m |
m (Substituição de texto - "Ciclo-Turismo" por "Ciclo-Turismo") |
||
Linha 3: | Linha 3: | ||
[[Imagem:Chama-da-Pátria-1970.jpg|thumb|200px|right|<center>Desfile da Chama da Pátria em 1970 na Batalha</center>]] | [[Imagem:Chama-da-Pátria-1970.jpg|thumb|200px|right|<center>Desfile da Chama da Pátria em 1970 na Batalha</center>]] | ||
− | A Estafeta Chama da Pátria foi organizada pelo [[Sporting Clube de Portugal|Sporting]] entre 1950 e 1970 a 9 de abril, comemorando a data da Batalha de La Lys, ocorrida na Flandres a 9 de abril de 1918, em que o Corpo Expedicionário Português na Europa sofreu pesadas baixas num ataque do exército alemão, no dia em que se preparava para ser rendido na frente. O objetivo era de prestar homenagem aos combatentes portugueses. A iniciativa partiu da secção de Ciclo-Turismo do [[Sporting Clube de Portugal|Sporting]], sub-secção do [[Ciclismo]] criada em [[Ciclismo 1947|1947]], com o patrocínio do jornal O Século e a colaboração da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo pioneiros da iniciativa Armando Costa Rodrigues, César Gomes Ferreira, Manuel Antunes Rojão, Manuel Macedo, e Frederico António. | + | A Estafeta Chama da Pátria foi organizada pelo [[Sporting Clube de Portugal|Sporting]] entre 1950 e 1970 a 9 de abril, comemorando a data da Batalha de La Lys, ocorrida na Flandres a 9 de abril de 1918, em que o Corpo Expedicionário Português na Europa sofreu pesadas baixas num ataque do exército alemão, no dia em que se preparava para ser rendido na frente. O objetivo era de prestar homenagem aos combatentes portugueses. A iniciativa partiu da secção de [[Ciclo-Turismo]] do [[Sporting Clube de Portugal|Sporting]], sub-secção do [[Ciclismo]] criada em [[Ciclismo 1947|1947]], com o patrocínio do jornal O Século e a colaboração da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo pioneiros da iniciativa Armando Costa Rodrigues, César Gomes Ferreira, Manuel Antunes Rojão, Manuel Macedo, e Frederico António. |
A estafeta Lisboa-Batalha-Lisboa consistia numa caravana formada por ciclistas de diversos clubes, chefiada pelo Sporting. No Mosteiro da Batalha os ciclo-turistas depositavam coroas de flores junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, bem como azeite para alimentar a "Chama da Pátria". O cortejo, transportando uma tocha acesa na Chama da Pátria, regressava depois a Lisboa, onde se dirigia ao monumento aos Mortos da Grande Guerra situado na Avenida da Liberdade, onde colocava a tocha e guardava um minuto de silêncio. | A estafeta Lisboa-Batalha-Lisboa consistia numa caravana formada por ciclistas de diversos clubes, chefiada pelo Sporting. No Mosteiro da Batalha os ciclo-turistas depositavam coroas de flores junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, bem como azeite para alimentar a "Chama da Pátria". O cortejo, transportando uma tocha acesa na Chama da Pátria, regressava depois a Lisboa, onde se dirigia ao monumento aos Mortos da Grande Guerra situado na Avenida da Liberdade, onde colocava a tocha e guardava um minuto de silêncio. | ||
− | A estafeta foi ganhando relevo com o passar dos anos, com cada vez mais clubes a participar, e com a organização a deixar a secção de Ciclo-Turismo e a ser assumida pela [[Direção]] do Sporting. A execução da estafeta em si, manteve-se a cargo dessa secção do Clube. | + | A estafeta foi ganhando relevo com o passar dos anos, com cada vez mais clubes a participar, e com a organização a deixar a secção de [[Ciclo-Turismo]] e a ser assumida pela [[Direção]] do Sporting. A execução da estafeta em si, manteve-se a cargo dessa secção do Clube. |
