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Na época de 1999/00 os campeonatos portugueses adoptam a denominação de I Liga e Liga de Honra, que pouco depois são associados aos nomes dos seus grandes patrocinadores.  
 
Na época de 1999/00 os campeonatos portugueses adoptam a denominação de I Liga e Liga de Honra, que pouco depois são associados aos nomes dos seus grandes patrocinadores.  

Revisão das 23h41min de 13 de janeiro de 2011

Os primeiros Campeonatos de Lisboa

No inicio do século XX, com o aparecimento de inúmeros Clubes em Lisboa, alguns deles decidem organizar-se e realizar um campeonato. Assim, a 6 de Novembro de 1907 em Assembleia da Liga de Football Association, Sporting, Carcavelos, Lisbon Criquet, Sport Lisboa, Cruz Negra e Internacional avançam para um Campeonato de Lisboa que, no entanto, só tem uma edição.

Em 1908, surge a Liga Portuguesa de Futebol que organiza dois campeonatos com muitos problemas, tendo assim também uma vida curta.

Finalmente, no dia 23 de Setembro de 1910 inicia-se uma nova era, com a fundação da Associação de Futebol de Lisboa, da qual o Sporting é um dos cinco Clubes fundadores, e que passaria a organizar oficialmente os Campeonatos de Lisboa que ainda hoje se disputam, embora tenham deixado de ter a presença dos Clubes principais da Capital a partir da época de 1947/48, numa altura em que com o aparecimento das provas de âmbito nacional, estes campeonatos já tinham perdido a sua importância.

O Sporting lidera o ranking dos Campeonatos de Lisboa com 18 títulos conquistados em 40 participações.

1907/08 · 1908/09 · 1909/10 · 1910/11 · 1911/12 · 1912/13 · 1913/14 · 1914/15 · 1915/16 · 1916/17 · 1917/18 · 1918/19 · 1919/20 · 1920/21

Os Campeonatos de Portugal

Na temporada de 1921/22 começa-se a disputar a primeira prova de índole nacional organizada pela FPF, são os Campeonatos de Portugal que se jogariam até 1937/38 no sistema de eliminatórias.

A primeira edição da prova cinge-se a Porto e Lisboa, mas daí para a frente a participação abre-se aos Campeões das outras regiões do País. A partir da temporada 1926/27, as Associações principais passam a ter mais do que um representante.

O Sporting lidera o ranking final dos Campeonatos de Portugal com 14 presenças, 10 finais, 4 títulos, 73 jogos, 49 vitórias, 7 empates, 17 derrotas, 249 golos marcados e 105 sofridos.

1921/22 · 1922/23 · 1923/24 · 1924/25 · 1925/26 · 1926/27 · 1927/28 · 1928/29 · 1929/30 · 1930/31 · 1931/32 · 1932/33 · 1933/34

Os primeiros Campeonatos da Liga

Em 1934, na sequência de uma goleada de 0-9 sofrida pela nossa Selecção frente à Espanha, percebeu-se que era preciso avançar para um campeonato a sério no sistema de todos contra todos, como já se fazia por toda a Europa.

Inicialmente mantiveram-se os Campeonatos de Portugal como a prova principal aberta a todos os clubes do País e, a título experimental, iniciaram-se os Campeonatos da Liga com oito Clubes, aos quais só tinham acesso as equipas melhor classificadas nos Campeonatos Regionais de Lisboa (4), Porto (2), Coimbra e Setúbal (1 cada), e que se disputaram durante quatro temporadas, precedendo os verdadeiros Campeonatos Nacionais que começariam a disputar-se na temporada de 1938/39.

1934/35 · 1935/36 · 1936/37 · 1937/38

Os Campeonatos Nacionais e a Taça de Portugal

Finalmente na temporada 1938/39 avançou-se para os verdadeiros Campeonatos Nacionais tal como se disputam hoje e, simultaneamente, criou-se uma nova competição no sistema de eliminatórias. Nascia assim a Taça de Portugal, enquanto os Campeonatos de Portugal passavam ao baú das memórias.

Neste período, os Campeonatos de Lisboa disputavam-se nos primeiros meses da época, geralmente até Dezembro, depois arrancava o Campeonato Nacional, enquanto a Taça fechava a temporada.

1938/39 · 1939/40 · 1940/41 · 1941/42 · 1942/43 · 1943/44 · 1944/45 · 1945/46 · 1946/47

Acabam os Campeonatos de Lisboa e nasce a Taça Latina

Com o alargamento dos Campeonatos Nacionais a mais equipas, o calendário alonga-se e a Taça de Portugal chega mesmo a não se realizar.

