegou a Janeiro, um mês infernal para o Sporting que se anunciava como o momento de viragem desta época, mas o ano de 2021 começou com uma importante vitória sobre o Sp. Braga, seguida de um épico triunfo no temporal da Choupana e da eliminação da Taça de Portugal, num jogo onde Rúben Amorim optou por descansar alguns titulares. Um novo empate, desta vez em Alvalade frente ao Rio Ave não era um bom presságio para a final a quatro da Taça da Liga, mas os Leões responderam em grande, isto apesar do caso dos falsos positivos que afastou dois jogadores do confronto com o FC Porto, que foi resolvido por um inspirado Jovane Cabral que apurou o Sporting para a Final frente ao Sp. Braga, que terminou com mais uma grande vitória que valeu o primeiro troféu da temporada.
Assim a queda ficou adiada para o primeiro "derby" da época, mas mais uma vez o Sporting mostrou ser capaz de se bater de igual para igual com os clubes dominadores do futebol português e derrotou o Benfica com um golo de Matheus Nunes, precisamente o jogador que substituiu João Palhinha no onze devido ao polémico "caso palhinha" resultante da inaptidão de um Conselho de Disciplina apostado em complicar uma situação simples de resolver.
Seguiram-se quatro vitórias, pelo que o Sporting chegou ao Dragão com 10 pontos de vantagem, mas mais uma vez o momento de viragem ficou adiado, pois o clássico terminou com um nulo que colocou o Sp. Braga no 2º lugar. Tudo parecia resolvido mas na 25ª jornada a famosa estrelinha que Rúben Amorim dizia acompanhá-lo, pareceu ter-se mudado para o Dragão, onde nessa ronda o FC Porto ganhou no último instante do jogo, enquanto o Sporting cedia um empate em Moreira de Cónegos mesmo em cima do minuto 90.
Nas três jornadas que se seguiram o Sporting cedeu mais dois empates, ambos em Alvalade, um dos quais arrancado a ferros, pelo que a distância para o FC Porto ficou reduzida a 4 pontos, numa altura em que as culpas desta travagem começavam a ser despejadas em cima de Paulinho, o ponta de lança que finalmente fora contratado na reabertura do mercado de inverno para colmatar um deficit evidente no plantel do Sporting e no facto do treinador ter experimentado uma alternativa ao seu 3x4x3, como de resto era quase exigido perante algumas dificuldades que a equipa apresentava quando tinha de segurar os resultados, numa altura em que se dizia que o futebol do Sporting se tornara demasiado previsível.
A deslocação a Braga passou a ser o fim anunciado deste Sporting que já começava a chatear e assim Pinto da Costa não hesitou em avisar que se tudo fosse normal o FC Porto iria ser Campeão, mas apesar de Gonçalo Inácio ter sido expulso aos 18m do jogo da Pedreira por um rigoroso Soares Dias que pouco antes tinha poupado Fransérgio a um vermelho claro, depois de uma entrada violenta sobre João Palhinha, o Sporting defendeu-se com muita raça e no momento certo desferiu o golpe fatal novamente com um golo de Matheus Nunes, numa jornada em que o FC Porto empatou em Moreira de Cónegos, pelo que em vez da desvantagem diminuir, o fosso aumentou para 6 pontos e no fim quem pagou foi o operador de imagem da TVI que foi agredido depois de Pinto da Costa se dirigir a ele para lhe perguntar se havia novidade.
O Campeonato entrou na reta final e na 31ª jornada o Sporting ganhou de forma categórica na sempre difícil deslocação a Vila de Conde, enquanto FC Porto e Benfica empataram na Luz, pelo que com três jogos para disputar Rúben Amorim assumiu finalmente a candidatura ao título, pois faltavam apenas 2 pontos para que o Sporting pudesse voltar a ser Campeão.
A festa ficou marcada para o dia 11 de Maio em Alvalade onde o Sporting recebeu e venceu o Boavista por 1-0, um resultado magro para a quantidade de oportunidades criadas numa das melhores exibições da temporada, que foi abrilhantada com um "hat-trick" de Pedro Gonçalves na última jornada consagrando-se assim como o melhor marcador do Campeonato. Estava finalmente quebrado um longo jejum de 19 anos e o Sporting sagrava-se Campeão Nacional de Futebol pela 23ª vez, estabelecendo um recorde de 32 jornadas sem perder, uma serie que foi interrompida na ronda seguinte quando Rúben Amorim resolveu dar minutos a alguns jogadores menos utilizados.
