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| Esta gerência deu seguimento à reforma dos serviços administrativos elaborando para tanto o Regulamento Geral do Clube, um instrumento precioso para reger as secções desportivas, a secretaria, a contabilidade, a tesouraria, o jornal, as instalações desportivas e sociais, o Conselho Geral e as diversas comissões dele emanadas. | | Esta gerência deu seguimento à reforma dos serviços administrativos elaborando para tanto o Regulamento Geral do Clube, um instrumento precioso para reger as secções desportivas, a secretaria, a contabilidade, a tesouraria, o jornal, as instalações desportivas e sociais, o Conselho Geral e as diversas comissões dele emanadas. |
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− | Em termos financeiros o exercício de 1953 resultou num lucro de 221.411$12. A atividade desportiva tinha nesta altura um custo de cerca de 2818 contos, dos quais mais de 2293 foram para o [[Futebol]], sendo que a assistência e subvenção aos jogadores custava 753 contos, enquanto para os treinadores iam 166 contos. Em termos de receitas o Futebol gerou 2111 contos o que significava um deficit de 182 contos, que ascendia aos 622 contos no que diz respeito a toda a atividade desportiva do Clube. O [[Ciclismo]] era a segunda modalidade mais cara com um custo de quase 160 contos, enquanto o [[Ténis]] era a única secção a dar lucro, num ano em que o Sporting gastou mais de 637 contos na renovação dos seu quadros atléticos. Os gastos gerais ultrapassaram os 976 contos, enquanto as despesas com o campo atlético ascendeu aos 384 contos e o [[Jornal Sporting]] deu um prejuízo de 52 contos. A principal receia continuou a ser a cotização que atingiu os 1920 contos, num ano em que houve um ligeiro decréscimo no número de associados que passou a ser 13223. | + | Em termos financeiros o exercício de 1953 resultou num lucro de 221.411$12. A atividade desportiva tinha nesta altura um custo de cerca de 2818 contos, dos quais mais de 2293 foram para o [[Futebol]], sendo que a assistência e subvenção aos jogadores custava 753 contos, enquanto para os treinadores iam 166 contos. Em termos de receitas o Futebol gerou 2111 contos o que significava um deficit de 182 contos, que ascendia aos 622 contos no que diz respeito a toda a atividade desportiva do Clube. O [[Ciclismo]] era a segunda modalidade mais cara com um custo de quase 160 contos, enquanto o [[Ténis]] era a única secção a dar lucro, num ano em que o Sporting gastou mais de 637 contos na renovação dos seu quadros atléticos. Os gastos gerais ultrapassaram os 976 contos, enquanto as despesas com o campo atlético ascenderam aos 384 contos e o [[Jornal Sporting]] deu um prejuízo de 52 contos. A principal receita continuou a ser a cotização que atingiu os 1920 contos, num ano em que houve um ligeiro decréscimo no número de associados que passou a ser 13223. |
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| Nesta gerência entrou em funcionamento a Comissão da Sede, Campo e Propaganda (SCP) liderada por [[Mário da Cunha Rosa]] que produziu um relevante trabalho em áreas tão diversas como a orientação das excursões turísticas no acompanhamento das equipas do Sporting, festivais desportivos, festas na Sede, angariação de fundos para as obras, a reposição da revista "O Solar dos Leões", a reorganização da secção de cinema com a compra de uma maquina de projeção de grande qualidade. | | Nesta gerência entrou em funcionamento a Comissão da Sede, Campo e Propaganda (SCP) liderada por [[Mário da Cunha Rosa]] que produziu um relevante trabalho em áreas tão diversas como a orientação das excursões turísticas no acompanhamento das equipas do Sporting, festivais desportivos, festas na Sede, angariação de fundos para as obras, a reposição da revista "O Solar dos Leões", a reorganização da secção de cinema com a compra de uma maquina de projeção de grande qualidade. |
Revisão das 19h47min de 26 de outubro de 2017
No dia 23 de Janeiro de 1953 foi eleita uma nova Direcção, com a seguinte constituição:
O monumental cortejo no Dia do Sporting
A homenagem a Manuel Marques
A doença obrigou Ribeiro Ferreira a afastar-se, ele que viria a morrer precisamente no dia da tomada de posse do seu sucessor, que naturalmente foi Carlos Cecílio Góis Mota, que tinha sido até ai o seu nº 2.