Assim, a partir de 1952 a cerimónia em Lisboa passou a ser acompanhada por membros da [[Direção]] do Sporting, com o Vice-Presidente [[Góis Mota]] a estar presente nesse ano. Poucos anos depois [[Góis Mota]], já Presidente do Clube, chefiava a delegação na Batalha, onde as cerimónias foram também ganhando dimensão, com extensas comitivas incluindo personalidades militares e de outras instituições, e evocações aos Soldados Desconhecidos da Flandres e de África sepultados no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Em 1955 o discurso, anteriormente proferido pelos ciclistas, foi proferida por Góis Mota, e no ano seguinte passaram a estar presentes também representantes de Ligas dos Combatentes estrangeiras. | Assim, a partir de 1952 a cerimónia em Lisboa passou a ser acompanhada por membros da [[Direção]] do Sporting, com o Vice-Presidente [[Góis Mota]] a estar presente nesse ano. Poucos anos depois [[Góis Mota]], já Presidente do Clube, chefiava a delegação na Batalha, onde as cerimónias foram também ganhando dimensão, com extensas comitivas incluindo personalidades militares e de outras instituições, e evocações aos Soldados Desconhecidos da Flandres e de África sepultados no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Em 1955 o discurso, anteriormente proferido pelos ciclistas, foi proferida por Góis Mota, e no ano seguinte passaram a estar presentes também representantes de Ligas dos Combatentes estrangeiras. |
Edição atual desde as 19h25min de 16 de fevereiro de 2019

A Estafeta Chama da Pátria foi organizada pelo Sporting entre 1950 e 1970 a 9 de abril, comemorando a data da Batalha de La Lys, ocorrida na Flandres a 9 de abril de 1918, em que o Corpo Expedicionário Português na Europa sofreu pesadas baixas num ataque do exército alemão, no dia em que se preparava para ser rendido na frente. O objetivo era de prestar homenagem aos combatentes portugueses. A iniciativa partiu da secção de Ciclo-Turismo do Sporting, sub-secção do Ciclismo criada em 1947, com o patrocínio do jornal O Século e a colaboração da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo pioneiros da iniciativa Armando Costa Rodrigues, César Gomes Ferreira, Manuel Antunes Rojão, Manuel Macedo, e Frederico António.
A estafeta Lisboa-Batalha-Lisboa consistia numa caravana formada por ciclistas de diversos clubes, chefiada pelo Sporting. No Mosteiro da Batalha os ciclo-turistas depositavam coroas de flores junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, bem como azeite para alimentar a "Chama da Pátria". O cortejo, transportando uma tocha acesa na Chama da Pátria, regressava depois a Lisboa, onde se dirigia ao monumento aos Mortos da Grande Guerra situado na Avenida da Liberdade, onde colocava a tocha e guardava um minuto de silêncio.
A estafeta foi ganhando relevo com o passar dos anos, com cada vez mais clubes a participar, e com a organização a deixar a secção de Ciclo-Turismo e a ser assumida pela Direção do Sporting. A execução da estafeta em si, manteve-se a cargo dessa secção do Clube.
Assim, a partir de 1952 a cerimónia em Lisboa passou a ser acompanhada por membros da Direção do Sporting, com o Vice-Presidente Góis Mota a estar presente nesse ano. Poucos anos depois Góis Mota, já Presidente do Clube, chefiava a delegação na Batalha, onde as cerimónias foram também ganhando dimensão, com extensas comitivas incluindo personalidades militares e de outras instituições, e evocações aos Soldados Desconhecidos da Flandres e de África sepultados no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Em 1955 o discurso, anteriormente proferido pelos ciclistas, foi proferida por Góis Mota, e no ano seguinte passaram a estar presentes também representantes de Ligas dos Combatentes estrangeiras.
A partir de 1961 a Estafeta Chama da Pátria ganhou uma nova dimensão, eventualmente devido ao início das guerras nas então colónias. A comitiva, no regresso da Batalha, começou a realizar paragens noutras localidades, como em Aljubarrota e Alcobaça, com a presença de individualidades locais. Atletas de outras modalidades, inclusive do Futebol, associaram-se à estafeta. A última edição ocorreu em 1970, não se conhecendo as razões do fim desta iniciativa.