Apesar de ainda se viver com os constrangimentos da pandemia, as ruas de todo o País encheram-se de Sportinguistas ávidos de festejar um título que por variadas razões teve um sabor muito especial e ficou na história do Sporting Clube de Portugal como um dos seus maiores feitos.
Embora a contabilidade criativa, dos anos mais recentes, o tente esquecer, este foi o 100º título de campeão de futebol a ser atribuído em Portugal.
No final da temporada Nuno Mendes, João Palhinha e Pedro Gonçalves foram convocados pelo selecionador nacional Fernando Santos para a fase final do Campeonato da Europa, enquanto Rui Jorge chamava Luís Maximiano, Daniel Bragança e Tiago Tomás para o Europeu de Sub 21, mas pelo menos João Mário e Gonçalo Inácio também tinham justificado um lugar nas nossas Seleções.
To-mane (discussão) 10h14min de 12 de maio de 2021 (WEST)
Figuras
Plantel
- Há 1 autogolo de Andreas Karo (Marítimo) na 34ª Jornada do Campeonato
- Legenda
- Competição: CN=Campeonato Nacional, TP=Taça de Portugal, TL=Taça da Liga, LE=Liga Europa, O=Outros jogos
Equipa Técnica
Jogos
Liga NOS
Classificação
Class.
|
Clube
|
Jogos
|
Vitórias
|
Empates
|
Derrotas
|
Golos
|
Pontos
|
1º |
SPORTING |
34 |
26 |
7 |
1 |
65 - 20 |
85
|
2º |
FC Porto |
34 |
24 |
8 |
2 |
74 - 29 |
80
|
3º |
SL Benfica |
34 |
23 |
7 |
4 |
69 - 27 |
76
|
4º |
Sp. Braga |
34 |
19 |
7 |
8 |
53 - 33 |
64
|
5º |
Paços de Ferreira |
34 |
15 |
8 |
11 |
40-41 |
53
|
6º |
Santa Clara |
34 |
13 |
7 |
14 |
44-36 |
46
|
7º |
V. Guimarães |
34 |
12 |
7 |
15 |
37-44 |
43
|
8º |
Moreirense |
34 |
10 |
13 |
11 |
37-43 |
43
|
9º |
FC Famalicão |
34 |
10 |
10 |
14 |
40-48 |
40
|
10º |
Belenenses SAD |
34 |
9 |
13 |
12 |
25-35 |
40
|
11º |
Gil Vicente |
34 |
11 |
6 |
17 |
33-42 |
39
|
12º |
CD Tondela |
34 |
10 |
6 |
18 |
36-57 |
36
|
13º |
Boavista |
34 |
8 |
12 |
14 |
39-49 |
36
|
14º |
Portimonense |
34 |
9 |
8 |
17 |
34-41 |
35
|
15º |
Marítimo |
34 |
10 |
5 |
19 |
27-47 |
35
|
16º |
Rio Ave |
34 |
7 |
13 |
14 |
25-40 |
34
|
17º |
Farense |
34 |
7 |
10 |
17 |
31-48 |
31
|
18º |
Nacional |
34 |
6 |
7 |
21 |
30-59 |
25
|
Pontuação: 3 pontos por vitória, 1 por empate, 0 por derrota
Taça de Portugal
Data
|
Jornada
|
Jogo
|
Resultado
|
Ficha de jogo
|
23-11-2020 |
3ª Eliminatória |
Sacavenense – SPORTING |
1 – 7 |
Ficha
|
11-12-2020 |
4ª Eliminatória |
SPORTING – Paços de Ferreira |
3 – 0 |
Ficha
|
11-01-2021 |
1/8 Final |
Marítimo – SPORTING |
2 – 0 |
Ficha
|
Taça da Liga
Liga Europa
Data
|
Jornada
|
Jogo
|
Resultado
|
Ficha de jogo
|
24-09-2020 |
3ª Pré Elim. |
SPORTING – Aberdeen (Escócia) |
1 – 0 |
Ficha
|
01-10-2020 |
Play-off |
SPORTING – LASK Linz (Áustria) |
1 – 4 |
Ficha
|
Outros Jogos
Data
|
Jornada
|
Jogo
|
Resultado
|
Ficha de jogo
|
28-08-2020 |
Preparação |
Portimonense – SPORTING |
1 – 2 |
Ficha
|
30-08-2020 |
Preparação |
Belenenses SAD – SPORTING |
1 – 3 |
Ficha
|
04-09-2020 |
Preparação |
SPORTING – Valladolid |
2 – 1 |
Ficha
|
Campeonato Nacional
|
Taça de Portugal
|
Taça da Liga
|
Liga Europa
|
Campeão |
1/8 Final |
Vencedor |
Eliminados no play-off
|
Ver também