Diferenças entre edições de "Basquetebol 1968/69"

Revisão das 18h55min de 6 de maio de 2016

Campeões Regionais, Metropolitanos e Nacionais

Estavam lançadas as sementes do sucesso no Basquetebol do Sporting: uma equipa jovem mas talentosa, e com uma média de alturas muito boa para Portugal, com jogadores entre 1,85 e 1,99 m; ao que se juntavam as novas instalações em Alvalade construídas na época anterior.

Hermínio Barreto continuou como treinador. Marinho e José Vicente regressaram, vindos respectivamente do Vitória de Setúbal e do Sporting Clube Marinhense. Edgar Vital alinhou com a 2ª categoria.

O minibasquete do Sporting em 1968

O Campeonato Regional de Lisboa não podia ter corrido melhor, com tantas vitórias quantos os jogos disputados. O Benfica, que em épocas anteriores tinha estado muito forte, foi derrotado de forma claríssima em ambos os jogos. Assim, o Sporting sagrou-se campeão, de forma natural, a duas jornadas do fim. A equipa de 2ª categoria também ganhou o Campeonato Regional respectivo. Foi o 9º Campeonato Regional conquistado.

O Campeonato Metropolitano, disputado entre as equipas de Portugal Continental, também foi ganho de forma indiscutível. A três jornadas do fim, já era virtualmente campeão, apenas com vitórias. E se perdeu um jogo, contra o Barreirense, deveu-o a uma arbitragem muito caseira, como era frequente no Barreiro.

O Sporting tinha já desistido da Taça de Portugal, não participando em protesto contra o facto de os encontros se disputarem em recintos dos clubes e não neutros. A Académica e o Sporting Marinhense tentaram invocar o regulamento, alegando que a desistência de uma prova oficial levaria à não participação em todas as restantes provas oficiais, impugnando assim a presença do Sporting no Campeonato Nacional. O Vasco da Gama recusou alinhar na jogada, e, sendo a Taça de Portugal regulamentarmente uma prova de inscrição facultativa, a verdade desportiva impôs-se.

Disputou-se então o Campeonato Nacional, desta feita em Lisboa, no pavilhão da Tapada da Ajuda, contando com a presença do Desportivo de Lourenço-Marques, e da filial angolana Sporting Clube de Luanda. Mais uma vez, “Os Doze Magníficos”, como começaram a ser apelidados (até por analogia com “Os Sete Magníficos” do Andebol) não defraudaram o imenso público que acorreu a ver os jogos, quase sempre esgotados e com multidões à porta a querer bilhete. A primeira volta decorreu apenas com vitórias. Na segunda volta, o jogo contra a Académica parecia ganho, com o Sporting a ter 11 pontos de avanço já durante a segunda parte. Depois, deu-se o imprevisto: os jogadores leoninos abandonaram o espírito de equipa, entregaram-se a individualismos e amuos, e o Sporting acabou derrotado. Seguiu-se o jogo decisivo, contra o Desportivo. Com serenidade, autoconfiança, determinação, e acima de tudo espírito de equipa, o Sporting ganhou de forma concludente, num jogo marcado pelo desportivismo de parte a parte. O último jogo foi apenas a confirmação do triunfo, contra um Sporting de Luanda que era a equipa mais fraca do torneio. Nove anos depois, o Sporting voltava a ser Campeão Nacional, pela 4ª vez.

Equipa feminina

A equipa feminina voltou a competir no Campeonato de Lisboa, mostrando estar a progredir, neste segundo ano de actividade. Assim, conseguiu apurar-se para a fase final do campeonato. Aí, revelaram ainda alguma inexperiência, entrando nervosas em campo, o que levou a algumas derrotas contra equipas que poderiam ser acessíveis. A equipa participou depois no Campeonato Nacional da 2ª divisão, chegando à final contra o F.C. Gaia. Aí sentiu demasiado a responsabilidade de uma final, acabando em segundo lugar.

Depois de uma tentativa gorada anos antes, voltou a tentar-se, por sugestão de sócios do Porto encabeçados por Mizael Silva, a formação de um Grupo dos Amigos do Basquetebol, com quota mínima de 10$00 por mês.

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Ver também

• O Campeonato Nacional de Basquetebol de 1968/69
• A primeira final nacional do Basquetebol feminino