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| A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de [[José Couceiro]] admitir a perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição. | | A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de [[José Couceiro]] admitir a perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição. |
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− | No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da [[Academia Sporting]] e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador [[Jesualdo Ferreira]], enquanto [[José Couceiro]] e [[Bruno de Carvalho]] se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de [[Pedro Barbosa]] na vertente profissional e de [[Diogo Matos]] na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por [[Virgílio|Virgílio Lopes]], [[Augusto Inácio]] e , mas ambos diziam contar com [[Jesualdo Ferreira]] como o seu treinador. | + | No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da [[Academia Sporting]] e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador [[Jesualdo Ferreira]], enquanto [[José Couceiro]] e [[Bruno de Carvalho]] se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de [[Pedro Barbosa]] na vertente profissional e de [[Diogo Matos]] na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por [[Virgílio Lopes]], [[Augusto Inácio]] e , mas ambos diziam contar com [[Jesualdo Ferreira]] como o seu treinador. |
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| Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao [[Complexo Alvalade XXI]]. | | Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao [[Complexo Alvalade XXI]]. |
Edição atual desde as 21h54min de 10 de dezembro de 2020
Depois de dois anos de uma atribulada gerência, Godinho Lopes demitiu-se na sequência da grave crise institucional que o Clube atravessava, dando origem a um novo processo eleitoral, que foi marcado para o dia 23 de Março de 2013.
Bruno de Carvalho surgiu imediatamente como o candidato incontornável e o grande favorito para estas eleições, enquanto nomes que chegaram a ser ventilados, como Dias Ferreira e Pedro Baltazar, iam ficando pelo caminho.
Inesperadamente surgiu a candidatura “SOS Salvar o Sporting”, liderada por Carlos Severino, um jornalista aposentado que tinha sido Director de Comunicação do Sporting, durante as gerências de José Roquete e de Dias da Cunha.
Seguiu-se o empresário João Paiva dos Santos, que também chegou a apresentar a sua candidatura, mas que acabou por desistir a favor de José Couceiro, resolvendo avançar apenas com uma lista para o Conselho Leonino, que no entanto não seria entregue a tempo, ficando assim pelo caminho.
O chamado candidato da continuidade teve um parto difícil, depois das recusas de Rogério Alves e de Luís Figo, chegando-se mesmo a falar na hipótese da recandidatura de Godinho Lopes. No entanto foi José Couceiro a avançar quando já só faltavam 2 dias para o encerramento do prazo de entrega das candidaturas, e depois de ter sido convidado para integrar a estrutura do Departamento de Futebol da equipa de Bruno de Carvalho.
A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de José Couceiro admitir a perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição.
No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da Academia Sporting e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador Jesualdo Ferreira, enquanto José Couceiro e Bruno de Carvalho se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de Pedro Barbosa na vertente profissional e de Diogo Matos na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por Virgílio Lopes, Augusto Inácio e , mas ambos diziam contar com Jesualdo Ferreira como o seu treinador.
Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao Complexo Alvalade XXI.
Com tanta convergência a discussão por vezes acabou por resvalar para aquilo que menos interessava aos sócios do Sporting, com Carlos Severino a tentar ser levado a sério, garantido que não era simplesmente um “outsider”, enquanto José Couceiro negava ser o homem da continuidade e se defendia dos ataques referentes às suas anteriores passagens pelo Sporting.
Pelo seu lado Bruno de Carvalho adoptou uma postura mais cautelosa daquela que tivera em 2011, embora continuando a assumir-se como o candidato da ruptura com o período que ficou conhecido como o "Projecto Roquete". E na realidade era isso que estava em cima da mesa: uma ruptura total com o passado recente, ou uma mudança tranquila na continuidade.
Estas eleições tiveram também a novidade de pela primeira vez se poder votar por correspondência e de ter sido utilizado o voto eletrónico para os sócios que votaram presencialmente, o que no entanto não evitou alguma especulação, resultante da demora no apuramento dos resultados, que seriam anunciados já depois das 2 da manhã e apenas com carácter provisório, devido a alguns problemas no envio dos boletins de voto aos sócios que podiam votar por correspondência, o que levou à dilatação do prazo para a recepção desses votos, por mais três dias.
Mesmo assim, na madrugada do dia 24 de Março de 2013, foi possível perceber que Bruno de Carvalho seria o novo Presidente do Sporting Clube de Portugal, pois nessa altura já contava com 53,6% dos votos apurados, contra 45,3% de José Couceiro, enquanto Carlos Severino tinha apenas 1%.
Nestas eleições onde pela primeira vez o Conselho Fiscal e Disciplinar foi eleito pelo método de Hondt, há que realçar o facto de uma lista independente ter conseguido eleger um membro para este Órgão.
Os resultados finais oficiais seriam anunciados no dia 26, confirmando a vitória da lista B em todos os Órgãos Sociais, sendo de realçar que votaram 16095 sócios, ou seja cerca de metade dos 32518 que estavam habilitados a fazê-lo, sendo que 14166 associados exerceram o seu direito de voto presencial electronicamente, 24 optaram pelo papel e os restantes fizeram-no por correspondência, naquele que foi o 2º acto eleitoral mais concorrido de sempre na história do Sporting Clube de Portugal.
Resultados finais oficiais:
CONSELHO DIRECTIVO
Total de votos
- LISTA A - Carlos Severino - 890 - 1,02%
- LISTA B - Bruno de Carvalho - 47056 - 53,69%
- LISTA C - José Couceiro - 39699 - 45,29%
Total de sócios votantes
- LISTA A - 153 - 0,97%
- LISTA B - 9423 - 59,50%
- LISTA C - 6261 - 39,53%
Votos brancos/nulos
- Quantidade de votos: 1466
- Quantidade de sócios: 256
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Total de votos
- LISTA A - Carlos Teixeira - 4174 - 4,94%
- LISTA B - Jaime Soares - 42784 - 50,64%
- LISTA C - Tito Fontes - 37535 - 44,42%
Total de sócios
- LISTA A - 774 - 5,06%
- LISTA B - 8587 - 56,15%
- LISTA C - 5931 - 38,78%
Votos brancos/nulos
- Quantidade de votos: 4604
- Quantidade de sócios: 798
CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR
Total de votos
- LISTA A - António Lucas - 1826 - 2,13%
- LISTA B - Bacelar Gouveia - 37753 - 43,98%
- LISTA C - Nuno Marques - 30173 - 35,15%
- LISTA D - Vicente Caldeira Pires - 16097 - 18,75%
Total de sócios
- LISTA A - 319 - 2,06%
- LISTA B - 7471 - 48,20%
- LISTA C - 4741 - 30,59%
- LISTA D - 2966 - 19,14%
Votos em branco/nulos
- Quantidade de votos: 3278
- Quantidade de sócios: 598
CONSELHO LEONINO
Total de votos
- LISTA A - 22867 - 36,15%
- LISTA B - 40381 - 63,85%
Quantidade de sócios
- LISTA A - 4044 - 33,78%
- LISTA B - 7928 - 66,22%
Votos em branco/nulos
- Quantidade de votos: 25614
- Quantidade de sócios: 4083
To-mane 00h43min de 27 de Março de 2013 (WET)