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Apesar do jubilo dos sportinguistas pela concretização daquele que era conforme prometido um verdadeiro monumento à grandeza e à glória do [[Sporting Clube de Portugal]], não deixou de se levantar a questão do porquê de não se ter fechado a bancada na zona do peão, ao que o Presidente da [[Comissão Central do Estádio]], [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas]], respondeu que a concretização desse projeto dependia apenas sócios e da sua comparticipação no financiamento da obra.
 
Apesar do jubilo dos sportinguistas pela concretização daquele que era conforme prometido um verdadeiro monumento à grandeza e à glória do [[Sporting Clube de Portugal]], não deixou de se levantar a questão do porquê de não se ter fechado a bancada na zona do peão, ao que o Presidente da [[Comissão Central do Estádio]], [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas]], respondeu que a concretização desse projeto dependia apenas sócios e da sua comparticipação no financiamento da obra.
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De resto a Cidade Desportiva do Sporting continuava a ser um sonho, pelo que estavam projetadas novas obras, nomeadamente a construção de uma Sede monumental junto ao Estádio, um pavilhão coberto, campos de ténis, campos para o Basquetebol e o Voleibol, o ringue de patinagem, uma piscina, a carreira de tiro, campos de treino que deveriam ocupar as instalações ainda ocupadas pelo Benfica no campo Grande, um parque infantil e dois parques de estacionamento.
  
 
Para assinalar as comemorações do 50ª aniversário do [[Sporting Clube de Portugal]], foi criado um novo emblema, constituído por um laurel dourado com  cercadura de esmalte verde e a legenda "50 anos ao serviço do Desporto e  da Pátria", foi aprovado o Hino do Sporting, com letra de Ramiro Guedes Campos e música do Maestro Flaviano Rodrigues e foi publicado o livro "50 anos ao serviço do Desporto e da Pátria".  Com o mesmo nome realizou-se um documentário cinematográfico da responsabilidade de [[Oliveira Martins|Eduardo Oliveira Martins]] que foi exibido no Cinema Monumental.
 
Para assinalar as comemorações do 50ª aniversário do [[Sporting Clube de Portugal]], foi criado um novo emblema, constituído por um laurel dourado com  cercadura de esmalte verde e a legenda "50 anos ao serviço do Desporto e  da Pátria", foi aprovado o Hino do Sporting, com letra de Ramiro Guedes Campos e música do Maestro Flaviano Rodrigues e foi publicado o livro "50 anos ao serviço do Desporto e da Pátria".  Com o mesmo nome realizou-se um documentário cinematográfico da responsabilidade de [[Oliveira Martins|Eduardo Oliveira Martins]] que foi exibido no Cinema Monumental.

Revisão das 19h49min de 24 de março de 2018

Gerência anterior:
A Gerência 1955
Gerência seguinte:
A Gerência 1957

No dia 4 de Fevereiro de 1956 a Direcção de Góis Mota foi reeleita, com pequenas alterações na sua configuração:

Cargo Nome Observações
Presidente Carlos Cecílio Góis Mota
Vice Presidente para as Relações Externas Francisco do Cazal Ribeiro
Vice Presidente para as Actividades Desportivas José Borges de Albuquerque Calheiros
Vice Presidente para as Actividades Administrativas José de Abreu Theriaga
Director-Secretário Carlos Queiroga Tavares
Director-Tesoureiro Francisco Gonçalves Franco
Director-Contabilidade Artur de Almeida Leandro
Director das Actividades Desportivas Mário José da Silva Garcia
Director das Actividades Desportivas Guilherme Correia César
Director das Instalações Desportivas Manuel da Silva Júnior
Director das Instalações Sociais António de Oliveira Romero
Suplente António Alberto Ribeiro Ferreira
Suplente José António Branco Gentil Pimentel
O emblema comemorativo do cinquentenário
O livro 50 anos ao serviço do Desporto e da Pátria
Américo Tomás condecora o estandarte do Sporting
O Estádio quase pronto em Maio
O grande Sarau Internacional
A atribuição da Medalha de Mérito Desportivo
A Comissão do Estádio

Esta Gerência ficou marcada por dois acontecimentos históricos: as comemorações das Bodas de Ouro do Sporting Clube de Portugal e a inauguração do Estádio José Alvalade, recinto com capacidade para cerca de 60 mil espetadores, e onde no dia 13 de Junho de 1956, se realizou o primeiro jogo com iluminação artificial disputado em Portugal.

