Edição atual desde as 00h06min de 2 de fevereiro de 2019
Raúl Marím festeja o 1º golo
Ângelo Girão confronta o árbitro
Paulo Freitas indica o caminho para a vitória
Ferran Font depois da magia
O Sporting terminara a 1ª volta do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins da época de 2018/19 com uma surpreendente derrota em casa frente ao Paço de Arcos e um empate em Barcelos, resultados que fizeram com que os Leões perdessem a liderança, caindo para o 3º lugar com os mesmos pontos do que o Benfica, pelo que o “derby” que abria a 2ª volta poderia ser fatal para quem perdesse esse jogo, que se disputou no Pavilhão da Luz no dia 27 de Janeiro de 2019.
As duas equipas entraram no ringue com a noção da responsabilidade daquele jogo e respeitaram-se em demasia durante toda a 1ª parte que foi morna, havendo apenas a destacar um penálti que Ângelo Girão defendeu e um livre direto que Ferran Font não conseguiu concretizar, pelo que o intervalo chegou com zero a zero.
Na 2ª parte tudo foi diferente e logo aos 2 minutos Raúl Marín fez o 1-0 transformando um penálti com um remate violento e indefensável.
Já iam decorridos 5 minutos de jogo quando o árbitro assinalou um falta inexistente a Raúl Marín mostrando-lhe o cartão azul e assinalando livre direto. Ângelo Girão saiu da baliza em direção ao seu adversário acusando de fazer fita e também viu o cartão azul, o que o deixou de cabeça perdida, de tal forma que cresceu para o árbitro que o puniu com uma exclusão de 6 minutos, que acresciam aos 2 aplicados a Raúl Marín.
Entrou Zé Diogo que defendeu o livre direto e no contra ataque Gonzalo Romero quase marcava.
Condenado a jogar durante 8 minutos com menos um jogador, o Sporting formou um quarteto formado por Zé Diogo, Henrique Magalhães , Matias Platero e Gonzalo Romero que praticamente não deram nenhuma oportunidade de marcar ao Benfica, mas mais do que isso conseguiram obrigar os seus adversários a atingirem a 10ª falta, o que proporcionou um livre direto que Raúl Marín desperdiçou.
Faltavam pouco mais de 30 segundos para que o Sporting pudesse fazer entrar o seu quinto jogador quando o árbitro considerou que Ferran Font, que entretanto entrara, tinha simulado uma falta e como poucos minutos antes o espanhol tinha sido avisado pela mesma infração, viu o cartão azul, condenando o Sporting a mais 2 minutos de inferioridade, que na verdade se alargaram a 3.
Zé Diogo defendeu novamente o livre direto e pouco depois Gonzalo Romero isolado falhou o 2-0.
A 11 minutos do fim reentrou Ângelo Girão, já mais calmo, para ajudar o Sporting a segurar a vantagem até que se esgotassem os 11 minutos em que a equipa esteve em inferioridade numérica, altura em que finalmente entrou Pedro Gil, mas apenas por 4 segundos, pois logo a seguir Gonzalo Romero viu o cartão azul. Ordóñez concretizou o respetivo livre direto empatando o jogo perante o entusiasmo das bancadas do Pavilhão da Luz.
Paulo Freitas pediu uma pausa técnica para reorganizar a sua equipa que finalmente iria voltar a jogar com 5 elementos, enquanto Ângelo Girão fazia com a mão um gesto que celebrizou Paulo Bento numa tristemente famosa final da Taça da Liga de Futebol. Foi aí que Raúl Marín foi atingido por um objeto lançado da bancada, obrigando toda a equipa a refugiar-se no meio da pista, onde o treinador leonino tocou a reunir todas as forças, percebendo-se que estava a exortar os seus jogadores a ganharem aquele jogo, contra tudo e contra todos.
E ganharam mesmo. Com muita raça e querer, mas acima de tudo com classe. A 4 minutos do fim finalmente um cartão azul para Nicolia, proporcionou um livre direto que Ferran Font concretizou sentando no chão Pedro Henriques, antes de lhe enfiar a bola por cima da cabeça.
Começava a faltar tempo e discernimento aos benfiquistas, que assim atingiram a 15ª falta que colocou Ferran Font novamente na marca do livre direto. Foi então que o espanhol fez magia, quase silenciando o pavilhão onde agora apenas se ouviam os adeptos do Sporting. A jogada merece ser descrita, mas é daquelas que quem viu, viu, quem não viu, tivesse visto. Ferran Font levantou a bola, deu-lhe dois toques e depois rematou em raquete para o fundo da baliza com Pedro Henriques a ver.
Ainda houve tempo para Pedro Gil deixar a sua marca no jogo com mais um golo de belo efeito, quando faltavam poucos segundos para o fim do jogo, que terminou ao som do “só eu sei porque não fico em casa” cantado numa bancada pintada de verde e branco.
To-mane (discussão) 00h06min de 2 de fevereiro de 2019 (WET)
Ficha do Jogo