Por outro lado, os Campeonatos de Lisboa vão perdendo interesse, e a partir da temporada de 1947/48 deixam de se realizar enquanto prova que dá acesso aos campeonatos nacionais, que passam a funcionar com mais do que uma Divisão e, consequentemente, a ter descidas e subidas.

Entretanto surge a Taça Latina, competição que se disputava entre os Campeões de Portugal, Espanha, França e Itália. O Sporting participa em quatro das cinco edições desta prova, que constituiu o primeiro passo para a realização das competições europeias, que arrancariam pouco tempo depois, sob a égide da UEFA.

1947/48 · 1948/49 · 1949/50 · 1950/51 · 1951/52 · 1952/53 · 1953/54 · 1954/55

Começam as Competições Europeias

Na época de 1955/56 realiza-se a 1ª edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus que deveria reunir os clubes Campeões dos países filiados na UEFA.

Apesar de não ser o Campeão de Portugal em título, o Sporting, devido ao seu enorme prestígio, é convidado a representar o nosso País nesse ano e tem a honra de disputar o 1º jogo da história desta prova, defrontando o Partizan de Belgrado no Estádio do Jamor.

Mais tarde, viriam a Taça das Cidades com Feira, que depois se passou a chamar Taça UEFA, e a Taça dos Vencedores das Taças, que o Sporting ganhou em 1964.

1955/56 · 1956/57 · 1957/58 · 1958/59 · 1959/60 · 1960/61 · 1961/62 · 1962/63 · 1963/64 · 1964/65 · 1965/66 · 1966/67 · 1967/68 · 1968/69 · 1969/70 · 1970/71 · 1971/72 · 1972/73 · 1973/74

E depois do 25 de Abril

A Revolução de Abril de 1974 teve implicações profundas em todas as áreas da vida do nosso País e, como é evidente, o futebol não foi excepção.

A democracia chega à FPF, as Associações com mais Clubes passam a ter nas suas mãos as grandes decisões em áreas fundamentais como a disciplina, a justiça e principalmente a arbitragem.

Com a subida do poder económico a norte, o eixo Braga-Porto-Aveiro passa a ser dominante no futebol português, enquanto os Clubes dos arredores de Lisboa se vão afundando.

Nasce o famoso "sistema" brilhantemente definido alguns anos mais tarde por José Roquete, como "um conjunto de maus hábitos instituídos no futebol português" e o FC Porto ressurge como um Clube ganhador, depois de um longo jejum, lançando as sementes de novo um ciclo de hegemonia, agora pintado de azul e branco.

No meio de tudo isto, é o Sporting quem mais perde. A Sociedade de Construções e Planeamento idealizada por João Rocha fica "em águas de bacalhau", o Clube perde influência nos bastidores e tem dificuldade em adaptar-se à nova ordem. Adivinham-se tempos difíceis para o Sporting.

To-mane 18h19min de 30 de Agosto de 2008 (UTC)

1974/75 · 1975/76 · 1976/77 · 1977/78 · 1978/79 · 1979/80 · 1980/81 · 1981/82 · 1982/83 · 1983/84 · 1984/85 · 1985/86 · 1986/87 · 1987/88 · 1988/89 · 1989/90 · 1990/91

A Liga dos Campeões e o futebol dos milhões

A queda do Muro de Berlim em 1989 e o alargamento da Comunidade Europeia alteram substancialmente o mapa da Europa.

A Lei Bosman, criada em 1995, permitiu a livre circulação dos futebolistas, surgindo os empresários como parceiros fundamentais nas negociações entre clubes e jogadores e multiplicando-se as contratações milionárias..

O futebol transforma-se num grande negócio. As transmissões televisivas deixam de ser ocasionais e passam a ser sistemáticas, as grandes marcas entram em cena e a publicidade passa a ser uma grande fonte de receitas.

A UEFA, que depois da enfastiante final da Taça dos Campeões de 1988 disputada entre dois clubes de segunda linha e decidida nos penaltis, numa edição onde o Real Madrid tinha afastado o Nápoles na 1ª eliminatória e o Bayern na 2ª, cria a figura dos cabeças de serie para impedir que os favoritos se defrontem logo no início da prova, mas isso não é suficiente.

Os grandes Clubes precisam de mais dinheiro e exigem mais jogos entre eles, começa-se a falar numa competição fechada e na época de 1991/92 surge a Liga dos Campeões, uma prova com uma fase de grupos, que nas suas três primeiras edições, contempla apenas 8 clubes divididos em duas series.