A inauguração ocorrida três dias antes com a presença do Presidente da Republica General Craveiro Lopes que atribuiu ao Sporting Clube de Portugal a Medalha de Mérito Desportivo, foi assinalada com uma grandiosa festa que envolveu um desfile de 1500 atletas do Sporting, contando com a presença de representantes de 31 Federações e Associações Desportivas, 200 Clubes e 71 Filiais e terminando com um jogo de futebol abrilhantado pela grande equipa brasileira do Vasco da Gama. O sonho tornara-se realidade.

Refira-se ainda que foi constituída uma Comissão de Honra para a inauguração do Estádio, presidida pelo Ministro da Presidência Marcelo Caetano e da qual também faziam parte os Ministros da Obras Públicas, Arantes e Oliveira, da Defesa Nacional, Santos Costa, do Interior, Trigo de Negreiros, o Presidente e o Vice Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Salvação Barreto e Pastor de Macedo e o Diretor Geral dos Desportos, Sacramento Monteiro.

Ainda no âmbito da construção do novo Estádio, nesta altura foi aprovada a venda e permuta com a Câmara Municipal de Lisboa de alguns terrenos, nomeadamente das Quintas da Glória e das Raposeiras e da faixa Talone, para que se construissem os arruamentos de acesso ao parque desportivo do Sporting, que em contrapartida passaria a ser proprietário dos terrenos onde estava a ser construído o Estádio José Alvalade, ao mesmo tempo que se chegou a um acordo com o Benfica para que nos jogos de maior afluência de público fossem utilizadas como passagem as instalações do Campo Grande que eram usadas por aquele clube.

Apesar do jubilo dos sportinguistas pela concretização daquele que era conforme prometido um verdadeiro monumento à grandeza e à glória do Sporting Clube de Portugal, não deixou de se levantar a questão do porquê de não se ter fechado a bancada na zona do peão, ao que o Presidente da Comissão Central do Estádio, Manuel Carvalho Brito das Vinhas, respondeu que a concretização desse projeto dependia apenas sócios e da sua comparticipação no financiamento da obra.

De resto a Cidade Desportiva do Sporting continuava a ser um sonho, pelo que estavam projetadas novas obras, nomeadamente a construção de uma Sede monumental junto ao Estádio, um pavilhão coberto, campos de ténis, campos para o Basquetebol e o Voleibol, o ringue de patinagem, uma piscina, a carreira de tiro, campos de treino que deveriam ocupar as instalações ainda ocupadas pelo Benfica no campo Grande, um parque infantil e dois parques de estacionamento.

Para assinalar as comemorações do 50ª aniversário do Sporting Clube de Portugal, foi criado um novo emblema, constituído por um laurel dourado com cercadura de esmalte verde e a legenda "50 anos ao serviço do Desporto e da Pátria", foi aprovado o Hino do Sporting, com letra de Ramiro Guedes Campos e música do Maestro Flaviano Rodrigues e foi publicado o livro "50 anos ao serviço do Desporto e da Pátria". Com o mesmo nome realizou-se um documentário cinematográfico da responsabilidade de Eduardo Oliveira Martins que foi exibido no Cinema Monumental.

As atividades comemorativas do cinquentenário prolongaram-se durante vários meses e foram assinaladas por diversas iniciativas como o Primeiro Passo Nacional que alargou essa já tradicional organização da secção de Atletismo a diversas cidades do País, com um programa que se estendeu durante algumas semanas.

No dia 11 de Abril verificou-se um dos momentos altos do programa das festas com um festival ginástico-desportivo realizado no Pavilhão dos Desportos, onde o Ministro da Marinha, o Almirante Américo Tomás, condecorou o estandarte do Sporting. Neste sarau que já era uma tradição leonina, as classes de Ginástica do Sporting mostraram a grande qualidade do trabalho feito nesta secção com atuações de alto nível, intercaladas com uma exibição da grande equipa de Basquetebol do Sporting, uma demonstração de Badminton uma nova modalidade que se estava a impor com excelentes resultados e a inevitável exibição da patinadora Maria Antónia de Vasconcelos.