Mudara o líder, mas o rumo mantinha-se e Góis Mota chegou à Presidência do Sporting Clube de Portugal prometendo continuar o trabalho do seu antecessor e determinado a concretizar as obras em curso na Sede e no Estádio.
No dia 28 de Março foram inaugurados os melhoramentos na Sede com destaque para a nova sala de troféus, mas que envolviam também o alargamento do ginásio, a ampliação dos serviços médicos, um salão café e novas salas de visitas, de jogos, para os órgãos sociais e para as senhoras. À entrada depois de transposto o portão gradeado e com dois brasões a verde e ouro, no cimo da escadaria de mármore, o novo lema do Clube de autoria do Presidente: "Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Eis o Sporting!"
Foi também nesta altura que Góis Mota expôs aos sportinguistas a situação das obras do estádio, reconhecendo que o projeto anterior era exíguo para as necessidades de um Clube da grandeza do Sporting, isto numa altura em que o FC Porto tinha acabado de inaugurar o Estádio das Antas, enquanto o Benfica se preparava para avançar para a construção do Estádio da Luz.
Sendo o Sporting um Clube marcadamente eclético, foi decidido que deveria ter um Estádio Olímpico, com pistas de Atletismo e de Ciclismo e até com instalações que permitissem a realização de provas de motociclismo e de automobilismo. A nova configuração e o aumento da capacidade deste projeto, implicavam a ocupação dos terrenos da Quinta da Vitória que iriam ser expropriados pela Câmara Municipal e a cedência de outros terrenos que estavam ocupados pela Sociedade de Tiro nº 2, com a qual foi possível estabelecer um entendimento e ainda de outros que eram pertença de José Roquete que teve a gentileza de facilitar a resolução do problema.
Assim o inicio das obras sofreu um atraso de vários meses, mas aguardava-se que fosse para breve e, a sua primeira fase previa a construção da bancada central com 11760 lugares, incluindo os camarotes e as tribunas e, das bancadas dos topos norte e sul com uma capacidade total de 20000 lugares, tudo com um custo estimado em cerca de 17 mil contos, 3 mil dos quais seriam provenientes do Estado, estimando-se a faturação de cerca de 7 mil contos na venda de lugares cativos e de camarotes e de mais 2 mil contos provenientes da campanha "Lagartos" que na altura já tinha rendido 400 contos. Para uma fase posterior estava prevista a construção da a segunda bancada central no lugar do Peão, estimando-se que a obra atingisse o custo final de 25 mil contos.
Por outro lado com estas condições a Direção estabeleceu como meta chegar aos 20 mil sócios, numa altura em que o Clube atingira uma dimensão enorme em termos de prestigio e popularidade, principalmente graças aos feitos da sua equipa de Futebol que nesta época ganhou o seu 8º Campeonato Nacional, que era simultaneamente o seu 2º tri-campeonato, sucessos amplamente exaltados com o "Dia do Sporting", uma festa inesquecível onde foram entregues à equipa Campeã Nacional as taças O Século, Clipper e Federação, antes de um jogo a contar para a Taça de Portugal onde o Sporting derrotou a Académica por 3-0, seguindo-se um monumental cortejo até à Praça do Município, com Lisboa a aclamar os seus Campeões de uma forma nunca antes vista.
Apesar destes sucessos o treinador inglês Randolph Galloway abandonou o Clube em Maio, sendo substituído Joseph Szabo que regressava a casa oito anos depois. E no final do ano foi a vez do orientador técnico Álvaro Cardoso abandonar para dar lugar a Tavares da Silva, alterações que mexeram com a equipa mas não a tiraram do caminho das vitórias.
O prestigio do Sporting tinha também galgado fronteiras e o Clube voltou a ser convidado para participar num torneio octogonal que se disputou no Brasil, onde desta feita o Sporting não foi feliz, tal como já havia acontecido na Taça Latina que mais uma vez escapou à voracidade dos Leões, muito por culpa do desgaste e das lesões que assolaram a equipa no final da época.