A partir da época de 1994/95 passam a ser quatro grupos, dos quais se apuram 8 clubes para os quartos de final, retomando-se assim a emocionante fase de "deita-fora".

Perante as exigências dos grandes clubes dos campeonatos dos países mais ricos da Europa, que não queriam nem podiam ficar de fora, a competição é alargada na época de 1997/98 e deixam de ser apenas os Campeões a marcar presença - a fase de grupos passa a ter seis series e, mais tarde, oito.

Inicialmente, são 3 vagas para os países melhor classificados no ranking da UEFA, Portugal é contemplado com dois lugares. No entanto, todas estas mudanças passam praticamente ao lado do Sporting, que tem a sua primeira aparição na nova competição apenas na época de 1997/98.

Em Portugal também surgem algumas mudanças. Na época de 1995/96 o campeonato foi organizado pelo "Organismo Autónomo", que foi posteriormente oficializado como fazendo parte da estrutura da Liga de Clubes, que assim passou a ser responsável por regulamentar, organizar e gerir as competições de natureza profissional, exercer o poder disciplinar em primeiro grau de decisão e gerir o sector de arbitragem através de uma Comissão de Arbitragem.

Aparecem as primeiras Sociedades Desportivas do nosso País, com o Sporting a ser a locomotiva desse comboio para a modernidade.

To-mane 17h02min de 8 de Setembro de 2008 (UTC)

1991/92 · 1992/93 · 1993/94 · 1994/95 · 1995/96 · 1996/97 · 1997/98 · 1998/99

Novas competições e outras mudanças

Na época de 1999/00 os campeonatos portugueses adoptam a denominação de I Liga e Liga de Honra, que pouco depois são associados aos nomes dos seus grandes patrocinadores.

À medida que a Liga se vai profissionalizando e solidificando o seu modelo de organização dos campeonatos de futebol profissional em Portugal, vão-se produzindo lentamente algumas mudanças no sentido da sua credibilização e da alteração dos maus hábitos instituídos.

O Sporting lidera essa batalha com Dias da Cunha a apontar os nomes dos donos do "sistema". Não tardaria muito que a justiça lhes pedisse contas com os famosos processos "Apito Dourado" e "Apito Final".

Com a redução para 16 do número de Clubes dos campeonatos profissionais, e com a necessidade de criar mais receitas e manter os clubes em acção, a Liga resolver criar uma nova competição a que chamou Taça da Liga e que teve a sua primeira edição na temporada de 2007/08.

Na mesma temporada, as Associações do Porto e Braga criaram em conjunto uma nova prova a que chamaram Liga Intercalar e que visava dar alguma rodagem aos jogadores menos utilizados e aligeirar o choque da subida dos juniores ao escalão sénior, ocupando o vazio deixado pelos defuntos Campeonatos de Reservas que as Equipas B não tinham sido capazes suprir.

Na época seguinte, Lisboa aderiu à ideia e de imediato se pensou numa Final entre os vencedores destas duas provas, numa espécie de regresso aos velhos tempos dos Campeonatos de Portugal.

Lá por fora com o alargamento da Liga dos Campeões, a Taça das Taças é cada vez mais o parente pobre das provas da UEFA e deixa de ter interesse. Assim, em 1999 disputa-se a última edição desta prova. O Sporting ficará para a história como o único Clube português a ganhar esta competição.

Entretanto, a Taça UEFA começa a receber algumas das equipas que são eliminadas nas fases iniciais da Liga dos Campeões e torna-se assim uma espécie de 2ª divisão europeia, que os clubes da segunda linha podem aspirar a ganhar.

Na época de 2004/05, a Taça UEFA adopta um novo modelo, um pouco à semelhança do da Liga dos Campeões, embora em moldes ligeiramente diferentes. A Final da primeira edição desta nova fórmula disputa-se no Estádio José Alvalade e tem a presença do Sporting, mas infelizmente no fim a festa é dos russos do CSKA.

Ao mesmo tempo são atribuídos cada vez mais lugares na Liga dos Campeões aos países ricos. Portugal chega a ter três vagas e o Sporting começa a ser uma presença assídua.

O novo modelo da Taça UEFA não foi propriamente um sucesso daí que a confederação do velho continente tenha partido para a criação de uma nova competição a que chamou Liga Europa e que arrancou na temporada de 2009/10.

To-mane 17h38min de 8 de Setembro de 2008 (UTC)

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