Em Maio realizaram-se o Festival Luso-Francês com a participação de equipas do Bordéus em modalidades como Basquetebol e Voleibol feminino e Basquetebol masculino e o Grande Sarau Internacional do Sporting com a presença de vários ginastas estrangeiros de grande classe.

No dia 21 de Junho foi inaugurada a pista de ciclismo do Estádio José Alvalade, com um festival noturno onde marcaram presença vários corredores de estrangeiros de grande nível internacional.

O dia do cinquentenário do Sporting Clube de Portugal encerrou o programa das comemorações da bodas de ouro com uma grandiosa festa no Pavilhão dos Desportos, onde foram homenageados vários associados e atletas que que se destacaram pela sua dedicação à causa sportinguista, sendo atribuídos os primeiros emblemas de 50 anos de filiação no Clube ao sócio nº 1 Francisco Gavazzo e a Humberto Borges de Castro e nomeados Sócios Beneméritos António da Silva Schiappa Monteiro, José Gonçalves Nunes da Costa, César Ferreira Faustino, Gentil Daniel Ribeiro Martins, António Carvalho Oliveira, José Adriano Trabulo e Graziela Marques Pereira.

Em Julho voltou a estar em cima da mesa a substituição dos órgãos sociais que apenas se tinham comprometido a ficar até à inauguração do Estádio e ao fim das comemorações do centenário, tendo então os três Presidentes desses órgãos sido alvo de uma homenagem, na mesma altura em que no Estádio José Alvalade foram descerradas lápides em homenagem ao saudoso ex Presidente Ribeiro Ferreira e aos trabalhadores anónimos que tinham contribuído para a edificação daquele monumento à glória e à grandeza do Sporting Clube de Portugal, três deles tragicamente falecidos durante a obra.

Em termos de organização do Clube foram introduzidas algumas alterações com a nomeação de dois secretários permanentes, um para o pelouro das atividades administrativas e outro para as relações externas e de um assistente técnico que ficaria responsável por toda a área das atividades desportivas do Clube, um cargo que foi atribuído ao Prof. Moniz Pereira.

Os maus resultados da equipa principal de Futebol foram justificados com o facto da mesma andar de casa às costas, um problema que ficaria resolvido com o novo Estádio José Alvalade, mas em Abril o treinador Alejandro Scopelli demitiu-se, tendo então sido contratado Abel Picabêa, outro argentino que também não teve o sucesso desejado. Nessa altura foi também criada uma comissão de recrutamento e novos jogadores, com o objetivo de proceder a renovação do plantel de forma a que se pudessem formar duas equipas de qualidade idêntica, sem esquecer a aposta na formação, numa época em que a equipa de Juniores ganhou o Campeonato Nacional com um lote de jogadores muito prometedores.

Mas se o Futebol teve um ano repleto de instabilidade com alguns casos disciplinares, nas restantes modalidades o Sporting regressou às vitórias com brilhantismo, ao conquistar os Campeonatos Nacionais de Atletismo, Andebol de 7, Basquetebol, Voleibol e Ténis de Mesa, enquanto Manuel Faria venceu a clássica Corrida de São Silvestre em São Paulo no Brasil, naquele que na altura foi um dos maiores feitos internacionais da história do desporto português.

O Andebol de 11 continuou a dominar a nível regional, embora tenha voltado a falhar o objetivo de ganhar o Campeonato Nacional, num ano onde foram reativadas modalidades como o Hóquei em Patins e a Esgrima e confirmadas outras como Badminton e Pesca Desportiva, ao mesmo tempo que se recuperava o Campismo como atividade lúdica.

Ciclismo, Bilhar e Tiro foram outras modalidades que somaram alguns títulos, numa altura em que a Ginástica continuava a crescer atingindo neste ano os 663 alunos, enquanto a Natação se debatia com o eterno problema da falta de uma piscina, mas nem por isso se deixou de apostar num trabalho em profundidade com a contratação do credenciado treinador Mário Simas.

Nesta Gerência terminou em 31 de Janeiro de 1957, o Sporting comprou um autocarro para transportar os seus atletas.

To-mane 13h04min de 28 de Outubro de 2011 (WEST)