Daqui resultou que a Direção tivesse decidido que era necessário formar uma equipa de Reservas com um valor aproximado ao do grupo dos titulares, e outra de Aspirantes que acolhesse os jovens valores provenientes dos Juniores, o que implicava um maior investimento na contratação de jogadores e respetivos prémios, principalmente numa altura em que o valor das transferências estava muito inflacionado, sendo que para tal foi criado um Fundo de Aquisições apelando-se à contribuição dos sócios.
Em Julho a Direção convidou os seus associados para uma reunião a realizar no salão da Sede, onde para além de saudar a comitiva acabada de chegar do Brasil, prometia dar algumas novidades sobre a vida do Clube. A afluência foi tal que o evento teve de ser transferido para o Campo do Passadiço, onde Góis Mota anunciou que a resolução dos problemas referentes aos terrenos a oeste do campo de futebol estava bem encaminhada pelo que o projeto do Estádio já tinha dado entrada na Câmara. Para além disso o Presidente informou que os dividendos resultantes dos jogos no Brasil iriam permitir o arranque de uma nova fase nas obras da Sede.
Se o Futebol continuava a ser a modalidade que fazia pulsar o coração dos sportinguistas, o ecletismo não deixava de ser a imagem de marca do Clube que continuou a crescer somando triunfos em quase todas as secções que tinha em atividade. Assim o Andebol voltou os títulos na variante de 11, continuando a sua senda vitoriosa na recém introduzida versão de 7, havendo ainda a registar triunfos em modalidades como Râguebi, Voleibol, Ténis de Mesa, Ténis e até no Bilhar uma secção que foi reorganizada neste ano. O Atletismo e o Ciclismo continuaram a somar títulos embora sem o brilho de anos anteriores. Natação, Patinagem e Tiro também contribuíram com algumas vitórias, enquanto o Motorismo continuou a ser uma secção de sucesso, tal como a Ginástica que atingiu o impressionante número de 477 alunos. O Basquetebol não obteve resultados brilhantes mas foram lançadas as bases que garantiram os sucessos dos anos que se seguiram.
Esta gerência deu seguimento à reforma dos serviços administrativos elaborando para tanto o Regulamento Geral do Clube, um instrumento precioso para reger as secções desportivas, a secretaria, a contabilidade, a tesouraria, o jornal, as instalações desportivas e sociais, o Conselho Geral e as diversas comissões dele emanadas.
Em termos financeiros o exercício de 1953 resultou num lucro de 221.411$12. A atividade desportiva tinha nesta altura um custo de cerca de 2818 contos, dos quais mais de 2293 foram para o Futebol, sendo que a assistência e subvenção aos jogadores custava 753 contos, enquanto para os treinadores iam 166 contos. Em termos de receitas o Futebol gerou 2111 contos o que significava um deficit de 182 contos, que ascendia aos 622 contos no que diz respeito a toda a atividade desportiva do Clube. O Ciclismo era a segunda modalidade mais cara com um custo de quase 160 contos, enquanto o Ténis era a única secção a dar lucro, num ano em que o Sporting gastou mais de 637 contos na renovação dos seu quadros atléticos. Os gastos gerais ultrapassaram os 976 contos, enquanto as despesas com o campo atlético ascenderam aos 384 contos e o Jornal Sporting deu um prejuízo de 52 contos. A principal receita continuou a ser a cotização que atingiu os 1920 contos, num ano em que houve um ligeiro decréscimo no número de associados que passou a ser 13223.
Nesta gerência entrou em funcionamento a Comissão da Sede, Campo e Propaganda (SCP) liderada por Mário da Cunha Rosa que produziu um relevante trabalho em áreas tão diversas como a orientação das excursões turísticas no acompanhamento das equipas do Sporting, festivais desportivos, festas na Sede, angariação de fundos para as obras, a reposição da revista "O Solar dos Leões", a reorganização da secção de cinema com a compra de uma maquina de projeção de grande qualidade.
No dia 30 de Outubro de 1953 foi eleito o terceiro Conselho Geral.
O movimento da Filiais continuou a crescer, num ano em que foi fundado o Solar dos Leões no Porto, sem esquecer a criação de diversos núcleos sportinguistas em vários bairros e empresas de Lisboa.
To-mane 23h50min de 26 de Outubro de 2011 (WEST)