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Revisão das 11h02min de 17 de junho de 2017
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Dados de Hilário |
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Nome |
Hilário Rosário da Conceição
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Nascimento |
19 de Junho de 1939
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Naturalidade |
Lourenço Marques - Moçambique
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Posição |
Defesa esquerdo
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Escalão
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Época
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Clube
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Obs.
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Jogos
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V
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E
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D
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Titulos
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1ª Divisão |
1973/74 |
SPORTING |
Adjunto |
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Campeonato Nacional Taça de Portugal
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2ª Divisão |
1974/75 |
Sp.Braga |
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2ª Divisão Norte
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2ª Divisão |
1975/76 |
Marítimo |
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2ª Divisão |
1976/77 |
Sanjoanense |
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1ª Divisão |
1976/77 |
Sp.Braga |
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1977/78 |
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1978/79 |
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1ª Divisão |
1979/80 |
Sp.Braga |
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2ª Divisão |
1980/81 |
Leixões |
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2ª Divisão |
1981/82 |
Águeda |
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2ª Divisão |
1981/82 |
Sp.Covilhâ |
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2ª Divisão |
1982/83 |
Ac. Viseu |
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2ª Divisão |
1983/84 |
Tirsense |
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3ª Divisão |
1984/85 |
Lusitânia |
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3ª Divisão |
1985/86 |
Lusitânia |
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Serie E
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2ª Divisão |
1986/87 |
Lusitânia |
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3ª Divisão |
1987/88 |
Praiense |
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1ª Divisão |
1989 |
Ferroviário |
Moçambique |
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Campeonato Moçambicano
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1ª Divisão |
1990 |
Matchedje |
Moçambique |
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Campeonato Moçambicano
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1ª Divisão |
1991 |
Matchedje |
Moçambique |
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1ª Divisão |
1992 |
Maxaquene |
Moçambique |
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1ª Divisão |
1993 |
Maxaquene |
Moçambique |
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1ª Divisão |
1994/95 |
SPORTING |
Adjunto |
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Taça de Portugal
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1ª Divisão |
1995/96 |
SPORTING |
Adjunto |
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Supertaça
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1ª Divisão |
1996/97 |
SPORTING |
Adjunto |
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Juniores |
2003/04 |
SPORTING |
Adjunto |
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2ª B |
2003/04 |
SPORTING B |
Adjunto |
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Juvenis |
2004/05 |
SPORTING |
Adjunto |
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Total = |
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Hilário nasceu num bairro pobre dos arredores de Lourenço Marques, a 19 de Junho de 1939. Alguns relatos indicam erradamente o dia 19 de Março do mesmo ano como data de nascimento. Só entrou para a escola com 10 anos, e o seu sonho era arranjar um emprego.
Nessa altura já se destacava dos outros meninos nas peladas disputadas nos terreiros da zona onde vivia, em que descalço como é evidente, exibia a sua habilidade natural que se misturava com uma velocidade impressionante e um pontapé muito forte.
Tinha 13 anos quando juntamente com outros rapazes resolveu comprar uma bola a sério e fundar um clube, a que deram o nome de FC Arsenal. Foi aí que um "olheiro" do Atlético de Lourenço Marques o descobriu, levando-o para aquele clube onde só pôde jogar depois de superar o problema que para ele era calçar umas botas com travessas, e assim durante mais de um ano foi jogando basquetebol, para se ir adaptando ao calçado com umas sapatilhas.
Em 1955 estreou-se finalmente nos juniores do Atlético, e um ano depois transferiu-se para o Sporting de Lourenço Marques a troco de um emprego na Companhia das Águas, mas rapidamente se percebeu que estava destinado a outros voos.
A 3 de Agosto de 1958 chegou a Lisboa com destino ao Sporting, e não precisou de muito tempo para ganhar um lugar na equipa principal como defesa esquerdo, fazendo uso de todos os seus atributos naturais, que depois de refinados o tornaram num dos melhores do mundo na sua posição, e seguramente no melhor lateral esquerdo da história do futebol português.
Beijando a Taça das Taças
Tornou-se numa figura emblemática do Sporting Clube de Portugal, onde jogou durante 15 temporadas, disputando mais de seiscentos jogos de Leão ao peito, sempre com o número 3 nas costas, e conquistando 3 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e a Taça das Taças de 1964, de cuja Final esteve ausente devido a ter fracturado a tíbia no jogo contra o Vitoria de Setúbal disputado três dias antes da partida da equipa para a Bélgica, naquele que foi o maior desgosto da sua carreira.
Da cama do hospital mandou um telegrama aos seus companheiros onde
dizia simplesmente «Lutem até ao fim, tenho-os no coração.» Lutaram,
ganharam e mal chegaram ao aeroporto de Lisboa, correram para a sua casa para partilharem com ele a Taça, que também tinha ajudado a conquistar. Beijou-a e chorou!
Em 1965 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria de Atleta Profissional.
Nessa altura Hilário já era também titular indiscutível na Selecção Nacional, que representou por 39 ocasiões, tornando-se então no futebolista mais vezes internacional A enquanto jogador do Sporting, uma posição que só viria a perder em 2004 para Rui Jorge, outro defesa esquerdo e mais tarde para o guarda-redes Ricardo.
Ao serviço da Selecção integrou célebre equipa dos “Magriços” que ficou em 3º lugar no Mundial de 1966, onde actuou todos os jogos, tendo sido considerado o melhor defesa esquerdo do torneio, e o jogador mais regular da equipa nacional.
Erguendo a Taça no dia da sua despedida
Encerrou a sua carreira com chave de ouro na temporada de 1972/73, numa altura em que com 34 anos já não era titular, depois de 14 épocas seguidas nessa condição. Foi no Jamor no dia 17 de Junho de 1973 quando entrou para o lugar de Dinis a 10 minutos do fim dessa Final da Taça de Portugal, em que o Sporting derrotou o Vitória de Setúbal por 3-2.
Na época seguinte integrou a equipa técnica liderada por Mário Lino, participando assim numa campanha memorável que levou o Sporting à conquista de uma "dobradinha" e ás meias-finais da Taça das Taças.
Iniciou então em Braga uma nova fase da sua carreira, agora como treinador, começando logo por trazer o Sporting local de volta à 1ª Divisão, o que fez com que voltasse por duas vezes ao comando do "Arsenal do Minho"
Fez o seu restante percurso como treinador em clubes das divisões secundárias, tendo conseguido mais uma subida de divisão, desta vez nos Açores à frente do Sport Clube Lusitânia, no 3º escalão do futebol português.
Em 1989 regressou a Moçambique onde foi duas vezes Campeão, primeiro no Ferroviário e depois no Matchedje.
Em 1993 voltou para Portugal, e no ano seguinte regressou finalmente ao Sporting para integrar a equipa técnica liderada por Carlos Queirós, trabalhando depois também sob o comando de Octávio Machado e Robert Waseige, até passar a integrar os quadros técnicos do sector da formação, ajudando assim a transmitir a cultura sportinguistas às novas fornadas de jogadores que iam chegando a Alvalade, ao mesmo tempo que recebia o merecido reconhecimento pela sua dedicação ao Clube.
To-mane 21h29min de 5 de Março de 2009 (WET)