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(Sem diferenças)

Revisão das 20h03min de 6 de janeiro de 2011

O Sporting foi desde sempre um Clube formador, apostando nos seus jovens jogadores, e construindo assim uma longa tradição na área das escolas de futebol, de tal maneira que hoje a imagem de marca do Clube é a excelência dessa formação, que num passado recente criou grandes figuras como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.

No entanto nem todos podem ser predestinados, a maior parte segue outros caminhos, e apenas alguns conseguem ter sucesso no futebol profissional.

Mas a triagem que leva a essa selecção não é fácil, e um dos problemas inevitáveis para os clubes que como o Sporting apostam na formação, é a sempre complicada fase de transição para o futebol sénior. Ou seja os primeiros anos de carreiras que muito prometiam mas que às vezes se perdem, ou que de repente despontam de onde menos se esperava.

No Sporting esse problema tornou-se ainda mais difícil de resolver com o fim das competições de Reservas, onde habitualmente jogavam alguns jovens promissores nos seus primeiros tempos de seniores.

Os clubes satélites foram uma solução ensaiada na década de 90, e o Sporting aproveitou essa janela para estabelecer protocolos a esse nível com o Atlético, Alverca e Lourinhanense, até se avançar para as Equipa B, um projecto que o Sporting também experimentou, embora sem grande sucesso, pelo que foi abandonado após quatro épocas a competir na 2ª Divisão B.

Nos últimos tempos a opção tem passado por emprestar os mais prometedores juniores recém promovidos, mas nem sempre é fácil colocar esses jogadores em clubes das principais divisões, e muitas vezes os treinadores desses clubes não arriscam a apostar em miúdos, isto já para não falar nas dificuldades em se fazer um acompanhamento adequado, quando esses jogadores estão dispersos por diversos clubes.

Pelo meio já foram estabelecidos acordos sem grande sucesso, com o Roosendaal da Holanda, e com o Real Sport Clube de Massamá. Destino diferente parece ter a parceria com o Cercle de Brugge, para onde seguiram três jovens jogadores leoninos, que tem jogado regularmente na época de 2010/11.

No entanto a solução ideal ainda está por encontrar, de tal forma que a Equipa B ainda pode ser um caso a estudar, embora a primeira experiência não tenha sido propriamente um sucesso.

Inicialmente transitaram para esta equipa alguns jogadores que estavam no Lourinhanense, que na altura funcionava como clube satélite do Sporting. O resto do plantel foi composto por juniores e jovens acabados de sair deste escalão, e uma ou outra contratação, ao mesmo tempo que se aproveitou para colocar a jogar jogadores com contrato, mas que estavam afastados do plantel principal, como foram os casos de Afonso Martins e Bruno Caires.

A competir na Zona Sul da 2ª divisão B o Sporting começou por conseguir um modesto 14º lugar, mas experiência acumulada parecia ter sido útil, e no segundo ano a equipa ficou em 2º lugar, a 9 pontos do vencedor da serie, e mais do que isso foi na Equipa B que Lazlo Boloni recrutou Hugo Viana, quando precisou de reforçar o meio-campo, para além de pontualmente ter recorrido a outros jogadores.

Nessa altura chegou-se a discutir o facto das equipas B não poderem subir de divisão, o que de certa forma poderia contribuir para a falta de motivação da parte dos jogadores, e até atraiçoar a verdade desportiva da competição, mas na época seguinte a equipa regressou aos lugares do fundo da tabela terminando no 15º lugar, uma quebra à qual não terá sido estranha uma troca de treinadores pouco desejável, numa altura em que as coisas pareciam estar no bom caminho, isto na temporada em que Cristiano Ronaldo chegou a fazer alguns jogos nos BB, antes de se afirmar na equipa principal.

O pior estava para vir quando na tremporada de 2003/04 se consumou a descida de divisão, mercê de um incompreensível 18º lugar. Era o fim do projecto Equipa B, pois considerou-se desinteressante competir na 3ª Divisão, e entre os custos e os benefícios da experiência, o balanço foi negativo, pelo que se colocou um ponto final nessa aventura, da qual realmente pouco sobrou de positivo para recordar.

To-mane 20h03min de 6 de Janeiro de 2011 (WET)